sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dom Aguer pede prudência e honestidade aos governantes da Argentina

Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer.

BUENOS AIRES, 12 Jul. 13 / 10:48 am (ACI/EWTN Noticias).- O Arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, afirmou que a Argentina precisa da prudência e honestidade dos governantes, mas também dos cidadãos, porque ambas as ordens "são inseparáveis, tanto na orientação pessoal da própria vida quanto na ordem comunitária, na participação na vida social".
O Prelado fez esta afirmação durante a Missa Te Deum pelo aniversário da independência.
Na Catedral de La Plata, Dom Aguer explicou que "a prudência é justamente o contrário da dissimulação e do subterfúgio... e a espécie de prudência que olha o bem comum e que por isso se chama política, requer uma retidão moral que inclui o exercício de muitas outras virtudes. Não há prudência política autêntica sem honestidade, isto é, sem decência, retidão, honradez".
"A teoria das virtudes se confirma pela experiência: todos nós sabemos que nenhum país pode prosperar de modo duradouro se em lugar da prudência reina a insensatez e se nele se registrar um índice elevado de corrupção. Por outra parte, a eleição dos melhores meios por parte dos governantes e dos cidadãos, e isto é o próprio da prudência, permite orientar a vida da comunidade para o verdadeiro fim, para o bem comum", sublinhou.
Dom Aguer indicou que "esta questão a respeito da prudência e da honestidade se reflete nas dúvidas que surgem e nas discussões que se cercam em numerosos países de tradição democrática sobre o que se pode esperar de um normal funcionamento das instituições republicanas, e em especial da representação parlamentar. A decepção de muitos vai ao mesmo tempo da exigência de autenticidade, quer dizer, de sabedoria prática e de moralidade na vida pública".
Em sua homilia, o Arcebispo de La Plata também se referiu à parábola dos talentos, que "convida os ouvintes a um obrar corajoso, a enfrentar os riscos e não deixar-se paralisar pelo medo. É também uma exortação à lucidez e à laboriosidade; põe em guarda contra a preguiça e a inclinação a esquivar manhosamente os deveres que correspondem proporcionalmente a cada um. Não há direito a deixar sem fruto os dons recebidos".
Dom Aguer disse que embora o talento designe uma unidade monetária de grande valor daquele tempo, também significa em sentido alegórico os dotes, aptidões e capacidades. "Podemos aplicar esta imagem à riqueza física, cultural e histórica da Argentina, que nos foi confiada para fazê-la frutificar e que estamos dilapidando por imprudência e desfeita", indicou.
O Arcebispo também convidou os argentinos a orar a Deus pelo bem do país. "Nosso Deus, que com admirável providência governa todas as coisas, recebe com bondade as orações que Te dirigimos pela nossa pátria, para que pela prudência dos governantes e honestidade dos cidadãos, afiancem-se a concordância e a justiça, e possamos gozar de prosperidade e de paz", expressou.

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