Um dos abusos que mais se estenderam durante a Idade Média, era a concessão de um ou vários benefícios eclesiásticos aos jovens e até meninos. São Engelberto foi um exemplo deles, cujo pai era o poderoso Conde de Berg. Quando ainda estudava na escola da catedral de Colônia, já era responsável pela comida de Santa Maria de Aquisgrán, de São Jorge, de São Severino e da catedral de Colônia.
Em 1217 foi nomeado Arcebispo de Colônia; a diocese estava
completamente arruinada pelas lutas políticas e religiosas, mas São Engelberto
possuía qualidades humanas que o faziam apto para a tarefa que lhe esperava: um
julgamento claro, um grande desejo de justiça, uma vontade forte e uma presença
que impunha respeito.
O santo recebeu generosamente os frades menores e dominicanos a
quem alentou para que se estabelecessem em seus domínios. Convocou vários
sínodos em sua diocese para manter a disciplina no clero secular e regular.
O santo desempenhou com vigor e energia, e soube ganhar o respeito
de todos; mas ao mesmo tempo, a mão firme e justa com que governou, criou-lhe
muitos inimigos. Um deles foi seu primo Federico de Isenberg, administrador das
religiosas de Essen, quem tramou uma conspiração para assassiná-lo devido às
recriminações que São Engelberto lhe tinha dirigido por causa de seus abusos e
maus manejos administrativos.
Em 7 de novembro de 1225, o santo partiu de Soest a Schwelm com
uma escolta insuficiente, e Federico e outros nobres caíram sobre ele com cem
soldados e o assassinaram.
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