sexta-feira, 18 de novembro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/11/2016

Ano C



Lc 19,45-48

Comentário do Evangelho

“Minha casa será casa de oração”.

O texto da purificação do Templo encontra-se nos quatro evangelhos (Mt 21,12-13; Mc 11,11.15-17; Lc 9,45-46; Jo 2,14-16). O que acontece no Templo, por ocasião da Páscoa, é escandaloso. As pessoas ligadas ao Templo, aproveitando-se da obrigatoriedade de oferecer sacrifícios e da distância que os peregrinos percorriam a pé para chegar a Jerusalém, comercializam todo tipo de animais prescritos pela Lei para o sacrifício. Além disso, havia uma moeda própria do Templo, por isso devia ser pura, isto é, sem nenhuma efígie; o câmbio, que todas as pessoas tinham que fazer, acontecia no próprio Templo. O texto de Lucas se limita dizer que Jesus expulsava os comerciantes do Templo (cf. v. 45), sem mencionar, ao contrário de João, Marcos e Mateus, como Jesus o fez. O cuidado do Templo é responsabilidade do rei. Jesus entra em Jerusalém como rei. O seu ensinamento não é feito somente de palavras; o gesto que ele acaba de fazer ensina: “Minha casa será casa de oração” (v. 46). O cerco sobre Jesus vai se fechando; seus adversários querem eliminá-lo (cf. v. 47).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Espírito purificador, tira do meu coração toda sorte de maldade e de egoísmo, que o tornam indigno de ser morada de Deus.
Fonte: Paulinas em 22/11/2013

Vivendo a Palavra

As leituras falam da importância do Templo, lugar sagrado, mas muitas vezes profanados pelos homens. Judas Macabeu e Jesus restauram sua pureza. Nós temos consciência da importância das nossas igrejas como lugares de oração e fontes de inspiração e coragem para evangelizarmos os nossos ambientes?
Fonte: Arquidiocese BH em 22/11/2013

Vivendo a Palavra

Lembrando hoje a dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo, ouvimos a palavra do Mestre: ‘Minha casa será casa de oração’. Que nós saibamos respeitar nossos Templos como lugares sagrados, para que não ouçamos do mesmo Jesus sua advertência: ‘Vocês fizeram dela uma toca de ladrões.’
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Existem muitas pessoas que se vangloriam do fato de participar ativamente da Igreja, possuir ministérios ou ter um cargo importante na comunidade eclesial. Mas infelizmente, existem pessoas que usam do fato da pertença na comunidade para substituir as relações de serviço por relações de poder, para dominar, oprimir, buscar promoção pessoal e desvalorizar as outras pessoas que fazem parte da comunidade. A religião para essas pessoas é uma forma não de adorar ao Deus vivo e verdadeiro, mas sim de promover o culto a si próprio e buscar a satisfação dos seus próprios interesses. A esses diz Jesus: "sofrerão a mais rigorosa condenação".
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=11&dia=18

Recadinho

Como me comporto quando estou na igreja de minha comunidade? - Tenho possibilidade de colaborar para que tudo esteja bem e em ordem? - Na igreja sinto-me de fato na casa de Deus? - Meu coração é casa de Deus? - Assim como Jesus entrou no Templo, entra em nosso coração. Vem nos ajudar a expulsar os ladrões que tentam roubar nossa vida das mãos de Deus, que tentam invadir as áreas nobres de nosso ser. Vem, Espírito de Deus, renovar meu coração, trazendo-me a salvação!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 22/11/2013

Meditando o evangelho

UM COVIL DE LADRÕES

A situação em que se encontrava o templo de Jerusalém fez Jesus relembrar as palavras dos profetas do passado a respeito da sua função e da corrupção que se abateu sobre ele. O profeta Isaías havia anunciado a finalidade do templo: "casa de oração para todos os povos", por conseguinte, lugar do encontro dos filhos com o Pai, e não só de Israel mas também dos povos espalhados por toda a extensão da Terra. O profeta Jeremias, horrorizado com as abominações cometidas no espaço sagrado, comparou com um "covil de ladrões" o lugar onde o nome de Deus era invocado.
Sendo "casa de oração" não se justificava o comércio instalado no templo, no tempo de Jesus. Seria ingênuo pensar que, por se desenvolver no recinto do templo e ter a finalidade de prestar um serviço aos peregrinos vindos de longe, o comércio aí fosse imune das mazelas próprias desta atividade. Pelo contrário, auferiam-se lucros abusivos, o ideal de serviço desaparecera dando lugar à exploração, a sacralidade do templo foi violada pelo afã de fazer comércio. Por conseguinte, o culto prestado a Deus pelos peregrinos de boa-fé desenrolava-se em meio a toda sorte de vilipêndio dos seus sentimentos mais sagrados.
A atitude firme de Jesus, que chegou às raias da indignação, justifica-se pelo seu empenho de recuperar a verdadeira imagem de Deus, da antiga tradição teológica de Israel, e o verdadeiro sentido do espaço sagrado: ser lugar de oração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, dá-me a mesma coragem de teu Filho Jesus para combater toda sorte de aviltamento que se abate sobre teu templo santo, a pessoa humana.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-11-18

Oração Final
Pai Santo, ao entrar em nossos Templos, move-nos a esperança de termos ali um ponto de vista privilegiado para um novo olhar sobre a vida e, saindo deles, voltarmos ao mundo com discernimento, coragem e força para transformá-lo através do Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

OU

Mt 14,22-33

Comentário do Evangelho

A travessia

A primeira leitura, assim como o evangelho, fala de uma travessia. No caso de Elias, é uma travessia pelo deserto. Os discípulos de Jesus fazem a travessia para a outra margem do Mar da Galileia, depois do episódio dos pães. Jesus, a sós, vai à montanha para rezar. Uma e outra travessia são símbolos da vida cotidiana em que se dá o encontro com Deus. É o tempo em que Deus se aproxima do homem, como se aproximou de Elias e dos discípulos, para revelar quem Ele é e quem é o homem.
Elias atravessa o deserto fugindo da perseguição de Jezabel, mulher do rei Acab, que pretendia matá-lo, pois Elias havia degolado quatrocentos profetas de Baal que estavam a serviço da rainha. No meio da travessia do deserto, Elias pede a Deus a morte; deita-se, à sombra de um junípero, entregue às próprias forças. Misteriosamente, aparece, ali, a comida que ele precisa para continuar o seu caminho até o Monte de Deus. Lá chegando, refugiou-se numa gruta. Avisado que Deus iria passar, se pôs à entrada da gruta e experimentou a presença de Deus não como um vento impetuoso nem como um terremoto, mas como uma brisa suave. Isso foi para Elias uma lição: O Deus de Israel não é um Deus que promove a vingança, nem tampouco o ódio. O Deus que se revela sobre o Monte é um Deus misericordioso, compassivo, bondoso, suave como a brisa da tarde.
A travessia dos discípulos para a outra margem acontece depois do episódio dos pães. O lago de Genesaré é, para o nosso texto de hoje, símbolo da vida cotidiana. Na travessia, o barco é agitado pelas ondas, pois o vento era contrário. O mar é, ainda, para a mentalidade do homem bíblico, símbolo do mal e da morte. O mal agita e ameaça a vida humana e a Igreja. Ao longe, o Senhor vê o sofrimento dos discípulos (cf. Ex 3,7ss) e sai em socorro dos seus caminhando sobre as águas. Gesto simbólico que manifesta a divindade de Jesus. No Antigo Testamento é Deus quem domina a fúria do vento e do mar (cf. Sl 89,10). O medo, a escuridão da noite fazem os discípulos confundirem Jesus com um fantasma. Mesmo diante da palavra de Jesus, “sou eu”, Pedro o desafia. À palavra de Jesus ele sai do barco e caminha sobre a água, mas duvida e começa a afundar. O Senhor, no entanto, o resgata. O que faz Pedro afundar é o medo, a dúvida, a falta de confiança no Senhor. Mergulhado na sua fraqueza, em razão da sua incredulidade, Pedro irá experimentar a força do braço do Senhor que o arrancou do poder do mal e da morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba transformar minhas quedas e fracassos em ocasião para crescer na fé em Jesus, e para reforçar a disposição de deixar-me guiar pela palavra dele.
Fonte: Paulinas em 10/08/2014

Recadinho

Você acha que Deus exige muito de você? - Você consegue se isolar de vez em quando para rezar? - Há muitas tempestades em sua vida? - Você tem muito medo? Dê algum exemplo. - Você se fortalece na oração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/08/2014

Comentário do Evangelho

EM MEIO ÀS TEMPESTADES

A cena evangélica desenrola-se em meio aos ventos, tempestades e ondas encapeladas, que põem em risco a vida dos discípulos, enquanto atravessam o mar da Galiléia. Além disso, é noite! A natureza toda parece ter-se colocado contra o pequeno grupo. O quê fazer neste contexto desesperador, quando todos já haviam sido tomados pelo medo?
A salvação aparece com a chegada de Jesus. Embora a tempestade continue, ele lhes recomenda a não temer, mas confiar. Quando o Mestre está com eles, podem estar seguros de que não perecerão.
A ousadia de Pedro, querendo por à prova o Mestre, acabou em fracasso. Amedrontado pelo vento furioso, começou a afundar. Sua falta de fé levou-o a duvidar da presença do Senhor. Donde o risco de quase ter sido tragado pelas ondas. Só se salvou porque recorreu a Jesus.
Este fato ilustra a vida da comunidade cristã, atribulada por perseguições, verdadeiras tempestades que devem enfrentar. Quando tudo parece concorrer para fazer a comunidade sucumbir, é preciso reconhecer a presença salvadora do Mestre. Até mesmo as lideranças, representadas por Pedro, correm o risco de perder a fé. Atitude arriscada, que pode levar a todos de roldão. Só é possível salvar-se, recorrendo a Jesus: "Senhor, salva-nos!"
Oração
Espírito de entrega nas mãos de Deus, nos momentos de tempestade, faze-me perceber a presença salvadora de quem pode impedir-me de sucumbir.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 10/08/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário