Nasce em Oropesa (Toledo) no ano
de 1500. O próprio santo testemunhou que seu nome veio do céu, já que sua mãe,
quando estava grávida, e pensando que nome lhe poria, escutou uma voz que lhe
dizia: "Chamá-lo-á Alfonso", em memória do Santo Ildefonso de Toledo.
Realizou seus estudos em Talavera, sendo transferido então a Toledo, onde participa do coro da Catedral, quando então nasce sua grande paixão pela música. Logo se muda para Salamanca para prosseguir com seus estudos universitários, e é ali onde sente grande atração pela santidade do Convento de Santo Agostinho, do qual tomará os hábitos no ano 1523 de Santo Tomás de Villanueva.
Realizou seus estudos em Talavera, sendo transferido então a Toledo, onde participa do coro da Catedral, quando então nasce sua grande paixão pela música. Logo se muda para Salamanca para prosseguir com seus estudos universitários, e é ali onde sente grande atração pela santidade do Convento de Santo Agostinho, do qual tomará os hábitos no ano 1523 de Santo Tomás de Villanueva.
Logo após a corte ser transferida para Madri, ele faz o mesmo,
vivendo no Convento Agostiniano de San Felipe el Real.
Nunca fez distinção entre as pessoas que visitava, sempre gozou de
uma extraordinaria popularidade. Tanto o rei Felipe II como a nobreza o amavam.
Da mesma maneira, o povo o queria por suas grandes bondades com as
pessoas mais necessitadas que visitava em hospitais e cárceres. É por isso que
já em vida o chamavam O Santo de San Felipe. Em suas Confissões conta como
muitas vezes era tentado a abandonar a vida religiosa e tudo o que isso
implicava, se sentia atraído pelo mundo.
Escreveu grandes obras, tanto em latim como em castelhano, das
quais se destacaram Jardim de Oração e Monte de Contemplação (1544), Boda
Espiritual (1551), As Sete Palavras da Virgem (1556), Bonum Certamen (1562),
Arte de Amar a Deus e ao Próximo (1568) e A Coroa de Nossa Senhora (1588).
Sempre teve um grande amor por sua Ordem e buscou conhecer sobre
sua história e espiritualidade. Enquanto foi pregador real não tinha porque
submeter-se a seus superiores, ao qual renunciou, sendo sempre um frei como
todos. Fundou dois conventos de frades e três de monjas agostinianas,
deixando-nos um particular testemunho de seu amor pela vida contemplativa.
Faleceu no dia 19 de setembro, data na qual os da Ordem de Santo
Agostinho o celebram, em Madri, no colégio Doña Maria de Aragao. Seus restos
mortais se encontram no Mosteiro das Agostinianas de Madri.
Foi beatificado no ano 1882, pelo Papa Leão XIII. Em seu processo
de beatificação grandes personagens da sociedade e cultura daquela época deram
testemunho dele, como a infanta Isabella Clara Eugenia e os escritores
Francisco de Quevedo e Lope de Vega.
Foi proclamado santo pelo Papa João Paulo II no dia 19 de maio de
2002.
O Convento de Santo Agostinho
Este convento, na história da Espanha, ocupa um lugar sumamente
importante, já que sempre foi conhecido pela santidade de seus moradores e está
vinculado ao mundo da universidade e da cultura.
Por ele passaram grandes personagens, como São João de Sagahún,
Santo Tomás de Villanueva (o prior que recebeu Alonso de Orozco no noviciado),
o venerável Luis de Montoya, o grande poeta e escritor Fray Luis de León etc.
"O Santo de São Felipe"
Talvez na atualidade Alonso de Orozco não seja conhecido como se
deveria, mas em seu tempo sempre gozou de uma grande popularidade de todos,
pois soube aproximar-se a toda classe social sem distinção. Sempre foi
conhecido como "O Santo de São Felipe", pelo convento onde habitava.
Dada a sua experiência de fé, sempre sentiu a grande necessidade
de anunciar a Jesus Cristo. O povo sempre o amou por suas obras pelos pobres, tanto
material, como moralmente. Visitava os mais desafortunados nas prisões,
hospitais ou conventos pobres.
Sua vida nunca foi simples, em suas Confissões narra sua dura luta
contra a tentação por abandonar a vida religiosa.
Dom da vocação
Alonso de Orozco valorizou muito o dom da vocação, já que se
consagrou pela causa do Evangelho. Seu desejo de ir de missões, que foi
impedido por uma doença, foi uma das manifestações desse desejo de consagração
e entrega, até desejar merecer a graça do martírio.
Sempre cultivou o amor por sua Ordem e buscou conhecer sua
história e sua espiritualidade. Por este motivo escreveu uma Instrução de
religiosos, um Comentário à Regra e uma Crônica do glorioso padre e doutor da
Igreja Santo Agostinho.
Sempre esteve disponível a cumprir qualquer função dentro da
Ordem. Por sua condição de predicador real não tinha que se submeter a seus superiores,
ao qual renunciou.
Sempre zelou para que a Ordem crescesse e foi assim que fundou
cinco conventos, deixando sempre em cada um o testemunho da vida contemplativa.
"Para dar-nos ânimo e ser para nós exemplo..."
Toda a vida de Alonso de Orozco, desde sua piedade, seu amor, sua
dedicação pastoral e sua vocação ao serviço, é hoje um grande testemunho de
vida para todos os cristãos.
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