domingo, 7 de agosto de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 07/08/2022

ANO C


19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Lc 12,34

Lc 12,32-48

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunidos como pequeno rebanho, acolhamos o Senhor que nos faz vencer o medo, cingir nossos rins, acender nossas lâmpadas para estarmos vigilantes e em permanente prontidão para o serviço do Reino. Fazemos memória, hoje, dos ministros ordenados, que sejam fecundos cooperadores na propagação do Reino.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Reunidos como pequeno rebanho, acolhamos o Senhor que nos faz vencer o medo, cingir nossos rins, acender nossas lâmpadas para estarmos vigilantes e em permanente prontidão para o serviço do Reino. A Palavra que ouviremos e o pão da Vida que juntos repartiremos são o nosso verdadeiro e único tesouro que dá razão à nossa esperança em meio às inevitáveis lutas da vida. Nesta Eucaristia, agradeçamos ao Senhor o dom do ministério ordenado em sua Igreja, rezemos pelos nossos bispos, padres e diáconos, e para que o Senhor envie e santas vocações.

NÃO TENHAIS MEDO, PEQUENINO REBANHO

Com alegria celebramos o Dia do Senhor e manifestamos nossa fé no Mistério Pascal de Cristo que sempre nos renova e fortalece na missão. Iniciamos o mês vocacional, em comunhão com a Igreja no Brasil, um premente convite para que rezemos pelas vocações, promovamos este mandato do Senhor de rezar pelos bons operários e operárias na sua messe, e sejamos todos autênticos e fervorosos discípulos missionários, como Igreja a serviço do mundo. E para bem rezar e agir pelas vocações nos é proposto como tema: “Cristo vive! Somos suas testemunhas”, e como lema: “Eu vi o Senhor” (Jo 20,18). Neste primeiro domingo do mês vocacional vamos rezar de modo particular pela vocação dos ministros ordenados (diáconos, presbíteros e bispos).
A primeira leitura (Sb 18,6-9) recorda que na noite da libertação do povo hebreu se revela a sabedoria divina na história. Deus cumpriu as promessas feitas aos antepassados. O Senhor da história é sempre fiel ao projeto de vida e liberdade, encoraja e sustenta, mesmo quando o povo vive na escravidão. A liberdade é esperada “como salvação para os justos e como perdição para os inimigos” (v.7). A solidariedade, manifestada no texto, já expressa a libertação que se espera: “que os santos participem solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos” (v. 9).
O Evangelho (Lc 12, 32-48) pede que não tenhamos medo, somos o pequenino rebanho, “pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino” (v. 32). Nesta perspectiva se ressalta a ousadia dos que creem e acolhem o Reino de Deus, despojando-se de tudo, porque “onde está o vosso tesouro, aí estará vosso coração” (v. 34). Esta riqueza não se estraga, não perde o seu valor, não pode ser roubada. A parábola dos servos que esperam o seu Senhor mostra a vigilância e a prontidão, na certeza de que o Senhor vem, mas não se sabe quando. Vemos que o serviço é a única forma de vigilância na espera do Senhor que vem para servir, não para ser servido, Ele mesmo vai “fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá” (v. 37). À pergunta de Pedro (v.41), Jesus responde com a parábola do administrador fiel e prudente. Aos discípulos, e a nós, pequeno rebanho, foi dado o Reino de Deus. Por isso, “a quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” (v. 48). É nossa responsabilidade e compromisso.
A segunda leitura (Hb 11, 1-2.8- 19) nos mostra, de modo claro e incisivo, que “a fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca das realidades que não se veem” (v. 1). A fé é a força que impele a história do povo de Deus em direção a algo novo, sustentada na promessa do Senhor. Isto aconteceu com Abraão, Sara e tantos outros que se deixaram guiar pela fé. Os provados pela fé são como luzes ao longo do caminho e sua memória permite refazer as forças na tribulação e manter acesa a chama da esperança. Deus “preparou mesmo uma cidade para eles” (v. 16) e “tem poder até de ressuscitar os mortos” (v.19).
Que este mês vocacional possa aquecer o coração de todos para o despertar vocacional de toda a Igreja. A vocação é graça e missão. Jesus está vivo e nós somos suas testemunhas. Vivamos e testemunhemos com fé e amor nossa vocação.
Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ
Bispo auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

O Reino de Deus é o tesouro!

O Senhor sobe para Jerusalém. Não nos esqueçamos de que a subida tem uma função didática: enquanto sobe para a sua morte (cf. Lc 9,51), Jesus ensina e instrui os discípulos. Subindo para sua morte ele vai, por seus gestos e palavras, semeando a vida.
É bastante provável que o “atraso da parúsia” tenha criado na comunidade cristã primitiva um clima de desânimo e de laxismo. Isto pode ser verificado pela insistência e pelo espaço que o tema da vigilância ocupa no relato (vv. 35.40.43). Nosso texto é constituído por uma série de conselhos que Jesus dá aos discípulos; compreenda-se que eram os responsáveis pela vida da comunidade.
Trata-se de agir em conformidade com a vontade de Deus – isto é o essencial para a comunidade cristã. A história, nosso caminho para a pátria celeste, é o lugar do testemunho dos cristãos.
Antes de tudo é preciso ter presente que o Reino é dom de Deus e que, por isso mesmo, ninguém pode tirá-lo ou se apropriar dele como sendo seu. Daí que não há o que temer. Da comunidade é exigido não se dispersar, nem ser assimilada pelos bens terrenos, mas viver o valor fundamental de sua vocação: buscar o Reino de Deus. Este é o seu tesouro! Esta busca exige “vigilância” e, como toda busca, empenho para buscar, encontrar e realizar a vontade de Deus.
A comunidade cristã deve ser caracterizada pela disponibilidade cultivada pela iluminação da Palavra de Deus: “Ficai de prontidão, com o cinto amarrado e as lâmpadas acesas” (v. 35). O Senhor vem continuamente ao encontro do seu povo. A imprevisibilidade desse encontro exige a atitude religiosa da vigilância. É ela que possibilita viver a expectativa e o desejo permanentes desse encontro vital para a vida e o testemunho cristão.
Fonte: Paulinas em 11/08/2013

Vivendo a Palavra

Jesus mais uma vez pede que não tenhamos medo. A fé, que é o jeito de vivermos sem medo, se manifesta na fraternidade, na generosa partilha dos bens que recebemos do Pai Misericordioso, no cuidado e respeito que temos com os irmãos que Ele colocou em nosso caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus mais uma vez nos aconselha a não ter medo. A fé, que é o jeito de viver sem temores, manifesta-se na fraternidade – a realidade mais bonita! –, na generosa partilha dos bens que recebemos do Pai Misericordioso para administrar, e no cuidado e respeito que temos com os irmãos que Ele colocou em nosso caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2019

Reflexão

I. INTRODUÇÃO GERAL

A vigilância é uma atitude bíblica. A liturgia de hoje nos lembra a noite em que Deus libertou seu povo da escravidão do Egito – quando o anjo exterminador visitou as casas dos egípcios, enquanto os israelitas, de pé e cajado na mão, celebravam o Senhor pela refeição pascal. Estavam prontos para seguir seu único Senhor, que os conduziria através do mar Vermelho até o deserto (primeira leitura). Segundo o evangelho, a vigilância é também a atitude do cristão que espera a volta de “seu senhor”, o qual, encontrando seus servos a vigiar, os fará sentar à mesa e os servirá. Pois já fez uma vez assim, na ceia que precedeu o dom de sua vida (cf. Lc 22,27). Jesus é o Senhor servo.
Convém, portanto, abrir os olhos para a realidade que está ainda escondida por trás do horizonte, mas é decisiva para a nossa vida. Sintetizando o espírito da liturgia de hoje, poderíamos dizer: o mundo nos é confiado não como uma propriedade, mas como um serviço a um “Senhor” que está “escondido em Deus”, porém, na hora decisiva, se revelará ser nosso amigo e servo de tanto que nos ama, a nós e os que confiou à nossa solicitude vigilante. “Minha vida não é propriedade a que me apegar, mas dom a serviço de todos” poderia ser um lema adequado para esta celebração.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Sb 18,6-9)

Segundo Ex 12,42, Deus passou a noite em vigília para libertar Israel e por isso Israel lhe dedica a vigília pascal. Na primeira leitura de hoje, ouvimos a meditação do livro da Sabedoria sobre essa memória do povo. Sb 10,19 descreve a atuação da divina Sabedoria na história de Israel. Na “noite” (Sb 18,6) do êxodo, Deus castigou o Egito, fazendo morrer seus primogênitos; foi o juízo de Deus, para salvar Israel (Sb 18,14-19; cf. Ex 12,12.29). O texto lembra que os “pais” (os antigos israelitas) preparavam-se para essa noite (Ex 11,4-6), a noite da vigilância (Ex 12,42), celebrando Javé no escondido (Sb 18,9). Tal vigilância e fidelidade são tarefa para todas as gerações, até a libertação final.

2. Evangelho (Lc 12,32-48)

O evangelho “atualiza” a lembrança da vigília de Israel no tema da vigilância escatológica. A comunidade cristã era uma minoria vulnerável, um “pequeno rebanho” (12,32). Porém, a ela pertence o Reino, a comunhão com Deus. Nisso entram diversas considerações. Lembrando o ensino de Jesus sobre a riqueza (Lc 12,33-34; cf. domingo passado), o evangelho ensina que o discípulo deve estar livre, procurando só o que está guardado ou depositado (a tradução diz “tesouro”) junto a Deus. Os versos seguintes, Lc 12,35-48, ensinam então a vigilância (cf. primeira leitura): perceber o momento! Os servos devem estar prontos para a volta do seu Senhor, pois essa volta será o juízo tanto sobre os que estiverem atentos quanto sobre os despreocupados. E essa vigilância consiste na fidelidade no serviço confiado a cada um (cf. Mt 24,43-51; 25,1-13; Mc 13,35).
Lucas nos faz ver nossa vida em sua dimensão verdadeira. Vivendo no ambiente mercantilista do império romano, o evangelista vê constantemente o mal causado pelas falsas ilusões de riqueza e bem-estar, além do escândalo da fome (cf. 16,19-31). Se escrevesse hoje, não precisaria mudar muito. Ensina-nos a vigilância no meio das vãs ilusões.
A leitura continua com outras sentenças e parábolas referentes à parusia. Elas explicam, de maneira prática, o que a vigilância implica. Com a imagem do administrador sensato e fiel (12,42), Lucas ensina a cuidar do bem de todos os que estão em casa. Pela pergunta introdutória de Simão Pedro (12,41), parece que isso se dirige sobretudo aos líderes da comunidade. A vigilância não significa ficar de braços cruzados, esperando a parusia acontecer, mas assumir o bem da comunidade (cf. 1Ts 5). Lucas fala também da responsabilidade de cada um (12,47-48). Quem conhecia a vontade do Senhor e, contudo, não se preparou será castigado severamente, e o que não conhecia essa vontade se salva pela ignorância; a quem muito se deu, muito lhe será pedido; a quem pouco se deu, pouco lhe será pedido.
O importante dessa mensagem é que cada um, ao assumir no dia a dia as tarefas e, sobretudo, as pessoas que Deus lhe confiou, está preparando sua eterna e feliz presença junto a Cristo, que é, conforme Lc 13,37 e 22,27, “o Senhor que serve” (o único que serve de verdade). Cristo ama efusivamente a gente que ele confia à nossa responsabilidade. Não podemos decepcionar a esperança em nós depositada.
A visão da vigilância como responsabilidade mostra bem que a religião do evangelho não é ópio do povo, como Marx a chamou. A fé, vista na perspectiva do evangelho de hoje, implica até a conscientização política, quando, solícito pelo bem dos irmãos, se descobre que bem administrar a casa não é passar de vez em quando uma cera ou um verniz nos móveis, mas também, e sobretudo, mexer com as estruturas tomadas pelos cupins…
Tal vigilância escatológica não é uma atitude fácil. Exige que a gente enxergue mais longe que o nariz. É bem mais fácil viver despreocupado, aproveitar o momento… Pois, afinal, “quem sabe quando o patrão vai voltar?” (cf. Lc 12,45).

3. II leitura (Hb 11,1-2.8-19)

Para sustentar a atitude de ativa vigilância e solicitude pela causa do Senhor, precisamos de muita fé. Nesse sentido, a segunda leitura vem sustentar a mensagem do evangelho. Traz a bela apologia da fé de Hb 11: A fé é a esperança daquilo que não se vê. A fé é como que possuir antecipadamente aquilo que se espera; é uma intuição daquilo que não se vê (11,1).
Hb 11-12 é dedicado ao tema da fé. A fé olha para o futuro, como Abraão, como os israelitas no tempo do êxodo, como o discípulo que espera a vinda do Senhor; é esperança. Não deixa a pessoa instalar-se no presente. Este mundo não é o termo do caminho do ser humano. Deus preparou-lhe uma pátria melhor. O cristão é um estrangeiro neste mundo. Decerto leva este mundo a sério, mas isso se exprime exatamente no fato de ficar livre diante dele (o que não exclui o compromisso com os filhos de Deus neste mundo!).
Quando concebida como esperança vigilante, percebe-se o teor escatológico da fé. Ela não é, em primeira instância, a adesão da razão a verdades inacessíveis, mas o engajamento da existência no que não é visível nem palpável, porém tão real que pode absorver o mais profundo do meu ser. Hebreus cita toda uma lista de exemplos dessa fé, pessoas que se empenharam por aquilo que não se enxergava. O caso mais marcante é a obediência de Abraão e sua fé na promessa de Deus (11,8-19; cf. Gn 15,6). O texto continua: muitos deram a vida por essa fé, que fez Israel peregrinar qual estrangeiro neste mundo (11,35b-38). Mas o grande exemplo fica reservado para o próximo domingo: Jesus mesmo.
Se se procura uma leitura mais afinada com a primeira e o evangelho, pode-se considerar Ef 6,13-18, sobre “a armadura da fé”.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Viver para aquilo que é definitivo: O fim para o qual vivemos reflete-se em cada uma de nossas ações. A cada momento pode chegar o fim de nossa vida. Que esse fim seja aquilo que vigilantes esperamos, como os hebreus vigiaram na noite da libertação, preparados para sair da escravidão; então não será uma noite de morte e condenação, como foi para o empregado malandro surpreendido pela volta inesperada de seu patrão.
Preparemo-nos para o definitivo de nossa vida, aquilo que permanece, mesmo depois da morte. Essa é uma mensagem difícil para o nosso tempo de imediatismo. Muitos nem querem pensar no que vem depois; contudo, a perspectiva do fim é inevitável. Já outros veem o sentido da vida na construção de um mundo novo, ainda que não seja para si mesmos, mas para seus filhos ou para as gerações futuras. Assim como os antigos judeus depositavam sua esperança de sobrevivência nos filhos, essas pessoas a depositam na sociedade do futuro. É nobre. Mas será suficiente?
Jesus abre uma perspectiva mais abrangente: um “tesouro” no céu, uma vida guardada junto a Deus. Até lá não chega a desintegração a que diariamente assistimos. Mas será que olhar para o céu não desvia nosso olhar da terra? Não leva à negação da realidade histórica, desta terra, da nova sociedade que construímos? Ou será, pelo contrário, uma valorização de tudo isso? Com efeito, mostrando como são provisórias a vida e a história, Jesus nos ensina a usá-las bem, para produzir o que ultrapassa a vida e a história: o amor, que nos torna semelhantes a Deus. Esse é o tesouro do céu, mas ele precisa ser granjeado aqui na terra.
Tal visão cristã acompanha os que se empenham pela construção de um mundo novo, solidário e igualitário, a fim de suplantar a atual sociedade, baseada no lucro individual. Contudo, não basta simplesmente manter-se nesse nível material, por mais que ele dê realismo ao empenho do amor e da justiça. A visão cristã acredita que a solidariedade exercida aqui e agora, na história, é confirmada para além dela. Ultrapassa nosso alcance humano. É a causa de Deus mesmo, confirmada por quem nos chamou à vida e nos faz existir. À utopia histórica, a visão cristã acrescenta a fé, “prova de realidades que não se veem”. A fé, baseada na realidade definitiva que se revelou na ressurreição de Cristo, dá-nos a firmeza necessária para abandonar tudo em prol da realização última – a razão de nosso existir.

Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br
Fonte: Vida Pastoral em 11/08/2013

Reflexão

É TEMPO DE FAZER O BEM!

O evangelho que ouvimos hoje fala da volta do Filho do homem, a qual muitas pessoas associam com o fim dos tempos. Quando será o fim do mundo? Quando será o meu último dia de vida? A resposta mais sensata que alguém poderia dar a essas perguntas seria: “Não sei”. E o fato de não saber não deve deixar muito preocupada a pessoa que segue Jesus. Quem o segue não precisa se preocupar, mas sim se ocupar em fazer o bem sempre. É essa a vigilância que devemos ter. Ser vigilante não é ser desesperado ou pessimista, nem querer descobrir sinais nos céus, nas estrelas ou em qualquer outro lugar a respeito do futuro, mas é olhar o presente e aí ver a melhor maneira de fazer o bem, de ser solidário, de ser justo e honesto. Como repete a sabedoria popular, o futuro a Deus pertence. O tempo que temos é hoje. Não o desperdicemos, lamentando o passado ou cultivando ilusões de sucesso sem esforço.
Nada perdemos ao fazer bem aquilo que temos para fazer. Nada perdemos ao cuidar das pessoas e do mundo que Deus criou para o bem de todos, para a vida em abundância para todos. Até em situações em que, aos olhos dos outros, tomamos prejuízo, se trabalhamos pelo evangelho, estamos crescendo em gratuidade. Estar alertas, esperando o Senhor que vem, é saber servir com desapego, é educar o coração para sentir as coisas de acordo com o olhar de Deus, é exercitar a misericórdia e a compaixão. Estejamos alertas para não desperdiçar as oportunidades de praticar o amor e, se por acaso não formos tão fiéis como gostaríamos de ter sido, não nos desesperemos, pois Deus nos chama para participar de seu convívio, de seu reinado, de forma gratuita, generosa. Participar de seu reino é entrar no mesmo espírito de generosidade e gratuidade, gastando nossas forças, nossos recursos e o nosso tempo com aquilo que vale a pena verdadeiramente. Não nos deixemos prender por coisas ou sentimentos que nos afastam das pessoas, que causam sofrimento inútil. Se vivermos ocupados em fazer o bem e evitar o mal, não precisaremos nos preocupar com a hora da chegada do Senhor, porque ele já está chegando, já está habitando em nós, dando-nos vida nova em abundância.
Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp
Fonte: Paulus em 11/08/2013

Reflexão

O Evangelho deste domingo inicia retomando o ensinamento sobre a atitude dos cristãos diante dos bens temporais. A comunidade de Jesus, “pequeno rebanho”, se amedronta diante dos desafios, mas o Mestre lhe oferece o Reino, que é construído a partir dos pequenos. Surge, então, a nova sociedade, fundamentada na partilha. Dar esmola é mais do que oferecer algumas moedinhas aos pedintes das ruas das cidades. Para Lucas, dar esmola é partilhar o que somos e temos. A seguir, por meio de três pequenas parábolas, o evangelista apresenta o tema da vigilância ativa na espera do Senhor, pois este pode chegar a qualquer hora. Infelizmente, vigiar assumiu conotações negativas, isto é, parece que leva à acomodação, à espera passiva e denota uma imagem negativa de Deus, que pune e castiga, levando o fiel a agir por medo. Estar com os “rins cingidos e as lâmpadas acesas” é estar preparado para as surpresas da vida, sair de si mesmo e mover-se em direção ao outro. O Senhor vem, mas a hora é incerta. O ladrão pode chegar inesperadamente. Vigilância é serviço. No texto de hoje há quatro verbos importantes: os cristãos devem estar prontos para “vender”, “caminhar”, “vigiar” e “servir”. São todos eles verbos que levam a agir, a sair do comodismo. O Senhor nos dê a graça de sermos administradores fiéis e prudentes.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 11/08/2019

Reflexão

O Evangelho deste domingo inicia retomando o ensinamento sobre a atitude dos cristãos diante dos bens temporais. A comunidade de Jesus, “pequeno rebanho”, se amedronta diante dos desafios, mas o Mestre a tranquiliza e lhe oferece o Reino, que será construído a partir dos pequenos, que se dispõem a acolhê-lo. A partir daí surge a nova sociedade, fundamentada na partilha e na justiça. Para Lucas, dar esmola é mais que oferecer algumas moedinhas aos pedintes, é partilhar o que somos e temos, é ser misericordioso. O Mestre nos incentiva a investir nos valores que o ladrão não rouba nem a traça destrói. A seguir, por meio de pequenas parábolas, o evangelista apresenta o tema da vigilância ativa na espera do Senhor, que pode chegar a qualquer hora. Infelizmente, vigiar assumiu conotações negativas, isto é, parece levar à acomodação, à espera passiva, e denota uma imagem negativa de Deus que pune e castiga, levando o fiel a agir por medo. Estar com os “rins cingidos e as lâmpadas acesas” é estar preparado para as surpresas da vida e sair de si mesmo e mover-se em direção ao outro. O Senhor sempre nos visita por meio de acontecimentos ou de pessoas, daí a necessidade de ficar com os olhos bem abertos e os ouvidos atentos.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditação

Como você trabalha com a realidade da morte? - Qual foi o último familiar seu que morreu? Como você encarou a realidade? Você se considera disponível e serviçal? É daquelas pessoas que procura ser útil ou foge das ocasiões? Você reza pedindo uma boa morte?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 11/08/2013

Meditando o evangelho

CONVITE A PERMANECER ALERTA

A longa espera do Senhor poderia ter como efeito, no coração do discípulo, a lassidão. E, com ela, o risco de agir em total desconformidade com o projeto do Reino. Daí a importância da exortação de Jesus.
A maneira conveniente de esperar o Senhor consiste em desapegar-se dos bens deste mundo, buscando apenas o tesouro inesgotável no céu, que está a salvo da ação dos ladrões e das traças. A maneira prática de desfazer-se das coisas desnecessárias, às quais o coração se apega, resume-se em vendê-las e dá-las aos pobres.
O Evangelho alerta para o risco da posse avarenta de bens. Agindo assim, o discípulo desloca o centro de seus interesses do Reino para os bens materiais. E, com isso, torna-se despreparado para o encontro com o Senhor. Seu coração não estará no Reino, e sim nos bens acumulados. É atitude insensata de quem desconhece a hora em que virá o Senhor.
O discípulo que permanece de prontidão predispõe-se para encontrar o Senhor, qualquer que seja a hora em que ele chegue. Quem age assim, é chamado de "bem-aventurado", pois experimentará a alegria de ser acolhido pelo Senhor que vem. Por conseguinte, nada de se deixar seduzir pelas riquezas, a ponto de se esquecer desse encontro com ele.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

Oração
Espírito de prontidão, mantém-me em contínuo alerta, à espera do Senhor que vem, libertando meu coração do apego exagerado aos bens deste mundo.
Fonte: Dom Total em 11/08/2019

Comentário

Uma das coisas mais difíceis que temos que aprender durante a nossa caminhada cristã é ter fé em Deus e acreditar que Ele realmente caminha connosco lado a lado nos auxiliando; hoje, isso tem se tornado mais difícil porque o mundo atual, principalmente a ciência ateia, quer impor a ideia de que se deve acreditar só naquilo que é evidente, que se pode pegar, difundindo cada vez com mais força a não necessidade de Deus.
Mas, apesar de atuar com força essa ciência ateia, temos ainda belos testemunhos de fé entre os cientistas em geral, como o biólogo americano Francis Collins, diretor do projeto genoma e autor do livro “A Linguagem de Deus”: “é nosso dever levar em consideração todo o poder das perspectivas científica e espiritual para entendermos tanto aquilo que enxergamos quanto aquilo que não enxergamos...a integração entre estas duas perspectivas”.
Collins já foi várias vezes criticado e continua sendo por seus colegas de pesquisa.Mas como dizia um certo líder espiritual indiano, “o cientista” no fundo não acredita em Deus porque não acredita que exista alguma coisa no interior do ser humano. Porque toda a sua formação impõe que ele acredite somente nos objetos que pode ver, que pode examinar minuciosamente, observar, compor, criar, desfazer a criação, descobrir seus componentes básicos.
Toda a sua mente é orientada para o objecto e a subjetividade não é um objecto. Assim, se ele quiser colocar a subjetividade diante dele, sobre uma mesa, isso não será possível. Isso não é da natureza da subjetividade. E dessa forma, o cientista continua descobrindo tudo no mundo, excepto a si próprio.
Quando se corta uma pedra em pedaços. O que encontramos? Mais pedras. Podemos continuar cortando em pedaços menores, chegaremos às moléculas, aos átomos, aos eléctron, mas ainda assim, nunca chegaremos a alguma coisa mais interna. Eles todos são objetos. O cientista também gostaria que a vida fosse descoberta dessa maneira, e porque ele não consegue descobrir a vida dessa maneira, ele começa a negá-la, a rejeitá-la.
Acreditar é justamente tomar como verdadeiro aquilo que não se vê. Também para o ateu a fé tem que ser uma atitude essencial. Estamos o todo tempo acreditando e confiando em coisas que não vemos: acredito no amor das pessoas por mim, acredito que a pessoa que preparou o alimento para mim não colocou nenhum veneno, acredito no motorista que dirige o metro que eu vou tomar, acredito nos médicos que vão me operar. Acreditar e confiar são atitudes indispensáveis a nossa vida.
O nosso dia-a-dia contradiz a expressão tantas vezes usada por nós: eu só acredito vendo!
Não podemos viver neste mundo sem confiar uns nos outros. A fé em Deus é semelhante: cada um de nós é empurrado pelo testemunho dos outros a encontrar a face de Deus. E travamos esta busca trabalhosa da fé, que poderá durar toda a nossa vida.
Um grande exemplo para nós foi Abraão. Como são belos estes versículos da II leitura sobre Abraão: ele viveu pela fé, partiu da sua terra seguindo uma intuição, um chamado interior, sem saber para onde ia; foi pela fé, que sua mulher Sara engravidou, sendo estéril e já de idade avançada; foi pela fé, que sendo provado, não vacilou quando estava para oferecer seu filho Isaque, tanto que ele é considerado pelas três grandes religiões monoteístas como o pai da fé.
Na nossa vida, acontecem muitas experiências, relações, catástrofes, doenças, misérias, provações; acontecimentos que tentam nos dominar e imaginar um Deus longe e fraco. Corremos o risco de nos cansarmos, a ponto de nossa ligação com Deus ficar cada vez mais fraca e ter cada vez menos valor na nossa vida até o ponto de irmos em outras direções fazendo uso da astrologia, das simpatias, de outras crenças que não são compatíveis com a nossa fé cristã.
No Evangelho de hoje, Jesus quer nos alertar contra este perigo; e, ao mesmo tempo, mostra o que o Senhor dá para aqueles que permanecem vigilantes e fiéis. Antes de tudo, ele encoraja os seus discípulos a não temerem, mesmo sendo um grupo pequeno, pois eles têm Deus como Pai, o qual lhes deu uma herança magnífica: o seu Reino, a plena e eterna comunhão com Deus. Este tesouro deve ser conhecido por eles na fé e deve preencher o coração deles, os quais, devem usar os bens terrenos como instrumentos necessários para a vida, mas o seu coração não devem apegar-se a eles.
O ponto-chave para a interpretação das parábolas é a ausência do patrão. Quer mostrar como deve se comportar o servo durante esta sua ausência. A primeira coisa é estar vigilante e preparado. Segundo o costume daquele tempo, tirar o cíngulo e levar a túnica solta, indicava que o servo já havia acabado o trabalho. Colocar o cíngulo (cingir-se) é sinal de quem está pronto para trabalhar ou para viajar. A lâmpada indica que aquela atividade possa acontecer mesmo durante a noite. Portanto, requer-se prontidão em todos os momentos. A comparação com a vinda de um ladrão mostra isso: o improvisa e inesperada que pode ser a vinda do Senhor.
A ausência do patrão traz como consequência quase necessária que o vínculo com ele enfraqueça. Nós os seres humanos temos necessidade da presença do outro, do encontro contínuo com ele, se quisermos que uma relação permaneça forte e viva. O constante pedido na parábola à vigilância e prontidão indica a orientação intensa e viva para com o Senhor. Mesmo que ele esteja longe dos nossos olhos, nosso coração deve estar pleno dele.
A reacção do patrão para com os seus servos é descrita de um modo totalmente novo. Ele assume a tarefa de servo e os trata como seus patrões. Ele os faz sentar a mesa e os serve. Ele, porém, continua sendo o patrão; por isso mesmo, o seu serviço é tão significativo. E os servos continuam como tal, por isso, a honra que recebem é tão grande. Esta relação patrão-servo não é desumana nem impessoal, pelo contrário, mostra que o patrão deseja que seus servos estejam unidos a ele de modo pessoal e cordial, e sabe valorizar tal comportamento de modo muito pessoal. Os servos devem ter no coração o patrão ausente e devem deixar-se guiar pela sua vontade, mas podem também estar seguros que o patrão tem um coração para eles.
Todos os servos devem estar acordados quando o patrão vier. Todavia, há servos que têm uma responsabilidade particular. A eles, o patrão confiou uma função de guia para com os outros servos. Isto pode mostrar um perigo, pois eles são só administradores, não são chefes por direito próprio. Estes devem tomar conta deles mesmos e servir aos outros servos. Se aproveitarem da sua posição e tratarem com opressão os seus companheiros, serão punidos duramente. Se, ao invés, se demonstram confiantes, o patrão manifestará a eles o seu reconhecimento e a sua confiança.
Enfim, na nossa vida cristã é indispensável a nossa comunhão constante com Deus e fidelidade à missão que ele nos confiou. Isto deve ser vivido, mesmo com as dificuldades que surgem pelo fato de que a presença do patrão seja pouco visível. A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, é a convicção acerca de realidades que não se vêem.
Pe. Ulrish pais
Sacerdote de Lisboa
Fonte: Google+ em 11/08/2013

Comentários do Evangelho

1 - “O FILHO DO HOMEM VAI CHEGAR NA HORA EM QUE MENOS O ESPERARDES.”- Olívia Coutinho - XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

O mundo atual, não pensa mais encima de valores humanos, religiosos e familiares, a pessoa não é mais vista pelo que é, e  sim pelo que tem!
O homem, na sua insensatez, ignora a presença de Jesus no seu meio, busca  a felicidade fora do plano de Deus, optando por caminhos incertos que não o faz chegar a lugar  nenhum.
O ter, o poder, o prazer, o enlouquece, dando-lhe uma falsa alegria, uma alegria que mascara a pior doença da atualidade: a indiferença ao amor de Deus!E mesmo com tantas respostas ingratas a este amor sem limites, Deus não desiste do humano, não cansa de esperar pela sua conversão!
Estamos sempre em  busca de algo que nos satisfaça de imediato, queremos tudo pronto, não temos paciência de construir, de esperar pelo tempo de Deus! E no desejo de adquirir “tudo” muito rápido, não adentramos no caminho de Deus, preferimos um caminho mais curto, o caminho do mundo, caminho que nos desvirtua  dos bens eternos!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos  convida a refletir quanto à consciência que devemos ter do nosso tempo de vida terrena, e  conscientizarmos de que o nosso tempo presente deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à eternidade. É importante aproveitamos bem este tempo, pois ele  é o único tempo que possuímos como espaço sagrado que Deus  nos concede para construirmos o nosso tesouro no céu.
O texto vem nos acordar para uma realidade que ninguém pode fugir: a certeza da transitoriedade da vida terrena, a vida que passa! Quanto ao dia e hora da nossa passagem, Deus preferiu  ocultar de nós, só nos deu uma pista:  se trata de algo surpreendente, inesperado, o que pode nos deixar apreensivos. No entanto, para  quem vive dentro do plano de Deus, o dia e a hora não importa, o importante é estar o tempo todo em sintonia com Deus, ciente  de  que, há uma  vida melhor  por vir, uma vida em plenitude: a vida eterna!
No início do evangelho, Jesus encoraja os discípulos, assegurando-lhes  que embora, sendo um pequeno grupo para uma missão tão grande, eles não  precisariam temer nada,  pois  no exercício desta missão grandiosa, eles estariam munidos da força do alto.
Jesus convidou os discípulos de ontem  e hoje, convida a todos nós, a abrir mão dos bens terrenos, condição, para tomarmos  posse dos bens eternos! Convidou-nos,  a abandonar a mentalidade do mundo, para vivermos a dinâmica do reino, que tem como ponto de partida  a entrega da vida!
Vós também ficai preparados! Porque o Filho do homem vai chegar na hora em que menos o esperardes!”Jesus compara  este “ficar preparado,” com a postura de um  empregado, que mesmo sem saber a hora que o patrão irá chegar, está sempre preparado: pronto  para servi-lo!
Jesus nos  alerta sobre a importância de estarmos atentos, vigilantes o tempo todo,  o que não significa ficar parado, pelo contrário, devemos esperar por esta sua  vinda, no exercício da nossa missão, no lugar onde fomos plantados por Deus, para servir!
“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” No contexto do tempo de Jesus, estar com os rins cingidos, significava colocar sobre as vestes largas, um cinto ou uma corda na cintura para facilitar os movimentos do corpo, favorecendo a agilidade no trabalho.
Rins cingidos, falavam de serviço, foi o que o próprio Jesus fez; cingiu-se para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de humildade, de entrega, de serviço!
Manter as lâmpadas acesas, fala de vigilância, uma vigilância permanente, dia e noite, ou seja, todo o tempo de nossa vida terrena.
Ao longo do texto, Pedro, o discípulo que não guardava dúvida, pergunta à Jesus: “Senhor tu contas essa parábola para nós ou para todos? Jesus responde com outro pergunta; “ Quem é o administrador que o senhor vai colocar à  frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa?” Ao que parece, aquela parábola, dentro daquele contexto, era primeiramente endereçada aos discípulos (pequeno rebanho), especialmente a Pedro, que mais tarde, seria o administrador à  serviço do povo de Deus.
Hoje, esta parábola, é para cada um de nós; discípulo missionário, todos nós, somos administradores do que é de Deus, exercemos algum tipo de liderança, e como tal, precisamos nos conscientizar de que ser líder, não é sinal de privilégio, ser líder é missão, é sinal  de serviço!
O desafio de quem busca a eternidade, é não desanimar e nem se isolar. É servindo ao outro, é  partilhando a vida, que estaremos preparados para o nosso encontro definitivo com o Pai!
Em Jesus encontramos força e coragem  para enfrentar e superar  as adversidades da vida! Com Ele, em vez de medo, cultivamos em nossos corações, a semente da  esperança, fruto da fé!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia

2 - VENDEI VOSSOS BENS E DAI ESMOLA - José Salviano - Vós também ficai preparados!

Vendei vossos bens e dai esmola.” Você já reparou em quantas coisas que você possui e que não usa nem vai usar mais? Essas coisas estão bem guardadas, pois você deve ter pensado: Deixa aí. Quem guarda tem quando precisa. São coisas que você comprou porque estava com muito dinheiro, ou porque achou bonita, ou, sei lá, para satisfazer aquela criança que existe em seu interior, que lhe diz sempre lá no supermercado: é meu! Eu quero!
São coisas que foram usadas uma única vez ou mesmo que ainda não foram usadas.  E o tempo foi passando, passando, e tudo isso que está sobrando, entulhando a sua casa, está faltando na casa do seu irmão pobre.
Então eu vou dar para os pobres. É a primeira coisa que nos ocorre. Mas nem sempre a urgência primeira daquele que tem pouco é esse aparelho de som que você precisa descartar, por exemplo.  O que seu irmão precisa mesmo é matar a fome! Foi por isso que Jesus disse: “Vendei vossos bens e dai esmola.”
Seu irmão precisa é de dinheiro para comprar o que ele mais precisa mais. Comida!
Mas se eu der dinheiro ele vai comprar cachaça! Ele é vagabundo, não quer trabalhar!  Essas são as desculpas de quem não gosta de dar esmola! São as evasivas mais fáceis para se livrar do irmão inoportuno que nos aborda na rua. Você pode se embebedar de cerveja, socialmente, é claro! Mas aquele coitado, um excluído, não tem o direito de fugir da sua dura realidade por uns minutos, se embriagando com um copo de pinga!
Ele não quer trabalhar! Não é bem assim. Ele não conseguiu trabalhar com sucesso como você e todos os demais. Porque ele tem inteligência curta, e não tem culpa disso. Ele não conseguiu vencer na vida, e teve de morar na rua, e saiba que ele não está nem um pouco feliz com isso!
Ah! Então a culpa é de Deus! Eu sabia!
Veja  meu irmão. Deus permite a existência dos mendigos para que você possa treinar, exercitar, praticar a caridade e construir um tesouro nos Céus. Onde os ladrões não podem pegar.

“Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói.”
Nós temos a mania de acumular bens materiais. E esta é a causa principal de continuar guardando as coisas que temos, mesmo que não precisamos mais delas.  Mesmo porque não temos tempo de usar tudo que possuímos, continuamos guardando.  É o trabalho, o cansaço, as festas, os amigos, cuidar da família, enfim, não sobra tempo para desfrutar de tudo o que compramos, tudo que o dinheiro pode nos dar.
Na verdade, nos ocupamos mais daquele bem que adquirimos recentemente, mais é só por uns tempos. É o novo carro, a nova moto, o novo iate...  E a nossa mente fica ligada neles. O nosso pensamento dominante, as nossas emoções estão apontadas para o nosso novo bem material recentemente adquirido, o nosso tesouro.

“Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
E assim, a nossa vida vai passando, e nos limitamos a construir tesouros na Terra, sem pensar que estamos aqui de passagem e que o melhor é construirmos tesouros no Céu, e isso, segundo Jesus, se faz através da caridade, especialmente a esmola. Esse é o melhor investimento da nossa vida terrena! Todos os demais investimentos, tudo o que adquirimos, principalmente o dinheiro, vai ficar para os outros.  O tesouro no céu é aquele que nos guarda para a eternidade, nos garante a vida eterna, como o prometeu o próprio Jesus.
Meus irmãos, minhas irmãs! Neste Evangelho, Jesus nos recomenda a pensar um pouco mais na nossa partida, a qual acontecerá de modo inesperado. Porém, enquanto somos jovens e cheios de saúde, não acreditamos que a nossa vida pode terminar  de modo inesperado. Até esbanjamos saúde, pisamos fundo no acelerador, abusamos da bebida, do repouso, enfim. Sentimo-nos imortais.
No momento em que escrevo esta homilia, estou prestes a morrer a qualquer momento. Meu coração está dilatado, ou inflamado devido a pressão alta continuada durante anos. Quando me esforço, devido à insuficiência cardíaca, a pressão arterial sobe de forma brutal, e vem aquela agonia de morte. E eu vejo a morte nos olhos como costumamos dizer.
Mas não devemos ter medo de nos despedir desta vida. Apesar de vez por outra nos sentirmos deprimidos diante dessa realidade, o cristão não deve ter medo da morte. A morte é a libertação da alma do corpo, e seu translado para a vida eterna, assim o esperamos, se Deus quiser.
É comum o catequista ou outro cristão seguidor de Cristo achar que o Céu já está garantido. Assim pensavam os doutores da Lei, escribas e fariseus.  Pensavam que eles já estavam salvos, só pelo fato de cumprirem a Lei. Caridade que é boa mesmo eles não praticavam. Caridade que é a virtude mais importante para quem quer se preparar para merecer a vida eterna.
É essa a nossa tendência. Trabalhamos paro Reino, e portanto, achamos que já estamos salvos, achamos que a vida eterna já está garantida.  Muito cuidado com isso! A conversão é diária. E nós também, mesmo os escolhidos, precisamos estar preparados, nos esforçar diariamente para cada dia colocar um tijolo na construção do nosso tesouro no Céu.

Vós também ficai preparados!
Viu? Somos escolhidos, os nossos nomes podem até estar escritos no Céu como Jesus disse aos apóstolos, mas não podemos nos descuidar, relaxar na prática da caridade e da espiritualidade diariamente.  Aliás, devemos ser os primeiros a dar o bom exemplo, somos os que precisam mais levar a sério, fazer tudo  certinho pois:

A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!
Quanto mais saibamos, quanto mais conhecemos as escrituras, e por mais que praticamos a nossa fé, temos que ser os primeiros na observância dos ensinamentos de Cristo. Pois o saber, o conhecer a palavra, aumenta mais a nossa responsabilidade. Além disso, todos que nos conhecem esperam de nós o melhor desempenho que podemos dar. Nós que conhecemos a vontade do Pai e não a praticamos, seremos mais cobrados no Juízo Final do que aqueles que não conheciam direito as escrituras, e as transgrediram.
Caríssimos. Vivamos pois na presença de Cristo, fazendo sempre a vontade do Pai. E quando por desventura não conseguimos, quando caímos em tentações, procuremos o representante de Deus para nos absolver dos nossos pecados, levantamos pois e continuamos, e não sejamos como aquele empregado que, conhecendo a vontade do Senhor, nada preparou, nem agiu conforma a sua vontade! Esse, com certeza, responderá pela sua indiferença!
Vai e faça o mesmo. Salva a tua alma! Bom domingo. José Salviano

3 - A comunidade dos discípulos de Jesus-Professor Isaías da Costa

ENTENDENDO O EVANGELHO

A comunidade dos discípulos de Jesus ainda é pequena em tamanho e fragilidade. Porém, o amor de Deus está com eles e isso os impulsiona a seguir o seu caminho. Por isso é afirmado “Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino”. E neste amor Jesus quer que seus discípulos vigiem.
A vigilância é necessária por isso requer de nós que estejamos sempre atentos a vinda de Cristo. Toda a vigilância deve estar precedida pela fé. É o nosso acreditar na vinda de Cristo que nos fará autênticos cristãos. Mas o que podemos entender o que seja a fé? A fé uma confiança total e absoluta em Deus. É uma experiência pessoal que parte da confiança interna que temos no que nos transcende.
Todos os exemplos usados por Jesus neste Evangelho têm como objetivo nos preparar para a sua vinda. São exemplos da sua realidade que simplesmente dizem que confiança e fé fazem parte da vida do cristão.

VIVENDO O EVANGELHO

Olá amados leitores! Como é bom compartilhar cada palavra do evangelho com vocês. É por isso que a nossa Fé nos une. Ao falarmos de Fé no remetemos para muitos momentos de nossa vida. Quantas inúmeras vezes achávamos que estava tudo perdido, mas uma confiança extrema em Deus fez com que aquele nosso pedido fosse alcançado. Isso é Fé. Isso é Confiança.
Acreditar em Deus é algo que brota do mais íntimo do nosso coração e esta é uma tarefa que deve ser feita por você. É um caminho pessoal que deve ser trilhado por você.
E ligado à Fé, está o nosso vigiar. Jesus é bem claro ao falar da vigilância. Ao servo não saberás qual será o horário que o senhor ire chegar. Assim também, somos nós. Não sabemos quando o Senhor irá chegar. Por isso, temos que estar sempre atentos!
O que temos feito de nossa vida? Como têm sido os nossos passos durante nossa caminhada? Esses e outros questionamentos devem ser feitos diariamente, para que possamos entender o projeto de Jesus e sabermos se estamos de acordo com ele.
Você é um homem ou uma mulher de Fé? Então, mande um e-mail para mim dizendo quais foram os momentos em que você achava que tudo estava acabado. Mas com a sua confiança em Deus tudo ocorreu bem. Lembre-se: tudo o que é bom deve ser divulgado!

4 - Estejam preparados -Claretianos

Primeira leitura: Sabedoria 18,6-9 - Castigavas aos inimigos e nos honravas chamando-nos a ti.

Os israelitas, oprimidos no Egito, experimentaram que o Senhor era seu salvador na noite em que morreram os primogênitos dos egípcios. Por isso, aquela noite teve um significado transcendental para a historia dos hebreus. Recordava as promessas que Deus havia feito a seus pais, que desde então Israel foi um povo livre e consagrado ao Senhor.
A primeira ceia do cordeiro pascal serve de modelo ao que havia de ser co centro da vida religiosa e cultural. A participação em um mesmo sacrifício simbolizava a união solidaria de um povo em um destino comum. A celebração pascal recorda que Deus não cessa de escolher seu povo entre os justos e castigar os ímpios.
Hoje, toda esta imagem de Deus, por mais que a tenhamos escutado e venerado durante milênios, desde sempre, aparece como profundamente inadequada e inaceitável. Que classe de Deus é esse que opta por um povo, que o elege e lhe dá uma terra ocupada por outros povos, dá poder a seu povo eleito para que os expulse e os destrua? É verossímil esta imagem de Deus? Não é uma imagem própria dos tempos tribais, onde as tribos imaginam que tem seu Deus protetor que as defende das demais?

Segunda Leitura - Hebreus 11,1-2.8-19 - Esperava a cidade cujo arquiteto seria Deus.

A fé de Abraão e dos patriarcas serve de exemplo. Para estimular a perseverança na fé que leve à salvação, a carta aos Hebreus aduz uma serie de testemunhos. Abraão, o mesmo dos hebreus do século I, conheceu a emigração, a ruptura a respeito do meio familiar e nacional e a insegurança das pessoas excluídas. Porém, nessas provas Abraão encontrou motivo para exercer um ato de fé na promessa de Deus.
A fé ensina a não se dar por satisfeitos com os bens tangíveis nem com as esperanças imediatas. Abraão acreditou para além da ameaça de morte. Sofreu os efeitos da esterilidade de Sara e a falta de descendência. Esta prova foi para ele a mais angustiante porque o patriarca se aproximava da morte sem ter recebido o fruto da promessa. Aqui se faz realidade a última qualidade da fé: aceitar a morte sabendo que não poderia deixar fracassar o desígnio de Deus.
Mais que o sofrimento, é a morte o sinal por excelência da fé da entrega de uma pessoa a Deus. Abraão acreditou em um “mais além da morte”, acreditou que lhe seria concedida uma posteridade, inclusive em um corpo já apagado (desfalecido), porque lhe havia sido prometida. Esta fé constitui o essencial da atitude de cristo diante da cruz. Também se entregou ao Pai e à realização do desígnio divino, porém teve que enfrentar o fracasso total de seu empreendimento: para congregar toda a humanidade, encontra isolado, porém confiado acima da morte que sua ressurreição ia colocar de manifesto.

Evangelho - Lucas 12,32-48 - Estejam preparados, com as lâmpadas acesas.

O evangelho de hoje nos apresenta algumas recomendações que tem relação com a parábola do rico avarento. Os exegetas divergem quanto à estrutura que apresenta o texto e não determinam a unidade de sua composição. A atitude de confiança com a qual inicia o texto não deveria omitir-se “não temas, pequeno rebanho meu, porque o Pai teve por bem dar-lhes o reino”.  Esta exortação à confiança, ao estilo veterotestamentario e que é do gosto de Lucas, expressa a ternura e proteção que Deus oferece a seu povo, porém expressa também a auto-compreensão das primeiras comunidades: conscientes de sua pequenez e impotência, viviam, contudo, a certeza da vitoria. A bondade de Deus, em seu amor desmedido, nos deu de presente o Reino. A partir daqui precisamos entender as exortações seguintes: Se o Reino é um presente, tudo o mais é supérfluo (bens materiais). Recordemos os sumários de Lucas no livro dos Atos dos Apóstolos.
Lucas convida à vigilância, consciente da ausência de seu Senhor, a uma comunidade que espera seu regresso, porém não de maneira iminente como acontecia nas comunidades de Paulo (Cf 1Ts 5-5). A igreja em Lucas sabe que vive nos últimos dias que o homem acolhe ou rejeita, de forma definitiva, a salvação gratuitamente oferecida. Cristo veio, há de vir; está fora da historia, porém age nela. A historia presente, de fato, é o tempo da igreja, tempo de vigilância. Fitzmyer ilustra esta afinada concepção da historia, aparecem varias recomendações no que pode ser considerado como os “retazos” de uma hipotética parábola.
O importante será descobrir em qual dessas recomendações centramos a chegada que se deve esperar de maneira vigilante. A pregação histórica de Jesus tem estas máximas sobre a vigilância e a confiança. Agora, neste texto se reveste de caráter escatológico. O ponto chave reside no convite “estejam preparados”; o que é o mesmo, o importante é o hoje. À luz de uma certeza sobre o futuro, fica determinado o presente. Esta é a compreensão da historia de Lucas: “cumpriu-se hoje” (4,21), “está entre vós” (17,20-21) e “há de vir” (17,20).
O Reino é, ao mesmo tempo, presente e por vir. Daqui a dupla atitude que se exige ao cristianismo: desprendimento e vigilância. É necessário desprender-se dos cuidados e dos bens deste mundo, dando assim testemunho de que se buscam as coisas do céu. A vigilância cristã é mencionada constantemente por Cristo (Mc 14,38; Mt 25,13). A vida do cristão deve ser toda ela uma preparação para o encontro com o Senhor. A morte que provoca tanto medo naquele não que não acredita, para o cristão é uma meditação: marca o fim da prova, o nascimento da vida imortal, o encontro com Cristo que conduz à casa do Pai.
O convite de Pedro demonstra que a exortação de Jesus sobe o significado de agir e perseverar na vigilância é, em primeiro lugar referido àqueles que são a “cabeça” da comunidade, ou melhor, para os que “estão a serviço” da Comunidade. A ressurreição para a vida depende do modo como exercitaram esse serviço.
Oração: Ó Deus, nosso Pai, dá-nos um coração grande e forte, capaz de ver com claridade que, mais além dos desejos e tentações da vida, os valores verdadeiros são os valores do Reino, e que dar a vida por eles é o que mais pode alegrar e pacificar nosso coração, tal como nos ensinou Jesus, nosso irmão maior. Amém.

5 - Numa competição sempre vence a equipe melhor preparada - Diac. José da Cruz

Todos  sabemos que em uma competição sempre vence a equipe melhor preparada, a que treinou mais, se dedicou mais aos exercícios, aprimorou o condicionamento físico, consumiu alimentação balanceada, não fez extravagâncias, dormiu cedo e acordou cedo. Em uma equipe profissional os atletas são submetidos a uma disciplina rígida e que por isso mesmo, requer deles desapegos e renúncias. De vez em quando aparece no grupo um mau atleta que sai de noite para ir para a “Gandaia”, esses não tem futuro e logo a sua má fama será do conhecimento de todas as equipes.
Participar do Reino de Deus não é muito diferente da vida de um atleta dedicado e que leva a sério sua missão e seu trabalho. A primeira condição é não ter medo. Imaginem um atleta ter medo de entrar em campo porque o adversário é muito forte. O Cristão deve ser destemido, principalmente no confronto com as forças do mal, pois o projeto é de Deus e o Reino a ele pertence.
Em segundo lugar fala do tesouro no Céu, para alertar que, o Cristão nunca pode perder o Foco da sua missão e do seu objetivo. Ele não luta por coisas efêmeras que passam, não são essas coisas ilusórias que devem nortear a sua caminhada, seu modo de pensar e de agir, mas sim as coisas do alto, valores que são uma fortuna e um tesouro incalculável, perto das “quinquilharias” que muitas vezes em nossa jornada corremos atrás, desviando nossa atenção do foco principal que é o Reino.
Depois o evangelho fala dos imprevistos que podem ocorrer na missão onde ninguém pode fazer “corpo mole”. Imaginem um atleta que só “enrola”, não treina, não faz exercícios físicos, não se prepara, achando que basta entrar em campo e fazer o trivial. Os treinamentos são justamente para que o atleta supere qualquer marca e exceda as expectativas. Há cristãos que não vigiam, isso é, se acomodam em uma Vida de Fé que não exige muito esforço. Time que entra em campo na condição de Favorito, muitas vezes “pipoca” e acaba surpreendido pelo adversário, por excesso de confiança. Assim também os Cristãos que se julgam já salvos, justos, perfeitos, não precisam fazer muita coisa pois afirmam que têm o Galhardão garantido. Quanto engano!
E finalmente uma palavra chave que aparece no final do evangelho, diante da pergunta de São Pedro, se o assunto era só com eles ou para todos. É a Palavra Administrar, estar á frente, ser o responsável diante das pessoas. Pode ser uma comunidade ou uma Família, uma equipe, uma pastoral. Não importa. O Cristão que descobriu a sua missão de evangelizar e ser testemunho no mundo recebe a Graça de Deus e deve administrá-la com toda responsabilidade, empenho e eficácia, dando sempre o melhor de si para beneficiar aos outros. A Graça se expande, motiva, alimenta, renova as pessoas com quem o cristão interage e se relaciona. Produzo essa reflexão nos dias em que está ocorrendo a JMJ em nosso País e fico pensando em nosso Administrador Sábio e Fiel que é o Papa Francisco, que poderia ficar acomodado no Vaticano sem expor-se á riscos na visita as Nações, no confronto com os poderosos deste mundo, que muitas vezes são contrários aos ensinamentos do Evangelho.
Fazer-se pequeno para poder melhor servir, parece ser este o lema do Papa Francisco, é esse o perfil do Rebanho que Jesus envia no evangelho de hoje. Aos pequenos ele confia o seu tesouro. Tal qual o atleta que citamos ao início, quanto mais fizermos e irmos fundo nessa experiência com Jesus, mais agraciados seremos.
Fonte: Liturgia Comentada2 em 11/08/2013

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/08/2019

HOMILIA DIÁRIA

Aprenda a viver com o necessário

Vamos aprender a viver com o necessário, porque, ao nosso lado, tem sempre alguém passando necessidade. Se, no mundo de hoje, há pessoas que pouco têm, é porque outras têm em excesso.

Jesus disse: “Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc 12,34-35).

Um sermão maravilhoso Jesus faz ao nosso coração, chamando-nos de “pequenino rebanho”. Não tenhais medo, mas ao contrário, tenhais confiança no Senhor, e não vos preocupeis em ter muitos bens, ao contrário, olhai os nossos bens, dai esmolas aos pobres, não deixe que se estrague nada em sua casa (cf. Lc 12,32-33).
Chamo à atenção de todos nós que gostamos de acumular coisas, que temos medo de passar necessidade ou que, simplesmente por vaidade, vamos tendo muito isso, muito aquilo.
A mulher até se orgulha de dizer que tem muitas bolsas, muitos cintos, mas para quê? Se, hoje, você fosse prestar contas a Deus da sua vida, os seus cintos seriam uma vergonha, as bolsas que você vem acumulando seriam uma vergonha!
Tenha apenas o necessário, apenas aquilo de que vai precisar; nada de ter excessos, nada de ter coisas a mais. Vamos aprender a viver com o necessário, porque, ao nosso lado, tem sempre alguém passando necessidade. Se, no mundo de hoje, há pessoas que pouco têm, é porque outras têm em excesso.
Os cristãos, de todas as formas e maneiras, precisam aprender a viver e a fazer a partilha. Isso não só na época do Natal ou em ocasiões especiais, pois tudo que nós temos precisa ser partilhado.
Que ninguém passe fome, que ninguém passe necessidade e que não sejamos melhores do que ninguém, porque temos isso ou porque temos aquilo. Saibamos partilhar o que é nosso com os outros e o nosso tesouro não será nada do que possuímos, o nosso tesouro será o Senhor.
Quem tem bens, quem tem tesouros, vive com o coração preso aos bens que tem. Mas quem é livre, despojado, tem o coração para o Reino de Deus, para sentir o Reino do Senhor, para poder vibrar com as coisas d’Ele.
Aprendamos estar com os rins cingidos, com as lâmpadas acessas. Aprendamos a ser vigilantes, ter o necessário; e tudo que for acúmulo, saibamos partilhar com o nosso próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

A vigilância consiste em colocar-se diante de Deus

Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater” (Lucas 12,35).

Que o nosso coração esteja cheio de Deus. Que esteja cheio da graça, do Espírito e do óleo de Deus. O óleo que acende a lâmpada do nosso coração, porque, onde estiver o nosso tesouro, ali estará o nosso coração.
Podemos até estar na casa do Senhor, mas o nosso coração pode não estar com o Senhor. Até podemos estar orando com a Bíblia na mão, mas o coração está longe de Deus.
A vigilância na vida consiste em saber se colocar na presença de Deus em tudo aquilo que nós fazemos. E não é somente quando estamos na Igreja ou na presença de Deus. Se estou dirigindo o meu carro, coloco-me na presença do Senhor; se estou fazendo outra atividade, estou na presença do Senhor.
Não podemos ser aquele operário: “Senhor, desculpa, agora quero ficar só comigo. Eu quero ser um homem mundano”. O operário do Senhor é aquele que, em tudo que faz, está na presença d’Ele, com seus rins cingidos e suas lâmpadas acesas.
Não podemos deixar que a lâmpada da fé se apague, não podemos deixar que a nossa vigilância se apague. Não é viver preocupados e tensos, e sim andar com Deus, viver com Ele e fazer tudo aquilo que fazemos na presença do Senhor.

Não podemos deixar que a lâmpada da fé se apague, não podemos deixar que a nossa vigilância se apague

Ser um homem vigilante é ser um homem que está sempre na presença de Deus, aguardando que Ele venha ficar conosco, morar conosco, estar conosco. A presença de Deus, a vinda de Deus ao nosso encontro não pode nunca nos causar medo ou espanto.
Sabe quando éramos crianças e os nossos pais saiam para trabalhar e ficávamos um tempo em casa, e dizíamos: “Vamos aprontar. Vamos fazer alguma coisa aqui e, depois, concertamos. A mamãe nem vai saber, quando ela chegar estará tudo arrumado”. Porém, de uma forma surpreendente, embora a mamãe tenha ido trabalhar, por algum motivo ela voltou mais cedo, então, viu toda aquela bagunça.
Quem está com o Senhor, na presença d’Ele, está presente diante do Senhor em tudo aquilo que Ele faz. Por isso, não queremos o Senhor conosco apenas em alguns momentos. Queremos em tudo aquilo que realizarmos, estar na presença do Senhor.
Que o Senhor possa cingir os nossos rins, nos dando aquela atitude de atenção e cuidado. Que o Senhor possa acender nossas lâmpadas; as lâmpadas dos olhos, do coração, da atenção, para estarmos sempre atentos, porque o Senhor está no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/08/2019

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a discernir o verdadeiro tesouro – aquele pelo qual vale a pena viver e lutar – e nos dá coragem e grandeza de alma para reparti-lo com o nosso próximo. Faze-nos agradecidos, te pedimos Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a discernir o verdadeiro tesouro – aquele pelo qual vale a pena viver, lutar e morrer – e nos dá coragem e grandeza d’alma para reparti-lo com o nosso próximo. Faze-nos agradecidos, nós Te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2019

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