Santo
Frediano
Século VI
Século VI
Frigianu ou Frigdianus,
assim os registros antigos indicam seu nome, teria nascido na Irlanda, numa
data desconhecida do século IV. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal
como peregrino e estudante, com destino a Roma. Mais tarde, existe a notícia de
sua permanência na Itália, nos arredores da cidade de Luca, na Toscana, vivendo
como ermitão.
A presença do monge foi notada pela população
tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava
a cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à
sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e
liderança.
O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Certamente, um fato inusitado.
O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Certamente, um fato inusitado.
Utilizou toda a ciência que possuía sobre
matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As
suas ações logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que o
celebrizou, foi o que cita o desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente
beneficio causado a toda a zona rural de Luca. Segundo a tradição, Frediano
traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as
águas se canalizaram imediatamente. Conduziu o rebanho de sua diocese com muito
zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável, na busca de
esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. O bispo
Frediano morreu no dia 18 de março de 588.
A partir de então, a fama de santidade de Frediano
e o célebre episódio do rio Serchio expandiram-se e a sua devoção se fez ainda
mais intensa. Foi até citada no livro "Diálogos", escrito pelo papa
São Gregório Magno, seu contemporâneo. Também as congregações que se
estabeleceram na sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.
Depois, o impulso veio do fato de, em pleno
período medieval, para evitar saques por parte dos piratas e invasores, o corpo
de são Frediano ter sido sepultado num lugar escondido no cemitério da igreja.
E ele só foi localizado por acaso, muitos meses depois, durante o sepultamento
de uma jovem, que quase foi colocada onde era o seu túmulo.
Tempos depois, sua obra floresceu na bem antiga e
pequena comunidade monástica, os conhecidos "Cônegos de São
Frediano", os quais o bispo Anselmo de Baggio, quando se tornou papa
Alexandre II, indicou para dirigir o Mosteiro de São João de Luterano, em Roma.
A sua festa ocorre no dia 18 de novembro, data que
recorda o traslado das suas relíquias, no século XI, para a atual Basílica de
São Frediano, em Luca.
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