Maria, recebeu este título
do povo russo, por sua devoção a um ícone de Nossa Senhora, de origem grega,
pintado por um artista anônimo do século XII. Começou a ser venerado e
contemplado no convento de Vzshgorod, em Kiev.
Em 1160 foi levado para a catedral da Assunção de
Vladmir. Permaneceu, por muito tempo, na cidade de Vladimir; por este motivo
leva o nome de "A Virgem de Vladimir", ou "A Virgem da Ternura
de Vladimir".
A contemplação desse ícone nos conduz a uma
experiência espiritual profunda. Leva-nos a seguir um movimento que parte dos
olhos da Virgem em direção às suas mãos. Passa das mãos de Maria para a criança
e da criança novamente para os olhos de Maria.
Os olhos da Virgem
Seus olhos olham para dentro e para fora ao mesmo
tempo. Olham para dentro, para o coração de Deus e para fora, para o coração do
mundo, revelando, assim, a unidade inescrutável entre o Criador e a criação.
Seus olhos contemplam os espaços infinitos do coração, onde alegria e tristeza
não são mais emoções contrastantes, mas transcendidas na unidade espiritual.
O olhar de Maria é acentuado pelas estrelas que
brilham em sua testa e em seus ombros. Elas fala da presença divina que permeia
seu ser. Maria está completamente aberta ao Espírito, que torna seu ser mais
interiorizado e completamente atento ao poder criador de Deus. Orando à Virgem
de Vladimir, constamos que ela nos vê com os mesmos olhos com que vê Jesus.
As mãos da Virgem
É impossível rezar durante muito tempo
contemplando o ícone sem sentir-nos atraídos por suas mãos. Uma das mãos
sustenta a criança, enquanto a outra permanece livre, num gesto aberto de
convite.
Maria é a mãe de Jesus. Todo o seu ser é Jesus.
Sua mão não ensina, nem explica e nem pede. Simplesmente oferece o seu filho
como o Salvador do mundo a todos os que estão abertos a ver Jesus com os olhos
da fé.
A mão de Maria ocupa o coração do ícone. É
indescritivelmente bela. Sua centralidade resume o ícone inteiro. Transforma a
imagem expressão do cântico de Maria: "Minha alma exalta o Senhor e meu
espírito exulta de júbilo em Deus, meu Salvador" (Lc 1, 46).
Enquanto nossa atenção vai dos olhos para as mãos
de Maria, lentamente, percebemos sua profunda paciência. Ela é a mãe paciente
que espera a hora do nosso "sim". Sua mão está sempre ali, no âmago
do mistério da Encarnação, convidando-nos a ir a Jesus.
O filho da Virgem
Ao olha longamente o ícone percebe-se o
significado de tudo o que o rodeia. É fácil notar que o filho não é um bebê. É
um sábio vestido com roupas de adulto. O rosto iluminado e a túnica dourada
indicam que o sábio é verdadeiramente o Verbo de Deus, cheio de majestade e
esplendor. É o verbo feito carne, Senhor de todos os tempos, fonte de toda a
sabedoria, princípio e fim da criação.Tudo fica claro dentro e ao redor do
filho. No filho não há escuridão.
Contemplando o rosto da criança percebemos uma luz
esplêndida que cai no lado direito do ícone, tocando delicadamente o nariz da
Virgem e iluminando o rosto do filho. Mas a luz vem também de dentro. É um
brilho interior que se projeta para fora e aprofunda a intimidade entre mãe e
filho, revelada no abraço carregado de ternura.
A criança está se dando completamente à Virgem. O
braço envolve afetuosamente mãe e filho. Os olhos da criança estão fixos nos
olhos dela. A atenção é plena. Sua boca está próxima à da mãe, oferecendo-lhe
seu sopro divino. Jesus oferece sua sabedoria divina à Mãe da humanidade.
Os olhos da Virgem chamam nossa atenção para suas
mãos; suas mãos chamam nossa atenção para a criança; e a criança nos reconduz a
ela, que fala ao Filho em nome de toda a humanidade.
Obrigada, senhor,por ser o Cristo da minha Certeza,pela mãe da Ternura que me destes....
ResponderExcluirAmém!!!!
ExcluirBoa tarde Marlene Maria da Silva Rodrigues.
Uma santa e abençoada segunda.
Uma excelente semana.
Obrigada pelo comentário/oração.
DEUS TE ABENÇOE SEMPRE.