domingo, 12 de junho de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 13/06/2016 A 15/06/2016

ANO C



13 de Junho de 2016

Mt 5,38-42

Comentário do Evangelho

Não pagar o mal com o mal.

Nós encontramos referência à lei do talião em vários textos do Antigo Testamento (Ex 21,24; Lv 24,20; Dt 19,21). Do latim, talis é traduzido em português por “tal”. Trata-se, grosso modo, da reparação exigida de alguém que cometeu um delito e que devia ser proporcional ao mal que ele causou a outro. A finalidade de tal lei era conter a vingança e a violência, ao contrário do proposto por Lamec (cf. Gn 4,23-24). Essa quinta antítese visa à superação da lei do talião e explicita a bem-aventurança da misericórdia (Mt 5,7), a exigência cristã do perdão e da reconciliação e a paz que precisa ser construída com o esforço de todos (cf. Mt 5,9). A expressão “não resistir ao malvado” é ambígua e, por isso, deve ser bem compreendida. Em primeiro lugar, é fundamental a consciência de que é o mal que tem de ser extirpado e a ele não se pode ceder; a pessoa, é necessário salvá-la. Em segundo lugar, a afirmação de Jesus prescreve não pagar o mal com o mal, não pagar com a mesma moeda, não responder à violência com a violência. Para o cristão, é preciso considerar como Deus nos trata para poder superar qualquer impulso à violência, à vingança ou ao revanchismo: Deus não nos trata segundo nossas faltas. A todos, indistintamente, Ele oferece o seu perdão e o seu amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal.
FONTE: Paulinas em 16/06/2014

Vivendo a Palavra

Jesus proclamou a Lei do Amor. No Sermão da Montanha, de que hoje lemos uma parte, o Mestre vai traduzindo para nós a sua aplicação nas diversas ocasiões da vida: nós devemos substituir a vingança pelo perdão, e mais: pela humildade, a generosidade e o desprendimento.
FONTE: Arquidiocese BH em 16/06/2014

Vivendo a Palavra

A Lei de Talião, que limitava a vingança à dimensão da ofensa recebida – olho por olho... – é substituída pelo perdão total e incondicional pelo Mestre da Galileia. Esta é a prova definitiva proposta ao discípulo do Cristo: aceitar com amor e sem nenhum desejo de vingança o mal praticado pelo próximo. O perdão incondicional e amoroso é próprio do discípulo do Caminho.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Os critérios humanos não são suficientes para resolver os problemas da própria humanidade, principalmente os que estão relacionados com a justiça, pois a justiça dos homens não tem como centro a pessoa humana, mas sim o que elas têm ou deixam de possuir. Os bens são comparáveis entre si, mas as pessoas não, pois cada uma é um ser único, incomparável na sua dignidade. Além disso, os elementos que estão presentes em um relacionamento são por demais complexos para serem abrangidos na sua totalidade a partir de categorias do conhecimento humano, uma vez que a própria razão é insuficiente para a compreensão do ser humano. Jesus nos mostra que somente o amor e a misericórdia possibilitam superar essas deficiências e construir um relacionamento justo e fraterno.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=13

Comentário do Evangelho

CONTRA A RETALIAÇÃO

A Lei de Talião - "olho por olho, dente por dente" - não encontrou guarida no ensinamento de Jesus. Aquele princípio legal havia sido importante para coibir as arbitrariedades no caso de violência ilimitada, para fazer valer o direito. E funcionava como mecanismo de controle da selvageria e do barbarismo, nas relações interpessoais. Era um passo em direção às relações humanas civilizadas.
O discípulo do Reino submete-se a uma lógica diferente. Recusa-se a entrar no jogo do malvado, de forma a desarticular, no seu nascedouro, a espiral da violência. Responde o mal com o bem, não se valendo do que lhe garante o direito. O direito de retaliação é substituído pelo princípio da misericórdia no trato mútuo.
A reação paradoxal que Jesus sugeriu aos seus discípulos, diante da violência, tem uma finalidade concreta: mostrar as possibilidades extremas de aplicação do seu ensinamento. Quem é movido por um amor incondicional ao próximo, descentrando-se de si mesmo, será capaz de fazer gestos radicais para coibir a violência, sem responder com a mesma moeda.
O discípulo, na linha das Bem-aventuranças, caracteriza-se como manso e pacífico. Por ser manso, recusa-se terminantemente a recorrer à violência. Por ser pacífico, tudo faz para que os laços com o próximo não sejam rompidos. Mesmo à custa de gestos paradoxais!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de mansidão, torna-me capaz de não me deixar levar pelo desejo de vingança, diante da violência, e sim, de agir conforme o ensinamento de Jesus.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-13


14 de Junho de 2016

Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

A postura do misericordioso

Sexta antítese. Trata-se, aqui, da postura do misericordioso, daquele que sabe suportar a perseguição, daquele que aceita o mal permanecendo “fazedor de paz”, de perdão, daquele que não tem nada a perder porque o seu tesouro é fazer o exigido pelo evangelho, que mostra a nossa filiação divina. A partir do momento em que aceitamos o evangelho da paternidade de Deus, nos comportamos com a confiança, a serenidade, a certeza dos bens maiores que são próprios dos filhos. “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” Além da integridade física e moral, a perfeição tem o significado de fidelidade na observância da Lei (Sl 119[118],1). A passagem paralela de Lucas (6,36) põe o acento sobre a misericórdia do Pai, que se é convidado a imitar. Mas a perfeição do Pai está na universalidade do seu amor, que é dom absolutamente gratuito.
Carlos Albero Contieri, sj
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.
FONTE: Paulinas em 18/06/2013

Vivendo a Palavra

O amor sem limites é o ponto central do Sermão da Montanha e da Mensagem de Jesus. Não se trata de um sentimento – simpatizar, gostar de alguém –, mas de desejar-lhe o mesmo bem que desejamos aos nossos amigos e de colocarmos a serviço do próximo, sem discriminações, tudo que temos e que somos.
FONTE: Arquidiocese BH em 18/06/2013

Reflexão

Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=14

Meditando o Evangelho

IMITADORES DE DEUS

Jesus apresentou aos seus discípulos um ideal de vida elevado. Em seu comportamento e ações, deveriam inspirar-se no modo de ser divino, tornando-se imitadores de Deus. Em cada circunstância, deveriam perguntar-se: como agiria Deus?
Nas situações normais da vida, o mandamento de Jesus pode ser facilmente posto em prática, mormente quando nos encontramos entre pessoas às quais queremos bem e com as quais o relacionamento é fácil. Tudo muda, quando somos vítimas do ódio e da violência alheia, de forma a recair sobre nós perseguição e calúnia.
Uma ação divina a ser imitada consiste em não fazer acepção de pessoas, uma vez que o Pai as considera em sua globalidade, sem classificá-las de boas ou más, justas ou injustas. Os benefícios divinos são distribuídos igualmente entre todos, embora nem todos saibam reconhecê-los.
A condição de filhos do Pai celeste exige dos discípulos do Reino bendizer quem os maldiz, fazer o bem a quem os odeia, rezar por quem os persegue e calunia. Evidentemente, é grande a tentação de pagar com a mesma moeda a maldição, o ódio, a perseguição e a calúnia recebidos. Este modo de agir não comportaria nenhuma novidade, pois é assim que, em geral, as pessoas agem. Mas a imitação do Pai exige que os discípulos trilhem o caminho contrário.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, faze-me teu imitador, e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-14


15 de Junho de 2016

Mt 6,1-6.16-18

Comentário do Evangelho

As boas obras devem ser feitas com discrição

O tema principal do evangelho desta quarta-feira é a discrição com a qual as obras devem ser praticadas: “Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados” (v. 1). Trata-se de não fazer nada por ostentação. Jesus recomenda não dar esmola, jejuar ou rezar de modo ostensivo, como fazem os hipócritas. No nível em que os hipócritas se situam já obtiveram a recompensa deles, isto é, a aprovação dos homens. Positivamente falando, a esmola, o jejum e a oração devem ser feitos em segredo. A ação em segredo não é o mesmo que ação secreta, mas designa toda ação, mesmo pública, que se faz, de fato, diante do Pai. É a intenção profunda que conta, pois a recompensa se situa neste nível.
Carlos Albero Contieri, sj
Oração
Pai, só te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure sempre agradar-te, enveredando por este caminho.
FONTE: Paulinas em 19/06/2013

Vivendo a Palavra

Esmola, oração e jejum – que são o jeito de nos relacionarmos com o próximo, com o Senhor e com nós mesmos – devem ser vividos com generosidade, alegria, modéstia e discrição. Partilhar os dons que recebemos do Pai, colocarmo-nos em Sua Presença sempre com gratidão, e lutarmos contra as nossas paixões devem ser, por isto, a nossa regra de vida.
FONTE: Arquidiocese em 19/06/2013

Reflexão

O verdadeiro espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas, sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua dignidade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=15

Meditando o Evangelho

O PAI VÊ O ESCONDIDO

Os discípulos de Jesus foram alertados a respeito das formas indevidas de praticar a religião, de modo especial, o exibicionismo nas práticas religiosas, com o intento de granjear louvores e admiração. Esta preocupação minimiza o que se faz com a intenção de agradar a Deus. A recompensa humana acaba por dispensar a recompensa divina.
Tomando três práticas típicas de piedade – a esmola, a oração e o jejum –, Jesus pôs em confronto a maneira incorreta e a correta de praticá-las. A forma incorreta é a atitude dos hipócritas. Estes mandam tocar trombetas quando vão dar esmolas, para chamar a atenção dos passantes; rezam nas sinagogas e nas praças, de maneira ostentatória para serem contemplados em atitude de oração; quando estão jejuando, fazem questão de apresentar um semblante ascético e abatido, dando-se ares de penitentes.
A forma correta de viver a piedade é bem outra. Nela o fiel busca ser visto unicamente por Deus. O reconhecimento humano é dispensado, pois não tem valor algum. Basta que o Pai veja a esmola dada de maneira discreta. A oração deve ser feita no recolhimento do quarto, pois aí só o Pai será testemunha da sinceridade com que é feita. Por ocasião do jejum, aconselha-se a lavar o rosto e a perfumar a cabeça.
Engana-se quem procura agradar a Deus por um caminho diferente daquele indicado por Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, só te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure sempre agradar-te, enveredando por este caminho.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-06-15


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