sábado, 27 de maio de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27 /05/2023

ANO A


Jo 21,20-25

Comentário do Evangelho

Permanecer em Cristo.

A vida do discípulo que Jesus amava está profundamente vinculada ao Senhor. Essa é a característica de todo discípulo: “permanecer em Cristo”. A cada um o Senhor trata de modo particular (v. 22), respeitando-lhe a liberdade. Na comunidade dos discípulos, comparações devem ser evitadas; o mais importante é o seguimento de Jesus (v. 22). O fundamental para o leitor é que as páginas do livro que ele lê é fruto de um testemunho de fé verdadeiro (v. 24). Verdadeiro também porque nós, ouvintes e leitores do evangelho, podemos experimentar em nós os efeitos do que transmitiu com o seu livro. O muito que ele nos transmitiu nos faz viver na alegria da fé, através da qual experimentamos a vida de Deus em nós (vv. 24-25). A riqueza insondável do que Jesus ensinou e realizou não se encerra nas páginas do evangelho escrito (v. 25). Nem tudo foi retido da tradição oral, é verdade, mas o Ressuscitado continua a agir, a ensinar e instruir os seus discípulos, por seu Espírito que habita em nós.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, como o discípulo amado, desejo estar perto de Jesus e ser amado por ele. Seja o testemunho deste amor suficientemente forte para atrair muitos outros discípulos para ele.
Fonte: Paulinas em 07/06/2014

Vivendo a Palavra

Assim termina o Evangelho partilhado pela comunidade de João. A partir daqui, cabe a cada um de nós pedir a Luz do Espírito Santo para que, nas sucessivas releituras que fizermos do texto, mergulharmos sempre mais profundamente no Mistério do Cristo que se fez carne em Jesus de Nazaré e possamos segui-lo pelas estradas da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

Assim termina o Evangelho partilhado pela comunidade de João. A partir daqui, cabe a cada um de nós pedir a Luz do Espírito Santo para que, nas sucessivas releituras que fizermos do texto, mergulhemos sempre mais profundamente no Mistério do Cristo que se fez carne em Jesus de Nazaré e possamos segui-lo pelas estradas da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/05/2020

Reflexão

O testemunho dos discípulos de Jesus é sempre verdadeiro, uma vez que, assistidos pelo Espírito Santo, que nos revela a plenitude da verdade, realizam a sua missão. E esse testemunho deve ser de tal modo que convença todas as pessoas a respeito de Jesus, caminho, verdade e vida, e as leve a dar a ele uma resposta positiva de adesão ao seu projeto de amor para se tornarem, conosco, verdadeiras testemunhas dele e operários do seu projeto. Assim, cada vez mais o Reino cresce no meio de nós, o mundo é transformado de acordo com os valores pregados por Jesus, e as obras dele continuam acontecendo.
Fonte: CNBB em 07/06/2014

Reflexão

Dois aspectos sobressaem desta conclusão do quarto evangelho: o seguimento a Jesus e o testemunho sobre ele. Pedro e nós precisamos aplicar todas as nossas energias e atenção em seguir a Jesus. Corremos o risco de desviar-nos do caminho certo, mesmo ocupando- nos com fatos que parecem bons ou inofensivos. Jesus nos puxa para a realidade: “Trate de me seguir”. O “discípulo que Jesus amava” dá testemunho, por escrito, de tudo o que viu e ouviu a respeito de Jesus. A comunidade cristã, que acrescentou esta breve conclusão ao evangelho, afirma com segurança a respeito do seu autor: “Nós sabemos que o testemunho dele é verdadeiro”. Desse modo, o evangelho chega até nós, com a força de iluminar e transformar a nossa vida pessoal e a vida das comunidades cristãs de todas as épocas e lugares.
Oração
Ó Jesus, vivo e atuante entre nós, voltas a convidar Pedro para te seguir, sem distrair-se com o futuro do companheiro, o discípulo amado: “Trate de me seguir”. Renova, Senhor, também para nós, o convite para te seguirmos mediante profunda comunhão contigo e incondicional amor aos irmãos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 30/05/2020

Reflexão

A relação de cada discípulo com o Mestre é pessoal e irrepetível. Essa realidade deveria ser muito tranquila, mas, em geral, não é. O ser humano tende, com muita facilidade, a comparar-se e a comparar as relações estabelecidas, e, com isso, o ciúme, a inveja e aspectos que envolvem a autoestima podem se tornar um grande problema. De maneira simples, poderíamos dizer que o ideal é que cada um cuide, sim, da própria vida e caminhada, que tenha muito cuidado ao considerar a vida do outro e, sobretudo, que tenha cuidado com o que diz e com o que diz ter ouvido sobre o outro. Um gesto impensado ou palavra mal dita pode, sim, comprometer e destruir a vida de alguém. É óbvio que não somos chamados a viver isolados ou indiferentes, mas de maneira madura e inteira quanto às exigências do seguimento de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 04/06/2022

Reflexão

Todos são convidados a seguir Jesus, mas nem todos do mesmo modo. Pedro dará glória a Deus pelo martírio; João o fará por uma longa vida dedicada ao anúncio do Evangelho. Não é tarefa nossa controlar a missão de nossos irmãos. Isso compete ao Senhor, que conhece os corações e as capacidades de seus discípulos e discípulas. A nós, cristãos, com base no testemunho dos apóstolos, cabe dar testemunho da vida e obras de Jesus. O quarto Evangelho termina reconhecendo que tudo o que foi escrito a respeito de Jesus é muito pouco em proporção ao que ele realizou. Porém, o que foi escrito é testemunho autêntico do discípulo amado a favor de Jesus e de seu Reino, e suficiente para manter vivas e animadas as múltiplas comunidades de irmãos que vão surgindo pelo mundo afora.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«As pôs por escrito. Nós sabemos que seu testemunho é verdadeiro»

Rev. D. Fidel CATALÁN i Catalán

(Terrassa, Barcelona, Espanha)


Hoje lemos o fim do Evangelho de São João. Trata-se propriamente do final do apêndice que a comunidade joânica adicionou ao texto original. Neste caso é um fragmento intencionalmente significativo. O Senhor Ressuscitado se aparece aos seus discípulos e os renova em seu prosseguir, particularmente a Pedro. Após este ato situa-se o texto que hoje proclamamos na liturgia.

A figura do discípulo amado é central nesse fragmento e até mesmo em todo o Evangelho de São João. Pode referir-se a uma pessoa concreta –o discípulo João- ou também pode ser a figura, atrás da qual, pode situar-se todo discípulo amado pelo Mestre. Seja qual for seu significado, o texto ajuda a dar um elemento de continuidade à experiência dos Apóstolos. O Senhor Ressuscitado assegura a sua presença naqueles que queiram serem seguidores.

«Se eu quero que ele permaneça até que eu venha» (Jo 21,22) pode indicar mais esta continuidade que um elemento cronológico no espaço e no tempo. O discípulo amado se converte em testemunha de tudo isso, na medida em que é consciente de que o Senhor permanece com ele em toda ocasião. Esta é a razão pela qual pode escrever e sua palavra é verdadeira, porque glosa com a sua pena a experiência continua daqueles que vivem sua missão no meio do mundo, experimentando a presença de Jesus Cristo. Cada um de nós pode ser o discípulo amado, na medida em que deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, que nos ajuda a descobrir esta presença.

Este texto nos prepara para celebrar amanhã, domingo, a Solenidade de Pentecostes, o Dom do Espírito: «E o Paracleto veio do céu: o custódio e santificador da Igreja, o administrador das almas, o piloto dos náufragos, o faro dos errantes, o árbitro dos que lutam e quem coroa aos vencedores» (São Cirilo de Jerusalem).

Pensamentos para o Evangelho de hoje


- «Aqueles dias, queridos irmãos, que passaram entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão não se perderam à toa, mas durante eles foram confirmados grandes sacramentos, grandes mistérios foram revelados» (São Leão Magno)


- «Ainda hoje é árduo o seguimento de Cristo; significa aprender a ter o olhar de Jesus, A conhecê-lo intimamente, a ouvi-lo na Palavra e a encontrá-lo nos sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade com a sua» (Bento XVI)


- «O discípulo de Cristo, não somente deve guardar a fé e viver dela, como ainda professá-la, dar firme testemunho dela e propagá-la: ‘Todos devem estar dispostos a confessar Cristo diante dos homens e a segui-Lo no caminho da cruz, no meio das perseguições que nunca faltam à Igreja’ (Concílio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.816)

https://evangeli.net/evangelho/feria/2023-05-27


Recadinho


Meditemos! Deus nos criou por Amor. Por Amor se fez ser humano igual a nós. Por Amor enviou o Espírito que nos santifica. Por Amor Jesus permanece conosco na Eucaristia. Como a Pedro Ele nos pergunta se o amamos de verdade, de coração sincero!

Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Fonte: a12 - Santuário Nacional em 07/06/2014


Meditação


“Se quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” Jesus anunciara a Pedro como haveria de morrer por ele. Mas Pedro queria saber o que haveria de acontecer com o outro discípulo. Jesus recusou-se a responder. O importante era apenas que Pedro o seguisse, o resto não era de sua conta. Certamente que também nós, muitas vezes, tenhamos merecido a mesma resposta de Pedro. Temos curiosidades inúteis: “Que te importa isso? Tu, segue-me!”

Oração

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=27%2F05%2F2023&leitura=meditacao


Meditando o evangelho


NAS MÃOS DO SENHOR


A profissão de fé no Ressuscitado exige do discípulo entregar-se totalmente em suas mãos. Este não se julga dono da própria vida. Ela pertence ao Senhor, a quem compete determinar-lhe os rumos. Pode-se definir o discípulo como aquele que coloca toda a sua existência nas mãos do Senhor, deixando-se guiar por ele com total docilidade, e buscando, em tudo, realizar o seu projeto. O querer do discípulo confunde-se com o querer do Senhor, não lhe sendo pesado carregar este fardo.

A experiência de Pedro e do discípulo amado ilustram muito bem este tema. O impulsivo Pedro queria conhecer o destino reservado ao discípulo amado. E foi recriminado pelo Senhor: "Não lhe interessa saber o que reservei para ele; cuide você de fazer o que ordenei". A Pedro caberia uma sorte diferente. Bastava-lhe confiar ao Senhor os rumos de sua vida, e pôr-se a segui-lo.

Depois de optar pelo Mestre Jesus, o discípulo torna-se dócil e se deixa guiar por ele, quanto aos caminhos a serem trilhados, as tarefas a serem cumpridas, o Evangelho a ser proclamado, o testemunho a ser dado, as batalhas a serem travadas. O Senhor garante o destino do discípulo, junto do Pai, e, para lá, o conduz. E tudo isto o discípulo acolhe com alegria, feliz por estar em boas mãos.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Oração

Espírito que me conduz, quebra todas as resistências que me impedem de ser guiado pelo Senhor, tornando-me dócil a seu amor benevolente.

Fonte: Dom Total em 07/06/2014 30/05/2020


Oração

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Dom Total em 07/06/2014


Meditando o evangelho


Nesta conclusão do Evangelho, o autor, que se identifica com "o discípulo que Jesus mais amava", após a afirmação da primazia de Pedro, reafirma o dom da vida eterna a este discípulo com a "permanência" após a morte. O texto faz uma clara distinção entre o "morrer" e o "permanecer". A morte é passageira, porém a permanência no amor, em Jesus e no Pai, é eterna. Para fortalecimento da fé dos leitores, o autor garante que é testemunha de todas as coisas narradas. E encerra com um gracioso exagero retórico helenístico, asseverando que Jesus fez ainda muitas outras coisas que não estão escritas. A tradição identificou este discípulo com João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu. Contudo, pode-se pensar que este Evangelho tenha sido elaborado em uma comunidade de discípulos deste João.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Oração

Que a nossa fé, pela força do amor, seja capaz de nos fazer seguir fielmente Jesus, testemunhar a sua Palavra e trabalhar pela concretização do seu Reino em nosso meio.

Fonte: Dom Total em 04/06/2022


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


1. Autenticidade dos escritos joaninos e aceitação da comunidade

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)


Qualquer leitor do Novo Testamento percebe que o evangelho de João é totalmente diferente dos sinóticos. Considerando-se que os evangelhos são frutos de uma experiência de vida das comunidades, conclui-se que a Comunidade Joanina era atípica e as desconfianças eram muitas, falava-se em Gnosticismo, por causa do modo de João escrever sobre Jesus, usando uma alta Cristologia que realçava sua Divindade. O fato é que esse capítulo 21, que foi acrescentado ao evangelho quando João já tinha morrido, atesta a autenticidade do evangelho, e aceita no seio da Igreja essa comunidade Joanina, que tinha captado na essência o que era o verdadeiro cristianismo.

A pergunta de Pedro a Jesus, "Senhor, e este, o que será dele?" demonstrava a desconfiança que a Igreja Tradicional de Jerusalém tinha em relação a essa comunidade. Era como se perguntasse, "Podemos confiar nessa comunidade de João? O que será que vai acontecer com ela?".

A resposta de Jesus a Pedro "Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha?", pode ser vista como uma alusão a autenticidade da comunidade, que faz parte da Igreja e com ela permanecerá até a sua volta. Mas não é só isso, o próprio texto traz uma razão muito simples para confirmar a autenticidade do escrito Joanino: o autor era íntimo de Jesus, e na última ceia estava com a cabeça recostada em seu peito (sinal de intimidade), portanto quem viveu essa experiência tão íntima com Jesus amando-o e sentindo-se amado, pode escrever com autoridade sobre Jesus, da mesma forma que Jesus fala do Pai, porque com Ele está intimamente unido pelo Amor. E uma afirmação Joanina poderia concluir essa reflexão "Deus é amor... Só quem ama pode dizer que conhece a Deus..."

Muito mais do que simplesmente comprovar a autenticidade do escrito joanino, esse evangelho ensina que a única forma de conhecer a Deus e viver em comunhão com ele, para que possamos falar dele com conhecimento de causa, é Vivermos no Amor., exatamente como o evangelista João que fez essa experiência profunda da essência de Deus que é o Amor.


2. Senhor, quem é que vai te entregar? - Jo 21,20-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Chegamos ao termo das festas pascais. Que toda a nossa vida seja um testemunho fiel do Senhor Ressuscitado. Dois pontos para nossa meditação às vésperas de Pentecostes. “Seguir” é o verbo do discípulo. Nem tudo o que Jesus fez e ensinou está na Bíblia, que é a revelação escrita. As últimas palavras de Jesus a Pedro foram: “Tu, segue-me”. Pedro é, em primeiro lugar, discípulo, seguidor do Mestre. Todos os que seguem Jesus formam um só corpo sem distinções, porque a vida e a vocação de todos consistem em “seguir Jesus”. E o redator do Quarto Evangelho termina sua obra dizendo que não escreveu tudo o que Jesus fez. Se tudo o que Jesus fez fosse escrito, o mundo seria pequeno para comportar todos os livros. A revelação é feita por escrito e pela boca, pela Bíblia e pela tradição. Não ande atrás de ilusões, de vaidades passageiras, de si mesmo. Ande atrás de Jesus, que caminha à sua frente.
Fonte: NPD Brasil em 30/05/2020

HOMILIA

JESUS E O OUTRO DISCÍPULO

Estamos diante de uma forte e verdadeira harmonia entre o mestre que chama e convida e Pedro que reconhecendo a sua falha, o seu pecado em ter negado, traído e ter entregue à prisão se assim podemos dizer o seu Senhor. Depois de termos testemunhado a tríplice chamada Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?e o quanto Jesus o confirma na sua missão, apascenta as minhas ovelhas. Quando tu eras criança, tu mesmo te aprontavas e ias para onde querias. Mas eu te digo que isto é verdade: quando fores velho, tu estenderás as mãos, alguém te cingirá a cintura e te levará para onde tu não quererias ir. No de hoje, ante a preocupação de Pedro sobre o futuro de João, Jesus simplesmente responde: tu vens e segue-me!
Primeiro vemos a decisão do mestre em apostar na pessoa de Pedro e depois, a preocupação de que a pessoa que é chamada não pode olhar para o sim dos outros. É necessário que cada um responda o seu sim. Pois assim como o chamamento é pessoal assim o é também a resposta.
Muitas pessoas gostam de dizer “ eu vou ajudar, ou trabalhar, vou contribuir se o fulano ou fulana participarem. Todas as vezes que assim pensares quer no teu coração, quer falando Jesus te responde como à Pedro: Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que te importa? Tu vem e segue-me! Ele quer que tu diga, sim e como Pedro reabilites a tua sua tríplice confissão de fé a Jesus. Até porque o discípulo que Jesus amava esteve sempre presente e fiel até ao pé da cruz. Neste texto que é o final do Evangelho de João, é recordado o discípulo amado – João – como modelo dos seguidores de Jesus. O discípulo amado é aquele que também ama e, por amar, conduz as pessoas a Jesus.
Neste texto Jesus quer que nós façamos uma clara distinção entre o morrer e o permanecer. A morte é passageira, porém a permanência no amor, em Jesus e no Pai, é eterna. Para fortalecimento da fé dos leitores, o autor garante que é testemunha de todas as coisas narradas.
O que o texto diz para mim, hoje? Posso me comparar a João? Amo a Jesus e levo outras pessoas por este mesmo caminho? O que o texto me leva a dizer a Deus? Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Meu novo olhar é aquele do: O compromisso missionário de toda a comunidade. Que sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reentroduzí-los na Igreja e convidá-los a novamente se envolverem com ela? Faça tua esta reflexão meu irmão e minha irmã! Pois a vida deste mundo é breve. Quanto mais dura menos dura! Só o amor no Pai, na pessoa de Jesus Seu Filho amado no poder do Espírito Santo teremos a vida eterna, ou seja, que permaneceremos vivos eternamente.
Senhor faça-me perceber as discriminações e exclusões que marcam a sociedade. Conduze meu olhar e ajuda-nos a reconhecer os nossos preconceitos. Ensina-nos a expulsar todo desprezo de meu coração, para que aprecie a alegria de viver na unidade. Amém.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Lurgia Diária Comentada2 em 07/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Temos sede de Deus, sede de amor, sede de eternidade!

Aquilo que o Evangelho de João diz é o que, de fato, nós queremos clamar, porque nós temos sede de Deus, sede de amor, de eternidade e de bondade!

“Aquele que crê em mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior” (João 7, 38).

Nós, hoje, queremos meditar sobre a Liturgia da Vigília de Pentecostes, toda a Igreja reunida para clamar o dom do alto, o dom do Espírito Santo, a grande promessa de Deus para Sua Igreja, a grande promessa de Deus para cada um de nós, a grande promessa de Deus para a nossa vida. “Sobre vós derramareis o meu Espírito“, afirma Jesus.
Aquilo que o Evangelho de João diz é o que, de fato, nós queremos clamar, porque nós temos sede – temos sede de Deus, sede de amor, sede de eternidade, sede de bondade; há uma secura dentro de nós. E nós, muitas vezes, queremos saciar e inebriar a nossa sede com aquilo que não sacia, com aquilo que não tira a nossa sede; muito pelo contrário, nos deixa cada vez mais sedentos e vazios. Quantos precisam se dirigir aos vícios, quantos precisam se dirigir a coisas que não levam a nada para saciar uma sede profunda que há na alma humana.
Jesus diz hoje a mim e a você: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7, 37).  Jesus é aquele que sacia a nossa sede. E de que forma o Senhor a sacia? Ele nos faz ficar inebriados nas fontes de água viva, a qual jorra para a eternidade. Jesus nos mergulha no Seu Espírito, Jesus nos deixa inebriados com Seu Santo Espírito e nos faz plenos e repletos d’Ele [Espírito Santo]. E como nós precisamos deste Espírito, precisamos d’Ele para continuar vencendo, para continuar lutando, para continuarmos em pé no seguimento de Jesus Cristo e não desanimarmos!
E uma vez que esse mesmo Espírito é derramado sobre nós, uma vez que nós nos encharcamos desse mesmo Espírito, rios de água viva jorram do nosso interior. E desses rios de água, que jorram de nós, brotam os frutos do Espírito que habitam em nós. O rio que jorra para todos os lados, esparrama água, esparrama o frescor e o vigor que vem dessa água pura, límpida que renova e faz novas todas as coisas!
Aquele que é cheio do Espírito está derramando o Seu Espírito, está jorrando para quem está do Seu lado e os frutos d’Ele: a alegria, a paz, o amor, a bondade, a generosidade, a afabilidade, a caridade, a temperança e tudo aquilo que nós conhecemos da vida nova que o Espírito faz brotar em nós.
Que hoje permaneçamos unidos na oração, na súplica para que seja revigorada em nossa vida essa graça original do batismo que recebemos do Espírito Santo de Deus.
Deus deseja que de mim e de você brote um rio de água viva para saciar a fome e a sede do mundo; para saciar a sede da nossa casa, da nossa família e dos nossos. Essa sede precisa ser saciada na fonte que brota do coração de Jesus.
Ó rio de água viva, ó Espírito Consolador, que faz novas todas as coisas, vinde ao nosso encontro, vinde em nosso socorro, vinde em nosso auxílio e fazei jorrar de nós essa graça para todos os lados.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

O Espírito Santo age no silêncio

“Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo” (At 28,30-31).

Estamos às vésperas de Pentecostes. Celebraremos a graça de Pentecostes na grande Vigília desta noite, e o prometido do Pai, que é o Seu Espírito, é dado a nós.
A reflexão da Liturgia de hoje chama-nos à atenção para essa parte final dos Atos dos Apóstolos onde Paulo está recolhido. Aquele Paulo, homem cheio do Espírito Santo, da ousadia e da coragem; Paulo que foi preso, abatido, que foi julgado e condenado. Paulo estava há dois anos numa casinha alugada, vivendo no seu cantinho, mas cheio do poder do Espírito.
É importante entendermos isso: a ousadia do Espírito não é só quando reunimos multidões ao redor de nós, quando milhares de pessoas estão clamando; é uma graça, é o Espírito de Deus agindo, mas Este age também no recolhimento, no silêncio, age naquele que está diante da presença d’Ele com a mesma coragem, ousadia, com o mesmo destemor e parrésia.

No silêncio da sua casa, no recolhimento do seu canto, viva a ousadia do Espírito Santo

Temos tantos exemplos, no mundo, de pessoas que viveram a ousadia de pregar o Evangelho, mas, depois, se dedicaram ao silêncio de serem conduzidos pelo Espírito.
Olho o recolhimento do amado Papa Bento XVI, que fez tanto bem à Igreja, mas está como Paulo recolhido no seu canto. Olhemos quantos nos pregaram a fé, trouxeram-nos a fé. Olhemos para os nossos pais e avós, olhemos para nós, na situação que estamos vivendo, há uma pandemia no ar, mas o que não há e ninguém pode tirar é a parrésia do Espírito.
No silêncio da sua casa, no recolhimento do seu canto, onde quer que você esteja, viva a ousadia do Espírito.
Não entenda infusão do Espírito Santo com histerismo e gritaria; não confunda ser cheio do Espírito Santo com falar sem parar; não confunda ousadia do Espírito somente com entusiasmo frenético. É muito mais do que isso, o Espírito age na sobriedade, na serenidade e na seriedade da vida no silêncio, mas que se deixa embebedar, encher-se e embriagar-se da graça do Espírito.
Como Paulo, que falou a tantos, mas agora fala a um e a outro na mesma ousadia, no mesmo poder, no mesmo dom do Espírito, é esse Espírito que todos nós clamamos e desejamos para viver não na euforia, mas na intimidade na qual Ele transforma a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Fonte: Canção Nova em 30/05/2020


HOMILIA DIÁRIA


Jesus quer expulsar todo o mal do seu coração


“Naquele tempo, Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: ‘Senhor, quem é que te vai entregar?’. Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: ‘Senhor, o que vai ser deste?’” (João 21,20-21).

Veja, meus irmãos e minhas irmãs, a curiosidade de Pedro — curiosidade essa que, muitas vezes, está presente dentro de mim e de você. Quando olhamos para a figura de Pedro, em alguns momentos, temos alguma repulsa aos seus comportamentos, muitas vezes nos alegramos, espantamo-nos, maravilhamo-nos com alguns comportamentos de Pedro, com as suas falas, mas, na verdade, Pedro está dentro de cada um de nós.
Também trazemos cinquenta por cento dessas realidades: luzes e trevas; perfeição e imperfeição; santidade e pecado. Encontramos, dentro de nós, essas realidades, coisas tão preciosas, coisas lindas e maravilhosas que Deus faz na nossa vida. Mas, muitas vezes, encontramos tantos comportamentos infantis, tantos comportamentos pecaminosos, tanta imaturidade no nosso coração. Mas o Senhor caminha conosco, assim como fez com Pedro.
A Palavra diz que Pedro viu João, e ele foi tentado a colocar os olhos na vida e no destino de João. Pedro foi tentado justamente com aquele mal que, muitas vezes, quer opinar na vida do outro; quer, muitas vezes, dar regras e dizer o que fazer, mas para o outro, não para si mesmo. Aquele mal — digamos assim — que vivemos há muitos anos: o mal de espiar a vida do outro. “É só uma espiadinha, não tem nada de mal”. Enquanto isso, esquece-se da própria vida. “É só uma fofoquinha”, “É só um comentário”, mas isso é tão terrível na nossa vida cristã, na nossa vida moral, porque vamos nos esquecendo das nossas imperfeições e vamos cuidar da vida do outro. Isso é terrível!

Jesus, na força da Sua ternura e do Seu amor, quer converter o meu e o seu coração

Esse mal Jesus quis expulsar do coração de Pedro, tanto é que a sua resposta é: “A ti, o que te importa?”. “A você somente, segue-me”, é o segmento e mais nada. A Pedro só bastava seguir Jesus e não pensar sobre a vida de João. Da vida de João se ocuparia Jesus, mas a vida de Pedro era ele quem tinha que tomar nas mãos, a sua vida e o seu destino.
Aqui temos, mais ou menos como pano de fundo, aquela ferida lá de trás, de Caim e Abel, quando Caim colocou os olhos da inveja na oferta do seu irmão Abel, e esqueceu-se de colocar-se diante de Deus aos olhos d’Ele.
A ferida do ciúme, a ferida da inveja, aquela ferida terrível da comparação, de nos compararmos uns com os outros. Mas qual é a cura para essa ferida? Seguir Jesus, estar perto d’Ele, buscar a santidade, deixar que a graça e a obra de Deus aconteçam, em primeiro lugar, aqui dentro, para que essas sementes do mal plantadas no nosso coração da inveja, do ciúme e da comparação não nos levem a criticar os nossos irmãos, a colocar os olhos sobre a vida dos nossos irmãos e esquecer de nós, a comentários maliciosos contra os nossos irmãos. Hipocrisia falar mal dos nossos irmãos pelas costas.
Usamos uma palavra muito interessante hoje: “detonar”. Detonar a pessoa, como se detona uma bomba, é, justamente, atrapalhar a vida do outro semeando a discórdia. Isso precisa ser expulso dos nosso coração.
Jesus, na força da Sua Palavra, na força da Sua ternura e do Seu amor, quer converter o meu e o seu coração para que nos ocupemos muito mais da nossa própria vida, do nosso caminho, e deixemos que da vida do outro se ocupe Deus, ocupe-se nosso Senhor.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Fonte: Canção Nova em 04/06/2022


Oração Final

Pai Santo, que na leitura do Evangelho nós não busquemos saber mais coisas, satisfazer a curiosidade sobre culturas antigas, mas que os textos sejam filtrados pelo Espírito e se transformem em normas de convivência fraterna com os homens e mulheres que nos deste como companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Arquidiocese BH em 07/06/2014


ORAÇÃO FINAL

Pai amado, que nas nossas buscas pelo Evangelho nós não pretendamos apenas conhecer mais fatos do passado, nem satisfazer a curiosidade sobre culturas antigas, mas que os textos sejam filtrados pelo Espírito e, absorvidos pelo nosso coração, eles nos inspirem e se transformem em normas de convivência fraterna com os homens e mulheres que nos deste como companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Arquidiocese BH em 30/05/2020


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