sexta-feira, 10 de novembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 10/11/2023

ANO A


Lc 16,1-8

Comentário do Evangelho

A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus.

É preciso cuidado para interpretar bem o que a parábola diz, do contrário poderia induzir a erro, considerando que Jesus elogia a desonestidade do administrador. O que é louvado nesta parábola é a habilidade de uma pessoa de empregar os meios para alcançar determinado fim; ele utiliza sua inteligência para encontrar o meio de assegurar sua felicidade.
O que preocupa Jesus são os meios para entrar no Reino de Deus – é exatamente isto que a parábola enfatiza. Não quaisquer meios, pois é preciso entrar pela “porta estreita”. A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus. Jesus urge dos discípulos deixarem a passividade e empreenderem tal “sabedoria” para alcançar o seu objetivo, a saber, entrar no Reino de Deus. Não é, reiteramos, elogio à desonestidade, mas ao esforço de buscar os meios para ter a vida salva. Esta é a lição dada aos discípulos e ao leitor do evangelho: é preciso sair do comodismo; o Reino de Deus exige empenho, inteligência e discernimento.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 08/11/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

OS FILHOS DESTE MUNDO SÃO MAIS PRUDENTES


O texto do Evangelho de hoje pode dar margem a interpretações equivocadas, por dar a impressão de que Jesus elogia a desonestidade do administrador. Não, não é isso que o texto está dizendo. O homem é um administrador experiente. Acusado de má gestão, ele percebe que a demissão o espera, trazendo-lhe grandes prejuízos financeiros. É aí que entra sua esperteza.
Ele começa a buscar alternativas e saídas para essa situação de emergência. É preciso, portanto, criatividade e capacidade de adaptar-se. Ele perdoa parte da dívida de alguns devedores. Jesus elogia a esperteza do administrador, que é capaz de conseguir amigos, cúmplices e parceiros que possam socorrê-lo nas dificuldades.
É uma hábil manobra. De devedores do patrão, eles se tornam amigos, agradecidos ao administrador. A aplicação fundamental da parábola, portanto, é essa: nós somos administradores de bens que Deus nos confia. São meios, não devem ser um fim em si mesmos. O que fazemos com eles? Somos escravos deles? Vivemos em função deles? Ou compreendemos que eles devem ser instrumentos de caridade, de solidariedade, de construção de laços novos em sociedade?
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Nós somos os administradores contratados pelo Pai. Sabemos que a vida é passageira e logo chegará a hora de prestar contas. Quais diretrizes adotamos em nosso trabalho – o toma-lá-dá-cá proposto pelo mundo, ou a Lei do Amor ensinada e vivida pelo Cristo Jesus? É oportuno um bom exame de consciência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

O sucesso nos negócios dos que pertencem ao mundo é apenas aparente e passageiro. Ao reconhecer a esperteza do administrador desonesto, Jesus não quer apontá-lo como exemplo a ser seguido, mas mostrar aos seus discípulos que existe um outro caminho que deve ser preferido: a honestidade e a lealdade na relação com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

Nós somos os administradores contratados pelo Pai. Sabemos que a vida é passageira e logo chegará a hora de prestar contas. Qual diretriz adotamos em nosso trabalho: o toma-lá-dá-cá proposto pelo mundo, ou a Lei do Amor ensinada e vivida pelo Cristo Jesus? É sempre oportuno um honesto e profundo exame de consciência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2019

Reflexão

Neste trecho do Evangelho, Jesus nos mostra que os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. Então podemos perguntar: Por que isso acontece? A resposta é muito simples: é porque os negócios em geral são regidos pelos valores do mundo, que são inaceitáveis para quem quer viver na radicalidade os valores do reino de Deus. Os valores que regem a economia são o lucro desenfreado, a exploração, o egoísmo, a dureza de coração, só se pensa em si próprio e nos seus interesses. Essa esperteza não interessa aos que querem viver como filhos e filhas de Deus.
Fonte: CNBB em 08/11/2013

Reflexão

Um administrador desonesto que age com esperteza. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Tratava-se de uma comissão que lhe cabia por direito e que ele poderia usar como bem entendia. O que se elogia, em todo caso, não é a desonestidade, sempre abominável. O que se quer destacar é a sagacidade do administrador, em vista de não ficar na rua quando fosse despedido. Jesus adverte que os maus (filhos deste mundo) “são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Uma parábola chocante, capaz de mexer com o brio de todo cristão. Dado que somos filhos da luz, precisamos administrar o tempo e os bens deste mundo na justa medida, conforme os valores do Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 08/11/2019

Reflexão

Um administrador desonesto que age com esperteza. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Tratava-se de uma comissão que lhe cabia por direito e que ele poderia usar como bem entendia. O que se elogia, em todo caso, não é a desonestidade, sempre abominável. O que se quer destacar é a sagacidade do administrador, com vista a não ficar na rua quando fosse despedido. Jesus adverte que os maus (filhos deste mundo) “são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Uma parábola chocante, capaz de mexer com o brio de todo cristão. Dado que somos filhos da luz, precisamos administrar o tempo e os bens deste mundo na justa medida, conforme os valores do Reino.
Oração
Ó Jesus Mestre, a parábola do gerente desonesto nos ensina a ser espertos e empenhados com relação ao Reino de Deus. A capacidade de pronta decisão é o que gostarias de encontrar nos teus discípulos. Torna-nos, Senhor, bons investidores para o futuro, praticando a misericórdia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 05/11/2021

Reflexão

Um administrador desonesto que age com esperteza. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Tratava-se de uma comissão que lhe cabia por direito e que ele poderia usar como bem entendia. O que se elogia, em todo caso, não é a desonestidade, sempre abominável. O que se quer destacar é a sagacidade do administrador, em vista de não ficar na rua quando fosse despedido. Jesus adverte que os maus (filhos deste mundo) “são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Uma parábola chocante, capaz de mexer com o brio de todo cristão. Dado que somos filhos da luz, precisamos administrar o tempo e os bens deste mundo na justa medida, conforme os valores do Reino.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Os filhos deste mundo são mais espertos (...) em seus negócios do que os filhos da luz.»

Mons. Salvador CRISTAU i Coll Obispo de Terrassa
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos apresenta uma questão surpreendente à primeira vista. Com efeito, diz o texto de São Lucas: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Evidentemente, não se nos propõe aqui que sejamos injustos em nossas relações, e menos ainda com o Senhor. Não se trata, não obstante, de um louvor à estafa que comete o administrador. O que Jesus manifesta com seu exemplo é una queixa pela habilidade em solucionar os assuntos deste mundo e a falta de verdadeiro engenho dos filhos da luz na construção do Reino de Deus: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Tudo isso nos mostra - mais uma vez!- que o coração do homem continua tendo os mesmos limites e pobrezas de sempre. Na atualidade falamos de tráfico de influências, de corrupção, de enriquecimentos indevidos, de falsificação de documentos... Mais ou menos como na época de Jesus.
Mas a questão que tudo isto nos propõe é dupla: Por acaso pensamos que podemos enganar a Deus com nossas aparências, com nossa mediocridade como cristãos? E, ao falar de astúcia, teríamos também que falar de interesses. Estamos interessados realmente no Reino de Deus e sua justiça? É frequente a mediocridade em nossa resposta como filhos da luz? Jesus disse também que ali onde esteja nosso tesouro estará nosso coração (cf. Mt 6,21). Qual é nosso tesouro na vida? Devemos examinar nossos anelos para conhecer onde está nosso tesouro... Diz-nos Santo Agostinho: «Teu anelo contínuo é tua voz contínua. Se deixas de amar calará tua voz, calará teu desejo».
Talvez hoje, ante o Senhor, teremos que questionar qual deve ser nossa astúcia como filhos da luz, isto é, dizer nossa sinceridade nas relações com Deus e com nossos irmãos. «Na realidade, a vida é sempre uma opção: entre honestidade e desonestidade, entre fidelidade e infidelidade, entre bem e mal (...). Com efeito, diz Jesus: É preciso decidir-se» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O senhor elogiou o mordomo que ele demitiu de sua administração por ter olhado para o futuro» (Santo Agostinho)

- «O costume do suborno é um costume mundano e fortemente pecaminoso. É um costume que não vem de Deus: Deus nos pediu para trazer o pão para casa com nosso trabalho honesto!» (Francisco)

- «Segundo o desígnio de Deus, o homem e a mulher são vocacionados para ‘dominarem a terra’ (245) como 'administradores' de Deus. Esta soberania não deve ser uma dominação arbitrária e destruidora. A imagem do Criador, ‘que ama tudo o que existe’ (Sb 11, 24), o homem e a mulher são chamados a participar na Providência Divina em relação às outras criaturas. Daí a sua responsabilidade para com o mundo que Deus lhes confiou» (Catecismo da Igreja Católica, nº 373)

Reflexão

O "purgatório”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, inclusive para este “administrador infiel”, do coração de Jesus sai um louvor (pela sua astúcia). Admiramos a tenacidade divina para salvar nossas vidas, nem que sejam aproveitando alguns poucos “fragmentos” do bem que Ele ache na nossa existência terrena. Nesta linha discorre o ensino católico sobre o "purgatório".
Em grande parte dos homens —isto podemos supor— fica no mais profundo do seu ser uma última abertura interior à verdade, ao amor, a Deus, porém nas opções reais da vida, dita abertura tenha-se embaçado com compromissos com o mal. Deus pode recolher os “fragmentos” e fazer “algo” com eles (purificá-los e uni-los). Necessitamos de certa limpeza final (um purgatório!), onde o olhar de Cristo nos limpe de verdade, fazendo-nos aptos para Deus e capazes de estar na sua moradia. É uma necessidade tão humana que, se não existisse o purgatório, teríamos de inventá-lo!
—Senhor, antes que uma “peça malograda de um oleiro”, desejo ser salvo para culminar contigo minha existência.

Recadinho

Será que não estou pensando que Jesus elogia a malandragem? - Não seria o momento de me colocar na posição justa? Jesus, com seu exemplo, quer nos ensinar a sermos espertos para conseguir os bens eternos usando de honesta esperteza. Pensemos nisto! - Será que às vezes não corro o risco de ser desonesto com os desonestos? - Nossa comunidade se preocupa e faz algo para combater as injustiças do mundo? - Vendo seu futuro em jogo, o homem mostra duas coisas: de rapidez na decisão e grande astúcia. Defendeu a própria pele, como se diz. Jesus quer que façamos o mesmo, mas para colocar a salvo nosso futuro eterno e não as coisas deste mundo!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/11/2013

Meditão

Não há dúvida de que o administrador da parábola de Jesus era desonesto. E não é sua desonestidade que Jesus elogia e nos dá como exemplo. Como ele devemos sim agir enquanto é tempo, usar bem das possibilidades ao nosso alcance, e preparar-nos para prestar contas. Se tantos usam da esperteza para a injustiça, quanto mais devemos nós colocar tudo a serviço da salvação. Devemos estar atentos para alcançar a salvação.
Oração
Ó Deus, que jamais permitis que as potências do mal prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos, dai-lhe, pelos méritos do papa São Leão, permanecer firme na verdade e gozar a paz para sempre. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Parábola do Administrador Infiel: o cristão deve ser ousado


Hoje o Mestre nos deixa desconcertados... Parece que aprova a “cultura do bolaço”: favores e mais favores entre mafiosos com falta de solidariedade que só pensam em um benefício próprio, sem importar-lhes a carestia dos muitos que sofrem. Não é isso! Não se trata de nos fazer “amigos do dinheiro”, senão de pôr o prestigio profissional ao serviço dos outros. O cristão não tem vocação de “burro decaído”. No trabalho, no social, no esporte… Deus nos exige aspirar à excelência. Se não, como removeríamos os corações?
—São Paulo fez valer o prestigio e os direitos de sua “cidadania romana”. Então, vou de “paletó” pela vida? Atenção, que no céu não há lugar para “bonzinhos burros”!

Meditando o evangelho

APRENDENDO DE UM ESCÂNDALO

Um autêntico caso de corrupção ofereceu a Jesus a chance de ensinar aos discípulos, mediante uma parábola, a importância de ser esperto em relação ao Reino de Deus.
Naquele tempo, os gerentes de propriedades alheias agiam com muita liberdade, sem um controle imediato. O patrão confiava na responsabilidade do empregado. Este era recompensado pelo que produzia: quanto mais os bens se multiplicavam, tanto maior era o seu salário.
O Evangelho fala de um administrador que, agindo com irresponsabilidade e imprudência, estava desperdiçando os bens que lhe tinham sido confiados. Quando o patrão começa a cobrá-lo por isso, esse administrador arquiteta um plano para garantir seu futuro e sua segurança. Com uma ação fraudulenta, busca granjear a benevolência dos devedores, prejudicando o patrão. Uma vez despedido, teria quem se sentisse na obrigação de recebê-lo, como sinal de gratidão.
Comparando com o Reino, os discípulos são instruídos a serem tão hábeis e espertos como o administrador desonesto. Este, no trato com as coisas humanas, obstinou-se em buscar caminhos para alcançar os seus objetivos. Do mesmo modo, o discípulo do Reino, com relação às realidades celestes, deve ter claro o fim a ser atingido e a maneira mais conveniente de fazê-lo. Neste caso, basta ser obstinado na prática da misericórdia.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito que leva a ser esperto nas coisas de Deus, faze-me sempre mais hábil na prática da misericórdia, único meio de se obter a salvação.
Fonte: Dom Total em 10/11/2017,  08/11/2019 05/11/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Bom Administrador
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este administrador desonesto teve duas atitudes que mereceram elogios de Jesus, pensou no futuro e foi capaz de abrir mão da sua comissão sobre a venda de produtos, se projetarmos a reflexão na esperança escatológica, podemos afirmar que o caminho para essa plenitude passa pelas perdas e de fato, o próprio Jesus vai dizer "Quem perder a sua vida por causa de mim, vai ganhá-la".
O Administrador sabia que tinha perdido  o emprego e agora precisava  se garantir. A forma que encontrou foi conquistar amigos, baixando drasticamente o valor da dívida, é bom informar os leitores que na verdade ele não reduziu preço algum, apenas abriu mão da sua comissão, uma perda momentânea que iria representar um ganho futuro, até mais valioso, quem sabe, um deles poderia lhe dar um novo emprego, ou um abrigo em sua casa por gratidão.
O evangelho não incentiva a sua desonestidade, mas a sua astúcia em tomar decisão certa no momento certo, coisa que os Filhos da Luz nem sempre o fazem. Muitos cristãos se entregam e confiam plenamente em Jesus Cristo, entretanto, não abrem mão de seus caprichos e de um egoísmo terrível que chega a sufocar, atuam na comunidade onde aparentemente nada ganham, porém, esperam sempre algo em troca, prestígio, sucesso, poder de decisão e outras coisas mais que contrariam o evangelho.
Os bens materiais e tudo mais que possuímos, incluindo-se os carismas, habilidades e talentos devem sempre ser colocados a disposição do outro na comunidade, de maneira prazerosa, generosa, de modos que cause alegria interior. Quando o mau uso do nosso carisma resulta em mágoas e revoltas, intrigas e ressentimentos é sinal de que embarcamos no trem do Imediatismo que a pós-modernidade nos apresenta, e nós queremos ganhar agora e já, nem nos damos conta de que o Futuro poderá ser bem amargo, se persistirmos nesse caminho...

2. Os filhos do mundo e os filhos da luz - Lc 16,1-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um administrador desonesto foi despedido por má administração e foi elogiado por ser esperto. Sua esperteza consistiu em fazer amigos que o recebessem quando estivesse na rua. Fez amigos renunciando ao que era seu. Ele tinha direito a uma parte das dívidas a serem pagas a seu patrão. Quem tivesse que pagar cem sacos de trigo, oitenta eram do patrão e vinte do administrador. Ele renunciou aos vinte e mandou que o devedor pagasse oitenta. Assim foi fazendo amigos. A mesma coisa devemos fazer nós. Fazer amigos com os bens deste mundo para que eles nos recebam na eternidade. O necessitado que você hoje socorre será o seu porteiro no céu. Não deixará você na rua.
Fonte: NPD Brasil em 08/11/2019

Liturgia comentada

Presta contas! (Lc 16,1-8)
Esta parábola do administrador desonesto costuma escandalizar muita gente. De fato, uma leitura superficial do Evangelho parece dar a entender que o Mestre faz elogios um safado. Claro que não! A falta de ética do corrupto – para usar termos bem atuais – era (e é) execrável. Mentira e falsidade jamais receberiam elogios do Mestre da Verdade!
O que Jesus quer ensinar é bem outra coisa: se os fiéis dedicassem por sua salvação (e pela salvação dos outros!) o mesmo empenho e inteligência que os homens do mundo dedicam a seus negócios escusos e duvidosos, pouca gente se perderia.
Mas não é bem sobre isto que eu quero refletir hoje. Claro que devemos prestar contas de nossa vida ao seu término, diante do divino Juiz. Mas não devemos cair na ilusão de que seremos capazes de acumular tantos méritos, a ponto de podermos apresentar a Deus uma fatura e dele cobrar nosso direito ao céu. A salvação é sempre graça, grátis, dom. Antes, será com trajes de mendigo que nos apresentaremos ao Senhor.
É disso que falo – um tema tipicamente teresiano - em meu soneto “Balanço”:

Quando chegar ao fim a minha vida,
Toda cheia de curvas e de dobras,
Ah! não contes, Senhor, as minhas obras
A ver se a recompensa é merecida!

Minha justiça é logo corrompida...
Minhas boas ações, apenas sobras...
Eu fui um fariseu: minhas manobras
São ruínas em pó, massa falida...

Quando chegar ao fim destes meus dias,
ei que terei as minhas mãos vazias
E a túnica bem rota de um mendigo!

E, por saber que tudo logo passa,
Eu me abandono inteiro à tua graça,
Pois só o Amor eu levarei comigo...

Orai sem cessar: “Deus tenha piedade de nós e nos abençoe!” (Sl 67,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 08/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 08/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Seja esperto para fazer o Reino de Deus acontecer

Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer.

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da Luz.” (Lucas 16,8)

O Evangelho de hoje parece de difícil compreensão, pois causa um nó em nossa cabeça, uma certa confusão. Jesus está dando o exemplo de um administrador que, além de infiel, foi desonesto na maneira como tratou seus negócios.
O administrador não fez aquilo que lhe foi confiado. Antes ainda de sair do seu trabalho, ajustou-se com os devedores para depois não ficar “mal na conta”. Acertou com um e mudou o valor que este devia ao patrão, fez o mesmo com os outros, de modo que formou muitos amigos, porque agiu com esperteza.
Olhando para essa parábola, perguntamos: “Por que o Senhor nos conta essa parábola? Justamente para entendermos que os filhos deste mundo, aqueles que agilizam as coisas, fazem com que elas aconteçam, agem com esperteza e levam a desonestidade até às últimas consequências. “O importante é levar vantagem, é ter lucro”, assim pensam os filhos deste mundo. Digo mais: eles não desanimam. Não deu certo aqui, tentam de outra maneira. Mas nós, que temos as armas da luz, as armas do Reino dos Céus, as graças do Evangelho, não temos agilidade e desanimamos com qualquer coisa. Mais ainda: estamos combatendo uns aos outros.
Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer. Veja que as coisas do mundo vêm envoltas em pacotes, ainda que o produto não seja bom. O pacote deles é bom demais, pois demonstra alegria, satisfação naquilo que apresentam.
Nós, que apresentamos o Reino de Deus, o levamos com tristeza no coração, com desânimo, com ar de fracasso, por isso não temos habilidade, agilidade e eficácia em mostrá-lo às pessoas; assim, as trevas crescem. Nós que somos chamados filhos da Luz não sabemos usar da esperteza e da sabedoria evangélica para fazer o Reino acontecer.
Que o Senhor nos conceda agilidade, habilidade e verdadeira sabedoria para aplicarmos na multiplicação da Sua Palavra.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos ter habilidade evangélica

Devemos ter habilidade evangélica, empenho, amor, dedicação e esforço para dar o melhor de nós, a fim de realizarmos as coisas de Deus

“E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz.” (Lucas 16,8)

Há, no mundo em que vivemos, a lógica da esperteza, há pessoas que têm uma habilidade sem igual nos negócios, nos empreendimentos, naquilo que fazem. Há aqueles que têm uma facilidade em ter lucro naquilo que realizam e usam para isso as artimanhas que podem; outros têm uma habilidade para falar, para negociar e nos convencer de uma coisa que não temos nem como contradizer o que estão falando. Essas pessoas usam do seu empenho para conseguir convencer o outro do que querem, do que têm para oferecer.
Vivemos num mundo em que as pessoas dizem: “O mundo é dos espertos”.
Veja: esse “mundão” perdido em que vivemos pode ser dos espertos, mas o Céu não! Este é dos justos, dos santos e honestos, é dos que fazem a vontade de Deus.
Na Palavra, por que o senhor dessa administração está elogiando o administrador desonesto? Porque ele foi habilidoso em sua desonestidade, foi empenhado em dar o melhor de si e se dar bem naquilo que fazia. Os filhos da luz não são habilidosos, não são empenhados, fazem as coisas de Deus de qualquer jeito, fazem quando dá. Imagina se nós tivéssemos o empenho que muitos no mundo têm, para fazer e promover as coisas deste mundão em que vivemos?
Se nós tivéssemos a mesma dedicação, a luz de Cristo estaria brilhando mais nesse mundo, o Reino de Deus estaria acontecendo com mais vigor. Não precisamos ser desonestos nem devemos ser, não podemos ter a habilidade do mundo, mas devemos ter a habilidade evangélica, o empenho, o amor, dedicação e esforço para dar o melhor de nós para realizar as coisas de Deus.
Essa história de fazer as coisas de Deus de qualquer jeito – “O importante é que estamos fazendo” – não é assim não! É importante darmos o melhor de nós, e cada um dá o melhor de si, cada um usa a inteligência, a habilidade. É importante usar as redes, os meios de comunicação; é importante usarmos a Palavra, o que podemos para que o Evangelho seja anunciado. De forma oportuna ou inoportuna, precisamos ter a oportunidade de fazer o Reino de Deus acontecer, porque esse mundo é muito mais habilidoso naquilo que é deste mundo do que nós que somos os filhos da luz.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

Os filhos da luz precisam ser audaciosos em comunicar Deus

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz.” (Lucas 16,8)

Talvez, possa causar uma certa estranheza em nosso coração o fato desse senhor que administra ser o dono dos negócios e elogiar o seu administrador desonesto.
Veja, ele não está elogiando a corrupção, ele está elogiando a esperteza, mesmo que seja uma esperteza desonesta. Na verdade, o que ele está fazendo é abrir mão do seu lucro que poderia ser maior. Ele reduz aquele lucro para conseguir menos, para que, na frente possa obter o favor, a vantagem, acolhimento daquele de quem ele acolheu a dívida.
Ele não estava dando um “cano” no seu patrão, na verdade, ele estava abrindo mão do seu lucro para obter vantagens… Veja que esperteza! Jesus conclui dizendo: “Os filhos deste mundo são muito mais espertos”.

Os filhos da luz não são espertos, ou seja, não são audaciosos em comunicar a graça de Deus

Os filhos deste mundo estão sempre fazendo negociatas, sempre criando novas condições, novos jeitos para conquistar. Quando um comprador quer conquistar alguém, como diz esse provérbio: ele “faz das tripas coração”, ou seja, ele se “vira nos trinta” para conquistar aquela pessoa. Quando ele quer apresentar um produto, pode ser que o produto nem tenha valor algum, mas ele usa de tanta esperteza que só a esperteza dele dá valor àquele produto que possa não valer nada.
Os filhos da luz não são espertos, ou seja, não são audaciosos em comunicar a luz e a graça de Deus. Os filhos deste mundo são ágeis, habilidosos e dedicados para venderem os seus “produtos”.
Quem dera se nós tivéssemos mais intrepidez, ousadia, doação, dedicação, quem dera que nós tivéssemos mais entusiasmo e amor para levarmos a Palavra de Deus e as coisas de Deus ao coração dos nossos, do mundo que estamos.
Ás vezes, levamos com desânimo, sem muita boa vontade, sem mostrar entusiasmo, graça. Não conquistamos para o Reino da luz, porque, não temos a habilidade que o mundo tem para conquistar as pessoas para o mundo das trevas.
É necessário que tenhamos a intrepidez evangélica para levarmos, aos outros, a mensagem do Evangelho.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

Os filhos da luz precisam de amor para conquistar o próximo

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lucas 16,8)

O Evangelho que nos é apresentado na Liturgia de hoje parece controverso, porque, quase no final dele, diz que o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Entenda que o senhor não é o Senhor Deus, esse é o senhor desse administrador, é o chefe que vai demiti-lo e já o avisou, e sabendo que vai ser demitido, ele vai negociar com aqueles que devem para o seu patrão. Quem deve 20, ele manda pagar 10, ajeita as contas, e assim por diante ele vai abatendo as dívidas de cada um. Para quê? Porque ele sabe que, uma vez que ele vai estar desempregado, vai depois encontrar amigos que possam lhe favorecer. Ou seja, na desonestidade ele age com esperteza.
Você já viu como é que são as pessoas que fazem negócios neste mundo? Elas fazem qualquer negócio e, muitas vezes, agem com uma habilidade que engana qualquer um de nós, têm uma lábia, têm uma forma de falar e de agir; às vezes, você vai comprar um negócio, ele negocia com você, faz uns abatimentos, quase que lhe dá de graça, para não o perder. Isso é habilidade! Habilidade é o que o mundo tem para conquistar as pessoas para os seus negócios, habilidade é o que o mundo tem para vender a sua mercadoria, para fazer a sua propaganda.

Nós que fomos conquistados pela luz de Cristo nos comportamos, muitas vezes, de uma forma tão passiva diante das coisas de Deus

Muitas vezes, compramos uma coisa até que não tem utilidade nenhuma ou vamos deixar de lado, de escanteio, porque nos deixamos levar pela propaganda que nos ludibriou, que nos seduziu e enganou. O que chama atenção é a esperteza, porque os filhos deste mundo agem com esperteza nos seus negócios, os filhos deste mundo são mais hábeis, mais espertos, são mais dedicados naquilo que fazem.
E nós que fomos chamados e conquistados pela luz de Cristo nos comportamos, muitas vezes, de uma forma tão passiva e inerte diante das coisas de Deus e na própria relação com o próximo. Aqui não é para trazer a desonestidade para as coisas de Deus, mas é para ter habilidade para conquistar, para falar e evangelizar.
Precisamos usar da inteligência, da sagacidade, precisamos realmente ter habilidade evangélica para anunciarmos Jesus. Imagina uma pessoa que vai anunciar Jesus com a cara amarrada, com a cara azeda, vai anunciar Jesus de uma forma tão amarga! Como é que vamos conquistar as pessoas para Deus? Muitas vezes, as pessoas de Deus não conseguem nem levar os da sua própria casa para Ele. Sabe por quê? Porque ela vai para a igreja, mas ela volta de lá falando mal das pessoas, falando mal do padre, da sua própria pastoral. Quem é que vai sentir atração por uma coisa dessa, que só provoca discórdia e confusão? A própria pessoa que é da igreja fala mal das coisas da igreja, vive semeando fofoca, discórdia e confusão. Como ela vai atrair?
No Reino de Deus é a santidade, a verdade, a pureza e o amor que atraem as pessoas. Então, são essas habilidades que os filhos da luz precisam usar para conquistar pessoas para o Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/11/2021

Oração Final
Pai Santo, a sociedade consumista oferece com facilidade o seu aplauso ao nosso egoísmo, ao nosso desejo de levar vantagens ilusórias e efêmeras. Dá-nos, Pai amado, discernimento e coragem para seguir os caminhos do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não permitas que nos enganemos com o progresso material como se ele fosse capaz de satisfazer os anseios da nossa alma. Mantém-nos humildes, com o espírito de pobreza evangélica, generosos na partilha dos bens que nos emprestas e cuidadosos no trato com os irmãos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a sociedade consumista em que vivemos oferece com facilidade o seu aplauso ao nosso egoísmo e ao nosso desejo de levar vantagens em tudo – lucros que são sempre ilusórios e efêmeros. Dá-nos, amado Pai, discernimento e coragem para seguir os caminhos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2019

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