sexta-feira, 12 de julho de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/07/2013

13 de Julho de 2013

Ano C


Mt 10,24-33

Comentário do Evangelho

O medo é contrário à fe

Os versículos 24 e 25 são o centro do discurso sobre a missão. Trata-se da identificação do discípulo com seu mestre; da dependência radical do servo ao seu Senhor. Toda a vida cristã deve ser vivida nesse dinamismo de identificação entre o enviado e Aquele que envia.
O ideal para o discípulo, na vida cristã, é a configuração de sua vida com Jesus Cristo: “... ao discípulo basta ser como o seu mestre, o servo como seu Senhor” (v. 25a). A causa da perseguição dos discípulos é sua identificação com o Mestre.
“Não tenhais medo” (vv. 26.28.31). O medo não pode inibir a proclamação tipicamente cristã, nem intimidar a palavra, pois ela está destinada às pessoas às quais se é enviado. O medo, não nos esqueçamos, é contrário à fé. Enquanto não superarmos o medo, não seremos suficientemente livres para nos deixarmos conduzir pelo Espírito de Deus.
Carlos Alberto Contieri,sj

Vivendo a Palavra


Nosso Mestre valoriza o testemunho que damos do Reino do Céu – não só confessando que acreditamos nele, mas vivendo a justiça, a fraternidade e a misericórdia com todos os peregrinos que o Pai colocou ao nosso lado na caminhada por este planeta abençoado que devemos usufruir e preservar.

Reflexão

Aos homens, é impossível entrar no Reino de Deus, mas para Deus, tudo é possível. A salvação não é obra nossa, é ação divina sobre todos nós e é gratuidade do amor misericordioso do nosso Deus que vem ao nosso encontro. Mas, se é obra divina, por que devemos desenvolver o trabalho evangelizador? É porque o próprio Deus, que é amor infinito e poderia ter feito tudo sozinho, quis que todos nós participássemos da divina missão da salvação da humanidade, fazendo de todos nós colaboradores seus. Para nós, cabe corresponder a esse amor através do nosso sim e do anúncio desse Deus amoroso a todas as pessoas.

Meditação

Ao longo de meus dias, o que mais temo? - Nem tudo depende de mim, mas posso fazer alguma coisa para melhorar o mundo? O que, por exemplo. - Para melhorar o mundo em que vivo, por onde devo começar? - Faço minha parte para que haja paz e compreensão? - Dou testemunho do Evangelho? Como e quando?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Ser Cristão é sempre um risco...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Muitos nos dias de hoje, ainda confundem cristianismo com a “Pax Romana”, vivem mudando de igreja e um dia afirmam convictos “Nessa igreja eu me sinto em paz...” As palavras de Jesus neste evangelho acaba com essa ideia errônea de que, a pertença á Igreja significa refúgio seguro, livres de qualquer tempestade. E realmente há muitos que se “escondem” nas comunidades, pastorais e movimentos, achando que ali estão a salvos dos males do mundo, e basta esperarem o final dos tempos, porque o “jogo” está ganho, e a salvação é certa.

Jesus pede para que não nos escondamos, mas que façamos o anúncio á luz do dia, de cima dos telhados, sem medo. Na América latina ainda temos o privilégio de professarmos livremente a nossa Fé, vivendo em nossas comunidades, mas há regiões do mundo onde isso não é permitido, as igrejas são invadidas, destruídas, incendiadas, e seus membros, homens, mulheres, jovens e crianças, são mortos de maneira covarde.

O pensamento e o espírito do evangelho serão sempre combatidos pelas forças contrárias, os poderes do mal pensam de maneira ingênua como pensaram os opositores de Jesus, que a morte do anunciador do evangelho é o fim do projeto cristão, e por isso Jesus lembra que o Pai não descuida um momento sequer, dos que combatem pelo Reino.

E poderíamos concluir com uma frase bela e bastante conhecida, que nesse caso é autêntica e verdadeira “Os poderosos poderão arrancar algumas flores, mas não conseguirão impedir que o jardim floresça”. Exatamente assim é o Reino de Deus.

2. O medo é contrário à fé
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)

O texto do evangelho é composto de duas partes: uma controvérsia sobre o jejum (vv. 14-15), seguida de duas pequenas parábolas (vv. 16-17).

Os versículos 24 e 25 são o centro do discurso sobre a missão. Trata-se da identificação do discípulo com seu mestre; da dependência radical do servo ao seu Senhor. Toda a vida cristã deve ser vivida nesse dinamismo de identificação entre o enviado e Aquele que envia.

O ideal para o discípulo, na vida cristã, é a configuração de sua vida com Jesus Cristo: "... ao discípulo basta ser como o seu mestre, o servo como seu Senhor" (v. 25a). A causa da perseguição dos discípulos é sua identificação com o Mestre.

"Não tenhais medo" (vv. 26.28.31). O medo não pode inibir a proclamação tipicamente cristã, nem intimidar a palavra, pois ela está destinada às pessoas às quais se é enviado. O medo, não nos esqueçamos, é contrário à fé. Enquanto não superarmos o medo, não seremos suficientemente livres para nos deixarmos conduzir pelo Espírito de Deus.
ORAÇÃO
Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com coragem.

3. A QUEM TEMER?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A dura realidade da missão encheria de temor o coração dos apóstolos. A proclamação da Boa-Nova do Reino em cima dos tetos teria como efeito atrair o ódio mortal dos inimigos. Como conseqüência do temor, ficariam bloqueados diante dos perseguidores, e se poriam em fuga.

Esta situação colocava os apóstolos num verdadeiro dilema: a quem temer? A Deus, senhor do Reino, a cujo serviço se tinham posto, a partir do mandato recebido de Jesus, ou aos adversários, que intentavam tirar-lhes a vida? Que fazer: seguir em frente, sem se deixar intimidar, sofrendo as conseqüências deste gesto de coragem e buscando ser fiel a Deus ou fugir da missão e acomodar-se, pressionados pela violência dos inimigos?

A resposta de Jesus é bem pragmática. O máximo que os perseguidores podem fazer é tirar a vida física dos apóstolos. Mas, perigo maior, seria perder a vida eterna. Isto pode acontecer a quem se mostra infiel a Deus. A ação dos adversários atinge um nível superficial – o corpo –, ao passo que a ação de Deus toca no mais profundo da existência humana – a alma. Logo, o discípulo deve discernir bem a quem deverá temer.

Jesus encorajou os apóstolos a confiarem na Providência divina. Suas vidas estavam nas mãos do Pai, que cuida de cada um, com todo o carinho. É quanto basta para não terem medo de enfrentar os adversários. Temer, só a Deus!
Oração
Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com coragem.
Testemunhar o Evangelho com convicção
Nosso olhar precisa estar fixo no Senhor, pois é n’Ele que colocamos a nossa confiança
“Todo aquele que se declarar a meu favor, diante dos homens, também eu me declararei a favor deles diante do meu Pai que está no céu” (Mt 10, 32)
Temos de ter coragem, ousadia e convicção para testemunhar Jesus e o que Ele fez em nossa vida, sem temer os homens. Muitas vezes, a nossa vida, a nossa convicção e a nossa fé não serão aceitas por eles.
Como diz o Evangelho, seremos rejeitados, não seremos amados nem queridos; mas, nem por isso, negaremos o nome do Senhor.
Os cristãos que querem viver uma vida de acordo com o Evangelho, de uma forma convicta e legal, sofrerão ou já estão sofrendo, assim como sofreram demais, no passado, perseguições e rejeições por parte daqueles que não aceitam nosso modo de vida.
O mais importante é não negarmos o Senhor, mesmo quando nos pressionam e nos colocam contra a parede. Nós precisamos viver com convicção a nossa fé.
Pode ser que até em nossa casa existam aqueles que não aceitarão nossa forma de viver, mas o nosso olhar precisa estar fixo no Senhor, pois é n’Ele que colocamos a nossa confiança.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo - Comunidade Canção Nova
LEITURA ORANTE

Mt 10,24-33 - Testemunhar pertença a Jesus Cristo



Preparo-me para a Leitura Orante com todos os internautas, rezando:
Senhor, Deus da vida e do amor,
enviastes o vosso Filho
para nos libertar das forças da morte
e conduzir-nos no caminho da esperança.
Movei-nos pelo dom do vosso Espírito!
Fazei-nos discípulos,
comprometidos com o anúncio do Evangelho.
Fazei-nos missionários,
caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs,
acolhendo a todos, sobretudo os jovens,
os afastados, os pobres, os excluídos.
Virgem Mãe Aparecida,
Intercedei junto ao vosso Filho,
para que sejamos fiéis ao nosso compromisso
de discípulos missionários . Amém!

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 10,24-33, e observo as recomendações de Jesus aos discípulos e missionários:
- Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor, e nenhum empregado é mais importante do que o seu patrão. Portanto, o aluno deve ficar satisfeito em ser como o seu professor, e o empregado, em ser como o seu patrão. Se o chefe da família é chamado de Belzebu, então as pessoas dessa família serão xingadas de nomes piores ainda.
- Portanto, não tenham medo de ninguém. Tudo o que está coberto vai ser descoberto; e tudo o que está escondido será conhecido. O que estou dizendo a vocês na escuridão repitam na luz do dia. E o que vocês ouviram em segredo anunciem abertamente. Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Porém tenham medo de Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Por acaso não é verdade que dois passarinhos são vendidos por algumas moedinhas? Porém nenhum deles cai no chão se o Pai de vocês não deixar que isso aconteça. Quanto a vocês, até os fios dos seus cabelos estão todos contados. Portanto, não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos.
- Se uma pessoa afirmar publicamente que pertence a mim, eu também, no Dia do Juízo, afirmarei diante do meu Pai, que está no céu, que ela pertence a mim. Mas, se uma pessoa disser publicamente que não pertence a mim, eu também, no Dia do Juízo, direi diante do meu Pai, que está no céu, que ela não pertence a mim.

Jesus é claro. Quem se faz seu discípulo e missionário não é candidato a di
sputar cargos e carreira. Não pode ser uma pessoa medrosa. Deve ser transparente, confiar em Deus e ser disponível. “Vocês valem mais do que muitos passarinhos a quem o Pai tem cuidado especial”. Importa afirmar com a nossa vida e nossas palavras que pertencemos ao Reino de Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como é meu seguimento de Jesus Cristo?
O bispos, em Aparecida, disseram: 
A Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes (cf. Mt 9,35-36). Ele, sendo o Senhor, fez-se servo e obediente até a morte de cruz (cf. Fl 2,8); sendo rico, escolheu ser pobre por nós (cf. 2 Cor 8,9), ensinando-nos o caminho de nossa vocação de discípulos e missionários. No Evangelho aprendemos a sublime lição de ser pobres seguindo a Jesus pobre (cf. Lc 6,20; 9,58), e a de anunciar o Evangelho da paz sem bolsa ou alforje, sem colocar nossa confiança no dinheiro nem no poder deste mundo (cf. Lc 10,4 ss). Na generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho.” (DAp 31).
Sou transparente e confio em Deus que cuida de mim?
Levo o Reino para outras pessoas comunicando a elas do amor e misericórdia de Deus?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com uma belíssima canção do Pe. Zezinho:
Olhem os lírios do campo
Vejam como eles se vestem.
Nem Salomão que era rei,
Nem Salomão se vestia tão bem.
Olhem as aves que cantam,
Ouçam a sua mensagem.
Nem o maior dos cantores
Canta tão puro e não canta tão bem.
Se o nosso Deus veste os lírios
E alimenta a o cantor pra não perder a voz
Muito mais vai fazer por seus filhos
Nosso Deus não se esquece de nós!

CD Sereno e forte, Pe. Zezinho, scj, Paulinas COMEP

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Disseram os bispos em Aparecida: 
O olhar cristão sobre o ser humano permite perceber seu valor que transcende todo o universo: Deus nos mostrou de modo insuperável como ama cada homem, e com isso confere a ele uma dignidade infinita”(DAp 388).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


 Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para vivermos o Amor como o de Jesus de Nazaré: espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador. Que tenhamos a consciência de que o teu Reino já está em nós, ainda que não em sua plenitude, e a certeza de que um dia nele estaremos com o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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