segunda-feira, 27 de abril de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 27/04/2015 a 30/04/2015

ANO B



27 de Abril de 2015

Jo 10,1-10

Comentário do Evangelho

Jesus é o Pastor compassivo e misericordioso

O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas; Jesus entregou a sua vida por nós. Jesus entra na corrente dos profetas que denunciam os falsos pastores e anunciam para Israel um pastor segundo o coração de Deus, compassivo, misericordioso. No século VI a.C., Jeremias denunciava que os falsos pastores, aqueles a quem era atribuído o título de pastor – os reis –, conduziram o povo para longe do Deus único e verdadeiro; levaram o povo a adorar os ídolos e a abandonar os mandamentos de Deus. A aflição do povo, o desejo de um único e verdadeiro pastor para que as ovelhas não se desgarrassem, fará com que Deus, diante da fraqueza e da infidelidade dos que estavam à frente do povo, prometa conduzir, ele mesmo, a porção de sua herança, qual um pastor. Essa promessa nós a vemos realizada em Jesus, Bom Pastor. Jesus é o Pastor segundo o coração de Deus, Pastor compassivo e misericordioso, que conduz as suas ovelhas às pastagens verdejantes do amor de Deus e as protege contra o inimigo que ameaça a vida do seu povo. Não somente isso, mas Jesus é o Bom Pastor que entrega livremente a própria vida em favor de suas ovelhas. Em cada celebração da Eucaristia nós recordamos essa palavra do Senhor: “isto é o meu corpo entregue por vós... isto é o meu sangue derramado por vós”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor, que nosso coração esteja sempre aberto para compreender os teus sinais. Que não nos falte o pão do sustento e o pão da Palavra.
FONTE: PAULINAS

Meditando o Evangelho

O BOM PASTOR

A atitude mais dignificante de um pastor consiste em estar disposto a dar a sua vida em defesa do rebanho. Esquecendo-se de si mesmo, luta para garantir a sobrevivência de suas ovelhas, embora venha a morrer. Não existe forma melhor de comprovar a condição de guia do rebanho! Só quem age assim merece o título de pastor.
No trato com seus discípulos, Jesus inspirava-se neste modelo de pastor. Conhecia os que havia chamado para estar com ele e partilhar a sua missão e o seu destino. Colocava-se no meio deles como amigo e servidor, interessado em que tivessem vida abundante – a vida eterna, oferecida pelo Pai. Cuidava para que a ação perversa dos adversários – certas alas radicais do farisaísmo, as autoridades religiosas e políticas etc. – não viesse a prejudicá-los. Defendia-os dos ataques dos inimigos, calando a boca de acusava falsamente seus discípulos. Colocava-se a serviço deles, desejoso de que fizessem uma verdadeira experiência de Deus, reconhecido como Pai misericordioso. Lutava para congregar quem vivia disperso, vagando por caminhos impróprios, por ser mal-orientados.
Toda esta ação de Jesus resultava do cumprimento da ordem que recebera de seu Pai: ser Mestre para guiar a humanidade para ao reencontro com Deus.
Oração
Pai, que eu saiba entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho – o bom Pastor –, pois só assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.
FONTE: dom total

Jo 10, 11-18

Reflexão

Deus afirmou, através do Profeta Jeremias, que ele daria ao seu povo pastores segundo o seu coração e, mais tarde, pela boca do Profeta Ezequiel, que ele mesmo seria o pastor do seu povo. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus está cumprindo a sua promessa, pois o Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é quem afirma: "Eu sou o bom pastor". É o próprio Deus que se coloca a serviço das pessoas com a finalidade de reuni-las num único rebanho. E hoje a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, é a continuadora da obra do Pastor, de modo que nela o ser humano é convidado a participar da divina missão do pastoreio.
FONTE: CNBB


28 de Abril de 2015

Jo 10,22-30

Comentário do Evangelho

As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai

Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!”. No entanto, nenhuma resposta seria convincente. Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como vai acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida por eles. Somente na fé é que se conhece a divindade de Jesus e se acolhe a novidade de Deus. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas. Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel se compara a um rebanho, e Deus a um pastor. As ovelhas que escutam a voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referente a suas ovelhas, “eu lhes dou a vida eterna”, estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna, a não ser Deus? As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai. É nas mãos do Filho e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão. O autor do Deuteronômio diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um”. Para quem todo dia recitava o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Vinde, ó Pastor divino, guiai-nos, reuni-nos: que haja logo "um só rebanho e um só pastor".
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Colaborar na missão salvífica de Jesus através da ação pastoral da Igreja significa levar as pessoas a reconhecerem nele o Deus vivo encarnado para a salvação de todos os que nele crerem. Para que esta ação surta efeito, o anúncio é necessário, mas por si só é insuficiente. Não basta apenas falar de Jesus, é preciso obras, é necessária a vivência dos valores evangélicos, o amor precisa ser concretizado. Mas acima de tudo, é necessária a consciência de que somos participantes da divina missão de salvação dos homens e que quem realiza esta obra não somos nós, mas sim o próprio Deus, é ele quem pastoreia através de nós. Somos na verdade canais de graça para que os homens ouçam a voz de Jesus, sintam-se integrantes do seu rebanho e o sigam rumo à vida eterna.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

UMA INCÓGNITA SOBRE JESUS

O modo de proceder de Jesus bem com os seus ensinamentos deixavam desconcertados os seus adversários. Embora realizasse gestos prodigiosos, suficientes para revelar sua plena comunhão com o Pai, e falasse de maneira até então desconhecida, permanecia uma incógnita a seu respeito. Os judeus, que tinham tudo para reconhecê-lo como o Messias, permaneciam na incerteza. Por isso, ficavam à espera de que Jesus lhes "dissesse abertamente" quem ele era.
A postura assumida pelos adversários impedia-os de compreender a verdadeira identidade messiânica de Jesus. Movidos pela suspeita, pela malevolência e pela crítica mordaz, jamais conseguiriam chegar à resposta desejada. Daí a tendência a acusar Jesus de blasfemo e imputar-lhe toda sorte de desvios teológicos e políticos.
Em contraste com os adversários estavam os discípulos. Estes, sim, colocavam-se numa atitude humilde de escuta, atentos às palavras do Mestre, buscando desvendar-lhes seu sentido mais profundo. Dispuseram-se a segui-lo, para serem instruídos não só por suas palavras, mas também por seus gestos concretos de misericórdia, para com os mais necessitados. A comunhão de vida com o Mestre permitia-lhes descobrir sua condição de Messias, o enviado do Pai.
A incógnita sobre Jesus permanece para quem se posiciona diante dele como adversário. Quem se faz discípulo, não tem dificuldade de reconhecê-lo como Messias.
Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
FONTE: dom total


29 de Abril de 2015

Jo 12,44-50

Comentário do Evangelho

Apesar dos sinais, muitos judeus não creram em Jesus

O tema de hoje é a incredulidade. Apesar de ter realizado vários sinais, muitos judeus não creram em Jesus. A razão da incredulidade: a cegueira e a dureza de coração (ver também Jo 9,41). Aqui, Jesus toma a palavra. Ele é o enviado do Pai e, como tal, é portador da palavra do Pai. Pelo paralelismo apresentado nos versículos 44 e 45, “crer” e “ver” são, no quarto evangelho, sinônimos. Trata-se da visão própria da fé, que ultrapassa a aparência e penetra a realidade em sua profundidade. A fé possibilita a experiência de que estar diante de Jesus é estar na presença de Deus: “Quem me vê, vê aquele que me enviou” (v. 45). Ao desejo de Filipe, “mostra-nos o Pai”, Jesus responde: “quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,8-9). Esse paralelismo permite ainda compreender a profunda unidade que une o enviado àquele que o enviou. Por isso, Jesus poderá dizer: “O Pai e eu somos um”. “Um” não significa o mesmo, mas aponta para uma profunda unidade.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Mestre, tua vida traça o caminho; teu ensinamento confirma e ilumina os meus passos; a tua graça me sustenta e guia no caminho para o céu. Tu és o mestre perfeito: ensinas, dás o exemplo e fortaleces o discípulo no teu seguimento.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Jesus é o grande comunicador do Pai. Ele veio ao mundo não para fazer a própria vontade, mas veio como enviado do Pai para realizar as obras de Deus, e ele foi fiel à sua missão. E a missão que o Pai atribuiu a Jesus é uma missão salvífica: a missão de retirar a humanidade do reino das trevas e introduzi-la no reino da luz. Ser cristão significa ouvir as palavras de Jesus, reconhecer o caráter divino que está presente nela, sentir-se apelado por ela para não mais viver nas trevas do erro, do pecado e da morte, mas sim na luz da verdade, da vida e do amor e responder de forma positiva a este apelo para que, crendo nas palavras de Jesus, creiamos firmemente naquele que o enviou para a nossa salvação.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

JESUS, LUZ DO MUNDO

A presença de Jesus no mundo tem um objetivo bem preciso: ser luz para a humanidade mergulhada nas trevas do pecado. Portanto, presença de salvação! A missão de Jesus insere-se na longa história de relacionamento do ser humano com Deus – da criatura com o seu Criador –, história pontilhada de infidelidade e insensatez por parte da criatura, e de fidelidade e esperança de reconciliação, por parte do Criador. A correta compreensão da identidade de Jesus exige situá-lo no contexto das iniciativas salvíficas de Deus.
Assim, torna-se compreensível por que a pregação de Jesus faz constantes referências ao Pai. Crer no Filho leva necessariamente à crer no Pai. A credibilidade de um enviado está em estreita relação com a credibilidade de quem o enviou. Foi por esta razão que Jesus afirmou: "As coisas que digo a vocês, eu as digo como o Pai mas disse a mim". E mais: quem o rejeita, na qualidade de enviado, será julgado por quem o enviou – o Pai –, já que sua missão consiste em salvar e não em condenar.
O discípulo prudente deixa-se iluminar pelo Mestre, por saber-se iluminado por Deus. Caminhando como discípulo da luz, estará em condições de desmascarar as artimanhas do príncipe das trevas que insistem em fazê-lo desviar-se do caminho para o Pai.
Quem, pelo contrário, rejeita a luz oferecida por Jesus, torna-se inimigo de Deus, pois se recusa a aceitar sua proposta de salvação. E caminhará para o julgamento!
Oração
Pai, como discípulo da luz, quero deixar-me sempre guiar por teu Filho. Só, assim, as ciladas do demônio não prevalecerão sobre mim. Vem em meu auxílio!
FONTE: dom total


30 de Abril de 2015

Jo 13,16-20

Comentário do Evangelho

A configuração da vida do servo ao seu Senhor

A última ceia de Jesus com os seus discípulos é uma ceia de adeus em que ele deixa suas últimas vontades: fração do pão como memorial e o serviço fraterno. É durante a última ceia e depois de lavar os pés dos discípulos que Jesus pronuncia essas palavras que lemos no evangelho de hoje. Máxima semelhante ao enunciado no v. 16 nós encontramos em Mateus 10,24- 25. Um dos aspectos do discurso de Jesus depois de lavar os pés de seus discípulos é apresentar o específico do discípulo. Em nosso caso há dois aspectos a ressaltar: o discípulo é servo e, como tal, renuncia a todo desejo de poder e prestígio. A consciência de sua condição de servo e a vida coerente com essa vocação é o caminho da felicidade. Na configuração da vida do servo ao seu Senhor está a felicidade. Para o relato, a predição da traição de Jesus por parte de um dos discípulos tem por finalidade prevenir os discípulos e, com isso, o leitor contra o escândalo que pudesse levar a certo esmorecimento, ao mesmo tempo em que dá uma chave de leitura para compreender o fato (cf. Sl 41,10). É, inclusive, um modo de dizer que a Escritura se cumpre em Jesus. Até mesmo a traição pode ser ocasião de fé na pessoa de Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus!
FONTE: PAULINAS

Meditando o Evangelho

SERVO E ENVIADO

Os discípulos relutavam em aceitar que o Mestre Jesus lhes lavasse os pés. Este gesto foi interpretado como uma quebra de hierarquia e esvaziamento da autoridade. É que eles pensavam a sociedade organizada em camadas sociais, sobrepostas segundo a importância de cada uma, num sistema de precedências e privilégios.
Jesus recusou-se a pactuar com esta mentalidade, oferecendo-lhes pistas para compreenderem a realidade de maneira diferente. Ele parte do princípio que "o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou". Isto vale tanto para o Mestre quanto para os discípulos.
Entretanto, trata-se de saber que senhor é aquele que enviou Jesus, segundo a  afirmação do Mestre. Sem dúvida, ele está falando do Pai, que fez de Jesus servo e enviado, e que acolhe também os discípulos do Filho como servos e os envia em missão. Se é possível falar em hierarquia, convém saber que só existe uma: a que sobrepõe Deus ao ser humano, o Criador à sua criatura. Além desta, qualquer tentativa de classificar as pessoas em mais ou em menos importantes será sem cabimento. Quem se imagina superior aos demais está usurpando o lugar de Deus. Só ele é o Senhor; todos nós somos irmãos e irmãs.
Nesta perspectiva, o gesto de humildade de Jesus é perfeitamente compreensível. Ele agiu como servo, por ser servo. E, como ele, todos devem agir, pois também são servos. Portanto, o gesto de Jesus só é incompreensível para quem não pensa como Deus.
Oração
Pai, inculca no meu coração a certeza de que só tu és Senhor, e que entre os seres humanos deve reinar igualdade e solidariedade, sem opressão.
FONTE: dom total


 

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