quinta-feira, 10 de julho de 2014

Santo Eugênio III - 08 de Julho





Santo Eugênio, zelava pela salvação das almas

Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.
O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.
Santo Eugênio, rogai por nós!
O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.
Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.
Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.
Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.
Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.
Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.
Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.
Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.
Beato Eugênio III

NascimentoPor volta de 1108
Local nascimentoMontemagno, entre Pisa e Lucca.
OrdemPapa (Monge, ordem de São Bernardo)
Local vidaRoma
EspiritualidadeApós ocupar um cargo na cúria episcopal de Pisa, ingressou em 1135 no mosteiro cisterciense de Claraval. Tomou o nome de Bernardo, e São Bernardo foi seu superior naquele mosteiro. Quando o Papa Inocêncio II pediu que alguns cistercienses fossem a Roma, São Bernardo o enviou como chefe da expedição. Os cistercienses se estabeleceram na convento de São Anastácio (Tre Fontane). Após a morte do Papa Lucio II, em 1145, os cardeais escolheram para o suceder e como novo Pontífice mudou o nome para Eugênio e foi consagrado no mosteiro de Farfa. Em janeiro de 1147, aceitou feliz o convite que lhe fez Luis VII para pregar a cruzada na França. Na segunda cruzada não tiveram bons resultados. O Papa permaneceu na França até que o clamor popular pelo fracasso da cruzada lhe tornou impossível permanecer mais nesse lugar. Durante sua estadia naquele país, presidiu os sínodos de Paris, Tréveris e Reims, que se ocuparam principalmente em promover a vida cristã; também fez quanto pode para reorganizar as escolas de filosofia e teologia. Em maio de 1148 voltou a Itália e excomungou a Arnoldo de Brescia (quem em suas piores momentos era u dos líderes demagogos doutrinários de épocas posteriores). São Bernardo dedicou ao Sumo Pontífice seu tratado ascético "De Consideratione", onde afirmava que o Papa tinha como principal dever atender às coisas espirituais e que não devia deixar-se distrair demasiadamente com assuntos que correspondiam a outros. Eugenio III partiu de Roma e permaneceu dois anos e meio na Companhia, procurando obter o apoio do imperador Conrado III e de seu sucessor, Federico Barbarroja. Após sua morte, seu culto foi aprovado em 1872. São Antonio de Pádua o ressalta como a "um dos maiores Pontífices e um dos que mais sofreu".
Local morteTívoli - Roma
Morte08 de julho de 1153
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoDeus eterno e todo-poderoso, quiseste que Beato Eugênio III governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
DevoçãoÀ proteção da Igreja.
PadroeiroDos perseguidos pela causa de Cristo
Outros Santos do diaAbúndio de Córdoba (Márt.); Adriano e Eugênio III (Papas); Agresto, Alberto, Alício, Ampélio, Apolônio, Áquila e Priscila; Auspício (bispo); Benedita, Quiiliano, Colomano e Totmano (márts.); Disbodo (er.); Edgar, Epícteto e Astão (reis); Feliciano Iluminado, Valério (ers.); Heráclio, Itério (bispos); Parnério, Procópio (márts.).
FONTE: ASJ

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