sábado, 15 de junho de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/06/2013

16 de Junho de 2013

Ano C




Lc 7,36-8,3

Comentário do Evangelho


A identidade de Jesus, profeta

O texto do evangelho está situado na primeira parte do evangelho segundo Lucas, onde a questão é a identidade de Jesus. Especificamente, nesta parte de ele ser profeta. Jesus é convidado para um jantar na casa de um fariseu de nome Simão. Uma pecadora da cidade entra na casa e lava os pés de Jesus com as suas lágrimas, enxuga-os com seus cabelos e os unge com perfume (vv. 37-38). Aqui em nosso texto, esta sua identidade de profeta é posta em questão pelos fariseus: “Se este homem fosse profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!” (v. 39). O que significam os gestos da mulher? Quem perdoa os pecados, Jesus ou Deus?

Nos vv. 41-42, Jesus, para responder à objeção do fariseu, conta uma parábola que não se aplica adequadamente ao contexto imediato. A parábola visa ressaltar a gratuidade do credor – é ele quem perdoa, não importa qual seja a dívida. No v. 47, lemos: “Teus pecados estão perdoados”. O passivo divino empregado indica que é Deus quem perdoa, e Jesus é quem anuncia este perdão. Deus perdoou a mulher por sua fé em Jesus. Os gestos da mulher não são simplesmente um sinal de arrependimento, mas profunda fé naquele para quem ela oferece tais gestos. Ela crê em Jesus, o médico, que chama os pecadores à conversão (cf. 5,31-32). Isto não significa que o perdão é devido à fé, mas que a fé é necessária para acolher o dom do perdão. A fé purifica. A resposta à gratuidade do perdão recebido será o amor por Jesus, expresso no seguimento e na ajuda dada a Jesus e seus discípulos (cf. 8,1-3).
Carlos Alberto Contieri, sj

Vivendo a Palavra
Jesus diante do fariseu: o perdão e a justiça contábil; o amor fraterno e a letra da Lei. Numa revisão honesta de nossa vida, de que lado nós temos nos colocado através de nossas atitudes diante dos companheiros de viagem por este planeta encantado? Somos capazes de perdoar, de cuidar desinteressadamente, de escutar o irmão?


Ambientação:

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos como comunidade cristã para celebrar a fé no Filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós. O centro de nossa celebração é Cristo, que não morreu em vão; pelo contrário, sua morte nos inocentou das culpas. A fé no mistério pascal, celebrado na Eucaristia, nos leva a exclamar com Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim". Celebrando a Eucaristia, tomamos consciência de nossos pecados e fraquezas. Porém, nenhum crime está excluído do perdão de Deus. Sendo, portanto, a Eucaristia memorial do amor de Deus que perdoa, celebrá-la significa sermos gratos ao Senhor, pois ele perdoa porque ama. Junto com todos os sofredores e marginalizados, acolhamos a salvação que Deus nos oferece em Jesus, que a todos valorizava.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebremos, na festa da Eucaristia, o dom do perdão dos pecados concedido por Deus. Somente esta graça pode nos possibilitar a vida nova em Cristo. Mais uma vez, elevemos nossa gratidão Àquele que perdoa nossas faltas e nos recoloca de pé para vivermos a dignidade dos filhos de Deus. Por se tratar de uma dignidade batismal, peçamos a Deus que nos fortaleça em nossa missão de sal e luz do mundo.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A celebração da Santíssima Eucaristia é a expressão do imenso amor de Deus por nós e do seu perdão. A liturgia deste domingo, mostra-nos que o pecado é um enorme e pesado fardo que separa o homem de Deus, o oprime e lhe tira a alegria e o sentido da vida. Mas, nos revela também, que Deus ama tanto o homem que está sempre disposto a perdoar. De fato, Deus detesta o pecado, mas ama apaixonadamente o pecador, e investe tudo para libertá-lo dessa terrível opressão. Tudo o que Ele nos pede é que arrependidos, nos deixemos amar e confiemos no seu amor. E celebrar a Eucaristia é reconhecer e acolher seu amor misericordioso. Um dos temas fundamentais do evangelho de Lucas é a manifestação que Jesus faz de si mesmo, como aquele que salva os pecadores. Neste sentido, ele já se proclama Deus, porque os judeus têm consciência de que só Deus pode perdoar os pecados.

Sintamos em nossos corações a alegria da Ressurreição e entoemos alegres cânticos ao Senhor!

11º Domingo do Tempo Comum — ANO C


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. A CONSCIÊNCIA DO PECADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na sociedade globalizante e consumista da qual fazemos parte, onde vale tudo para ser feliz, seduzido pelas facilidades da vida moderna, na medida em que o homem avança em ritmo acelerado na tecnologia e na ciência, experimenta uma evolução rápida e espantosa. Porém, por outro lado todo esse sucesso da comunidade científica aumenta no ser humano a prepotência e a auto suficiência, assumindo o lugar de Deus, quando se apresenta como senhor de sua vida e de seus atos, conhecedor do bem e do mal, e arrogando-se o direito de decidir sua própria vida.

Temos visto recentemente em uma emissora de TV uma campanha publicitária onde determinada corrente ideológica defende abertamente o aborto e uma mulher elegante e liberada convence o telespectador de que o aborto está entre as demais conquistas da mulher moderna, que por isso têm todo direito de decidir o que fazer com seu corpo, sem dar satisfação a ninguém, muito menos a Deus, cuja lei é considerada retrógrada.

E assim, nessa sociedade mais do que nunca antroprocêntica, o homem arrogante vai dando o seu grito de independência, decretando a morte de Deus e o fim do pecado, como se Deus atrapalhasse os planos de ser feliz, da humanidade.

Mas e os discípulos de Jesus, membros de tantas igrejas cristãs, como se posicionam diante dessa sociedade que “liberou geral” em uma verdadeira maratona do “vale tudo” na busca do prazer, sucesso e felicidade?

A voz profética de Natã na primeira leitura, despertou no rei Davi a consciência do seu delito, do seu procedimento totalmente contrário à palavra de Deus, pois colocou Urias na frente de batalha para que este morresse e assim ele pudesse possuir a sua esposa. Essa atitude penitente permitiu ao rei experimentar a alegria do amor de Deus.

Precisamos admitir que estamos enfermos, para sermos curados pela misericórdia divina. O salmo 51 é um dos mais belos da sagrada escritura, com seu caráter profundamente penitencial mostra-nos o rei Davi humilde e penitente, que reconhece o seu pecado “Pequei contra o Senhor”.

Mas o pior enfermo é aquele que não admite a sua enfermidade, procurando esconde-la com práticas religiosas e uma aparência piedosa diante dos irmãos. O Fariseu Simão, que convidara Jesus para jantar em sua casa, não é má pessoa ao contrário, sua conduta é irrepreensível já que cumpre todos os deveres para com Deus e o próximo e como bom teólogo, conhece a Palavra de Deus, suas promessas e suas leis dadas a Moisés.

Já a mulher tem má fama, é conhecida como pecadora sendo moralmente desqualificada, e por sua conduta está excluída da comunidade porque é considerada impura, mas há algo em sua vida que a difere do fariseu piedoso: conheceu Jesus e descobriu-se amada e querida por ele, apesar dos seus inúmeros pecados e a experiência desse amor a leva a reconhecer-se pecadora, sentindo no coração não um remorso doloroso, mas sim uma incontida alegria que procurou manifestar na casa do fariseu, lavando e ungindo os pés daquele que a fez descobrir o verdadeiro amor.

O fariseu mantinha com Deus uma relação sem dúvida piedosa, mas como se sentia justificado pelas suas obras, dava-se o direito de julgar os que estavam em pecado, excluindo-os de sua companhia, e sentindo-se merecedor do amor de Deus e sua salvação.

Note-se que Jesus não condena a conduta e o modo de viver do fariseu, e nem tão pouco aprova a vida pecaminosa da mulher, apenas realça o modo como ambos se relacionam com Deus. Certamente essa experiência com o Mestre Jesus mudou para sempre a vida daquela mulher mostrando-nos que a iniciativa é sempre de Deus e que somente quando descobrimos o seu amor em nossa vida, é que percebemos o quanto somos pecadores por não correspondermos a esse amor.

Simão admirava Jesus, mas não via nele nada de especial, porque a lei, tradição, o rito e suas boas obras não o deixavam sentir o quanto Deus o amava, manifestando este amor em Jesus. A religião do perfeicionismo e do moralismo é sempre muito triste porque nela, o homem mantém com Deus não uma relação de filho, amado e querido, mas apenas de um empregado, que cumpre seu dever junto ao patrão, merecendo deste o justo salário.

A verdadeira autêntica e única religião têm como base um amor que não se prende a qualquer lei moral ou norma de conduta, mas sim ao encanto e fascínio de Cristo Jesus, cujo olhar, gesto e palavras tem o poder de tocar nosso coração, fazendo-nos renascer e recuperar nossa dignidade de filhos de Deus, despertando-nos esse desejo incontido de estar a seus pés, como essa mulher, naquela noite imemorável na casa de Simão. Que o formalismo religioso não mate em nós a alegria desse amor grandioso!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. A identidade de Jesus, profeta
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
ORAÇÃO
Espírito de hospitalidade, abre meu coração para acolher Jesus, e manifestar-lhe toda a minha gratidão pelo amor que ele tem por mim.

3. QUEM AMOU MAIS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O contraste entre o comportamento do fariseu Simão e o da pecadora anônima ficou evidenciado na censura de Jesus. Durante um banquete em que este homem convidara o Mestre para uma refeição, fez um julgamento errado a respeito dessa mulher. Seguro de sua santidade, o fariseu olhou com desprezo para a pecadora que se pusera a lavar os pés do hóspede Jesus, com suas lágrimas, e a enxugá-los com seus cabelos, beijá-los e ungi-los com óleo perfumado.

O mau juízo de Simão atingiu também a pessoa de Jesus. Se fosse um profeta verdadeiro, saberia que se tratava de uma mulher de má-fama, e recusaria deixar-se tocar por ela. A conivência com o gesto da mulher nivelava-o com ela. Conclusão: Jesus não podia ser o Messias verdadeiro.

A reação do Mestre desmascarou o fariseu. Este, além de pensar mal da mulher e de Jesus, não se comportara como exigiam os bons costumes: não ofereceu ao hóspede água para lavar os pés, nem lhe deu o ósculo de acolhida, como sinal de hospitalidade. Essa mulher, no entanto, fizera tudo isso, com o mais profundo amor e humildade. Enfim, sempre movida por amor, a mulher fizera o papel de verdadeira anfitriã. Ela, sim, havia aberto as portas de sua casa - o coração - para acolher Jesus, e tornou-se digna de participar da salvação oferecida pelo Messias Jesus. O fariseu, porém, ficou de fora!
Oração
spírito de hospitalidade, abre meu coração para acolher Jesus, e manifestar-lhe toda minha gratidão pelo amor que ele tem por mim.

16.06.2013
11º Domingo do Tempo Comum — ANO C
(
VERDE, GLÓRIA, CREIO – III SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Deus perdoa porque ama; nós amamos porque fomos perdoados" __

EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA

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16 de junho: 11º domingo do tempo comum

AMOR QUE VEM DO PERDÃO
O Evangelho de Lucas é o evangelho da misericórdia de Deus. Servindo-se das diferenças entre a mulher pecadora e o fariseu Simão, o evangelista apresenta Jesus como o Deus que perdoa e ama sem condições.
A mulher, conhecida na cidade como pecadora, aproxima-se de Jesus. Em silêncio, sem nada exigir, demonstra-lhe todo o seu amor. As suas lágrimas são um misto de dor e alegria, pois carregam o sofrimento de quem é vítima da hipocrisia e do preconceito, mas também a felicidade de sentir-se amada e, por isso, perdoada pelo Mestre. Reconhecendo-se pecadora, a mulher reconhece o amor de Jesus, aproxima-se dele e com perfume demonstra-lhe seu amor. Um verdadeiro caminho de fé e libertação, modelo para todos nós, seguidores de Jesus.
Já o fariseu, em vez de se considerar devedor a Deus, necessitado do seu perdão, faz julgamentos sobre Jesus. Toma distância da pecadora e espera que o Mestre siga sua lógica, que divide as pessoas em boas e ruins, em pecadoras e santas, em merecedoras da bênção ou do castigo de Deus. Mas, com a história dos dois devedores perdoados, Jesus faz o fariseu tomar consciência do rigorismo com que vivia as relações, bem diferente do amor da mulher que sente necessidade de agradecer, com gestos concretos, a quem lhe havia perdoado.
A atitude do fariseu mostra que o amor de gente que se diz religiosa pode por vezes se confundir com uma relação superficial e legalista para com Deus. O Mestre ensina a acolher quem está afastado, quem é vítima da hipocrisia e do preconceito, quem está necessitado de amor. Nossa atitude é a de seguidores de Jesus à medida que nos sentimos necessitados do perdão de Deus e à medida que nos sentimos perdoados por um Deus que vai além de toda mesquinhez desumana.
O amor de nosso Deus é sempre maior, é infinito. Dele só pode vir o perdão, que gera amor e alegria. Mas o que carregam hoje nossas lágrimas, e como estamos demonstrando ao Mestre nosso agradecimento?
Pe. Paulo Bazaglia, ssp


Não devemos desistir de ninguém

Muitas vezes, são os grandes pecadores que demonstram tamanho arrependimento. É por isso que nós não devemos desistir de ninguém, porque a graça de Deus vai alcançar até os pecadores mais distantes.
Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios” (Lc 8,1-2).
O que nós estamos vivendo, hoje, é a ação misericordiosa de Jesus. Primeiro, quando Ele entra na casa de Simão, o fariseu, pois lá há uma mulher já conhecida como pecadora por ter ser sido uma adúltera ou qualquer outra coisa.
Essa mulher vem ao encontro do Senhor, e traz um frasco de alabastro com perfume e o joga aos pés do Mestre, ungindo-os; depois, enxuga-os com seus próprios cabelos. Naquele momento, o fariseu Simão, que havia convidado Jesus, questionou-o, pois sabia que tipo de mulher estava tocando os seus pés. É obvio que o Senhor sabia. Mas Simão, que havia convidado Jesus para estar em sua casa, nem a mão estendeu para receber o Mestre; no entanto, essa mulher, que era pecadora, deu o melhor de si, deu um perfume de alto valor para perfumar os pés do Mestre e, ao mesmo tempo, usou seus cabelos para enxugá-los.
Ali, está a dimensão de um amor profundo. Alguém que muito pecou, agora está demonstrando tamanho amor. É uma forma de demonstrar arrependimento pelas suas faltas, pela vida errada, porque, talvez, quem tenha cometido poucos pecados ou quem ache que não os cometeu, não dá demonstração sincera nenhuma de arrependimento, de contrição ou de amor ao Mestre.
Muitas vezes, são os grandes pecadores que demonstram tamanho arrependimento. É por isso que nós não devemos desistir de ninguém, porque a graça de Deus vai alcançar até os pecadores mais distantes.
Nós podemos ter a certeza de que o amor misericordioso de Jesus, no dia de hoje, pode atingir muitos corações, basta que eu e você acreditemos que essa palavra de Jesus, que cura, salva e transforma, chegue a muitos corações.
Não julguemos nem condenemos ninguém; pelo contrário, abramos o nosso coração para que dele jorre o amor misericordioso de Jesus, que cura, salva e liberta.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

LEITURA ORANTE

Lc 7,36-8,3 - A fé que salva



- A todos nós, reunidos pela grande rede da internet, a paz de Deus, nosso Pai, 

a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", 
ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet), 
 para melhor meditar  e comungar com a vossa Palavra.  
Sois o Mestre e a Verdade: 
iluminai-nos, para que melhor compreendamos 
as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: 
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione)

1Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 7,36-8,3, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus na casa de Simão, o fariseu
Um fariseu convidou Jesus para jantar. Jesus foi até a casa dele e sentou-se para comer. Naquela cidade morava uma mulher de má fama. Ela soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Então pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles. Quando o fariseu viu isso, pensou assim: "Se este homem fosse, de fato, um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nele e a vida de pecado que ela leva." 
Jesus então disse ao fariseu: 
- Simão, tenho uma coisa para lhe dizer: 
- Fale, Mestre! - respondeu Simão. 
Jesus disse: 
- Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinqüenta, mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais? 
- Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! - respondeu Simão. 
- Você está certo! - disse Jesus. 
Então virou-se para a mulher e disse a Simão: 
- Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não pára de beijar os meus pés desde que entrei. Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés. Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.  Então Jesus disse à mulher: 
- Os seus pecados estão perdoados. 
Os que estavam sentados à mesa começaram a perguntar: 
- Que homem é esse que até perdoa pecados? 
Mas Jesus disse à mulher: 
- A sua fé salvou você. Vá em paz. 
Joana, mulher de Cuza, que era alto funcionário do governo de Herodes; Susana e muitas outras mulheres que, com os seus próprios recursos, ajudavam Jesus e os seus discípulos. 
Este texto nos fala do Mestre que aceitou o convite do fariseu e foi jantar na casa dele. Aproveita a ocasião para ensinar. Embora a sala estivesse aberta, não era comum que uma mulher de “má fama” entrasse. A mulher soube que Jesus estava ali e não se importou com o que pudesse dizer. Entrou com um frasco de perfume. O que ela fez foi tão afetuoso, tão penitencial , reconhecido e tão amoroso!  Mas,  para aquelas pessoas que tinham o costume de julgar, foi  tão escandaloso! A mulher  soltou os cabelos. Lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, enxugou-os com os cabelos, os beijou e derramou sobre eles o perfume. Jesus a deixa se expressar, sem rejeitá-la ou colocar resistência. O anfitrião se escandalizou e pensou: “Se ele fosse  um profeta saberia quem é esta mulher pecadora que o está tocando...”  Jesus vê o pensamento de Simão e responde a ele contando-lhe  a parábola dos dois homens que tinham a dívida. Aquele a quem mais foi perdoado em sua dívida, cresceu na estima do homem. Pelos gestos da mulher, Jesus diz que ela teve um grande amor e por isso os seus “muitos pecados foram perdoados”. Para a mulher ele diz: “A sua fé salvou você!”

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?

Se Jesus viesse jantar em minha casa, em qual posição eu estaria: na de Simão? Dos outros convidados?
Ou da mulher?
Os bispos, em Aparecida, lembraram Jesus,como modelo na sua vivência do amor: "Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre, é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que ele quis chamar seu e novo: "Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio: "Nisso conhecerão todos que sois os meus discípulos" (Jo 13,35). (DAp 138).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Canto ou rezo com São Paulo Apóstolo:
"Ele me amou e se entregou por mim.
Ele me amou e se entregou por mim"
(Gl 2,20)

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou demonstrar pela minha vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo.

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, mantém aberta a porta do nosso coração para acolher os companheiros que colocaste ao nosso lado na caminhada. E que esta acolhida seja calorosa, desarmada, sem julgamentos, plena de perdão e amor ao próximo. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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