HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/01/2025
ANO C

Comentário do Evangelho
Jesus no casamento em Caná da Galileia

A Bíblia frequentemente compara a relação entre Deus e seu povo a um casamento. Mesmo diante da infidelidade de Israel à sua aliança, a misericórdia divina permaneceu constante. A presença de Deus, especialmente na figura de Jesus, é uma fonte de alegria que se expressa de forma abundante em muitos dons, fortalecendo a fé. A liturgia de hoje nos convida a participar dessa celebração nupcial, entoando um cântico de gratidão pelas bênçãos recebidas.No contexto do retorno dos exilados e da reconstrução de Jerusalém, a profecia de Isaías 62,1-5 descreve a alegria de Israel ao experimentar a salvação, a justiça e a glória divina. O tempo de sofrimento chegou ao fim. Israel, agora consciente do cuidado e da proteção de Deus, celebra a renovação de sua aliança. A terra, que antes era estéril, torna-se fértil e próspera, refletindo a força de um compromisso inquebrável, comparável ao de uma esposa feliz em seu matrimônio.O Espírito Santo, fonte de dons e carismas, também marca essa alegria nupcial, como destacado por Paulo na carta aos coríntios. Ele incentiva a comunidade a valorizar a diversidade de dons e serviços, promovendo uma unidade que fortalece o testemunho cristão. Essa unidade, fruto da ação do Espírito, inspira novos membros a se unirem à comunidade e reafirma a importância de servir ao bem comum.A plenitude dessa alegria entre Deus e seu povo é representada simbolicamente nas Bodas de Caná, o primeiro milagre de Jesus descrito no Evangelho de João. Esse evento não apenas fortalece a fé dos discípulos no início de sua caminhada, mas também evidencia o cuidado e a sensibilidade de Maria. Ela, mais do que mãe, atua como intercessora ao perceber a necessidade e encoraja os presentes a seguirem os ensinamentos de Jesus.As talhas vazias, usadas na purificação judaica, refletem a insuficiência e a incompletude da antiga aliança. Ao serem preenchidas com água, que simboliza a Lei, e transformadas em vinho, representam a renovação trazida pela presença de Jesus. Esse vinho, o melhor de todos, simboliza a alegria plena da nova aliança e a abundância da graça messiânica.Que possamos permitir que Deus encha nossas vidas com sua Palavra e sua presença, trazendo a alegria de uma nova vida, simbolizada pelo vinho transformado em Caná.https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-no-casamento-em-cana-da-galileia/
Reflexão
O relato do Evangelho de hoje traz a cena de um casamento em Caná da Galileia. Nessa festa, entre os convidados, estavam Jesus, sua Mãe e os discípulos. Quando o vinho termina, Maria é a primeira a perceber e provoca Jesus, dizendo: “Não há mais vinho”. Jesus se desculpa, dizendo que ainda não chegou sua hora. Mas acaba atendendo ao pedido da Mãe, proporcionando o primeiro dos sete sinais descritos pelo evangelista João. O sinal é a manifestação da glória de Deus em Jesus e revela sua missão. A carência do vinho é preenchida pela ação de Jesus, e assim acontece a abundância do vinho, símbolo do amor, de alegria, de festa e de vida nova. O papel da Mãe de Jesus é importante: com ela acontece a transformação. É ela que percebe a falta de vinho e intercede em favor dos convidados. A mulher é sempre mais sensível e perspicaz. Normalmente, é a mulher que percebe a falta das necessidades básicas na família. Maria exerce papel importante ao nos alertar: “Façam tudo o que o Mestre pedir”.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/19-domingo-9/
Reflexão
«A mãe de Jesus estava lá. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento»
Rev. D. Enric PRAT i Jordana(Sort, Lleida, Espanha)
Hoje, contemplamos os efeitos salutares da presença de Jesus e de Maria, Sua Mãe, no centro dos acontecimentos humanos, como no episódio que nos ocupa: «Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava lá. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento» (Jo 2,1-2).Jesus e Maria, com intensidade diferente, tornam Deus presente em qualquer lugar onde estejam e, onde está Deus, aí há amor, graça e milagre. Deus é o bem, a verdade, a beleza, a abundância. Quando o sol difunde os seus raios no horizonte, a terra ilumina-se e recebe calor, e toda a vida trabalha para produzir os seus frutos. Quando deixamos que Deus se aproxime, o bem, a paz e a felicidade crescem manifestamente nos corações, até então talvez frios ou adormecidos.A mediação escolhida por Deus para se fazer presente no meio dos homens e se comunicar profundamente com eles, é Jesus Cristo. A obra de Deus chega ao coração do mundo através da humanidade de Jesus e, depois, através da presença de Maria. Os noivos de Caná pouco sabiam sobre aqueles convidados para a sua boda. O convite correspondia provavelmente a alguma relação de amizade ou parentesco. Naquela altura, Jesus ainda não tinha feito nenhum milagre e desconhecia-se a sua importância.Aceitou o convite porque é a favor das relações humanas importantes e sinceras e se sentiu atraído pela honestidade e boa disposição daquela família. Por isso, estava presente naquela celebração familiar. «Este início dos sinais, Jesus o realizou em Caná da Galileia» Jo 2,11) e ali o Messias «abriu o coração dos discípulos à fé graças à intervenção de Maria, a primeira crente» (João Paulo II).Aproximemo-nos também da humanidade de Jesus, tratando de conhecer e amar, mais e de modo progressivo, a Sua trajetória humana, escutando a Sua palavra, crescendo em fé e confiança, até ver nele o rosto do Pai.Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «O coração de Maria, que não pode menos do que sentir compaixão do infeliz (…), impeliu-a a assumir ela própria o ofício de intercessora e a pedir ao Filho o milagre. Se esta boa Senhora obrou assim sem que lhe pedissem, o que teria acontecido se lhe implorassem?» (São Afonso Mª de Ligorio)
- «Maria, propriamente, não faz um pedido a Jesus; simplesmente lhe diz: ‘Eles não têm vinho’. Não lhe pede nada em particular, muito menos que Jesus use o seu poder, que faça um milagre produzindo vinho. Ela simplesmente informa a Jesus e deixa ele decidir o que convém fazer» (Bento XVI)
- «No umbral da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal –a pedido da sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento (cf. Jo 2,1-11). A Igreja atribui uma grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse facto a confirmação da bondade do matrimónio e o anúncio de que, doravante, o matrimónio seria um sinal eficaz da presença de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.613)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-01-19
Reflexão
Oração de Maria
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Maria dirige ao seu Filho um pedido em favor dos amigos que se encontram em dificuldade. Ela confia uma necessidade humana ao seu poder a um poder que vai para além da habilidade e da capacidade humanas.E assim, no diálogo com Jesus, vemo-la realmente como Mãe que suplica, que intercede. Vale a pena mergulhar um pouco mais profundamente na escuta deste trecho evangélico: para aprender também de Maria a rezar da maneira justa. Maria não dirige um verdadeiro pedido a Jesus, mas diz-lhe somente: "Não têm vinho" (Jo 2,3). Os esposos encontram-se em dificuldade, e Maria simplesmente refere tal facto a Jesus. Não lhe pede algo específico, e ainda menos que Jesus exerça o seu poder, realize um milagre, produza vinho. Simplesmente confia a situação a Jesus, deixando-lhe a decisão sobre como agir.—De Maria aprendemos a bondade pronta a ajudar, mas também a humildade e a generosidade de aceitar a vontade de Deus, dando-lhe confiança na convicção de que a sua resposta, qualquer que ela venha a ser, será o nosso, o meu verdadeiro bem.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-01-19
Reflexão
Maria representa a nova mulher, a nossa Mãe
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje temos maior dificuldade de entender a resposta de Jesus. Já o apelativo não nos agrada: "Mulher". Por que motivo Ele não diz: mãe?Na realidade, este título exprime a posição de Maria na história da salvação. Ele remete ao futuro, à hora da crucifixão, em que Jesus lhe dirá: "Mulher, eis o teu filho!" (Jo 19,26). Por conseguinte, indica antecipadamente a hora em que Ele fará da mulher, sua mãe, a mãe de todos os seus discípulos. Por outro lado, este título evoca a narração da criação de Eva: no meio da criação com todas as suas riquezas, Adão sente-se sozinho como ser humano. Então é criada Eva, em quem ele encontra a companheira que esperava e a quem chama com o título de "mulher".—No Evangelho de João, Maria representa a nova e definitiva mulher, a companheira do Redentor, a nossa Mãe: aparentemente pouco afetuoso, este apelativo expressa ao contrário a grandeza da sua missão perene.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-01-19
Reflexão
O "sim" do Filho e o "sim" de Maria, torna-se um único "sim"
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje agrada-nos ainda menos aquilo que em seguida, em Caná, Jesus diz a Maria: "Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo?" (Jo 2,4).Tudo isto deve evocar na nossa memória o fato de que por ocasião da Encarnação de Jesus existem dois diálogos que caminham juntos e se fundamentam um ao outro, tornando-se um só. Em primeiro lugar, há o diálogo que Maria mantém com o Arcanjo Gabriel, no qual Ela diz: "Faça-me em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Mas existe um texto paralelo a este, um diálogo por assim dizer no interior de Deus, que tem início a Encarnação. O Filho eterno diz ao Pai: "Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo... Eis que venho... para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hb 10, 5-7; cf. Sl 40, 6-8).—O "sim" do Filho e o "sim" de Maria, este dúplice "sim", torna-se um único "sim". Neste dúplice "sim", a obediência do Filho faz-se corpo; mediante o seu "sim", Maria dá-lhe um corpo. Aquilo que mais profundamente têm a ver um com o outro é este dúplice "sim", em cuja coincidência teve lugar a Encarnação.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-01-19
Reflexão
Jesus transforma as bodas humanas numa imagem das núpcias divinas (união entre Deus e o homem)
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje Jesus não brinca com o seu poder numa situação que, em última análise, é totalmente particular. Não, Ele realiza um sinal, mediante o qual anuncia a sua hora, a hora das bodas, a hora da união entre Deus e o homem.Ele não "produz" simplesmente vinho, mas transforma as bodas humanas numa imagem das núpcias divinas, para as quais o Pai convida através do Filho e nas quais Ele confere a plenitude do bem, representada pela abundância do vinho. As bodas tornam-se imagem daquele momento, em que Jesus leva o seu amor até ao extremo, deixa que o seu corpo seja dilacerado e assim se entrega a Si mesmo a nós para sempre, tornando-se um só conosco união entre Deus e o homem.—A hora de Jesus ainda não chegou, mas no sinal da transformação da água em vinho, no sinal do dom festivo, Ele antecipa a sua hora já no momento presente.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-01-19
Reflexão
A hora de Jesus é a Cruz; a sua hora definitiva será o seu retorno no final dos tempos
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje compreendemos também a segunda frase da resposta de Jesus: "Ainda não chegou a minha hora". Jesus jamais age exclusivamente sozinho. Ele age sempre a partir do Pai, e é precisamente isto que O une a Maria.Foi ali, nesta unidade de vontade com o Pai, que Ela quis inserir também o seu pedido. Por isso, depois da resposta de Jesus, que parece rejeitar o pedido, surpreendentemente e com simplicidade Ela pode dizer aos servos: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2,5). Assim, também a necessidade do momento é resolvida de modo verdadeiramente divino, e o pedido inicial é ultrapassado amplamente.—A sua "hora" é a Cruz; a sua hora definitiva será o seu retorno no final dos tempos. Ele antecipa de forma incessante esta hora definitiva, também precisamente na Eucaristia, onde se manifesta sempre já neste momento. E sempre de novo, fá-lo por intercessão da sua Mãe, por intercessão da Igreja, que O invoca nas preces eucarísticas: "Vem, Senhor Jesus!".https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-01-19
Comentário sobre o Evangelho
As bodas em Caná. Jesus realiza seu primeiro milagre e seus discípulos acreditam nele
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Hoje assistimos ao primeiro milagre de Jesus Cristo: converteu água em vinho para que pudesse terminar com sucesso aquela boda. E tudo isso foi possível pela petição da Virgem Maria.—Veja que autoridade tem a Mãe de Jesus. Mesmo que Ele diga que «ainda não chegou minha hora», obedece a sua Mãe… E Ela nos recomenda obedecer a Ele.https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-01-19
HOMILIA
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
O povo amargava o exílio, fruto de seu pecado, a ponto de ser chamado de “Abandonada”. Assim, o povo se avaliava diante de Deus. Mas, naquela desolação, o povo não saía do coração de Deus. Este até lhe daria um nome novo: “Minha Predileta”. Sim, não só não o esquece, como também não desiste de ir aprimorando-o, pois sonha-o como uma noiva ideal: “Por amor de Sião não me calarei... enquanto não surgir nela, como um luzeiro, a justiça e não se acender nela, como uma tocha, a salvação” (Is 62,1).Pois é esta paradisíaca correspondência do povo que Ele busca: “Como a noiva é a alegria do noivo, assim também tu és a alegria de teu Deus” (Is 62,5). Tu és a plenitude que Deus, em seu amor, já vive, no presente, em relação ao povo, embora, de fato, o coração do povo esteja ainda longe de tamanha gratificante fidelidade.São Paulo vem nos lembrar que é o único “e mesmo Deus que realiza” aqueles seus sonhos “em todos”. Mas conta com a acolhida e parceria de cada um de nós. Há diversidade de dons, de ministérios, de atividades, que distribui a todos. Quer sim, como o seu, o coração de cada um. E cada um com seu dom, seu ministério, buscando formar um Povo de fiéis.Assim, “a cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum” (1Cor 12,7). Sim, que seu Povo, sua “Predileta”, se constitua à imagem dele mesmo, Família Divina, onde cada um dos Três é amor exatamente em favor dos outros Dois. Que cada um de nós, vivendo pelo outro no amor, no serviço, sejamos esse corpo, sua “Predileta”, vivendo essa intimidade de vida com ele-Esposo.Em João, Jesus está num casamento, no qual falta “vinho”, símbolo do amor. Sem amor, casamento vazio! E dentro daquele casamento, Ele anuncia o definitivo casamento, e com “o melhor vinho”, inaugurado entre ele-Esposo e sua Mãe, chamada e tida por “mulher”, esposa, discípula. “O que importa isto a Mim e a Ti, mulher?” O melhor vinho Ele oferece em sua hora, na cruz, onde acontece o casamento. Ali manifestará sua glória, seu pleno amor, e os discípulos — simbolizados na “mulher” — crerão nele, assumirão o noivado, a aliança que veio propor à humanidade.Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=19%2F01%2F2025&leitura=homilia
Oração— OREMOS: DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, que governais o céu e a terra, escutai clemente as súplicas do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=19%2F01%2F2025&leitura=meditacao
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