6 de Novembro de 2013
Ano C

Lc
14,25-33
Comentário do Evangelho
A opção por Jesus é uma atitude radical.
Quais
são as condições exigidas para seguir Jesus? Para seguir Jesus é preciso uma
atitude radical: “... renunciar a tudo o que tem” (v. 32) – esta é a condição
para ser discípulo de Cristo.
Entre os vv. 25 e 33 há uma inclusão, isto é, o
tema que será desenvolvido entre estes dois versículos através das duas
parábolas (vv. 28-30; 31-32). Nas parábolas, trata-se de prever, de medir
forças, de saber calcular os riscos. Trata-se, noutras palavras, de sabedoria,
de adequar as ambições aos meios de que se dispõe.
Para seguir Jesus é preciso fazer uma escolha. Em
primeiro lugar, estar disposto ao desapego. Sem desprezar a quem se ama, os
familiares, é preciso não permitir que eles se constituam em obstáculo para o
seguimento de Cristo. Se assim fosse, não seria amor verdadeiro, mas possessão.
Mas o desapego tem de ser, em primeiro lugar, da
própria vida. Em segundo lugar é preciso aceitar o risco do seguimento de
Cristo, a saber, a perseguição, o sofrimento. É exatamente isto que significa
“carregar a cruz” (v. 27). Em terceiro lugar, é preciso renunciar aos bens.
Trata-se, então, de renunciar às seguranças afetivas e materiais, como
exigência do seguimento de Jesus Cristo.
A quem se dispõe a seguir Jesus, desde o início, é
exigido renunciar a tudo que possa ser um obstáculo para se colocar livremente
a serviço do Reino de Deus. A segurança do discípulo é, antes de tudo, seu
Senhor.
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, reforça minha
disposição a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto possa abalar a
solidez de minha adesão a ti e a teu Filho Jesus.
Vivendo a Palavra
Não se trata de amar menos os parentes, mas de
assumir de tal maneira o Amor de Jesus, que toda a Criação estará incluída nele
– também os parentes – e ainda de forma muito mais perfeita, sem escolhas e sem
discriminações. Nós estaremos vivendo o Amor Evangélico, Amor Universal
inspirado pelo Espírito.
Recadinho

Procuro
viver desapegado das coisas deste mundo? - Assumo as cruzes de cada dia com
espírito de fé, buscando forças em Deus? - Em meio às cruzes da vida, que lugar
ocupa Nossa Senhora em meu coração? - Encontro meios de me fazer presente
ajudando meu próximo a enfrentar as cruzes da vida? - Tenho pelo menos um
crucifixo em minha casa? Onde fica?
Padre Geraldo Rodrigues,
C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE
06 DE NOVEMBRO - QUARTA
4 - Qualquer um de
vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo! Padre
Queiroz
Liturgia comentada
A sua cruz... (Lc 14,25-33)
Sim, Jesus não fala de uma cruz qualquer. Fala daquela cruz que cabe a cada um de nós. “Quem não carrega a SUA cruz, não pode ser meu discípulo.” E é muito estranho que esta verdade possa espantar alguém. Afinal, se o Mestre e Senhor morreu crucificado, abraçado à SUA cruz, por que motivo nós iríamos segui-lo com as mãos abanando? Seria possível imaginar um cristianismo sem cruz?
Creio que estamos diante de um véu íntimo, uma cegueira interior que nos impede de olhar de frente a cruz. Muitas vezes, fiz a seguinte experiência: falando a um grupo de católicos, pergunto o que é que Santa Teresinha do Menino Jesus tem nas mãos, em suas imagens. Um coral uníssono responde: rosas! De fato, lá estão as rosas... Mas por que será que nunca me respondem: a cruz? Pois lá está, bem visível, a figura do Crucificado, pregado à sua cruz...
Parece que nossos olhos não querem ver a evidência: nosso Fundador “perdeu”. Morreu crucificado, após terríveis sofrimentos físicos e morais. Seus apóstolos foram todos martirizados. Ainda hoje, por este mundo afora, os fiéis sofrem perseguições e prejuízos de toda ordem. O sistema dominante, centrado no lucro e no poder, tem gana do cristão.
Quantas queixas eu tenho ouvido dos que se dizem seguidores de Jesus! “Vejam só o que fizeram comigo! Ninguém me valoriza nesta comunidade... Fiz tanto por aquela paróquia e, agora, me substituíram! Tantos anos de trabalho e me trocaram por alguém mais jovem (ou mais letrado... ou mais influente...).”
Fica evidente que esses “fiéis” não estavam lá por amor a Deus. Não prestaram aquele serviço como quem servia amorosamente a Jesus Cristo. Queriam aplausos e reconhecimento. Esperavam uma contrapartida das pessoas. No fundo, não queriam a cruz...
Madre Teresa de Calcutá, mergulhada no mundo dos pobres, assim nos ensina: “O sofrimento jamais desaparecerá completamente de nossa vida. Portanto, não tenham medo. O sofrimento é grande veículo de amor se o desfrutarem e, sobretudo, se o oferecerem pela paz do mundo. O sofrimento em si é inútil, mas o sofrimento partilhado com a paixão de Cristo é dom maravilhoso e sinal de amor.”
Afinal, quando abraçaremos a nossa cruz?
Orai sem cessar: “Completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo.” (Cl 1,24)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
O amor deve ser o compromisso principal da
nossa vida
O amor deve ser o compromisso principal da
nossa vida, deve ser o empenho que move as forças do nosso coração e da nossa
alma.
“Irmãos, não ficais devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo
– pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei” (Rm 13,8).
Queridos irmãos e irmãs, a liturgia de hoje nos convida a duas
realidades. A primeira é a realidade do amor; a segunda, do desapego para ser
livre para o Reino de Deus. É possível vivermos as duas coisas? É possível e
precisamos vivê-las intensamente. Não podemos negar nem dever nosso amor a
ninguém; aliás, é uma dívida que nós sempre teremos uns para com os outros,
porque se nós amamos, ainda não amamos o bastante. Precisamos amar com mais
intensidade o nosso próximo.
Essa deve ser a nossa única dívida, a qual devemos, a cada dia,
nos empenharmos em saldá-la. Saldar aquelas dívidas que nós temos de atenção
para com o outro – alguém que precisamos visitar, que precisamos perdoar, nos
fazer presente na vida dessa outra pessoa. Como precisamos viver com
intensidade esse amor ao próximo, esse amor ao irmão!
O amor deve ser o compromisso principal da nossa vida, deve ser
o empenho que move as forças do nosso coração e da nossa alma. Mas para que
possamos viver a intensidade desse amor, devemos amar a Deus acima de todas as
coisas. Se alguém quer amar o Senhor, mas ama seu pai, sua mãe, sua esposa,
seus filhos e até a sua própria vida mais do que ama a Deus, não pode se tornar
discípulo do Senhor.
Nós perguntamos assim: Precisamos deixar de amar os nossos? Não.
É o contrário. Nós temos é que aprender amar os nossos com amores que vem do
coração de Deus. Então, precisamos, primeiro, renunciar esse amor pegajoso, o
qual, muitas vezes, nos mantêm dependentes demais uns dos outros e não nos
permite crescer. Temos de nos encher do amor de Deus, porque quando amamos o
próximo – nosso pai, nossa mãe, amamos aqueles que Deus colocou em nossa vida.
Com esse amor que vem do Senhor, amamos com mais intensidade, com mais verdade,
com mais caridade. Esse amor não será tão doentio, não nos deixará escravos,
não nos deixará tão dependente.
É verdade que precisamos nos dedicar para cuidar dos nossos. A
mulher tem que amar intensamente o seu marido e vice-versa, os pais têm que
amar seus filhos e estes amar seus pais, e nós temos de nos amar uns aos outros,
cada um na sua medida e proporção. A mulher não pode nunca deixar de cuidar da
sua casa, do seu marido; e o marido não pode trocar nenhum outro amor pelo amor
da sua esposa, pois este amor é sacramentado em Deus.
Pai, mãe, vocês amarão melhor, terão forças para amar o seu
companheiro ou a sua companheira com esse amor que vem do coração de Deus,
porque o amor humano é muito limitado, se machuca com muita facilidade,
rompe-se com certa banalidade. Mas quando nos enchemos, nos preenchemos com o
amor que vem do coração de Deus, o nosso amor se torna mais intenso, mais vivo
e mais autêntico.
Que nós hoje nos enchamos do amor de Deus para nos amarmos uns
aos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
LEITURA ORANTE
Lc 14,25-33 - Um "sim" que compromete

Preparo-me para a Leitura Orante,
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com
todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a
Santíssima Trindade, perfeita rede de comunicação:
Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este
dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu
possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os
contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas
famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora
para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para
amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos
conflitos.
Precisamos de teu contato para curar
feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua
presença
Para aprendermos a partilhar e
abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida,
tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 14,25-33
- As condições para ser seguidor de Jesus
Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se
para eles e disse:
- Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar
mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus
irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não
estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês
quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver
se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não
pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar
dele, dizendo: "Este homem começou a construir, mas não pôde
terminar!"
- Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que
vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte
para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar
mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar
condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
- Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que
tem.
Jesus Mestre fala claro sobre as
exigências para quem se decide a segui-lo. Esta decisão supõe prontidão,
desprendimento de outros vínculos, e ainda, a disposição a enfrentar o
desconforto. É assim, se quiser seguir o Senhor. Jesus ilustra isto com duas
parábolas: a do homem que decide construir uma torre e a do rei que se prepara
para um combate. Em ambos os casos, o Mestre fala da necessidade de lançar
bases, de preparar.
Jesus Mestre recomenda, através da parábola, a “se sentar e calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada, reflexão, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai custar”, supõe investimento de valores, sendo o primeiro deles “amar a Jesus” Mais do que tudo, até mais que “a si mesmo”. Supõe como diz o final deste texto, “deixar tudo o que tem”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida.
Jesus Mestre recomenda, através da parábola, a “se sentar e calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada, reflexão, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai custar”, supõe investimento de valores, sendo o primeiro deles “amar a Jesus” Mais do que tudo, até mais que “a si mesmo”. Supõe como diz o final deste texto, “deixar tudo o que tem”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O meu Projeto de vida é o do Mestre
Jesus Cristo?
Ou tenho olhado noutra direção?
No Documento de Aparecida, os
bispos disseram: “Parecidos com o Mestre. A admiração
pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta
consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de
toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um
“sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a
Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o
amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece
neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57). (DAp 136.)
E eu me interrogo:
Sinto-me uma
pessoa parecida com o Mestre?
Como respondo ao seu chamado e olhar de amor?
Como é minha adesão, o meu “sim” realmente me compromete
com Jesus Caminho,
Verdade, Vida?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e
concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas
pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim.
Amém.
(Bv Alberione)
(Bv Alberione)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado
pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração e no coração das demais
pessoas.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, dá-nos a aceitação alegre da nossa própria cruz, e também força e
sabedoria para ajudar os companheiros a carregar seus fardos, tornando-nos para
eles fontes de Esperança – que é a certeza de que tu não apenas nos esperas no
fim da jornada, mas caminhas conosco. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

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