sexta-feira, 18 de maio de 2012

São Pedro Celestino - 19 de maio

São Pedro Celestino
1215-1296

Fundou a Ordem dos Celestinos


Pedro nasceu em 1215, na província de Isernia, Itália, de pais camponeses com muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos de Faifoli. Assim que terminou os estudos, retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos. 
Depois foi para Roma, recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.
Em 1251, fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a aprovação do papa Leão IX, em 1273. 
Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais. 
Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte. 
Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os santos sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja declarou santo o papa Pedro Celestino, já em 1313. 
A Ordem dos Celestinos continuou se espalhando e crescendo, chegando a atingir, além da Itália, a França, a Alemanha e a Holanda. Mas, depois da Revolução Francesa, sobraram poucos conventos da Ordem na Europa.




São Celestino V, Papa

ou São Pedro Celestino


Comemoração litúrgica: 19 de maio.   

Também nesta data:  Santos Ivo, Crispim de Viterbo e Prudenciana


Pontificado: 1294 

                                                      Pedro Celestino, eremita, fundador e Papa, nasceu em 1221 em Isenia, na província de Apulia. Tendo apenas seis anos de idade, disse à mãe: “Mamãe, quero ser um bom servo de Deus”. Fielmente cumpriu esta palavra, como se fosse uma promessa feita ao Altíssimo. Apenas tinha terminado os estudos, quando se retirou para um ermo, onde viveu dez anos. Decorrido este tempo, ordenou-se em Roma e entrou na Ordem Beneditina. Com licença do Abade, abandonou depois o convento, para continuar a vida de eremita. Como tal, teve o nome de Pedro de Morone, nome tirado do morro de Morone, ao sopé do qual erigira a cela em que morava.
                                                       O tempo que passou naquele ermo, foi uma época de grandes lutas, tentações e provações. As perseguições que sofreu do espírito maligno, foram tão pertinazes, que por longos meses deixou de celebrar a Santa Missa, e chegou quase a abandonar a cela. A paz e tranqüilidade voltaram, depois de Pedro ter confessado o estado de sua consciência a um sábio sacerdote.
                                                       Em 1251, fundou, com mais dois companheiros, um pequeno convento, perto do morro Majela. A virtude dos monges animou outros a seguir-lhes o exemplo. O número dos religiosos, sob a direção de Pedro, cresceu de mês em mês, tanto, que o superior, por uma inspiração divina, deu uma regra à nova ordem, chamada dos Celestinos. Esta Ordem, reconhecida e aprovada por Leão IX, estendeu-se admiravelmente, e ainda em vida do fundador contava 36 conventos.
                                                       Com a morte de Nicolau V, em 1292, ficou a Igreja sem Chefe. Dois anos durou o conclave, sem que os cardeais pudessem reunir os seus votos a um único candidato. Afinal, aos 5 de julho de 1294, contra todas as expectativas, e unicamente à insistência e pressão de Carlos II, rei de Nápolis, saiu eleito Pedro Morone, que fixava residência primeiro em Aquila, e depois em Nápolis. Ao piedoso e santo eremita faltavam por completo as qualidades indispensáveis para governar a Igreja, ainda mais num período tão crítico e difícil. Os Cardeais breve perceberam o erro, quando viram que o eleito, em vez de ouvir os seus conselhos, preferia seguir os do rei e de alguns monges excêntricos, ficando com isto seriamente prejudicados altos interesses da Igreja. O Pontífice por sua vez, reconheceu que estava deslocado, e deu-se pressa em abdicar (13-12-1294). Bonifácio VIII, seu sábio e zeloso sucessor, empregou todos os esforços para pôr cobro às opressões da Igreja pelo poder civil, no que se viu logo hostilizado por muitos Cardeais, que chegaram a declarar não justificada, e sem efeito a abdicação de Celestino, e ilegal a eleição de Bonifácio. Para afastar o perigo de um cisma, este mandou fechar Celestino, até a morte, no castelo Fumone, cercando-o embora de todo o respeito.
                                                       Pedro de boa vontade se sujeitou a esta medida coercitiva e passou dez meses, por assim dizer, na prisão.
                                                       Por uma graça divina foi conhecedor do dia da sua morte, que predisse com toda exatidão. Tendo recebido os Santos Sacramentos, esperou a morte, deitado no chão. As últimas palavras que disse foram as do Salmo 150: “Todos os espíritos louvem ao Senhor”.
                                                        Já em 1313 foi honrado com o título de Santo, pela canonização feita por Clemente V.
                                                        A Ordem dos Celestinos estendeu-se rapidamente pela Itália, França, Alemanha e Holanda. Estimada pelos príncipes, teve em todos os países uma bela florescência, até à grande catástrofe religiosa na Alemanha e a Revolução Francesa. Na Itália existem ainda poucos conventos da fundação de Pedro Celestino.

R E F L E X Õ E S

 Houve um tempo na vida de São Pedro celestino em que, assustado por terríveis tentações e escrúpulos, o Santo não mais ousou celebrar o Santo Sacrifício da Missa. Entre as pessoas que se aproximam da Mesa Eucarística, há duas categorias: uma representada pelos tímidos e outra pelos audaciosos. Os tímidos receiam acercar-se da Santa Comunhão, julgando-se indignos  desta grande graça. Os audaciosos, pelo contrário, não se preocupam com esta eventualidade. Fazem preparação rápida, rotineira e sem atenção alguma. Se estes pecam por excesso de uma falsa familiaridade com Deus, os outros não são menos dignos de censura. A recepção freqüente da Santa Comunhão, longe de fazer arrefecer na alma o fervor e a piedade, deve produzir-lhe um amor cada vez mais ardente a Nosso Senhor, e despertar-lhe o desejo de tornar-se-lhe mais agradável, por uma vida santa. Quem pratica a comunhão quotidiana com outras intenções, que não seja este desejo firme e a resolução de desapegar-se cada vez mais dos pecados e defeitos, não faz dela o uso que Deus quer, e melhor seria que desistisse de uma prática de que nenhum proveito pode auferir, e por cima ainda provocará a justa censura de outros, que não compreendem como possa ser compatível a recepção da Sagrada Comunhão cada dia, com a existência e permanência de defeitos, que exigem do próximo muita paciência para os aturar.

Os outros devem lembrar-se de que ninguém é, nem pode ser digno de receber Nosso Senhor no coração. Não foi pela indignidade nossa que Jesus Cristo se decidiu a instituir este grande Sacramento. Como entrou nas casas de pecadores e com eles comia à mesa, assim nos visita na Santa Comunhão, com o fim de ser o alimento da nossa alma e de proporcionar-lhe as graças de que necessita, para sua santificação. 


São Celestino V, O.S.B.Cel.
192º papa
Brasão pontifical de São Celestino V, O.S.B.Cel.
Nome de nascimentoPietro del Morrone
Nascimento
Eleição5 de Julho de 1294
Fim do pontificado13 de Dezembro de1294
AntecessorNicolau IV
SucessorBonifácio VIII

Papa Celestino V

Papa São Celestino V OSB (1215 — 1296), proveniente da ordem beneditina, foi papa durante alguns meses do ano 1294. Ele nasceu com o nome Pietro Angeleri, conhecido também como Pietro da Morrone 

Vida


Quando morreu o papa franciscano Nicolau IV, em 1292, assistiu-se a um demorado processo de escolha do seu sucessor, que levou cerca de dois anos, apesar de haver apenas doze votantes. O conclave foi mesmo interrompido por causa de uma epidemia de peste, que vitimou um dos cardeais. Escolheu-se finalmente, em 5 de Julho de 1294, Pietro Angeleri, conhecido como um frade beneditino radicalmente espiritualista e um asceta, que vivia em reclusão.
Pietro foi levado da sua caverna nas encostas do monte Mailla e fez uma entrada triunfal em Áquila montado num burro (nunca foi em Roma durante toda sua vida), oferecido por Carlos II de Anjou, rei de Nápoles, e por seu filho, Carlos Martel. O novo papa tomou o nome de Celestino V. Por pressões do cardeal Benedicto Caetani, foi forçado a abdicar em 13 de Dezembro do mesmo ano (em24 de Dezembro foi eleito o seu sucessor, precisamente Caetani, que tomaria o nome de Bonifácio VIII) e viveu ainda dois anos em reclusão. Supõe-se que tenha sido assassinado, talvez com veneno, por ordem do seu sucessor, embora a história não tenha registado provas conclusivas.
Foi canonizado em Avinhão pelo papa Clemente V em 3 de Maio de 1313.
Precedido por
Nicolau IV
Emblem of Vatican City State.svg
Papa

192.º
Sucedido por
Bonifácio VIII

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