sexta-feira, 20 de outubro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/10/2023

ANO A


Lc 12,1-7

Comentário do Evangelho

A confiança em Deus

Diante de um ajuntamento de milhares de pessoas, com certo exagero de Lucas, Jesus fala primeiro aos discípulos, para depois, falar às multidões. De início temos a advertência a não assimilarem a hipocrisia dos fariseus. Jesus, em contundente fala anterior, denunciara esta hipocrisia (Lc 11,37-52). A seguir temos palavras de estímulo aos discípulos para superarem o medo dos poderosos que matam o corpo. A morte não é a última palavra. Devem se entregar confiantes e livres em Deus, dedicados ao anúncio do Reino. As alusões aos pardais e aos cabelos são ditos populares sobre a ciência de Deus. O medo perde sua força. Passa a vigorar a confiança em Deus que vela por seus discípulos. É ele quem anula a morte com o dom da vida eterna.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu não me deixe encantar por falsos exemplos de piedade. Estejam meus olhos sempre fitos em Jesus, cujo exemplo devo seguir para ser agradável a ti.
Fonte: Paulinas em 19/10/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

NADA HÁ ENCOBERTO QUE NÃO VENHA A SER REVELADO


Reúne-se uma multidão, mas Jesus fala aos discípulos. Ele reflete sobre três temas: a hipocrisia dos fariseus, a ousadia da pregação evangélica e a confiança em Deus. Ele começa utilizando a imagem do fermento: massa azeda e cheia de impurezas; presente, mas disfarçado e imperceptível. A hipocrisia é a dissimulação do íntimo com a exterioridade. Contra esse fermento maléfico, somente a força da pregação do Evangelho, à luz do dia e de sobre os telhados, sem meias-palavras. Somente o Evangelho purifica a mentira, pois Cristo é a Verdade.
Somente ele destrói todas as máscaras. Mas isso tem consequências: a perseguição e o martírio. Jesus, então, repete com insistência: “Não tenhais medo!”. Ao citar os pardais e os cabelos de nossa cabeça, duas coisas pequeninas e quase desprezíveis, Jesus quer nos dizer: se Deus cuida dessas coisas, imagine se ele não vai cuidar dos missionários e missionárias! Há cruz no horizonte, mas há também madrugada alegre do sepulcro vazio e da presença vivificadora de Cristo Ressuscitado. Boa missão a todos! Confiemo-nos em Deus, pois ele cuida de nós!

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre aponta o critério para avaliarmos se estamos no caminho do Reino: uma vida transparente. O seguidor de Jesus segue pelo mundo com leveza e alegria verdadeiras, anunciando ao próximo que o Reino do Pai começa já, nesta terra abençoada, que nos foi dada para desfrutar e preservar.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Somos fortemente tentados pela hipocrisia. Chegamos a pensar que é natural o desejo de parecer melhores do que somos e assim apresentamos aos irmãos uma imagem retocada, distorcida, que esconde a nossa fragilidade, a nossa verdade. Mais de uma vez Jesus adverte aos fariseus – e a nós! – que nada ficará escondido, tudo virá à luz.

Reflexão

As autoridades religiosas do tempo de Jesus eram autoridades poderosas e opressoras, que se valiam da ocupação romana e dos privilégios obtidos por ela para oprimir o povo, de modo que o povo era duplamente oprimido: pelos romanos e pelo poder religioso instituído. A religião realizava exatamente o contrário daquilo que o próprio Deus queria. Quando Jesus fala que devemos ter cuidado com o fermento dos fariseus, ele nos diz também que devemos nos preocupar para não sermos contaminados pela hipocrisia, pela sede de poder e pela busca de privilégios pessoais, para que também nós não façamos da nossa religião um meio de opressão, mas sim subamos em cima dos telhados e denunciemos todos os falsos valores da vivência religiosa.
Fonte: CNBB em 19/10/2012

Reflexão

Jesus denuncia os fariseus porque fazem da observância da Lei o trampolim para obter privilégios. Eles se consideram os puros, os santos. Em vez de servirem ao povo, servem-se do povo, para conservar sua posição social. Esse é o “fermento” dos fariseus; essa é a influência maléfica que pode infiltrar-se também no seio da comunidade cristã. Os discípulos devem partilhar o que aprenderam do Mestre. Mas, cuidado: qualquer hipocrisia, na fala e no testemunho, se revelará um dia. Máscaras serão arrancadas. Os discípulos, aqui chamados de “amigos”, são exortados a não temer (no tempo da perseguição), mas a ter a coragem de confessar publicamente Jesus. O Pai cuida de todos e está presente em todas as circunstâncias. Se Deus cuida de pássaros indefesos, terá muito mais zelo pelos que seguem o seu Filho.
Oração
Ó Jesus Mestre, preenche nosso espírito de coragem e zelo pelo teu Reino, de modo a enfrentarmos os adversários com argumentos sólidos e coerência de vida. Não nos deixes esmorecer na luta cotidiana e torna-nos convictos cristãos para continuarmos a expandir o teu Reino de justiça, amor e paz. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 15/10/2021

Reflexão

Jesus denuncia os fariseus porque fazem da observância da Lei o trampolim para obter privilégios. Eles se consideram os puros, os santos. Em vez de servirem ao povo, servem-se do povo, para conservar sua posição social. Este é o “fermento” dos fariseus; esta é a influência maléfica que pode infiltrar-se também no seio da comunidade cristã. Os discípulos devem partilhar o que aprenderam do Mestre. Mas, cuidado: qualquer hipocrisia, na fala e no testemunho, se revelará um dia. Máscaras serão arrancadas. Os discípulos, aqui chamados de “amigos”, são exortados a não temer (no tempo da perseguição), mas ter a coragem de confessar publicamente Jesus. O Pai cuida de todos e está presente em todas as circunstâncias. Se Deus cuida de pássaros indefesos, terá muito mais zelo pelos que seguem o seu Filho.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Não temais, pois. Mais valor tendes vós do que numerosos pardais»

Pe. Salomon BADATANA Mccj
(Wau, Sudão do Sul)

Hoje, contemplamos Nosso Senhor Jesus Cristo dirigindo-se à multidão depois de se ter enfrentado com as autoridades religiosas judaicas, ou seja, com os fariseus e os escribas. O Evangelho conta-nos que a multidão era tão grande que se atropelavam uns aos outros. Aí fica claro que estavam sedentos da Palavra de Jesus, que falava com tão extraordinária autoridade aos seus líderes religiosos.
Mas S. Lucas informa-nos que, antes de mais, Jesus começou a falar aos seus discípulos dizendo: «Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia» (Lc 12,1). Nosso Senhor quer levar-nos à prática da sinceridade e transparência, superando a hipocrisia com que procediam os fariseus e os escribas, pois mostravam uma atitude externa não conforme com o seu caminho interior de vida: fingiam ser o que não eram.
É contra isto que Jesus nos quer prevenir no Evangelho de hoje quando diz: «Nada há escondido que não venha a ser conhecido.» (Lc 12,2). Sim, tudo virá a ser revelado. Por este motivo devemos lutar para ajustar a nossa vida de acordo com o que professamos e proclamamos. Obviamente, isto não é fácil. Mas não devemos temer, pois o nosso Deus está atento. Tal como disse S. João Paulo II, «o amor de Deus não impõe cargas que não possamos levar (…). Porque para tudo o que nos peça, Ele nos capacitará com a ajuda necessária». Nada se passa sem que Ele o saiba. Até os nossos cabelos estão contados! Sim, nós temos valor perante Deus. Não tenhamos medo, pois o seu amor não tem limites.
Senhor, concede-nos a sabedoria para conduzirmos a nossa vida de acordo com as exigências da nossa fé, mesmo no meio das dificuldades deste mundo. Amém.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Não tema nenhum inimigo externo: supere-se a si mesmo e o mundo será derrotado» (Santo Agostinho)

- «A coerência na vida, entre a fé e o testemunho. Este é um cristão, não tanto pelo que diz, mas pelo que faz! Esta coerência que nos dá vida é uma graça do Espírito Santo que devemos de pedir» (Francisco)

- «A hierarquia das criaturas é expressa pela ordem dos ‘seis dias’, indo do menos perfeito para o mais perfeito. Deus ama todas as suas criaturas e cuida de cada uma, até dos passarinhos (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 342)

Reflexão

«Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia»

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje o Senhor nos convida a refletir sobre um tipo de má levedura que não fermenta o pão, mas sim o engrandece em aparência, deixando-o cru e incapaz de nutrir: Cuidado com o fermento dos fariseus; (Lc 12,1). Chama-se hipocrisia e é somente aparência de bem, máscara feita com farrapos de cores atraentes, mas encobrem vícios e deformidades morais, infecções no espírito e micróbios que sujam o pensamento e, por tanto, a própria existência.
Por isso, Jesus, adverte ter cuidado com esses usurpadores que, ao predicar com maus exemplos e com o brilho de palavras mentirosas, tentam semear ao redor uma infecção. Lembro que um jornalista, brilhante por seu estilo e professor de filosofia, quis afrontar a posição da Igreja sobre a questão do matrimônio entre homossexuais. E, com passo alegre e uma grande quantidade de sofismas enormes como elefantes, tentou contrariar as boas razões que o Magistério expôs em um documento recente. Vemos aqui um fariseu de nossos dias, que depois de ter-se declarado batizado e crente, afastou-se do pensamento da Igreja e do espírito de Cristo, pretendendo passar por mestre, acompanhante e guia dos fieis.
Passando a outro assunto, o Mestre aconselha distinguir entre medo e medo: não tenhais medo dos que matam o corpo e depois não podem fazer mais nada, (Lc 12,4), seriam os perseguidores da ideia cristã, que matam a dezenas de fieis em tempos de caçar homens ou de vez em quando a testemunhas singulares de Jesus Cristo.
Medo absolutamente diverso e motivado é o poder perder o corpo e a alma e, isso está nas mãos do Juiz divino; não que morra a alma (seria uma sorte para o pecador), mas sim que goste de uma amargura que se pode chamar de mortal no sentido de absoluta e interminável. Se escolheres viver bem aqui, não serás enviado às penas eternas. Aqui não podes escolher não morrer, em quanto vives escolhe o não morrer eternamente (Santo Agostinho).

Reflexão

Materialismo ateu (sobre o marxismo)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje continua vigente a problemática que o “marxismo” deixou atras de si: a dissolução das certezas primordiais do homem sobre Deus, sobre si mesmo e sobre o universo. Definitivamente a dissolução da consciência dos valores morais intangíveis. E esse é o “inimigo” que devemos temer, porque mata a alma.
A autêntica catástrofe que o marxismo nos deixou não é de natureza económica; mas o “des-encaminhamento” das almas, a destruição da consciência moral. Um problema essencial do nosso tempo é que nunca se discuta o naufrágio económico –e por isso os antigos comunistas tornaram-se liberais na economia, sem dúvida- e por outro lado a problemática moral e religiosa, que é do que na realidade se tratava, é ignorada quase por completo.
—Os sistemas comunistas naufragaram pelo seu falso dogmatismo económico. Mas, Senhor, não permitas que esqueçamos tão facilmente que o materialismo ateu sucumbiu ainda mais profundamente pelo desprezo dos direitos humanos, ignorando-Te a Ti.

Meditação

Quando os discípulos começassem a anunciar abertamente o Evangelho, viriam as perseguições de todo tipo. Para animá-los, Jesus começou chamando-os de “amigos”. Não deviam temer os poderes que se oporiam ao Evangelho, pois o máximo que poderiam fazer era matar o corpo. Não poderiam matar as ideias, nem impedir que o poder de Deus realizasse a transformação que decidiu fazer. Ninguém pode “matar” o amor.
Oração
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus revela que Deus cuida de todos e de cada um de nós


Hoje Jesus quer transmitir-nos paz e esperança. Ele sabe que em nossas vidas haverá dificuldades, inclusive até topar com alguns «dos que matam o corpo», ou seja, gente que pode maltratar-nos ou menosprezar-nos. Jesus nos anima: «não temas, não podem fazer mais».
—Não podem fazer mais porque o Deus Ressuscitado sempre está presente. E, porque vive ressuscitado para sempre, nem um de nós cai no esquecimento ante Ele. Você não sabe quantos cabelos tem; Jesus sim o sabe!

Meditando o evangelho

NÃO SE DEIXAR CORROMPER

O mau exemplo tem um terrível poder contaminador. É preciso estar atento para não se deixar levar. Os discípulos de Jesus foram alertados a não imitar o procedimento dos fariseus, cuja hipocrisia era bem conhecida.
O Mestre insistiu na inutilidade de viver uma dupla vida, como acontecia com os fariseus, os quais escondiam sua corrupção interior atrás de uma fachada de piedade. Atitude inútil e ridícula porque quem engana o seu semelhante, não consegue enganar a Deus. Por outro lado, haveria de chegar a hora em que as coisas escondidas seriam reveladas pelo Pai do Céu e, então, apareceria a verdadeira identidade dos fariseus. A hipocrisia, pois, não valia a pena. O exemplo dos fariseus não devia ser seguido. Entretanto, não é fácil manter distância do mau exemplo.
A perseguição virá na certa! É preciso que os discípulos superem o medo da morte, tornando-se livres diante dela. Só Deus merece ser temido, pois em suas mãos está a destino eterno de todas as criaturas. Ele é o Senhor da vida e da morte. O máximo que os inimigos poderão fazer será tirar a vida física dos discípulos. Nada mais!
O discípulo permanece sempre atento. Portanto, quando recusa seguir algum mau exemplo é porque deseja ser fiel ao Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, livra-me de seguir os maus exemplos, nem permitas que eu imite quem se comporta de maneira incompatível com a vontade do Pai.
Fonte: Dom Total em 20/10/2017 15/10/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quem tem medo do Lobo Mau...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Assim dizia o refrão desta música infantil, cantada dentro da história, pelos três porquinhos Cícero, Prático e Heitor, que se organizaram para enfrentar o Lobo Mau... O refrão era uma forma de encorajamento. Quem não tem medo de algo, não é humano, pois o temor faz parte da natureza humana e todo Herói destemido sem o seu ponto fraco, ou como se diz, o seu calcanhar de Achiles.
Jesus diz abertamente a seus discípulos nesse evangelho, que o Mal, no caso, a hipocrisia dos Fariseus, cedo ou tarde será desmascarado, pois não resistirá ao Bem. A insegurança e o medo fazem parte da vida na pós modernidade e em nosso dia a dia, quantas situações em que nos sentimos inseguros e impotentes, a mercê das Forças do Mal. São assaltos, violência contra as pessoas, atentados, ideologias contrárias ao evangelho, mortes e assassinatos, crimes hediondos, chacinas, a violência no trânsito, nos estádios esportivos, brigas entre gangues, violência policial, e vai por aí afora, isso tudo fora as intempéries do tempo e do planeta, que apenas responde ás agressões que o homem lhe faz. A verdade é que, todo dia o mundo pode acabar, para alguém, por uma dessas circunstâncias.
O que Jesus coloca nesse evangelho é o perigo de termos um medo exagerado das Forças do Mal, e recuarmos diante dele, entregando os pontos, como se diz, quando se deixa de lutar, e se reconhece a vitória e a supremacia do "outro". Na vida de um cristão isso jamais deveria ocorrer!
Simplesmente porque, o Bem que parece oculto e fragilizado em nossa sociedade, vai atingir a sua plenitude no Reino definitivo, pois o Mal já perdeu o primeiro Round quando Jesus calou o mundo com o seu supremo gesto de amor, ao morrer na cruz do calvário.
Não acreditar nesse Bem, é loucura da parte do homem, pois a busca desse Bem, que só se encontra em Jesus Cristo, é que dá pleno sentido á nossa Vida. e nada há de mais valioso neste mundo, do que esse dom. Guardar do Fermento dos Fariseus, é justamente não dar trela aos valores, ideologias, usos e costumes ditados pela Pós modernidade, e que contrariam os valores do evangelho de Cristo.
Quem entrar nessa onda, e viver em função desse imediatismo, sem considerar a escatologia que irá mostrar quem é o verdadeiro vencedor, é sem dúvida alguma embarcar em uma canoa "furada", é deixar a estrada e pegar o atalho, que não levará a lugar nenhum...

2. Cuidado com o fermento dos fariseus - Lc 12,1-7
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Cuidado com a hipocrisia dos fariseus. É como fermento.” “Não há nada de oculto que não venha a ser conhecido.” “Não tenham medo de quem só pode matar o corpo.” Jesus se dirige particularmente aos discípulos, para que não se deixem contaminar pela hipocrisia dos fariseus; saibam que a Palavra que parece oculta será proclamada nos telhados, e que eles valem muito aos olhos de Deus. Não tenham medo de nada. A duplicidade de vida não é tão extraordinária entre os seres humanos, mesmo entre os que praticam alguma religião. Os discípulos também podem ser hipócritas. A Palavra de Deus revelará a hipocrisia humana. O anúncio do Evangelho incomodará quem não busca a verdade. O discípulo sincero enfrentará sem medo os contratempos da missão, com a certeza de que Deus o vê e dele cuida.
Fonte: NPD Brasil em 15/10/2021

HOMILIA DIÁRIA

A fé que nos motiva

Postado por: homilia
outubro 19th, 2012

Irmãos e irmãs, o Evangelho nos causa admiração, encantamento e responsabilidade. Diz o Evangelho de São Lucas que as pessoas procuravam Jesus com grande ardor: “milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros” (Lc 12,1-7). E Jesus procurava corresponder a todos, com a ajuda dos apóstolos e discípulos mais próximos.
Mas qual será o motivo de tanto esforço? Fanatismo? Mais um messianismo judaico? Ou uma reação própria de quem encontra um manancial no meio do deserto? Ele o é de fato e ainda mais: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” (Jo 7,38).
Na sequência do registro bíblico, demonstra-se o quanto que o crescimento experimentado pelas pessoas com Jesus diferenciava do notório fermento dos fariseus – composto de hipocrisia – o qual nada comunica de esperança aos corações ressequidos. (cf. Lc 12,1).
Não convém esperarmos o dia do Juízo particular ou final para termos certezas profundas disto (v. 3), mas precisamos abraçar aquilo que é próprio deste tempo de graça proclamado e inaugurado pelo Papa Bento XVI: “o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
No mistério da Sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. At 5,31). É tempo de voltarmo-nos à fonte da Água Viva com desejo de exclamar, na experiência, aquilo que os santos – como Santa Catarina de Sena – dizia: “O Senhor insaciavelmente me sacia!”. Isto porque os santos descobriram que no tempo a experiência de fé no Senhor precisa ser constante, ou seja, até a eternidade.
É o mesmo que dizer: “Conversão é e será para toda a vida!” Que bom, que graça! Que responsabilidade marcada pelo temor: “Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno” (Lc 12,4). Mas motivada pelo amor, daquele que encontrou o Deus Verdadeiro, o qual nos conhece profundamente, valoriza as nossas escolhas e não nos quer amedrontar mas, na certeza de fé, afirmar que somos amados.
N’Ele encontramos o nosso real valor: “Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais” (v. 7). Portanto, o Ano da Fé precisa ser para nós – Igreja Católica – uma ótima oportunidade de testemunhar aos corações sedentos, a fonte única capaz de corresponder à sede de Céu presente em todos nós.
Tempo de testemunho, alegria e esperança, confiança e empenho: “com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus” (Heb 12,2).
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 19/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos fermentados pela graça de Deus

A graça do Evangelho nos forma e orienta, a cada dia, para lutarmos e combatermos a hipocrisia

“Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” (Lucas 12,1)

A primeira coisa necessária é entender a importância do fermento, que leveda e dá consistência à massa. Sem a presença do fermento, a massa fica murcha, não tem o mesmo sabor.
Precisamos ser fermento no mundo, mas, primeiro, precisamos ser fermentados pela graça de Deus, pois é a graça d’Ele que nos dá consistência, que eleva o sentimento da alma e do coração e, acima de tudo, traz o sabor e o valor do Reino de Deus para nós.
Os discípulos de Jesus não podem ser outra coisa no mundo senão o fermento da graça divina, ou seja, levedar, sinalizar e ser a grande presença que faz a diferença.
Fico pensando na mulher que se dedica a fazer o pão, o bolo… Ficam até gostosos, mas não têm fermento! Olhamos para aquele bolo e está murcho, sem consistência, faltou o fermento.
O mundo de hoje está murcho, a vida de muitas pessoas murcharam, perderam a graça e a consistência por falta do bom fermento.
Meus irmãos e irmãs, precisamos ser fermentos na massa, no mundo que está contaminado por tantas maldades e coisas erradas. Resta-nos transformar este mundo pelo exemplo e pelo testemunho. No entanto, tomemos muito cuidado! A advertência de Jesus, no Evangelho de hoje, é: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”. Temos de cuidar para que o nosso fermento não seja contaminado pela hipocrisia, para que não seja um fermento hipócrita no meio do mundo em que vivemos.
É muito fácil ser hipócrita; é muito difícil ser autêntico e verdadeiro. A graça do Evangelho nos forma e orienta, a cada dia, para lutarmos e combatermos a hipocrisia. E o que é a hipocrisia senão aparentar ser o que não é? O que é a hipocrisia senão falar do que não vive? A hipocrisia é dizer uma coisa e viver outra. É verdade que nenhum de nós é perfeitos nem santo, mas é verdade também que precisamos querer ser perfeitos e santos.
Há coisas que não consigo viver como deveria, e não posso ser hipócrita ao dizer que é errado o que é certo. Eu sei que há coisas que eu faço, que estão erradas e eu reconheço meu erro.
Peço a Deus que me ajude, auxilie-me e direcione a minha vida. E não é porque eu estou tendo essa prática errada, que ela é exemplo para os outros. Não! A minha prática errada está errada. Corrija-se. Tome cuidado. Reveja a sua vida. Lute. Combata. Não podemos levantar uma placa e dizer: “Viva isso. É assim mesmo. Eu nasci assim, vou morrer assim”.
Não deixemos que o fermento da hipocrisia conduza nossa vida. Não sejamos para outros exemplos dessa mesma prática. Com a humildade, a graça de Deus nos ajuda, mas com orgulho a hipocrisia só nos incha e faz viver cada vez mais orgulhosos e soberbos. Deus não nos quer orgulhosos nem soberbos, mas quer que vivamos, acima de tudo, a luta pela santidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Tomemos cuidado com o fermento da hipocrisia

“Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido.” (Lucas 12,1-2)

Quando Jesus nos adverte de que precisamos tomar cuidado, é porque precisamos nos cuidar, é porque, conhecendo-nos como nos conhece, Ele sabe das nossas fragilidades, sabe que estamos sempre na berlinda, no perigo de cairmos. E o pior é que, muitas vezes, já caímos e nem percebemos que estamos no chão, sobretudo, se caímos no pecado e no comportamento terrível da hipocrisia.
O hipócrita não se enxerga, ele enxerga os outros, o erro dos outros, o pecado dos outros, o problema dos outros, mas o próprio erro ele não enxerga, e o pouco que ele vê, é mal, ele vê apenas como uma coisa pequena e insignificante, tanto que o pecado do outro é grande, mas o dele é uma fraqueza. Para o erro do outro, ele é duro e veemente, mas para consigo ele dá um alívio. Então, é preciso cuidar mesmo, porque a hipocrisia é um fermento que leveda a massa, dá-lhe consistência; e se nos conformarmos com a hipocrisia, estamos vivendo a face mais escandalosa da fé e da nossa religião.

A nossa vida religiosa torna-se insossa, sem sentido e sem sabor se ela é fermentada pela hipocrisia

Em toda e qualquer situação humana, as aparências enganam, mas entenda que as aparências não enganam os outros somente, elas enganam primeiro quem vive delas, quem está passando uma vida se iludindo e enganando a si próprio. Uma pessoa que é enganada a respeito de si própria, é uma pessoa que não tem consistência, não tem profundidade, não tem vida plena, porque para manter as aparências tem que trabalhar. Sei que depois a pessoa se torna até profissional, torna-se uma coisa até muito normal mentir, iludir e enganar, porque ela parte sempre do pressuposto de que está fazendo um bem para ela e para os outros.
Não vivamos o engano, pois toda e qualquer instituição que está alicerçada na aparência cai em ruínas. Não viva um casamento aparente, não viva uma amizade de aparências, onde tudo parece estar bem, porque depois vai cair, vai tudo ruir. Não há nada escondido que depois não venha a ser conhecido.
A indecência da política, da administração em vários âmbitos da vida pública, é querer viver da hipocrisia, é viver de aparências, e toda religião que vive de aparência e de hipocrisia está condenada ao fracasso. Então, a nossa vida religiosa torna-se insossa, sem sentido e sem sabor se ela é fermentada pela hipocrisia. Mas se ela é fermentada pelo amor e pela verdade, passamos pelas provações, pelas provações, pelas dificuldades, mas subsistimos, porque o nosso alicerce é a verdade. É por isso que temos que estar sempre alicerçados no Senhor, e não nas mentiras e ilusões, inclusive religiosas, que muitas vezes estão permeando a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/10/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer, com confiança e gratidão, os dons que nos ofereces: a nossa Vida, esta terra encantada que criaste para nós, e a fé que nos enche de alegria e esperança de chegarmos, um dia, ao teu Reino de Amor para recebermos o teu abraço eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a alegria, a leveza e a transparência próprias dos teus filhos. Só assim a tua luz que habita em nós vai brilhar e iluminar o caminho dos que peregrinam conosco nesta terra abençoada que já antecipa a felicidade do teu Reino de Amor. Nós te pedimos, Pai Amado, por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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