quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Foi apresentado o documento preparatório para o Sínodo da Família 2014

Dom Lorenzo Baldisseri (foto Grupo ACI)

VATICANO, 05 Nov. 13 / 02:07 pm (ACI/EWTN Noticias).- Nesta manhã no Escritório de Imprensa da Santa Sé se apresentou o documento preparatório da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos cujo tema é "Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização" que acontecerá no Vaticano de 5 a 19 de outubro de 2014.
Fizeram a apresentação o Cardeal Péter Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapeste (Hungria), Dom Lorenzo Baldisseri, e Dom Bruno Forte, Arcebispo de Chieti-Vasto (Itália), respectivamente Relator Geral da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos e Secretário especial desta assembleia extraordinária.
Dom Baldisseri explicou que a temática deste Sínodo se insere no contexto de "um itinerário de trabalho em duas etapas: a primeira é, precisamente, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014 cujo propósito é especificar o ‘status quaestionis’ e recolher testemunhos e propostas dos Bispos para anunciar e viver de maneira fidedigna o Evangelho para a família; a segunda é a Assembleia Geral Ordinária, prevista para 2015, cujo fim é dar as linhas de ação para a pastoral da pessoa humana e da família".
Depois recordou que embora o processo de elaboração de cada assembleia sinodal comece com uma consulta entre os diversos organismos que são interpelados sobre o tema em questão, neste caso, entretanto, "este processo se desenvolve em formas particulares, seja porque a metodologia sinodal se encontra na atualidade em um momento de revisão geral, seja porque se trata de uma Assembleia Extraordinária".
Quanto à renovação metodológica, "a ideia é fazer que a instituição sinodal seja um instrumento real e efetivo de comunhão através do qual se expresse e se realize a colegialidade desejada no Concílio Vaticano II".
"De fato, com este fim, é vontade do Santo Padre potencializar também a atividade da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos para que possa cumprir adequadamente sua missão de promover a colegialidade episcopal, ‘cum Petro et sub Petro’, no governo da Igreja universal. Isto implicará não só mudanças estruturais e de natureza metodológica do processo sinodal, como também a adaptação funcional da Secretaria Geral, incluindo a recuperação do espaço físico de sua sede".
Ao que se refere ao caráter extraordinário da próxima assembleia sinodal é de assinalar que "este tipo de sínodos respondem à necessidade de tratar uma matéria que, apesar de referir-se ao bem da Igreja universal, exige uma rápida definição. É evidente que a crise social e espiritual do mundo atual afeta a vida familiar e cria uma verdadeira urgência pastoral que justifica a convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária".
O Cardeal Erdo assinalou que no documento preparatório "a família aparece como uma realidade que procede da vontade do Criador e constitui uma presença social, portanto, não é uma mera invenção da sociedade humana, muito menos de qualquer poder puramente humano, mas é uma realidade natural, que foi elevada por Cristo Nosso Senhor no contexto da graça divina. O documento, assim como a Igreja mesma, une estreitamente a problemática da família com a do matrimônio".
O Cardeal revisou todas as questões abordadas no texto, desde a preparação para o matrimônio e a evangelização dos cônjuges e de suas famílias, até as uniões de fato sem reconhecimento religioso ou civil, a situação dos divorciados católicos que voltaram a casar ou as uniões entre pessoas do mesmo sexo, passando pelos procedimentos de nulidade matrimonial.
Entretanto, afirmou, todo o questionário que se enviou às conferências episcopais de todo o mundo "coloca-se em um contexto mais elevado: além dos problemas existentes, abre o horizonte para o reconhecimento do fato de que a família é um verdadeiro dom do Criador à humanidade".
Por último, o Arcebispo Bruno Forte recordou que o enfoque para abordar os desafios da vida familiar na atualidade é o que o Beato João XXIII anotava no seu diário pouco antes da abertura do Concílio Vaticano II: "olhar tudo à luz do ministério pastoral, quer dizer: almas que salvar e que reconstruir".
"Não se trata, definitivamente -disse-, de debater assuntos de doutrina, por outro lado explicadas já pelo Magistério também recente. O convite que deriva para toda a Igreja é escutar os problemas e expectativas que estão vivendo hoje em dia tantas famílias, mostrar-se próximo delas e oferecer-lhes de forma que se possa acreditar a misericórdia de Deus e a beleza da resposta ao seu chamado".

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