sábado, 4 de maio de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/05/2024

ANO B


Jo 15,18-21

Comentário do Evangelho

O ódio rejeição do amor

Após o tema do amor, João, fazendo um contraste, apresenta, agora, o tema do ódio do mundo. Trata-se do ódio dos poderosos deste mundo. Os discípulos que dão testemunho de amor e da libertação no mundo são odiados por aqueles que, assenhoreando-se do poder, usufruem das estruturas injustas nas quais o amor é abolido.
O amor suscita o ódio daqueles que rejeitam este amor. O primeiro a ser odiado pelos donos do poder foi o próprio Jesus. Em decorrência, os discípulos, escolhidos e identificados com ele, também são odiados. Suas palavras serão vigiadas e os discípulos serão perseguidos. A advertência reflete as perseguições aos cristãos da parte da sinagoga, no fim do primeiro século.
O ódio surge da ambição da acumulação de bens e poder, a qual se faz às custas da liberdade e do sacrifício da maioria do povo. Aqueles que retêm em suas mãos o poder econômico, militar, político ou religioso, para gozarem de privilégios pessoais ou de grupo, odeiam e exterminam aqueles que ameaçam seu status. Porém, os discípulos, em comunhão com Jesus, perseveram destemidamente na construção do mundo novo possível, na justiça, na liberdade e no amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
Fonte: Paulinas em 12/05/2012

Comentário do Evangelho

Perseguidos por causa de Jesus.

A missão cristã encontra resistência, oposição e perseguição em razão da união dos discípulos com o Senhor (Mt 10,24-25; Jo 13,16; 15,20). É bastante provável que, em nosso texto de hoje, “mundo” represente a sinagoga que persegue os cristãos até a morte (cf. At 7; 9,1-2). No envio dos discípulos, Jesus os prevenia para a possibilidade de resistência violenta contra a missão cristã (Lc 10,3; Mt 10,16). Já no prólogo do evangelho João anuncia a rejeição do Verbo de Deus (1,5.10). No diálogo catequético-batismal de Jesus com Nicodemos, Jesus apresenta o motivo da rejeição da luz por parte dos homens: “porque suas obras eram más” (3,19). É em razão da configuração da vida à Cristo que o discípulo é perseguido (cf. v. 18). Mas é nessa comunhão com o Senhor que o discípulo deve encontrar o apoio para enfrentar a rejeição, a perseguição e até a ameaça da própria vida, e não sucumbir diante das adversidades próprias da missão. A razão da perseguição ou do ódio do mundo por aquilo que é de Deus é dupla: ignorância e falta de fé. Os perseguidores desconhecem o Pai e, por isso, não reconhecem que Ele enviou Jesus (v. 21).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
Fonte: Paulinas em 24/05/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O servo não é maior que seu senhor


Em um dos encontros de Santa Gertrudes com Jesus, ela se queixou porque no mosteiro algumas irmãs falavam mal dela. Jesus lhe respondeu: “Gertrudes, olhe o Evangelho e veja se há alguma página na qual não se fale mal de mim”. E assim é. “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim.” O mundo ama o que é seu. Como os discípulos não eram do mundo, não podiam ser amados pelo mundo. Não estranhemos, portanto, se não somos totalmente aceitos. Não estranhemos se não nos compreendem e nos criticam. O contrário é que deve ser estranho. Já ouvimos a palavra: “Ai de vocês quando todos falarem bem de vocês, porque assim seus pais trataram os falsos profetas”. Se formos profetas verdadeiros, não seremos sempre elogiados. Os seguidores de Jesus não podem ser diferentes dele. Muitos aceitaram Jesus e seus ensinamentos. Assim também haverá pessoas que guardarão a nossa palavra. Quem persegue um cristão por ser discípulo de Jesus, é porque não conhece a Deus, aquele que o enviou. Não conhece nenhum Deus, porque não se pode adorar a Deus e destratar a sua criatura. Foi por isso que Deus decidiu tornar-se homem. Nossas relações são difíceis, mas Santa Gertrudes já não se queixa, porque em Deus, com quem ela está, as relações são perfeitas.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O Evangelho nos adverte que o seguidor de Jesus será ‘odiado’ pelo mundo. Talvez este seja um bom critério para o nosso discernimento: nós estamos incomodando a sociedade egoísta em que vivemos, ou nos conformamos com ela, confortavelmente instalados em seus prazeres e buscando seus deleites?
Fonte: Arquidiocese BH em 12/05/2012

Vivendo a Palavra

A nossa presença no mundo – lembrando que nós não somos do mundo! – serve para dar sabor à vida, assim como o sal: na medida certa. Serve para iluminar, como a luz ilumina os caminhos dos viajantes e os tesouros artísticos que encantam a nossa alma. Por isto, deve ser uma presença discreta, mas firme e consciente.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos alerta para as reações do mundo ao anúncio da Boa Notícia do Reino de Deus e estabelece um critério para avaliarmos o nosso testemunho de vida: se o mundo nos aplaude, é certo que não estamos seguindo o Mestre, pois Ele veio trazer Vinho Novo, que não pode ser guardado nos envelhecidos barris do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2018

VIVENDO A PALAVRA

A nossa presença no mundo – lembrando que nós não somos do mundo! – serve para dar sabor à vida, assim como o sal, se usado na medida certa. Serve para iluminar, como a luz ilumina os caminhos dos viajantes e os tesouros artísticos que encantam a nossa alma, sem ofuscar a vista. Por isto, deve ser uma presença discreta, mas firme e consciente.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/05/2020

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre Galileu nos alerta para as reações do mundo ao anúncio da Boa Notícia do Reino de Deus. Ele estabelece para nós um critério para avaliar nosso testemunho de vida: se o mundo nos aplaude, tomemos cuidado! É certo que não estamos seguindo o Mestre, pois Ele veio trazer Vinho Novo, que deve ser colocado em barris novos.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/05/2021

Reflexão

Todas as pessoas vivem segundo uma hierarquia de valores que norteiam a sua existência. Esta hierarquia de valores é determinada pelas experiências da vida, pela educação recebida, pela cultura em geral e pelos conhecimentos adquiridos. Quando uma pessoa é de fato alguém de fé, a fé passa a ser o elemento fundamental da sua hierarquia de valores, toda a sua vida é direcionada para ela e todos os esforços são no sentido de defender e assumir esses valores. Mas quem vive segundo a hierarquia de valores proposta pelo mundo, defende com todas as suas forças os valores do mundo e combate os valores da fé, odiando quem é de Jesus.
Fonte: CNBB em 12/05/2012 24/05/2014

Reflexão

Não é certamente luminoso o panorama que Jesus apresenta a seus discípulos. Não lhes promete aplausos. Prepara-os, ao invés, para enfrentarem a missão, com realismo. Fala de ódio e perseguições. O mundo persegue os seguidores de Cristo porque estes “não são do mundo”. O mundo egoísta, contrário ao projeto de Jesus, não aceita os discípulos de Jesus, porque não aceita Jesus nem o Pai que o enviou. Quem adere a Jesus pela fé não pode concordar com uma sociedade injusta, opressora, que caminha exatamente na direção contrária ao projeto do Reino. Por que muita gente ainda desconhece Jesus e seu projeto de amor e vida para todos? Seria falta de zelo apostólico dos líderes da Igreja? Ou talvez, acomodação e fé inconsistente dos atuais cristãos e cristãs?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/05/2018

Reflexão

Não é certamente luminoso o panorama que Jesus apresenta a seus discípulos. Não lhes promete aplausos. Prepara-os, ao invés, para enfrentarem a missão, com realismo. Fala de ódio e perseguições. O mundo persegue os seguidores de Cristo porque estes “não são do mundo”. O mundo egoísta, contrário ao projeto de Jesus, não aceita os discípulos de Jesus, porque não aceita Jesus nem o Pai que o enviou. Quem adere a Jesus pela fé não pode concordar com uma sociedade injusta, opressora, que caminha exatamente na direção contrária ao projeto do Reino. Por que muita gente ainda desconhece Jesus e seu projeto de amor e vida para todos? Seria falta de zelo apostólico dos líderes da Igreja? Ou talvez acomodação e fé inconsistente dos atuais cristãos e cristãs?
Oração
Divino Mestre, anuncias a teus discípulos que eles enfrentarão o ódio do mundo e até perseguições: “Se perseguiram a mim, vão perseguir a vocês também”. E os confortas, garantindo-lhes que haverá corações acolhedores: “Se guardaram a minha palavra, vão guardar também a palavra de vocês”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/05/2020

Reflexão

O texto de hoje acentua o verbo odiar. No final do primeiro século, as comunidades joaninas sofrem dupla perseguição: do Império Romano e dos judeus fariseus, que se aliaram ao Império. Diante dessa difícil situação, a comunidade lembra as palavras de Jesus: “Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro odiou a mim”. Se o Mestre sofreu perseguição, os seus discípulos poderão ter a mesma sorte. O mundo, linguagem da literatura joanina, pode representar o Império, a sinagoga dos fariseus ou todo obstáculo que se opõe ao projeto de Jesus. Percebemos o confronto que há entre o ódio do mundo e o amor dos cristãos. Como cristãos, não podemos guardar ódio em nosso coração. O amor e a amizade são necessários para que a comunidade possa enfrentar as hostilidades externas e para que os membros se fortaleçam na fé e na perseverança.
Oração
Divino Mestre, anuncias a teus discípulos que eles enfrentarão o ódio do mundo e até perseguições: “Se perseguiram a mim, vão perseguir a vocês também”. E os confortas, garantindo-lhes que haverá corações acolhedores: “Se guardaram a minha palavra, vão guardar também a palavra de vocês”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 08/05/2021

Reflexão

Jesus falou sobre paz, alegria, amor, amizade e, agora, nos fala de ódio. Sim, o seguimento de Jesus é constituído de muitas camadas, e não podemos considerar que aderir ao projeto de Jesus nos vai garantir uma vida plenamente feliz. Sim, teremos alegrias e satisfações, mas teremos também contratempos e dificuldades. Hoje, Jesus nos fala de ódio, que, de modo geral, colocamos em oposição ao amor. Esse ódio é fruto do nosso seguimento a Jesus e do desconhecimento do mundo em relação aos planos de Deus. Mais uma vez, entramos no terreno da dualidade, ou seja, amor e ódio, luz e trevas, alegria e medo. Contudo, por mais que sejamos odiados, devemos manter a cabeça erguida, não simplesmente por teimosia ou arrogância, mas porque temos fé e, em Deus, seremos capazes de seguir adiante. Deus é fiel às suas promessas e podemos contar com sua presença em nossas vidas sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 21/05/2022

Reflexão

Não é, certamente, luminoso o panorama que Jesus apresenta a seus discípulos. Não lhes promete aplausos. Prepara-os, ao invés, para enfrentarem a missão, com realismo. Fala de ódio e perseguições. O mundo persegue os seguidores de Cristo porque estes “não são do mundo”. O mundo egoísta, contrário ao projeto de Jesus, não aceita os discípulos de Jesus, porque não aceita Jesus nem o Pai que o enviou. Quem adere a Jesus, pela fé, não pode concordar com uma sociedade injusta, opressora, que caminha exatamente na direção contrária ao projeto do Reino. Por que muita gente ainda desconhece Jesus e seu projeto de amor e vida para todos? Seria falta de zelo apostólico dos líderes da Igreja? Ou, talvez, acomodação e fé inconsistente dos atuais cristãos e cristãs?
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou»

Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell
(Agullana, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho contrapõe o mundo com os seguidores de Cristo. O mundo representa todo aquele pecado que encontramos em nossa vida. Uma das características do seguidor de Jesus é, pois, a luta contra o mal e o pecado que está no interior de cada homem e no mundo. Por isso, Jesus ressuscitado é luz, luz que ilumina a escuridão do mundo. Karol Wojtyla nos exortava a «que esta luz nos faça fortes e capazes de aceitar e amar a completa Verdade de Cristo, de amá-la mais quanto mais a contradiz o mundo».
Nem o cristão, nem a Igreja podem seguir as modas ou os critérios do mundo. O critério único, definitivo e iniludível é Cristo. Não é Jesus quem se deve de adaptar ao mundo em que vivemos; somos nós quem devemos transformar nossas vidas em Jesus. «Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre». Isso nos faz pensar. Quando nossa sociedade secularizada pede certas mudanças ou licenças aos cristãos e à Igreja, simplesmente nos está pedindo que nos afastemos de Deus. O Cristão deve manter-se fiel a Cristo e à sua mensagem. Diz São Irineu: «Deus não tem necessidade de nada; mas o homem tem necessidade de estar em comunhão com Deus. E a gloria do homem está em perseverar e manter-se no serviço de Deus».
Esta fidelidade pode trazer muitas vezes a persecução: «Se me perseguiram, perseguirão a vós também» (Jo 15,20). Não devemos ter medo da persecução; devemos temer não buscar com suficiente desejo cumprir a vontade do Senhor. Sejamos valentes proclamemos sem medo a Cristo ressuscitado, luz e alegria dos cristãos! Deixemos que o Espírito Santo nos transforme para sermos capazes de comunicar isto ao mundo!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Não se recuse se rejuvenescer com Cristo, mesmo num mundo envelhecido. Ele lhe diz: ‘Não tenha medo, a sua juventude será renovada como a da águia’» (Santo Agostinho)

- «Se tentarmos aprofundar a nossa relação com o Pai, não devemos de nos surpreender ao descobrir que somos incompreendidos, contestados ou perseguidos por causa das nossas crenças» (São João Paulo II)

- «Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra, porá a descoberto o ‘mistério da iniquidade’, sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade» (Catecismo da Igreja Católica, nº 675)

Reflexão

Fidelidade a Cristo, luz para o mundo

Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell
(Agullana, Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho contrapõe o mundo com os seguidores de Cristo. O mundo representa tudo aquilo de pecado que encontramos na nossa vida. Uma das características do seguidor de Jesus é a luta contra o mal que se encontra no interior do homem e do mundo. Com Jesus ressuscitado somos luz que ilumina as trevas.
Nem o cristão, nem a Igreja podem seguir as modas do mundo. O critério único, definitivo e iniludível é Cristo. Não é Jesus quem tem de adaptar-se ao mundo; somos nós que temos de transformar nossas vidas em Jesus. Quando a nossa sociedade secularizada pede certas mudanças ou licenças aos cristãos e à Igreja, simplesmente pede-nos que nos afastemos de Deus. O cristão tem que manter-se fiel a Cristo e a sua mensagem.
—Jesus ressuscitado, faz-me valente para proclamar-te —sem medo— como nossa luz e alegria. Espírito Santo transforma-me para ser capaz de comunicar isto ao mundo.

Recadinho

O que você faz para melhorar o mundo? - O que faz para que sua fé aumente? - Qual é o último milagre de que ouviu falar? - Você está sempre atento para que sua fé seja acompanhada de obras? - Você pede que Deus lhe aumente a fé?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 24/05/2014

Meditação

Na comparação com a videira, Jesus nos deixou claro que estamos unidos a Ele em tudo. Pois bem, Ele foi rejeitado pelo mundo, isto é, pelo conjunto de pessoas e estruturas que se opõem à proposta do Pai. Então, também nós seremos rejeitados por esse mundo, porque entre nós e ele existe incompatibilidade total. É mau sinal, alguma coisa está errada, quando o cristão é deixado em paz. É preciso pensar no tamanho de nosso testemunho.
Oração
Ó Deus, que renovastes na fonte do Batismo os que creem em vós, protegei os que renasceram em Cristo para que, vencidos os ataques do erro, permaneçam fiéis à graça da vossa bênção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

A Última Ceia: Devemos amar sem excluir ninguém, especialmente aqueles que não nos compreendem


Hoje, Jesus Cristo nos previne sobre as dificuldades por seguir. Ele nos pede um amor de caridade, ou seja, o mesmo amor com que Deus nos ama: respeito total a todas as pessoas, sejam de onde forem, sem excluir a ninguém. Ante as exigências esse “novo amor”, Jesus sofreu a oposição de muitos que não o compreenderam.
—Existe o “amor acomodado”? Quem leva uma vida de “tranquilidade”, sem compromissos, fazendo só o que lhes apetece, não podem suportar o amor autêntico, exigente. Talvez, às vezes, terá que sofrer a burla dos “acomodados”

Comentário do Evangelho

SEM MEDO DE SER ODIADO

O Mestre Jesus procurou consolar e encorajar os seus discípulos diante da perspectiva do ódio e da perseguição. Sem criar neles o complexo de vítima, levou-os a encarar o futuro, com realismo: assim como o seu testemunho despertou a fúria de seus adversários, o mesmo aconteceria com os seus enviados.
Que tipo de personalidade pressupõe-se que o discípulo deva ter, se considerarmos as palavras de Jesus?
Antes de tudo, o discípulo deve ser alguém inabalavelmente comprometido com o Mestre, colocando-o como centro de sua vida, e com o Reino. Supõe-se que deva possuir uma personalidade destemida, se não audaciosa, alheia às influências negativas e pessimistas, perspicaz para detectar e denunciar as artimanhas do maligno, precavendo-se delas, predisposta a testemunhar a sua fé até o martírio, se for o caso.
Sem isto, o discípulo não terá a mínima condição de defrontar-se com o mundo, e sair vitorioso. Sua vida será sempre uma batalha, pois foi arrancado do mundo. Por isso, o mundo não o perdoa. Sua missão consistirá em desmontar as estruturas contrárias ao projeto de Deus, saneando-as com o amor e a justiça. Seu destino será como Jesus: levar adiante esta luta sem tréguas, da qual deverá sair vencedor.
Basta ao discípulo contemplar a vida do Mestre, e, por ela, pautar a sua.
Oração
Espírito de encorajamento, diante da perspectiva de ser odiado e perseguido, reveste-me de coragem, para eu não permitir que as forças do mal tenham poder sobre mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, vós nos fizestes participar de vossa própria vida pelo novo nascimento do batismo; conduzi à plenitude da glória aqueles a quem concedestes, pela justificação, o dom da imortalidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 24/05/2014

Meditando o evangelho

ESCOLHIDOS DO MEIO DO MUNDO

O evangelho refere-se ao "mundo" como se fosse uma pessoa. Neste sentido, pode-se falar em ódio e perseguição, bem como amor por parte do mundo. Ou então, que os discípulos foram escolhidos do meio do mundo. Pode ainda referir-se à possibilidade de o mundo guardar a palavras de Jesus e as dos discípulos.
O vocábulo "mundo", neste caso, engloba o conjunto das pessoas incrédulas que foram incapazes de reconhecer Jesus como Filho de Deus, enviado pelo Pai com a missão de salvar a humanidade. Mas estas pessoas odiaram-no ferozmente, a ponto de decidirem eliminá-lo sem piedade. Optaram pelas trevas e rejeitaram a luz oferecida por Deus, persistindo no pecado, mesmo diante da abundância das graças divinas.
Os discípulos foram arrancados deste mundo. Por causa do nome de Jesus, caminham na contramão do mundo. Esse confronto resulta sempre em ódio e perseguição. O destino do servo não difere daquele do seu Senhor. É por isso que os discípulos deverão contar com toda sorte de adversidade, sem excluir a possibilidade de morrer, como aconteceu com seu Mestre.
A palavra "mundo", na linguagem figurada, tem referenciais bem concretos. No tempo de Jesus, podia significar certas alas do farisaísmo e outros grupos de judeus. Contudo, em cada época e em cada circunstância, é preciso reconhecer com que roupagem o “mundo” se apresenta.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
Fonte: Dom Total em 05/05/201808/05/2021 21/05/2022

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. VENCENDO O ÓDIO E A OPRESSÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Marcado pelo forte contraste do dualismo, o Evangelho de João, após o tema do amor, apresenta-nos, agora, o tema do ódio do mundo. O "mundo" significa a criação de Deus sob o domínio dos poderosos, ricos e opressores. Após a criação, Deus viu que tudo era bom. Contudo, esta criação foi submetida à opressão. Os discípulos que dão testemunho de amor e libertação são odiados por aqueles que, assenhoreando-se do poder, usufruem das estruturas injustas nas quais o amor é abolido. Ser do mundo é inserir-se no sistema opressor que garante os privilégios, as riquezas e o poder de uma minoria, e o relativo bem-estar dos que a ela se submetem. Estes julgam estar salvando suas vidas. Os discípulos foram escolhidos do meio do mundo, e não são do mundo. Não ser do mundo é libertar-se do sistema opressor e desumano que gera miséria e morte. É perder sua vida para encontrá-la na adesão ao projeto de Jesus, instaurador da justiça e restaurador da vida plena. É uma missão que encontrará resistência e adversidades da parte de alguns, mas, em contrapartida, terá acolhida e adesão de muitos.
Fonte: NPD Brasil em 12/05/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Perseguirão também a vós
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Num dos encontros de Santa Gertrudes com Jesus, ela se queixou porque no mosteiro algumas irmãs falavam mal dela. Jesus lhe respondeu: “Gertrudes, olhe o Evangelho e veja se há alguma página na qual não se fale mal de mim”. E assim é. “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim”. O mundo ama o que é seu. Como os discípulos não eram do mundo, não podiam ser amados pelo mundo. Não estranhar, portanto, se não somos totalmente aceitos. Não estranhar se não nos compreendem e nos criticam. O contrário é que deve ser estranho. Já ouvimos a palavra: “Ai de vocês quando todos falarem bem de vocês, porque assim seus pais trataram os falsos profetas”. Se formos profetas verdadeiros, não seremos sempre elogiados. Os seguidores de Jesus não podem ser diferentes dele. Muitos aceitaram Jesus e seus ensinamentos. Assim também haverá pessoas que guardarão a nossa palavra. Quem persegue um cristão por ser discípulo de Jesus, é porque não conhece a Deus, aquele que o enviou. Não conhece nenhum Deus, porque não se pode adorar a Deus e destratar a sua criatura. Foi por isso que Deus decidiu tornar-se homem. Nossas relações são difíceis, mas Santa Gertrudes já não se queixa, porque em Deus, com quem ela está, as relações são perfeitas.
Fonte: NPD Brasil em 05/05/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim - Jo 15,18-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Em torno do Cristo Ressuscitado, a comunidade dos discípulos vai se formando e se desenvolvendo em meio a muitas dificuldades. Jesus deixou claro: “Se me perseguiram, perseguirão a vós também”. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Não nos deixamos prender pelo esquema de vida da sociedade na qual nos encontramos. Nem sempre ela é má, nem sempre seus sistemas de vida são contrários aos ensinamentos de Jesus. Somos, porém, não por vontade própria, mas por missão, a consciência crítica do mundo em que vivemos, para que o mundo tenha vida em abundância. Nas viagens paulinas descritas nos Atos, muitas vezes Paulo e seus companheiros enfrentaram grandes dificuldades, assim como as comunidades que iam nascendo. Em outras ocasiões, tudo transcorria em paz, como em Listra, onde Paulo encontrou o jovem Timóteo. Paulo o agregou ao grupo apostólico e seguiu em direção à Macedônia por força de uma revelação. Numa visão, um macedônio, de pé diante de Paulo, fez este pedido: “Vem para a Macedônia e ajuda-nos”. Estavam no porto de Trôade, convencidos de que Deus os chamava para a missão na Europa. Tudo transcorria com muita tranquilidade, mas grandes sofrimentos os aguardavam em Filipos, a primeira cidade da Macedônia a ser visitada.
Fonte: NPD Brasil em 16/05/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Amor e Rejeição
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A Palavra "mundo" é largamente empregada pelo evangelista João, mas as vezes com sentido diferente, neste evangelho por exemplo, mundo não é o planeta ou a Obra da Criação, mas sim o mundo do mal, dos que deliberadamente se opõe a Verdade que Deus revelou em Jesus. Odiar é o contrário do Amar, o amor quer a Vida do outro e a sua alegria, o Ódio quer a morte e a destruição daquele que é odiado.
O homem quer um Deus forte e poderoso, um ser de moral irrepreensível, seguidor da lei de Moisés, um Deus que privilegie os justos e santos, e que castigue implacavelmente os injustos e pecadores. Um Deus que continue a ter uma raça escolhida, exemplo de pessoas boas, sinceras, e que por isso mesmo são sempre abençoadas com longa vida, e bens materiais. Um Deus que se valorize e que não se misture com os míseros mortais.
O primeiro problema na relação da comunidade judaica tradicional com Jesus, Ele não atende essa expectativa e ainda por cima, se relaciona com pessoas que nem de longe fazem parte da "raça escolhida e Nação Santa". Mas o que provocou o ódio e a rejeição a Jesus por parte dos Judeus tradicionais, foi ele ter se apresentado como Filho de Deus, o grande esperado e não havia outro.
Os seguidores autênticos de Jesus o imitam em tudo, ensinam suas palavras, realizam as mesmas obras, ou seja, dão continuidade á Missão de Jesus tornando-se assim a prova inequívoca de que Jesus ressuscitou, está vivo e caminha com eles. Quem odeia a alguém, quer ver esse alguém morto, esmagado e destruído para sempre, e alguém que lembre essa presença, só fará aumentar o ódio dos seus opositores.
Na pós-modernidade essa rejeição e esse ódio por Jesus, seu evangelho e seu reino, continua. Muda-se a referência, os Judeus conservadores o odiavam porque ele não correspondia ao modelo de Messias que eles acreditavam, a partir de suas tradições e da escritura, já o homem da pós-modernidade quer um Jesus que seja á sua imagem e semelhança, adequado a um estilo de vida que privilegie a busca de prazer, de realização pessoal, em um egocentrismo exacerbado onde o homem é o deus de si mesmo.
Qualquer postura, pensamento ou atitude que contrarie tudo isso, irá atrair ódio e rejeição. O discípulo de Jesus sempre navega contra a correnteza!

2. O servo não é maior do que o seu senhor - Jo 15,18-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Se vocês fossem do mundo, o mundo gostaria de vocês como gosta do que é dele. Como não são do mundo, são perseguidos.” O mundo persegue os seguidores de Cristo porque, não conhecendo a Deus, não conhece aquele que ele enviou. Nada de estranho, portanto, se um cristão não é compreendido por querer viver como cristão. Nada de estranho se quem luta pela justiça e se põe decididamente ao lado dos que foram excluídos da vida social seja questionado e perseguido. Nada de estranho se alguém dentro da própria Igreja, procurando ser mais parecido com Jesus, não seja compreendido e seja criticado. Perseguição e martírio são realidades na vida cristã desde sempre e continuam sendo ainda hoje. Há muitas formas de perseguição, expressas em hostilidades por causa de Jesus Cristo ou por causa da prática de seus ensinamentos. Alguns permaneceram firmes na fé em Jesus Cristo e serão mortos, e outros serão mortos porque defenderam um camponês injustiçado. O fato é que em toda parte, de alguma maneira, os cristãos são perseguidos por sua fé. São atacados, discriminados no trabalho e na vida pública, correm risco de violência, de prisão, de tortura, de morte. O testemunho que dão é corajoso. Não desistem e mantêm-se firmes na fé que demonstram nas ações.
Fonte: NPD Brasil em 08/05/2021

HOMILIA

OS SEGUIDORES DE JESUS SERÃO PERSEGUIDOS

Este Evangelho de hoje tem como tema central a caracterização do mundo e sua relação com Jesus e com as comunidades dos discípulos. Nos textos do Segundo Testamento, a palavra "mundo" é empregada com diversos matizes. No Evangelho de João ela exprime o mundo sob o jugo do pecado, encarnado em seu chefe poderoso. Não se trata tanto do pecado na sua manifestação individualizada, mas do fato de o mundo se encontrar sob o jugo de estruturas de poder que favorecem minorias e oprimem e relegam as maiorias à exclusão, ao sofrimento, que culminam com a morte. Nos Evangelhos fica bem claro que a morte de Jesus resultou da ação da teocracia sediada no Templo de Jerusalém - que reunia o poder religioso e o poder político -, para a qual Jesus era uma ameaça por seu empenho em restaurar a vida e a dignidade dos pobres e marginalizados.
O evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar muitas dificuldades e oposições. São Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que teve de passar para anunciar o Evangelho: “Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus e não nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados. Somo confundidos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somo abatidos, mas não aniquilados” (2 Cor 4, 8-9; cf. 11, 22-29).
O discípulo de Cristo sabe que, ao realizar a sua missão, encontra a resistência do mundo. O evangelizador sabe que apesar de estar no mundo ele não é do mundo, pois os seus critérios não são os do mundo, mas os do Evangelho. Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu. Mas, vós não vindes do mundo, pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo… Como vemos Jesus, ao mesmo tempo em que prepara os discípulos para enfrentarem perseguições, dá-lhes a garantia de que sua missão será eficaz.
Aqueles que estão inseridos no sistema de poder que governa o mundo julgam-se seguros. Quem não se inserir, por amor a Jesus, é desprezado e até perseguido. Contudo, muitos acolhem as palavras de Jesus e, com liberdade, o seguem, empenhados em promover a vida plena no mundo. As perseguições dos discípulos são as confirmações de que fazem parte dos discípulos de Jesus: Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por minha causa.
O cristão deve manter-se firme, tendo os rins cingidos com a verdade e a couraça da justiça vestida. É interessante ver como Paulo faz do Apóstolo um guerreiro. Sua espada é a Palavra de Deus, a qual é eficaz e penetrante, pois chega ao mais fundo do espírito humano.
A Palavra de Deus e o Espírito Santo são as forças que nos capacitam para desfazer as distorções dos corações retorcidos pelas mentiras do mundo velho que ainda não foi recriado por Jesus Cristo. Não podemos esquecer que a oração é uma fonte fundamental para sintonizarmos com a Palavra que é a espada do Espírito Santo.
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 24/05/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 24/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

O homem de fé é odiado e perseguido pelo mundo

Postado por: homilia
maio 12th, 2012

O Evangelho de São João realça a importância fundamental de nossa união com Cristo, a fim de que a missão seja fecunda. O segredo da coragem e a eficácia da missão do apóstolo estão na sua confiança inabalável na Palavra e no Espírito Santo que o anima e capacita. No entanto, o evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar muitas dificuldades e oposições.
São Paulo nos fala dos muitos sofrimentos que teve de passar para anunciar o Evangelho: “Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus e não nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados. Somos confundidos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos abatidos, mas não aniquilados” (2Cor 4, 8-9; cf. 2Cor 11,22-29).
Os discípulos de Jesus terão de enfrentar o ódio do mundo, tal como Cristo o enfrentou. Eles serão perseguidos, porque os homens não suportam quem se opõe aos seus princípios.
O ódio do mundo se manifesta na perseguição contra a comunidade de Cristo. Mas esta não deve desanimar na sua vida de fé nem no cumprimento da missão evangelizadora. A perseguição e o sofrimento hão de ser vividos em união com o Senhor. A sorte dos discípulos é idêntica à de Cristo: “Se me perseguiram a mim, também vos hão de perseguir a vós”.
O seguidor de Cristo sabe que, ao realizar a missão, encontrará a resistência do mundo. O evangelizador sabe que, apesar de estar no mundo, não pertence a ele, pois os seus critérios não são mundanos, mas pertencem ao Evangelho: “Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu. Mas, vós não vindes do mundo, pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo…”
Como vemos, Jesus, ao mesmo tempo em que prepara os discípulos para enfrentar perseguições, dá-lhes a garantia de que sua missão será eficaz.
As perseguições aos discípulos são a confirmação de que eles fazem parte da comunidade do Senhor: “Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por minha causa”.
Segundo Paulo, devemos nos manter firmes como cristãos, tendo os rins cingidos com a verdade e a couraça da justiça vestida. É interessante ver como Ele faz de nós valorosos guerreiros. A espada, que devemos trazer em mãos, é a Palavra de Deus. Ela é eficaz e penetrante, pois chega ao mais fundo do espírito humano.
O Evangelho nos lembra que o servo não é mais do que o nosso Senhor. Você não deve ficar assustado, preocupado, ao verificar indiferenças e hostilidades ao seu lado. É sinal de que você está fiel a Cristo perseguido e à Sua Palavra de cruz.
Não entre “em crise” se muitos não pensam como você, se lhe atacam por todos os meios antigos e modernos. A fé é sempre algo “fora de moda”, por isso há de ser procurada e vivida na oblatividade, que consiste no apelo à cruz e ao sacrifício.
Portanto, fortalecidos pela presença de Cristo e dóceis ao Seu Espírito, devemos nos empenhar – como discípulos – em denunciar o pecado, trabalhar para que o mundo dos homens, com as sua força e seus dramas, se abra ao Reino de Deus.
Busquemos forças, na Palavra de Deus e no Espírito Santo, pois eles nos capacitam a desfazer as distorções dos corações atingidos pelas mentiras do homem velho, ou seja, do pai da mentira.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/05/2012

HOMILIA DIÁRIA

O mundo tem sucumbido diante do consumismo desenfreado!

Nós vivemos em um mundo que tem sucumbido diante do consumismo desenfreado, no qual imperam as leis do prazer, do ter e do poder a qualquer custo!

“Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.” (João 15, 19)

Os discípulos de Jesus, mesmo vivendo neste mundo, trabalhando, se alimentando e seguindo os passos de tudo aquilo que se faz neste mundo, não são deste mundo. E quando se refere ao mundo, Jesus está realmente condenando a mentalidade mundana e perversa que se opõe à vontade de Deus e à mentalidade do comum, do que é normal, daquilo que todo o mundo faz.
Para ser discípulo de Jesus nós não podemos ter a mente e a mentalidade do mundo, nós precisamos ter a mente e os sentimentos de Cristo. Nós precisamos buscar as coisas que são do alto, do céu, onde Cristo está sentado à direita do Pai.
Sabem, meus irmãos, nós vivemos em um mundo onde, na verdade, Deus já foi colocado de escanteio, senão para fora deste mundo! Nós vivemos em um mundo que realmente sucumbe diante de um consumismo desenfreado, onde imperam as leis do prazer, do ter e do poder a qualquer custo!
Quem se faz discípulo de Jesus, é necessário que se coloque contra a correnteza, contra essa mentalidade mundana e não se deixe perverter por ela, se convencer dela ou ser levado por ela. A mentalidade do mundo é sedutora, nos convida às facilidades, ela tem as portas abertas, escancaradas. E, infelizmente, é a mentalidade que corrói e destrói a vontade de Deus no mundo em que vivemos!
Quem se põe a ser discípulo de Deus, discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo, se opõe e se contrapõe a essa mentalidade mundana e perversa e não se deixa levar pelo pensamento da maioria, não se deixa levar pelo simples fato ou pela simples conversa de que todo mundo faz isso ou aquilo; que isso que é  o comum, que isso é o normal. Não, corremos um sério risco, meus irmãos, de nos iludirmos e nos enganarmos.
Quem se põe a fazer a vontade de Deus se opõe à mentalidade deste mundo! Deus guarda os que são Seus, Ele protege aqueles que são chamados a fazer a Sua vontade, e, ao mesmo tempo, nos preserva da corrupção e da maldade deste mundo.
Chamados e escolhidos pelo Senhor que possamos viver em tudo a vontade de Deus em nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

Vivemos no mundo, mas pertencemos ao Céu

O mundo de Deus é sublime e eterno, não tem comparação com esse mundo sujo

“Se o mundo vos odeia, sabeis que primeiro me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.” (João 15,18-19)

A Palavra de Deus, que vem ao nosso encontro hoje, faz-nos distinguir o mundo que se afastou de Deus, que não aceita as coisas d’Ele, odeia a verdade e opõe-se ao mundo criado por Ele, pois este é bom e tem de ser cuidado, amado e valorizado.
Se somos discípulos de Jesus e procuramos viver como filhos de Deus, é óbvio que esse mundo vai nos odiar, porque não pertencemos a ele. Quando eu digo “pertencer a esse mundo” não quer dizer que somos extraterrestres; pelo contrário, quer dizer que vivemos nele, mas nossa mentalidade é do Céu, é a mentalidade de Cristo.
As concepções do Evangelho são, muitas vezes, rejeitadas, e tornam-se algo abominável para muitos. Há muitas críticas, perseguições, muitas pessoas que escarnecem na fé, na religião e na verdade. Qual é a nossa resposta diante desse quatro?
Se o mundo semeia ódio, não semeemos ódio, não respondamos com ódio, não partamos para o combate como muitos querem fazer, cedendo à discussões tolas, vazias, que não chegam a lugar nenhum. Evangelizemos o mundo, mas não briguemos com ele, porque nem existe rivalidade entre nós e ele. O mundo de Deus é sublime e eterno, mas não tem comparação com esse lugar sujo em que vivemos. Amemos os nossos irmãos, amemos uns aos outros, evangelizemos, anunciemos o Evangelho, mas não podemos ceder às tentações mundanas.
A grande tentação não são os prazeres do mundo, porque este quer nos colocar em brigas e competitividades, mas essas competições não são saudáveis. Anunciemos o Evangelho sem precisar rivalizar, guardemos o Evangelho. O nosso esforço, a nossa briga e determinação é para nos revermos. E quanto mais nos cobram, quanto mais nos atiram pedras, mais precisamos colocar a mão na consciência e dizer: “Preciso me converter. Preciso ser melhor. Preciso ser mais de Deus. Não posso ser mundano, mas sim levar a santidade como compromisso de vida”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/05/2018

HOMILIA DIÁRIA

Pertencemos ao Reino de Deus

“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.” (João 15,18-19)

Quando Jesus está se referindo ao mundo, é a este mundão marcado pelo paganismo, pelos prazeres e atrativos; e este mundo, é óbvio, não gosta daquilo que é de Deus, porque prefere viver de mentiras, ilusões, enganos e aparências.
O Reino de Deus vive da verdade e da libertação que nos conduz à verdadeira liberdade. O Reino de Deus consiste em amor, justiça e fraternidade, e esse mundo não gosta do que é fraterno, não gosta do que é amor. Esse mundo gosta de nos conduzir para o individualismo, é cada um por si e Deus por todos. Mas esse não é o Reino de Deus.
O mundo quer Deus, a Igreja e as pessoas, todos vivendo a mentalidade mundana, e é onde nos iludimos e nos enganamos. Não podemos inverter a ordem das coisas, porque o mundo precisa se submeter a Deus e não Deus se submeter ao mundo. O mundão tem que se converter para Deus, e não nós, que somos de Deus, nos convertermos para a mentalidade mundana.

Não somos do ódio, das brigas nem das confusões; somos do Reino de Deus

Precisamos viver Deus em nós, porque se o mundo está gostando de nós, é porque vivemos uma vida mundana. O mundo gosta daquilo que lhe pertence, mas não pertencemos a ele. Pertencemos ao Reino de Deus.
Muitos não gostarão de nós, falarão mal de nós, mas não faremos a mesma coisa, porque não somos do ódio, das brigas nem das confusões; somos do Reino de Deus, somos de brigar pela nossa alma, para que ela tenha serenidade, paz e viva na verdade. Somos de brigar para que a nossa alma não se iluda com as confusões do mundo nem com todas as ilusões da sociedade.
O mundo odeia aquilo que é de Deus, porque, primeiro, odiaram o nosso Mestre, até Lhe tiraram a vida e O perseguiram. Então, não nos sintamos os menores, os piores nem criemos complexos pela forma como o mundo nos olha.
Olhamos o mundo ou as pessoas do mundo de forma diferente. O mundo com seus pecados, erros e ilusões, nós desprezamos; as pessoas nós amamos, porque elas pertencem a Deus. Quanto a nós, coloquemo-nos em penitência, em vigilância, em espírito de permanente cuidado para não cairmos novamente nas ilusões e seduções do mundo.
O mundo nos odeia, mas não retribuímos com ódio, retribuímos com amor. O mundo nos ofende, mas retribuímos com o perdão. O mundo não acolhe, mas acolhemos todas as pessoas, porque o Reino de Deus é para todos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/05/2020

HOMILIA DIÁRIA

Mostremos ao mundo o amor de Deus

“‘O servo não é maior que seu senhor’. Se perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.” (João 15,20)

Os discípulos de Jesus seguem os passos do Seu Mestre. Agora, não estranheis quando não somos amados, quando somos ignorados, quando falam mal de nós, quando nos perseguem por causa do nome de Jesus.
Assim como fizeram com o nosso Mestre, nós, que somos seus discípulos, O seguimos no amor e também na dor; nós, que somos Seus discípulos, O seguimos na glória e na cruz em primeiro lugar. Nós, seus discípulos que O seguimos na vida, O seguimos também na penúria e na perseguição por causa da vida, por isso, não temamos o mundo.
O mundo odiou Jesus, e o mundo odeia as palavras de Jesus, agora, o mundo nos odeia, mas o que não podemos é odiar as pessoas do mundo. Podemos odiar as maldades do mundo, e devemos ter nojo delas, devemos ter repúdio a tudo aquilo que é mundano e que agride a dignidade humana e os valores evangélicos, mas não compartilhamos do ódio do mundo, não semeamos ódio das pessoas umas contra as outras, não injetamos ódio no coração das pessoas, porque não fomos vacinados com ódio. Fomos vacinados com o amor de Deus, é esse amor que precisa estar injetado em nossas veias, em nosso coração e em tudo aquilo que realizamos.

Nós, que somos seus discípulos, O seguimos no amor e também na dor

É o amor de Deus que tem que estar em nós, é o amor de Deus que levamos ao mundo. E o mundo nos odiando, respondemos com outra moeda, a nossa moeda é o amor. O mundo nos perseguindo, não perseguimos as pessoas do mundo, mas oramos por elas, oferecemos a elas a outra face, oferecemos a face do Evangelho, do perdão e da misericórdia.
É verdade que o mundo não se convence muito, e muitas vezes do Evangelho, porque os seguidores de Jesus fazem o que o mundo faz: odeiam, perseguem, falam mal, se comportam como o mundo se comporta, trazem para dentro da igreja todas as atitudes mundanas e, às vezes, é difícil distinguir o que é de Deus e do mundo. Quando vivemos os sentimentos mundanos dentro de nós, semeamos e espelhamos discórdias, nos colocamos uns contra os outros.
Muitas vezes, você sofre perseguição não do mundo, mas das pessoas mundanas que estão dentro da igreja. Por isso, o mais importante é não ter os sentimentos do mundo, mas que os sentimentos de Cristo Jesus estejam em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/05/2021

HOMILIA DIÁRIA

Reze para que o mundo experimente o amor de Jesus

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.’” (João 15,18-19)

Veja, meus irmãos, o cristianismo é, por sua natureza, uma realidade que se contrasta com a mentalidade do mundo, é automático. Não dá para combinar cristianismo com a mentalidade mundana, ele se contrapõe radicalmente, inclusive. Por isso podemos dizer que existe um ódio prévio que nós trazemos conosco, o mesmo ódio que foi nutrido contra Jesus, o mesmo ódio que O levou a dar a Sua vida por amor a toda a humanidade.
Então, quando somos batizados e inseridos na comunidade cristã, já trazemos previamente esse ódio, porque se odiaram Jesus, vão também odiar os cristãos. É duro reconhecer essa realidade, porque não podemos fazer disso um vitimismo para dizer: “Coitados dos cristãos, porque eles sofrem”. Não, isso não é vitimismo! Também não podemos fazer disso uma forma de satisfação, um determinado prazer em sofrer, como se o sofrimento, a perseguição, o ódio que sofremos fosse uma espécie de medalha de honra ao mérito.
Deus também não desejou que as pessoas odiassem o Seu Filho, Deus não desejou que o Seu Filho passasse por essa experiência. O ódio nunca foi querido por Deus. Jamais! Agora, para entendermos que não é uma felicidade — entenda muito bem — não é uma felicidade ser perseguido, não podemos fazer disso um pretexto, justamente para deixar de nos comprometer radicalmente com o anúncio do Evangelho.

O mesmo ódio levou Jesus a dar a Sua vida por amor a toda a humanidade

Como eu disse: não é felicidade de Deus que existisse esse ódio contra o Seu Filho e contra os discípulos do Seu Filho, mas isso não pode nos desencorajar da vivência radical dos valores do Evangelho na sua família, no seu trabalho, no ambiente onde você está.
Você precisa também ser esse contraste, você precisa caminhar na contramão, porque o cristianismo é assim: temos que nos encorajar sem vitimismo, sem fazer disso um mérito da nossa parte, por ser perseguido por causa do nome de Jesus. Mas nos alegrar, porque fomos capazes de fazer a nossa escolha, e não nos alegrar porque essas pessoas estão fora da graça de Deus, essas pessoas que criticam, essas pessoas que falam mal do cristianismo estão afastados de Deus.
Isso não deve ser motivo de alegria para nós, isso deve ser motivo para nós de ainda mais rezar, de ainda mais nos comprometer com o Evangelho, para que essas pessoas também tenham a graça de experimentar o que nós experimentamos.
Só existe alegria por uma configuração perfeita a Cristo; isso deve ser a nossa alegria! Se você passa por alguma experiência de sofrimento, de perseguição por causa do nome de Jesus, alegre o seu coração, porque essa é uma oportunidade de você configurar-se ainda mais a Cristo, quando você está sofrendo alguma realidade por causa do nome d’Ele, só por isso. As outras realidades, rezemos para que o mundo também creia, rezemos para que o mundo acolha Jesus Cristo como Senhor e Mestre, rezemos para que o mundo experimente profundamente o amor que nós experimentamos.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/05/2022

Oração Final
Pai Santo, dá-nos grandeza de alma para assumir a missão de proclamar o Evangelho do Reino até os confins da terra, mas dá-nos também humildade para compreender que a grande tarefa começa nos nossos ambientes naturais, na rotina da vida cotidiana. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/05/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a alegria de viver. Que nós nos conscientizemos de que somos amados por Ti – e isto nos basta! – e transmitamos aos companheiros de caminhada a leveza e a elegância de uma existência regida pelo teu Amor. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a discernir qual é o Caminho Cristão que devemos seguir nesta terra abençoada. Dá-nos sabedoria e coragem para transformar o que precisa ser transformado, ainda que enfrentemos resistências e perseguições, mas seguindo sempre o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, ensina-nos a Alegria de Viver. Que nós nos conscientizemos de que somos amados por Ti – isto nos basta – e transmitamos aos companheiros de caminhada a leveza e a elegância de uma existência regida pelo teu Amor. Nós Te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/05/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai que muito amamos, sabendo que Tu estás conosco, nada mais desejamos. Ajuda-nos a discernir qual é o Caminho Cristão neste mundo. Dá-nos sabedoria e coragem para transformar o que precisa ser transformado, ainda que enfrentemos resistências e perseguições, mas seguindo sempre o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/05/2021

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