sábado, 27 de abril de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 28/04/2013

28 de Abril de 2013

Ano C

 

João 13,31-33a.34-35

Comentário do Evangelho


O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã

O texto dos Atos dos Apóstolos relata a missão de Paulo e Barnabé entre os pagãos. A missão itinerante de ambos visa encorajar os discípulos a permanecerem firmes na fé, não obstante perseguições e sofrimentos (cf. v. 22). A comunidade primitiva vai se organizando com o fim de cuidar daqueles que abraçavam a fé (cf. v. 23). A Igreja que nasce do mistério pascal de Jesus Cristo é impulsionada pelo Espírito Santo para fazer com que a Boa-Notícia da salvação ultrapasse os limites de Israel: a “porta da fé” é aberta aos pagãos (cf. v. 27).

O evangelho é a sequência imediata da última ceia de Jesus com os seus discípulos (Jo 13,1-30). A última ceia, segundo o evangelho de João, foi o lugar do gesto simbólico do lava-pés, em que os discípulos são chamados a tirar as consequências dos gestos para a própria vida e a “imitar” o Mestre (cf. 13,12-17). Aí, na mesa da comunhão, é anunciada a traição de Judas (13,21-30).

Os versículos que nos ocupam são o indício de um longo discurso de despedida (13,31–14,31). A saída de Judas, à noite, do lugar da ceia, desencadeia o discurso que é instrução e revelação. Em Jesus, Deus revelou a sua própria glória. A glorificação do Filho está, em primeiro lugar, na sua paixão e morte por amor – esta é a glorificação de Deus pelo homem, e do homem por Deus. É à paixão e morte que a glorificação se refere (cf. v. 33). Deus é glorificado na entrega do Filho por amor (cf. 13,1).

O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã. Em que ele é novo, uma vez que já se encontra prescrito pela Lei (Lv 19,18.34; Dt 10,19)?

A identidade dos discípulos é dada pelo mesmo dinamismo que levou o Senhor a entregar-se por nós: “Nisto conhecerão que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (v. 35). A medida do amor fraterno é o amor de Cristo: “Como eu vos amei” (v. 34).

O amor não é uma ideia, nem se reduz a nenhum “sentimento”, mas é um movimento de entrega que faz o outro viver, que gera vida: “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1Jo 3,14). A Igreja, “morada de Deus com os homens” (Ap 21,3), deve ser a imagem do Deus que acolhe, que se entrega e faz viver plenamente.
Carlos Alberto Contieri, sj


Vivendo a Palavra

Jesus nos deixa como legado o Mandamento Novo: que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou. A Lei antiga – amar o próximo como a si mesmo – é levada à plenitude: o nosso amor ao irmão deve ser igual ao de Jesus e não apenas ao nosso amor a nós mesmos.

Ambientação:
(Sugestões: Neste domingo do Bom Pastor, na procissão de entrada ou das oferendas, pode-se apresentar símbolos da caminhada pastoral da comunidade: cajado, sandálias, instrumentos de trabalho das várias pastorais.)
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Está chegando o momento em que Jesus vai se despedir de seus discípulos. Reunindo-nos em nome de Cristo, Deus nos encoraja a concretizar o sonho do novo céu e da nova terra. Para isso, faz-se necessário que o Mestre continue presente em nosso meio. Nosso grande desafio consistirá em perseverar no amor. As solicitações do egoísmo brotam de todas as partes e acabam por contaminar as relações na comunidade cristã e, uma comunidade contaminada pelo egoísmo, é como um ramo seco. Aliás, será um contra-testemunho da fé cristã, pois o amor foi banido de seu meio. Fortaleçamos, nesta liturgia, os laços de amor que nos identificam como comunidade de discípulos e discípulas de Jesus.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Está chegando o momento em que Jesus vai se despedir de seus discípulos. Reunindo-nos em nome de Cristo, Deus nos encoraja a concretizar o sonho do novo céu e da nova terra. Para isso, faz-se necessário que o Mestre continue presente em nosso meio. Nosso grande desafio consistirá em perseverar no amor. As solicitações do egoísmo brotam de todas as partes e acabam por contaminar as relações na comunidade cristã e, uma comunidade contaminada pelo egoísmo, é como um ramo seco. Aliás, será um contra-testemunho da fé cristã, pois o amor foi banido de seu meio. Fortaleçamos, nesta liturgia, os laços de amor que nos identificam como comunidade de discípulos e discípulas de Jesus.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Deus amou uma cidade, Jerusalém. Este amor conheceu vicissitudes, viveu uma história. A cidade de Jerusalém está intimamente ligada à história das relações entre Deus e os homens. A Igreja é cidade nova e está ligada à páscoa de Cristo, êxodo definitivo, com o qual Ele venceu o mal, e esta cidade purificada pelo sofrimento, encontra uma felicidade sem sombras na perfeita comunhão com Deus. A glória de Cristo, ligada à sua obediência ao Pai é partilhada por aqueles que obedecem ao mesmo mandamento de amar a Deus e ao próximo até o sacrifício de si. Céus novos e terra nova são hoje a aspiração que faz bater o coração de toda a humanidade empenhada em superar a atual ordem social tão cheia de injustiças. "Eis que faço novas todas as coisas" é a grande esperança cristã: um mundo novo.

Sintamos em nossos corações a alegria da Ressurreição e entoemos alegres cânticos ao Senhor!


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. A Glória e o Amor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Podemos trocar neste evangelho, a palavra Glória por Sucesso, que significa ser bem sucedido em algum empreendimento humano, obtendo o reconhecimento de todos, recebendo as honras e os elogios, por ter sido o melhor, por ter sido um vencedor. É assim em uma carreira profissional ou política, é assim no mundo das artes, da ciência ou do esporte, onde o mais ágil, o mais forte, o mais bem dotado, sempre vence. Uma vitória traz algo muito buscado por todos que é o poder, e quem o alcança tem as pessoas á sua disposição, que irão manifestar sempre o apoio, em uma clara submissão ao seu ídolo. É a glória! Como exclamam felizes, os que a alcançaram. O ídolo se torna uma referência, uma marca, um estilo de vida que irá servir de modelo a todos.

Alimenta-se assim uma verdadeira veneração do Ego do vencedor, que pensa sempre em si mesmo, em seus interesses, em suas conveniências, que planeja e arquiteta sempre o que lhe favorece e lhe faz bem, ou em outras palavras; que tem um “mundo” girando ao seu redor. Em um sistema egoísta que favorece um só ou alguns felizardos, basta olharmos o modelo econômico corrompido pelo neoliberalismo, e que mantém na ponta da pirâmide quem chegou lá, por merecimento ou por mecanismos escusos porque sendo assim, cada irmão ou irmã torna-se um concorrente que deve e precisa ser eliminado, quando se busca o sucesso e a fama. O sistema nos faz pensar e agir desta forma e assim, simples adversários são transformados em inimigos!

Entretanto, a glória para Deus é o oposto do que é para os homens, porque não tem como fundamento o egoísmo, mas sim a solidariedade e um modo de amar que o homem nunca tinha visto ou experimentado antes. Um amor verdadeiro quer construir, renovar, ajudar o outro a crescer, quer a vida e o bem do próximo, quer vê-lo livre para tomar decisões sábias, para conquistar seus ideais, construir sua própria vida e fazer a própria história. Mas tudo isso poderá ter um preço muito alto, que nem sempre estamos dispostos a pagar, pois o sistema nos convence de que, qualquer investimento deverá sempre ser feito para nós mesmos e não para os outros, pois é perigoso ajudar as pessoas a crescerem em dignidade, amanhã elas poderão ser mais um concorrente.

Esse modo de pensar e de viver é sempre perigoso, pois pode representar a perda até da própria vida, é melhor pensar e viver como todos os outros, pois somos condicionados a vencer, ninguém quer perder, ninguém quer a derrota, ninguém deseja o fracasso. Não vale a pena dar a vida pelos outros, ninguém irá reconhecer!

Pois essa é a glória para Deus, quando pensamos e agimos diferente do mundo, por causa do evangelho, Deus é glorificado, porque pensamos e agimos exatamente como o Filho Jesus. Por essa razão que neste evangelho, exatamente quando começa a delinear-se um aparente fracasso do ideal do reino, proposto por Jesus, com a traição de Judas, o Mestre anuncia que o Filho do Homem foi glorificado e que Deus foi glorificado nele. Ao ser glorificado pelo Filho, que não pensa e não age conforme o sistema marcado pelo pecado do egoísmo, mas sim pelos valores do Reino, o Pai o glorificará quando chegar a sua hora, a hora da cruz, que será aparente fracasso para os homens, mas a gloria para Jesus, provavelmente é este o sentido do ensinamento que ele faz aos seus discípulos na citação “quem perder a sua vida por causa de mim, irá ganhá-la”.

Mas como percorrer um itinerário tão desafiador, que vai na contra mão do sistema opressor e explorador? Onde poderá o discípulo encontrar força para seguir o Mestre e trilhar esse mesmo caminho? Na segunda parte deste evangelho Jesus deixa\aos discípulos o seu legado e o seu testamento, que é dado na forma de um mandamento novo “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Esse amor é muito mais que um sentimento, muito mais que uma virtude, esse amor é o próprio Deus, que tem a força renovadora, única capaz de transformar a tudo e a todos, dando-nos um novo céu e uma nova terra, levando o homem a seu destino glorioso junto a ele. Quem ama como Cristo nos amou, e não tem medo de perder, já antecipa em sua vida um pouco deste novo céu e desta nova terra! Que nossas comunidades sejam assim! Amém. (V Domingo da Páscoa Evangelho João 13,31 -33.. 34-35)
José da Cruz é Diácono da 

Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP


2. O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
ORAÇÃO

Espírito de amor, não permitas que eu seja mesquinho no amor; antes, que eu seja capaz de amar como Jesus.
3. O DISTINTIVO DO DISCÍPULO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A profissão de fé no Cristo Ressuscitado incide, diretamente, na vida do discípulo. Ela não é um discurso vazio, uma abstração intelectual, nem tampouco uma bela teoria. A fé consiste em acolher Jesus de tal forma, que toda a existência do cristão passe a ser moldada por esta opção. E o molde da vida cristã é a vida de Jesus. Seu distintivo é o amor mútuo.

Estando para concluir o ciclo de orientações aos discípulos, o Mestre resumiu tudo quanto havia ensinado, num único mandamento, chamado de mandamento novo: "Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês". A prática do amor mútuo é a expressão consumada da fé em Jesus. Não existe fé cristã autêntica, se não chegar a desembocar no amor.
Não se trata de um amor qualquer. O modelo é: amar como Jesus amou as pessoas, a ponto de entregar a própria vida para salvá-las. 

O verdadeiro discípulo distingue-se pelo amor. Quanto mais autêntico e radical for este amor, mais revelará o grau de sua adesão a Jesus.

A capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do cristão.

A presença salvadora de Jesus tem o efeito de desatar o nó do egoísmo, que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por conseqüência, de Deus também. O cristão, salvo por Jesus, manifesta a eficácia desta salvação na vivência do amor.
Oração
Espírito de amor não permitas que eu seja mesquinho no amor; antes, que eu seja capaz de amar como Jesus.

28.04.2013
5º Domingo de Páscoa — ANO C
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)

__ "Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros." __




28 de abril: 5º domingo da Páscoa
A PORTA DA FÉ
Quando proclamou o Ano da Fé (2012-2013), o papa Bento XVI escreveu uma carta intitulada A Porta da Fé. Essa expressão nós a ouvimos vivamente na primeira leitura de hoje (cf. At 14,27). Portanto, em sintonia com a palavra de Deus, a liturgia deste domingo é um convite a experimentarmos a alegria de pertencer a Deus.
No dia de nosso batismo, a porta da felicidade plena nos foi aberta; daquele momento em diante podemos nos referir a Deus de forma muito íntima e confiante: ele é Pai. Pai que ama. Não condena, não castiga, não se ausenta. E também não “força a barra”. Respeitando a liberdade que ele mesmo nos deu, o Senhor só entra em nossa casa se lhe abrimos a porta. Ele bate à porta, toma a iniciativa de vir ao nosso encontro. Porém não empurra a porta para entrar.
Na perspectiva cristã, nós nos tornamos dignos pelo batismo. Mergulhados nas águas, fazemos a passagem de um estado de morte para uma condição de vida feliz, livre. “Pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova” (Rm 6,4). Ressuscitamos com Cristo. De modo que, ressuscitados, podemos caminhar com ele. Somos a comunidade dos ressuscitados. A comunidade pascal.
Por isso, a entrada na comunidade cristã é passagem, é páscoa! Daí todo o esforço empregado pela comunidade cristã primitiva em favor da catequese (catecumenato) de iniciação cristã. Simbolicamente, ser batizado é a entrada na Terra Prometida. Olhando pelo retrovisor da história da salvação, somos, pois, o “resto” do povo salvo pelas “águas do dilúvio”. Somos também o povo que passou a pé enxuto pelo mar Vermelho. Atravessamos também as águas do Jordão. Ali, tomamos posse da Terra da Promessa. Isto é, entramos na Igreja.
Quem mergulha nas águas batismais segue o caminho de Cristo. “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez realidade nova” (2Cor 5,17). E ainda proclama o Apocalipse: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). A comunidade cristã vive, desde já, a esperança da plenitude em Deus.
Assim, em meio a todos os desafios e dificuldades, ser cristão consiste no seguimento de Jesus Cristo, andar na contramão do mundo perverso. “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,34-35). Aí está nosso compromisso. O Senhor ressuscitado, que nos abriu a porta da fé, ajude-nos a vivê-la, no amor.

A nova Jerusalém

Postado por: homilia


abril 28th, 2013


Estamos no Tempo da Páscoa, da Ressurreição. Celebramos, nestes dias, o poder sem limites de Deus. Tudo é possível para Ele. No Espírito, Deus Pai tem a energia capaz de transformar tudo. Jesus ressuscitou como primícias, mas, depois dele, ressuscitará também seu corpo, a Igreja. A Igreja poderá ser aquela nova Jerusalém, casa do Amor e da Missão com que Jesus sonhou quando estava fisicamente entre nós.
A comunidade cristã é missionária porque Deus continua fazendo sua obra. Ele, por intermédio do Espírito, continua a missão de Jesus. A Igreja missionária não é dona de sua missão; procura ser transparência, expressão, colaboradora da missão de Jesus.
A velha Jerusalém nós já conhecemos. Está amarrada a um passado violento, a seus ritos e sistema religioso caducos, a suas autoridades malévolas. Não conhecemos a nova Jerusalém. Não está aqui. Vem do céu como uma noiva adornada para seu esposo. É cidade de sonho, fundada pelo Deus que quer nos surpreender com a novidade: “Eis que eu faço novas todas as coisas!”
Poderíamos nos contentar em dizer que a vinda da nova Jerusalém será “no final dos tempos”. Já estamos no final dos tempos, desde que Jesus ressuscitou! A nova Jerusalém desce todos os dias a nossa terra. É um dom que diariamente nos é oferecido. Isso acontece, entretanto, de forma misteriosa, sacramental. A nova Jerusalém se oferece e se manifesta às “testemunhas escolhidas por Deus”. É o corpo ressuscitado e novo de Cristo.
Os que são agraciados com a contemplação da descida da nova Jerusalém, com o aparecimento do corpo eclesial de Jesus ressuscitado têm outra consciência, vivem as realidades eclesiais “de outra maneira”. Não ajustam sua vida ao estilo da velha Jerusalém. Deixam com facilidade que o velho passe, para que se instaure a novidade que vem de Deus. Não se agarram a velhos estilos de poder, a contradições mortas. Não querem ressuscitar o velho culto, não adoram o dinheiro, não procuram esplendores caducos.
Jesus nos diz, de maneira muito forte, que o sinal característico de seus discípulos é o amor fraterno. A condição essencial é que “nos amemos uns aos outros”. É a marca da autenticidade. Sem essa marca, somos produto adulterado. Empenhar-nos em que reine entre nós o amor fraterno não é tarefa fácil.
Existe Páscoa e existe Ressurreição. Existem possibilidades para que se torne realidade o sonho de Jesus, o sonho de Igreja. Preparando a acolhida da nova Jerusalém, podemos já viver antecipadamente sua presença. Abertos às pequenas tarefas que a mãe Igreja nos confia, podemos descobrir a maravilha do projeto misterioso. É nos dado participar do amor do Reino que tudo une e harmoniza: o amor aos irmãos. Por isso, quem ama seus irmãos tem a Vida.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG)
LEITURA ORANTE

Jo 13,31-33a.34-35 - O amor é o distintivo do discípulo de Jesus



Começo pedindo luzes para todos que nos encontramos neste espaço virtual, para bem rezarmos a Palavra:

Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Jo 13,31-33a.34-35, e observo as palavras de Jesus sobre o amor.

Quando Judas saiu, Jesus disse:
- Agora a natureza divina do Filho do Homem é revelada, e por meio dele é revelada também a natureza gloriosa de Deus. E, se por meio dele a natureza gloriosa de Deus for revelada, então Deus revelará em si mesmo a natureza divina do Filho do Homem. E Deus fará isso agora mesmo. Meus filhos, não vou ficar com vocês por muito tempo. Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos.

O preceito do amor é novo. Não pelo conteúdo. É novo pelo motivo, pelo exemplo, pelo alcance. Deverá ser o distintivo de quem segue o Mestre: os discípulos

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?

Como vivo este amor anunciado por Jesus? 
Mais que isto: este preceito do amor? 
É meu distintivo? 
Os bispos, na Conferência de Aparecida falaram da comunidade de amor que nasce da Eucaristia e constrói a unidade. “A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. “Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia” (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas “por ‘atração’: como Cristo ‘atrai tudo a si’ com a força de seu amor”. A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou(cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34).” (DAp 159).


3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, com toda a Igreja no Brasil, a oração:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Abre nossos olhos para te reconhecermos
no “partir o Pão”, sublime Sacramento da Eucaristia!
Alimenta-nos com o Pão da Unidade.
Sustenta-nos em nossa fragilidade.
Consola-nos em nossos sofrimentos,
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos.
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres no Caminho para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Fica conosco, Senhor! Amém!
(Oração do XVI Congresso Eucarístico Nacional )

4. Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é de acolhimento a Jesus na pessoa dos irmãos. Preciso deixar mais vivo o meu distintivo de cristão.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.



Bênção Bíblica 
O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Ir. Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para Amar como Jesus Amou. Amar a ti, Pai querido, amar à natureza que nos emprestaste para ser cuidada, amar a todos os homens e mulheres, como imagens vivas do teu cuidado paterno. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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