domingo, 7 de abril de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 07/04/2013

7 de Abril de 2013

Ano C

 

João 20,19-31

Comentário do Evangelho


Como se chega à fé na ressurreição de Jesus Cristo?

A questão importante posta pelo evangelho deste domingo é a seguinte: como se chega à fé na ressurreição de Jesus Cristo? Há, no evangelho segundo João, no que concerne aos relatos da aparição do Ressuscitado, uma unidade de tempo: o primeiro dia da semana. O primeiro dia da semana é o primeiro dia da nova criação em Cristo, nosso Senhor; o dia em que a LUZ foi feita: “A luz brilha nas trevas” (Jo 1, 5). Todos os relatos da aparição do Senhor ressuscitado são uma catequese sobre a ressurreição. Eles apresentam didaticamente um itinerário através do qual se chega à fé na ressurreição de Jesus Cristo. São relatos que têm uma força simbólica evidente, isto é, eles extrapolam o tempo e o lugar de sua redação para ganhar uma validade permanente. A observação de que as portas do lugar onde os discípulos se encontravam estavam “fechadas” e que, mesmo assim, Jesus se colocou no meio deles, nos quer fazer compreender que a presença do Ressuscitado é de outra natureza, que não a física, o que exige para o reconhecimento da presença do Senhor não o exercício ótico, mas a abertura própria da fé. É no primeiro dia da semana, segundo o nosso texto, que o Espírito Santo é dado como sopro do Senhor (cf. v. 22). A ausência de Tomé e sua objeção para crer, e o relato da aparição do Ressuscitado a ele (vv. 26-28), é o que nos permite afirmar que a fé na ressurreição e no Ressuscitado é dada pela aceitação do testemunho: “Bem-aventurados os que não viram, e creram” (v. 29). É esta aceitação que permite ao discípulo, e a todos nós, experimentar os efeitos da ressurreição, qual seja, a paz e a alegria. Não há acesso imediato à ressurreição de Jesus Cristo, mas somente mediato, isto é, através do testemunho. Nesse sentido, a fé é eminentemente tradição.
Carlos Alberto Contieri, sj


Vivendo a Palavra

Aquele sopro de Jesus Ressuscitado sobre os Apóstolos chega até nós e nos inunda do Espírito Santo. A partir dele também nós somos mensageiros da Paz – a verdadeira Paz do Cristo – para ser proclamada a todos os peregrinos que caminham conosco nesta terra encantada que o Pai nos empresta para cuidado e desfrute.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. O ESPÍRITO QUE DÁ A VIDA PLENA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A descrença de Tomé persiste ainda hoje nas comunidades cristãs, pois em sã consciência, é difícil as vezes, ter a crença inabalável de que o Senhor está vivo e presente na comunidade. Não só porque não podemos vê-lo nem tocá-lo, mas principalmente porque a vida em comunidade nem sempre é o que sonhamos e esperamos.

Como pode Jesus estar presente se certas coisas dão tão errado, como pode Ele estar presente e as intrigas, fofocas, divisões, mal entendidos, ciúmes e inveja, serem tantas no seio da comunidade. Enfim, são tantos pecados da nossa Igreja, da parte dos fiéis e dos ministros, que é impossível crer que o Senhor está realmente presente. Parece mesmo que o Senhor desistiu da barca da Igreja e ela foi a deriva.

O próprio ambiente, e as condições em que a comunidade se encontrava, após a morte de Jesus, já era algo mais para a incredulidade e o fracasso, do que um retorno ao projeto do Reino anunciado por Jesus. Estavam de portas fechada, por medo, provavelmente iriam fazer uma última reunião, dizer que foi um prazer caminharem aqueles três anos juntos, mas que infelizmente era melhor cada um tomar o seu rumo e retornar á vidinha de antes.

Muitos cristãos, marcados por desilusões, pensam assim, alguns até insistem em procurar uma comunidade perfeita e pensam tê-la encontrado, até que nova desilusão provém e a fé vai perdendo o seu encanto. Parece que a Igreja e o Cristianismo, tornaram-se intrusos na vida do homem.

Entretanto, uma assembléia que estava destinada a dissolver-se, porque havia perdido o seu rumo, é surpreendida pela presença do Senhor! É nos momentos de fracasso, medo e desânimo, que Jesus se revela na assembléia. Quantos momentos e períodos assim, a Igreja já não viveu, desde os primórdios até os dias atuais? Digamos que, se ela fosse uma grande “farsa” como pensam alguns “iluminados”, como alguém poderia sustentar uma “farsa” ao longo de dois milênios de História....

“A Paz esteja convosco!” É a primeira saudação do Ressuscitado. Como viver a paz em meio ao “caos” da Família, sociedade, comunidade, será que a Paz tem algum significado, será que ela é realmente buscada? Não! Da parte do homem nada há que se possa fazer para se construir a paz... Que não é ausência de guerras e conflitos, que não é ausência de problemas, isso seria a plenitude, e o ser humano, com suas limitações e fragilidades, jamais concretizaria o sonho da paz, mesmo porque, para quem detém algum poder, paz é quando tudo está sob controle, como era a famosa Pax Romana.

Paz, no contexto da igreja comunidade, é a presença do Senhor, entretanto, é bom compreender bem, o que significa a presença misteriosa de Jesus em nosso meio, pois há muitos que a compreendem como uma espécie de “alívio”. Jesus caminha com a nossa igreja, então vamos deixar que Ele resolva todos os problemas e dificuldades, podemos cruzar nossos braços e ficar no aguardo do grande Dia, em que seremos todos com Ele, arrebatados ao céu....

O evangelho de João, escrito 90 anos após a ascensão de Jesus, quer ajudar as comunidades cristãs, daquele tempo e também as de hoje, a perceberem que a Fé não nasce de uma experiência humana, não é resultado do raciocínio e nem produto da lógica. O Reino de Deus anunciado por Jesus, não é um reino lá de cima, sem qualquer conexão com as realidades humanas, é um reino aqui de baixo, com suas raízes plantadas no chão da história, mas que, apesar disso, não depende do homem, de suas aspirações ou ideologias, para atingir a plenitude.

Este homem novo, que não é alienado, mas que também não é só uma realidade carnal e psíquica, nasceu no “sopro” de Jesus, este homem convocado para viver uma nova realidade celestial, mesmo em meio ao “caos” estabelecido na humanidade, é que forma a Igreja dos que crêem, e que não encontrando em si mesmo uma força que transforme aas relações, sonha, constrói e vai a luta, impelido pelo Espírito do Senhor Ressuscitado, que vai á frente da sua Igreja, como um General vai á frente da Batalha, convicto da vitória.

Há uma missão a cumprir, dificílima e sempre desafiadora, para cada Cristão Batizado, mas o bom êxito da missão está assegurado, porque é o Espírito do Senhor, que nos move, anima, direciona e impulsiona. Não importa as nossas fragilidades, vacilo e indecisões, pois o mais importante é que, como São Tomé, reconheçamos Jesus como nosso único Deus e Senhor, tudo o mais, inclusive a tenebrosa força do mal, está abaixo desse Senhorio, a Soberania pertence a Cristo, e somente a Ele...
José da Cruz é Diácono da

Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP



2. A revelação de Jesus culmina com a partilha do pão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

A partir de fragmentos de tradições sobre a ressurreição, associadas às Escrituras, Lucas redige esta expressiva narrativa didático-catequética.

As tradições devem ser reinterpretadas a partir da prática da partilha do pão por Jesus. Os dois discípulos (representam a comunidade) estavam frustrados com a morte de Jesus na cruz. A expectativa de um messias libertador nacionalista, glorioso e poderoso, sempre foi uma dificuldade para compreenderem a encarnação de Jesus, comunicadora de vida eterna. Contudo, o próprio Jesus se revela a partir das Escrituras deles. E esta revelação culmina com a partilha do pão, que é um gesto universal de solidariedade, independente de qualquer credo ou religião.

A partilha fraterna do pão, a solidariedade e o amor são os gestos que a todos revelam a presença viva de Jesus nas comunidades.
ORAÇÃO
Pai, não permitas que eu caia na tentação de viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos quer todos reunidos em seu nome.

3. CRER SEM VER
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A bem-aventurança de crer no Senhor Ressuscitado, sem tê-lo visto, diz respeito a todos os cristãos. Neste caso, o pré-requisito para se tornar bem-aventurado consiste em dar crédito ao testemunho de quem "viu" o Senhor, e anunciou que ele está vivo. A tradição cristã, ao longo dos séculos, foi se formando a partir do testemunho dos primeiros cristãos. Estes saíram pelo mundo inteiro para anunciar que o Senhor ressuscitou, testemunhando o fato, não só com palavras, mas também com a vida. O testemunho de fé - palavra e vida - da comunidade é a única forma de ter acesso ao Senhor. Só por este caminho é que se chega a Jesus.

Como conseqüência, cada cristão deve estar convicto de que é mediação da experiência do Ressuscitado, para todas as pessoas com quem se defronta. Quando o cristão, realmente, assimila a dinâmica da ressurreição, e a deixa transformar sua vida, torna-se uma prova convincente de que o Senhor está vivo, e sua presença tem a força de mudar, radicalmente, a vida de quem o acolhe. Este é o testemunho que atrairá muitas pessoas para a fé.

Assim, embora não vejamos Jesus ressuscitado com os nossos olhos, é possível acolhê-lo na fé, e testemunhar que ele, de fato, está no meio de nós.
Oração

Espírito de fé tira de mim tudo o que me impede de acolher, com docilidade, a presença do Ressuscitado em minha vida e na de minha comunidade.


07.04.2013
2º Domingo de Páscoa / Domingo da Divina Misericórdia — ANO C
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DA PÁSCOA I – II SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Reunidos pela fé. Jesus ressuscitado manifesta-se na assembléia dominical." __





Dia 07 de abril – 2º DOMINGO DA PÁSCOA
MEU SENHOR E MEU DEUS!
A comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus estava reunida. Estavam com medo dos perseguidores; apesar disso, estavam unidos e assim receberam Jesus vivo. Isso aconteceu com os primeiros cristãos, mas também acontece conosco hoje, por nossa fé. Recebemos a mensagem viva do evangelho por meio da Igreja, a comunidade dos seguidores de Jesus. O medo que sentimos não importa muito. Mais importante é o espírito de unidade.

Os discípulos e discípulas de Jesus estavam reunidos, com medo. Hoje em nossas comunidades também passamos por situações difíceis. No Brasil, talvez, a maioria das comunidades não tenham medo de se reunir, mas enfrentam outras dificuldades. Por exemplo, em muitos lugares é difícil reunir pessoas para a celebração. Graças a Deus, há sempre um pequeno grupo que leva as coisas para a frente, mas a grande maioria, ainda que seja católica, faz pouco pela comunidade. Mesmo assim, as comunidades continuam sendo espaço de encontro das pessoas com Jesus ressuscitado, onde os irmãos e irmãs se reúnem, escutam a Palavra e repartem o pão.
O evangelho de hoje também fala de Tomé, que, por ter estado fora da comunidade, não havia feito a experiência do Senhor ressuscitado e teve dificuldade de entender a mensagem de vida trazida por Jesus. Olhando para nossos dias, percebemos que, de fato, quem se põe fora da comunidade fica sem entender o que é mais importante na vida dos seguidores de Jesus. Todos nós, muitas vezes, nos colocamos fora da comunidade dos seguidores de Jesus. Quando? Todas as vezes que fazemos algo não para servir, mas para obter alguma vantagem ou simplesmente receber reconhecimento humano, estamos seguindo um caminho diferente daquele que Jesus, nosso mestre, nos ensinou. Quando reclamamos e não procuramos fazer a nossa parte, estamos nos afastando da mensagem de Jesus vivo. Se fizermos muitas coisas e não dedicarmos o tempo necessário à oração, estaremos pondo os pés fora da casa dos seguidores de Jesus.
Se cada pessoa fizer exame de consciência, vai perceber que nem sempre esteve cem por cento na comunidade dos seguidores de Jesus. Muitos desanimaram, perderam a fé, a esperança e deixaram de viver a caridade. Mas ninguém precisa se desesperar, pois, sempre que nos desencontramos com Jesus, ele vem novamente ao nosso encontro. O que ele espera de nós é que, com nosso coração e nossos gestos, possamos dizer como Tomé: Meu Senhor e meu Deus!

Claudiano Avelino dos Santos, ssp

Confessemos plenamente que Jesus é o Senhor


Postado por: homilia

abril 7th, 2013


No texto anterior ao de hoje, Maria Madalena trouxe a notícia da Ressurreição aos discípulos incrédulos. Agora, é o próprio Jesus que aparece a eles. Não há reprovação nem queixa nas Suas palavras, apesar da infidelidade de todos eles, mas somente a alegria e a paz que já tinha prometido no último discurso. Duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos Seus discípulos: “A paz esteja com vocês”.
O nosso termo “paz” procura traduzir – embora duma maneira inadequada – o termo hebraico “Shalom!”, que é muito mais do que “paz” conforme o nosso mundo a compreende. O “Shalom” é a paz que vem da presença de Deus, da justiça do Reino, e não das armas.
Jesus não promete a paz do comodismo, mas, pelo contrário, envia os Seus discípulos na missão árdua em favor do Reino. Cristo promete o Shalom, pois Ele nunca abandonará quem procura viver na fidelidade o projeto de Deus. Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez sobre Adão quando infundiu nele o espírito de vida. Jesus os recria com o Espírito Santo.
Normalmente imaginamos o Espírito Santo descendo sobre os discípulos em Pentecostes, como Lucas descreve em Atos, mas aquilo era a descida oficial e pública do Espírito para dirigir a missão da Igreja no mundo. Para João, o dom do Espírito – que da sua natureza é invisível – flui da glorificação de Jesus, da sua volta ao Pai. O dom do Espírito, neste texto, tem a ver com o perdão dos pecados.
Mais uma vez, num domingo, Jesus aparece aos discípulos. Desta vez, Tomé está presente.
Em Tomé “nos enxergamos”, quando diante dos sofrimentos e das tribulações da vida vacilamos. Quando duvidamos do poder do Cristo Ressuscitado. Todavia, como fez e disse à Tomé, Jesus também faz e diz a cada um de nós. Primeiro, fortalece nossa fé. E, depois, nos torna felizes, por acreditarmos sem o termos visto: “Felizes os que acreditam sem me terem visto”.
Essa é muitas vezes a realidade da nossa fé – acreditar contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal, a vida mais do que a morte, o Shalom mais do que a prepotência. Somente uma fé profunda e uma experiência da presença do Ressuscitado vai nos dar essa firmeza.
Tomé confessa Jesus nas palavras que o Salmista usa para Javé no Salmo 35,23. No primeiro capítulo do Evangelho de João, os discípulos deram a Jesus uma série de títulos que indicaram um conhecimento crescente de quem Ele era. Aqui, Tomé lhe dá o título final e definitivo: Jesus é Senhor e Deus!
Essa deve ser a minha e a sua atitude: confessar plenamente que Jesus é o Senhor. Ele é o Príncipe da Paz.
Padre Bantu Mendonça
LEITURA ORANTE

Jo 20,19-31 - Pare de duvidar e creia!



Preparo-me para rezar a Palavra, com a prece de São Tomás de Aquino: 
Espírito Santo, Deus de amor,
concede-me:uma inteligência que te conheça,
uma inquietação que te procure,
uma sabedoria que te encontre,
uma vida que te agrade,
uma perseverança que,
enfim, te possua. Amém.


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na minha Bíblia,  o texto: Jo 20,19-31, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
— Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo:
— Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois soprou sobre eles e disse:
— Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Jesus e Tomé
Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de “o Gêmeo”, não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé:
— Nós vimos o Senhor!
Ele respondeu:
— Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer!
Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
— Que a paz esteja com vocês!
Em seguida disse a Tomé:
— Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia!
Então Tomé exclamou:
— Meu Senhor e meu Deus!
— Você creu porque me viu? — disse Jesus. — Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!
Jesus fez diante dos discípulos muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, c dele.
A comunidade reunida e unida com a presença do Senhor Ressuscitado se fortalece e rendo, tenham vida por meiocresce. Recebe o Espírito Santo e a missão. Tomé não está presente. Por isso tem dificuldade para crer. Não acredita no primeiro anúncio que os apóstolos fazem depois de estarem com o Senhor. Tomé diz, em outras palavras, que precisa ver para crer. Uma semana depois, todos estão reunidos e, desta vez, Tomé está também. O Ressuscitado o convida para tocar as chagas. É quando ele faz aquela bela oração: “Meu Senhor e meu Deus!” E Jesus diz: “ Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!” O Evangelho conclui com dizendo sua finalidade: “para que crendo, tenham vida por meio de Jesus”.


2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?

Sou uma pessoa que marco presença na comunidade? 
Por acaso, sou como Tomé? 
Preciso ver para crer?
Ou posso tomar para mim, a afirmação de Jesus: “ Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!” Os bispos na V Conferência falaram muitas vezes da fé: “O “irmão” de Jesus (cf. Jo 20,17) participa da vida do Ressuscitado, Filho do Pai celestial, porque Jesus e seu discípulo compartilham a mesma vida que procede do Pai: Jesus, por natureza (cf. Jo 5,26; 10,30) e o discípulo, por participação (cf. Jo 10,10). A conseqüência imediata deste tipo de vínculo é a condição de irmãos que os membros de sua comunidade adquirem.” (DAp 132).


3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:

Jesus Mestre,
que eu pense com a tua inteligência
e com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu Coração...
Que eu veja sempre com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça somente com teus ouvidos.
Que eu saboreie aquilo que tu gostas.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés sigam os teus passos.
Que eu reze com as tuas orações.
Que meu tratamento seja o teu.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim,
de modo que eu desapareça.
(Bem-aventurado Tiago Alberione)


4. Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou estar presente na minha comunidade – família, grupo, Igreja, amigos – e descobrir junto a presença de Jesus Ressuscitado em nosso meio, com a sua mensagem de paz!
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 



Ir. Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, por orgulho nós queremos compreender o mistério da Ressurreição de Jesus. Ajuda a nossa fé pequenina, Pai Amado, e conserva a nossa ingenuidade de crianças do teu Reino de Amor. Só assim poderemos viver e testemunhar a tua Presença Amorosa na nossa história. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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