quarta-feira, 21 de agosto de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/08/2024

ANO B


Mt 20,1-16a

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Os últimos serão os primeiros


O Espírito de alegria que habita em nós se manifesta quando nos alegramos com o bem dos outros. Ao contrário, entristecemos o Espírito quando, bloqueando a nossa sensibilidade, impedimos que ele se manifeste.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/os-ultimos-serao-os-primeiros-2/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/ide-tambem-vos-para-a-vinha-e-vos-pagarei-o-que-for-justo-21082024

Reflexão

No Reino de Jesus Cristo, todos têm possibilidade de crescer. Também as pessoas malvistas e marginalizadas pelas autoridades religiosas, ou seja: cobradores de impostos, prostitutas, adúlteras e pecadores em geral. A todo instante, Jesus acolhe e insere, entre seus seguidores, pessoas com essas características. Uma afronta para os chefes religiosos, que se consideravam privilegiados diante de Deus. Eles já ouviram em outra parte: “Os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar no Reino de Deus antes de vocês” (Mt 21,31). Deus, na sua avaliação, não usa o mesmo critério que os humanos usam nos seus negócios. O Senhor é justo. Por sua misericórdia, ele abraça os que se empenham em cumprir a vontade do Pai e continua convidando os que ainda não se empenham.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/21-quarta-feira-9/

Reflexão

«Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Palavra de Deus nos convida a perceber que a “lógica” divina vai muito além da lógica meramente humana. Enquanto nós homens calculamos («Pensando que iam receber mais»: Mt 20,10), Deus —que é Pai entranhável— simplesmente, ama («Ou estás com inveja porque estou sendo bom?» : Mt 20,15.) E a medida do Amor é não ter medida: «Amo porque amo, amo para amar» (São Bernardo).
Mas isso não torna a justiça inútil: «Eu pagarei o que for justo» (Mt 20,4). Deus não é arbitrário e quer nos tratar como filhos inteligentes: por isso é lógico que tenha “acordos” conosco. De fato, em outros momentos, os ensinamentos de Jesus deixam claro que quem recebe mais também será mais exigido (lembremos da parábola dos talentos). Enfim, Deus é justo, mas a caridade não se desentende da justiça, mas sim, a supera. (cf. 1Cor 13,5).
Um ditado popular afirma que «a justiça por justiça é a pior das injustiças». Felizmente para nós, a justiça de Deus —repitamos, transbordante de seu Amor— supera nossos esquemas. Se unicamente se tratasse de estrita justiça, nós, então, estaríamos pendentes de redenção. Além disso, não teríamos nenhuma esperança de redenção. Em justiça estrita não mereceríamos nenhuma redenção: simplesmente, ficaríamos despossuídos daquilo que se nos tinha dado no momento da criação e que rejeitamos no momento do pecado original. Examinemo-nos, portanto, como agimos nos julgamentos, comparações e cálculos quando tratamos os demais.
Além disso, se falarmos de santidade, temos que partir da base de que tudo é graça. A mostra mais clara é o caso de Dimas, o bom ladrão. Inclusive a possibilidade de merecer diante de Deus, é também uma graça (algo que nos é concedido gratuitamente). Deus é o amo, nosso «proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha» (Mt 20,1). A vinha (quer dizer, a vida, o céu...) é dele; nós somos convidados, e não de qualquer maneira: é uma honra poder trabalhar aí e, assim “ganhar” o céu.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O Senhor chamou a todos quando estavam com disposição para obedecer, o mesmo fez com o ladrão bom, a quem o Senhor chamou quando viu que obedeceria. O Salvador no excluiu ninguém» (São João Crisóstomo)

- «A parábola não foi transmitida para os trabalhadores de outro tempo, mas para nós, que achamos que o "desemprego espiritual” —uma vida sem fé e sem oração— é mais agradável que o serviço espiritual» (Bento XVI)

- «O homem é o autor; o centro e o fim de toda a vida económica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos, cheguem de facto a todos, segundo a justiça e com a ajuda da caridade» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.459)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-21

Reflexão

“Desemprego espiritual” (parábola dos vinhateiros parados)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, quando nos perguntamos “para que” o cristianismo, fazemos exatamente o que fizeram aqueles trabalhadores da vinha. Eles, quando viram que o salário de um denário podia-se obter de uma forma muito mais simples (trabalhando menos horas), não compreenderam porque tinham trabalhado durante o dia todo. Mas, em que se basearam para atingir à convicção de que era muito mais cômodo estar sem trabalhar que trabalhando?
A parábola não foi transmitida para os trabalhadores de outro tempo, senão para nós, que pensamos que o "desemprego espiritual" —uma vida sem fé e sem oração— é mais agradável que o serviço espiritual. Mas, em que nos baseamos? Fixamo-nos no esforço que implica a vida diária cristã, esquecendo que a fé não é somente um peso que nos oprime, senão que é ao mesmo tempo uma luz que nos guia.
—Jesus, que me esqueça do “meu peso” e que pense no peso dos outros, para ajudá-los.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-21

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: Os trabalhadores da vinha


Hoje Jesus nos fala do Deus misericordioso que espera a todos os homens, seja a hora que for. Ele nos quer com ele a vida inteira. Mesmo que cheguemos mais tarde, não importa: também se abrem as portas do céu.
—Os estranhos somos nós quando nos entra a inveja porque que se converteram a última hora merece igualmente a felicidade eterna.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-21

Meditação

Facilmente imaginamos nosso relacionamento com Deus em termos de merecimento e pagamento. Como se Ele nos devesse alguma coisa, como se tudo não fosse apenas favor que Ele nos faz. Todo o bem que fazemos, não é bondade nossa, nasce da ajuda que Deus nos dá. Dependemos dele em tudo, tanto em nossa vida temporal como na espiritual. Somos pobres, fracos, nem sabemos o que é bom para nós: só Ele nos pode enriquecer, fortalecer e ensinar.
Oração
Ó Deus, para defender a fé católica e restaurar todas as coisas em Cristo, cumulastes o papa São Pio X de sabedoria divina e coragem apostólica; concedei benigno que, seguindo seus exemplos e instruções, alcancemos o prêmio eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=21%2F08%2F2024&leitura=meditacao

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