terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 19/02/2019

ANO C


Mc 8,14-21

Comentário do Evangelho

Os discípulos, desatentos em relação à observação de Jesus

Jesus aproveita o esquecimento e a discussão entre os discípulos para repreendê-los por causa da incredulidade deles, pois não obstante tudo o que têm ouvido e contemplado do que Jesus faz, não são capazes de ir a fundo na mensagem contida no ensinamento de Jesus nem ver no que ele faz – o texto faz referência às duas multiplicações dos pães – “sinais” que remetem ao mistério de Deus que habita a vida de Jesus. O tom do relato é áspero, expressão da indignação de Jesus acerca da atitude dos discípulos. Vê na atitude deles o perigo de serem contaminados pelo apego desordenado às tradições humanas (cf. Mc 7,1-23), à necessidade de ver um sinal do céu (cf. Mc 8,11) e ao poder pelo poder. Daí o alerta quanto ao cuidado em relação ao “fermento dos fariseus e o de Herodes”. Em nosso caso se trata da influência maléfica do ensinamento e da prática dos fariseus e do péssimo exemplo de Herodes, que podiam contaminar a todos. Na tradição rabínica o fermento era, ainda, metáfora do pecado e da corrupção. Em nosso texto, trata-se de não ser seduzido pelo ensinamento e pela atitude representados por esses dois elementos: fariseus e Herodes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Fonte: Paulinas em 18/02/2014

Vivendo a Palavra

Ontem os fariseus pediam um sinal a Jesus. Nesta passagem, os discípulos mostram que mesmo eles ainda não haviam entendido. E nós: será que compreendemos que o cuidado que merece ser tomado é com o Reino do Pai e seu anúncio aos homens? Que tudo o mais virá por acréscimo, como garantiu o Cristo?
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

O que significaria para nós, hoje, esse ‘fermento dos fariseus e de Herodes’? A resposta deve ser procurada no mais profundo dos nossos corações. Quem sabe, não seria a sedução da sociedade consumista, que exige que busquemos mais poder, mais riquezas e vivamos prazeres cada vez mais extravagantes?

Reflexão

Todos nós temos uma hierarquia de valores que servem como critério para a nossa vida e tudo o que temos e fazemos está subordinado a essa hierarquia. A maioria das pessoas orienta a sua vida para a satisfação das suas necessidades primárias e instintivas. Assim, os seus valores principais são a comida, a bebida e o sexo, de modo que essas pessoas, apesar de civilizadas, possuem a mesma hierarquia de valores que os animais: buscam apenas a satisfação dos próprios instintos. Essas pessoas não aceitam a Jesus e criticam a sua doutrina porque a sua dependência aos instintos lhes cega a vista e endurece os seus corações, de modo que não podem compreender a verdadeira hierarquia de valores que Jesus veio trazer para que as pessoas não vivam instintivamente, mas tenham vida em abundância.
Fonte: CNBB em 18/02/2014

Reflexão

Mesmo vendo a generosa partilha de pães e peixes realizada por Jesus, seus discípulos são incapazes de reconhecer a divindade dele. Para “despertá-los” da lerdeza em compreender, Jesus ilustra seu recado com a figura do fermento dos fariseus e de Herodes. O fermento dos fariseus corresponde a suas ideias de um Messias nacionalista e político, dominador dos outros povos; o fermento de Herodes (e dos herodianos) é o poder sem moral, gerador de morte. Os discípulos mantêm-se apegados a essa ideologia (acumular coisas para ter segurança) e têm dificuldades de dar um passo para reconhecer e acolher a novidade de Jesus (partilha e vida abundante para todos). Veem os sinais, mas não enxergam a ação de Deus; ouvem magníficas palavras, mas não se entregam à mensagem libertadora do Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

O pão do dia a dia leva-nos a pensar sempre na Eucaristia? - Jesus fala de fermento. Somos como fermento de bondade no meio do mundo? - Desanimamos facilmente diante das dificuldades ou somos persistentes? - Somos reconhecidos à imensidão da bondade de Deus? - Procuro também ser generoso para com todos como Deus é generoso para comigo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/02/2014

Comentário do Evangelho

CUIDADO COM A HIPOCRISIA

Jesus procurava precaver seus discípulos contra certas posturas farisaicas, indignas de um discípulo do Reino. Algumas correntes do farisaísmo haviam tomado rumos com os quais Jesus não estava de acordo. Eles eram vítimas do vedetismo, fazendo suas ações para terem o reconhecimento popular. Padeciam também da hipocrisia. Seu exterior não correspondia ao interior. Por isso, eram falsos quando davam demonstração de piedade. Eles tinham um apego exagerado às Escrituras, que eram interpretadas a seu bel prazer, mesmo falseando seu sentido e fazendo interpretações contrárias ao sentido da Lei. Os fariseus nutriam profundo desprezo por quem não era "perfeito" como eles. E acabavam formando um grupo hermético de pretensos puros e santos. Os discípulos de Jesus não estavam imunes de serem contaminados por este mau espírito, o fermento dos fariseus. Era preciso estar atento.
Outra mentalidade contra a qual era preciso cuidar-se foi designada como o fermento de Herodes. Esse rei foi conhecido por sua megalomania, cruel violência, impiedade, tirania e arrogância. Todas estas são atitudes indignas dos discípulos do Reino, embora possam se deixar arrastar por elas.
A conduta do discípulo é permeada pelo fermento de Jesus. É na contemplação do Mestre que os discípulos saberão como ser fiéis à sua fé.
Oração
Senhor Jesus, guarda-me do fermento do mundo que contamina meu coração e me impede de ser fermentado por ti e pelo teu Espírito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 18/02/2014

Meditando o evangelho

O FERMENTO PERIGOSO

A contaminação dos discípulos através do fermento dos fariseus e de Herodes consistia numa espécie de materialismo que se apossava deles.
Quando os discípulos deixaram tudo para seguir Jesus, optaram por colocar-se nas mãos da Providência. Não lhes tinha sido prometido recompensa de espécie alguma, nem o Mestre lhes havia garantido uma vida cômoda e tranqüila. O discipulado basear-se-ia na total confiança em Deus e na recusa de construir a própria segurança com a posse dos bens materiais. Por conseguinte, a pobreza seria um traço característico do projeto de vida dos discípulos.
O sinal de que algo estranho estava acontecendo com eles ficou patente quando, em plena travessia do lago, deram-se conta de não terem trazido pão suficiente para todos. E começaram a falar sobre isto, lamentando-se e se autocensurando, pois, ao desembarcarem, não teriam chance de comprar pão necessário para alimentar-se.
Jesus os censurou, chamando-lhes a atenção para o tema da solidariedade e da partilha. Assim como multidões foram alimentadas, por causa da solidariedade de alguém que partilhou seus poucos pães e peixes, o mesmo iria acontecer com eles.
O discípulo deve ser o primeiro a acreditar no milagre da partilha. É esta a maneira como o Pai costuma agir em favor deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus e seus discípulos voltam para o território dos judeus. Embarcam e atravessam o lago em direção a Betsaida. Havia apenas um pão no barco, porque os discípulos não prestaram atenção e não compraram mais pães. No diálogo com eles, Jesus ressalta duas questões relacionadas ao pão. Lembra as duas multiplicações dos pães. Aqui, parece que foram duas, de fato. Na primeira vez sobraram doze cestos cheios e na segunda, sete. Doze seria um número simbólico para os Doze Apóstolos judeus, e sete, um número para os Sete Diáconos de origem grega. Por que então se preocupar com pão? Aquele único que eles tinham não poderia também ser multiplicado? Questão mais séria é a do fermento dos fariseus e de Herodes. Esse é perigoso porque, ao fermentar a massa, pode contaminá-la. Com isso os discípulos devem preocupar-se. Tal fermentação significa corrupção. Para quem tem fé, o pão de cada dia não faltará. É preciso estar atento aos agentes da corrupção.

HOMILIA

O FERMENTO DOS FARISEUS E O FERMENTO DE HERODES

No Evangelho de hoje dois pontos chamam atenção: a menção de Jesus para que os discípulos tomem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes, e a reação d’Ele ao ver que os discípulos acharam que Jesus estava falando sobre comida.
Primeiro precisamos entender de que fermento Jesus estava falando quando se referiu aos fariseus e a Herodes. Isso fica fácil quando sabemos o que movia Herodes e os fariseus: o poder e a vaidade. E era disso que Jesus estava falando quando pediu que os discípulos tivessem cuidado... Jesus queria que os discípulos não fossem movidos pelo poder e pela vaidade. Mas os discípulos pensaram que Jesus estava falando sobre fermento porque eles tinham apenas um pão no barco onde eles estavam, e por isso Jesus se decepcionou com a lentidão de pensamento dos discípulos.
Por mais que Jesus lhes mostrasse prodígios e milagres, os discípulos não O entendiam porque tinham o seu pensamento obscurecido pelas coisas materiais e porque não O escutavam com o coração. Mesmo depois dos milagres da multiplicação dos pães eles continuavam inseguros quanto á sua sobrevivência. Jesus os advertia sobre “o fermento dos fariseus” ( a falsidade), mas eles não compreendiam do que Jesus estava falando. O homem tem fome de Deus e se confunde pensando que a sua fome é de pão material. Assim somos nós também: “tendo olhos, nós não vemos e tendo ouvidos, nós não ouvimos”. Temos o coração endurecido, e não enxergamos o poder de Deus para providenciar tudo de que precisamos na nossa vida.
A mensagem de hoje é para que não sejamos como Herodes ou os fariseus, que se orgulhavam do poder e da vaidade. Devemos ser o contrário disso: humildes e servidores, assim como foi Jesus. Os frutos que iremos colher virão bem depois.
Você tem medo de passar necessidades no futuro? – Você acredita na providência de Deus? – Você consegue entender espiritualmente os ensinamentos de Jesus para sua vida?
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

O fermento estragado nos torna incrédulos à vontade de Deus

Você sabe que o fermento é o que leveda e dá consistência à massa, se o fermento estiver estragado todo o pão vai ser estragado.

”Então Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”’ (Mc 8, 15).

Meus queridos irmãos e irmãs, a Palavra que Deus hoje nos dirige é para tirarmos do nosso coração o fermento da maldade e o da incredulidade, que não nos deixam entender os sinais de Deus, a manifestação amorosa de Deus por nós.
Deixe-me dizer: Jesus já fez tantos sinais para Seus apóstolos. Quantos cegos, mudos, quantos aleijados, doentes e enfermos o Senhor curou. Quantas vezes o Senhor fez milagres, como o de multiplicar os pães, entre outros. Quantas vezes o Senhor manifestou o Seu poder, como na passagem da tempestade e em tantos lugares.
Se olharmos para a minha vida, para a sua vida e para a de cada um de nós, veremos os sinais do amor de Deus por nós. A não ser que nós sejamos incrédulos demais, a não ser que nós sejamos muito mal agradecidos, para não reconhecermos a mão poderosa de Deus em nossa vida.
É verdade que nós não temos bonança toda hora, é verdade que a vida de nenhum de nós é mil maravilhas. E ainda bem que não é assim, porque senão seríamos como crianças mal acostumadas! A pior criança, o pior filho, é aquele que tem tudo; tudo na mão, tudo pronto; ele não tem dificuldade e esforço nenhum na vida. E que mal acostumado vai ser esse filho! E Deus não nos quer filhos mal acostumados.
É impossível, mesmo para aquele mais sofredor, mesmo aquele que já nasceu sofrendo, ele não conseguir ver, quando ele tem os olhos puros, a bondade de Deus e a manifestação de Deus em sua vida.
Mas muitos dos fariseus não conseguiram de forma alguma enxergar a vontade de Deus; por isso Jesus está hoje nos dizendo para termos muito cuidado para não sermos contaminados por esse fermento. Porque você sabe que o fermento é o que leveda a massa, que dá consistência à massa, se o fermento estiver estragado todo o pão vai ser estragado. Se o fermento que está no meio de nós é um fermento azedo, é o fermento da ingratidão, é o fermento da murmuração contra Deus e contra a Sua Igreja e, assim por diante, deixe-me dizer: nós nos tornaremos cegos e incrédulos às manifestações de Deus em nossa vida.
Que o Senhor, hoje, pela Sua Palavra poderosa, que faz novas todas as coisas, purifique o nosso coração de todo fermento maldito, de todo fermento que entrou em nós e nos deixou pessoas azedas; pessoas que reclamam, murmuram e não sabem reconhecer a manifestação do Senhor no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a simplicidade das crianças. Que vivamos alegres a certeza de que somos amados com extremo carinho por Ti, querido Pai, e anunciemos aos companheiros do caminho a libertação que nos deste pelo Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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