O ano de 314 inaugura um
novo capítulo na história da Igreja. Constantino, depois de haver restituído a
paz à Igreja, quis assegurar-lhe o triunfo também exterior sobre as antigas
divindades dos pagãos, multiplicando os edifícios do culto cristão. De
Constantino a Justiniano nascem as grandes basílicas sob o modelo das basílicas
civis.
A basílica de Latrão (cuja dedicação é celebrada
em 9 de novembro) e depois a basílica vaticana tornaram-se o sinal do triunfo
do cristianismo. A dedicação da basílica de São Pedro foi feita pelo papa
Silvestre (314-335), e a da basílica de São Paulo, pelo papa Sirício (384-399).
A memória de sua dedicação não pretende tanto
celebrar a finalização do edifício material, que se prolongou nos séculos com
várias restaurações, quanto oferecer uma ocasião de refletir sobre a figura e a
obra dos dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo. Ambos os nomes e sobretudo sua
obra de evangelização estão ligados à cidade de Roma, onde deram o supremo
testemunho a Cristo com a efusão do próprio sangue.
Roma compartilha com Jerusalém e com Antioquia o
privilégio de ter hospedado Pedro durante a pregação. Em Roma Pedro teria
vivido 25 anos antes de enfrentar o martírio.
Sua pregação tinha por tema Jesus, a lembrança do
tempo passado junto com ele: “Fomos testemunhas oculares da sua grandeza”,
escreve na sua segunda carta, e “essa voz nós a ouvimos descer do céu enquanto
estávamos com ele sobre o seu santo monte”.
Sob o altar da confissão da basílica vaticana é
conservado o túmulo de Pedro crucificado durante a perseguição desencadeada
pelo imperador Nero. As escavações mandadas fazer por Pio XII debaixo da
basílica permitiram identificar o lugar da sepultura do príncipe dos apóstolos.
Nenhuma dúvida, ao contrário, quanto ao túmulo de são Paulo, guardado na
basílica a ele dedicada. Quanto à realidade da pregação feita na Cidade Eterna,
temos o testemunho direto na Carta aos Romanos.
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