quarta-feira, 13 de outubro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/10/2021

ANO B


Lc 11,42-46

Comentário do Evangelho

O amor é a plenitude da Lei.

O texto do evangelho desta quarta-feira se dá na casa de um fariseu que convidou Jesus para um almoço. O fariseu se admira porque Jesus não faz as abluções prescritas antes da refeição. Trata-se de um exemplo do que Jesus diz, eliminando o equívoco propagado de que ele tenha vindo para abolir a Lei: “Não penseis que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim aboli-los, mas dar-lhes pleno cumprimento” (Mt 5,17). O amor é a plenitude da Lei. Quem ama a Deus e ao próximo cumpre plenamente a Lei. Marcos, no seu evangelho, discutindo com os fariseus e os escribas acerca da lei de pureza, faz uma crítica que cabe perfeitamente ao que Jesus está criticando da atitude deles: “Abandonais o mandamento de Deus apegando-vos à tradição dos homens” (Mc 7,8). Jesus não anula o preceito sobre o dízimo, mas afirma a primazia do amor e da vontade de Deus: “Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo” (v. 42). Mas a prática da Lei não pode ser feita em benefício próprio; nisto consiste exatamente a hipocrisia: praticar os preceitos para ser notado. Quem assim o faz, esconde-se na pura aparência. Além disso, constitui-se em “fardo insuportável”, na medida em que sua prática prescinde do seu fundamento: o amor misericordioso de Deus.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
Fonte: Paulinas em 16/10/2013

Vivendo a Palavra

O texto ensina a focar nossa existência na prática da Justiça Evangélica. O Amor de Deus se torna o pano de fundo das relações com o próximo – toda a humanidade – com a natureza, com nós mesmos e com o Pai Misericordioso. Assim vivendo, estaremos cumprindo os preceitos da Lei de Moisés.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina a focar nossa existência na prática da Justiça Evangélica. O Amor ao Pai Misericordioso se torna o pano de fundo das relações existenciais: com a nossa própria pessoa, com o próximo – que abrange toda a humanidade; e com a natureza. Assim vivendo, estaremos cumprindo mais do que a letra, a essência do espírito que produziu a Lei de Moisés.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2019

Reflexão

Continuando a reflexão de ontem, uma vez que o Evangelho de hoje é a continuidade do diálogo iniciado ontem, viver os valores do Reino e procurar o cultivo da vida interior também não nos exime das práticas comunitárias de fé e religiosidade, conforme nos diz Jesus: "Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo". A negligência da vivência exterior da fé constitui um ato grave porque a religião tende a tornar-se totalmente subjetiva indo cada vez mais ao encontro dos nossos interesses pessoais e deixando de ser a busca sincera da prática da vontade de Deus e testemunho comunitário de um Deus que é amor e condena o individualismo.
Fonte: CNBB em 16/10/2013

Reflexão

Jesus denuncia duramente os fariseus. Preocupados com a fiel observância de tantos preceitos secundários, acabam relaxando no essencial: “a justiça e o amor de Deus”. É muito forte a imagem do sepulcro caiado que Jesus aplica a eles, pois sugere que o mundo da morte está escondido entre os vivos, ou seja, a corrupção e a impureza andam disfarçadas no meio do povo. Em seguida, Jesus denuncia, ainda com mais vigor, os doutores da Lei, porque “sobrecarregam as pessoas com cargas insuportáveis”, e não esboçam a mínima vontade de ajudar! Cada pessoa, sobretudo quando exerce liderança na comunidade, examine se está praticando o que ensina, ou, pelo contrário, está sufocando os irmãos com pesos insuportáveis. Claro que o ensinamento abrange também a família, a escola e o trabalho.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/10/2019

Reflexão

Jesus denuncia duramente os fariseus, que, preocupados com a fiel observância de tantos preceitos secundários, acabam relaxando no essencial: “a justiça e o amor de Deus”. É muito forte a imagem do sepulcro caiado que Jesus aplica a eles, pois sugere que o mundo da morte está escondido entre os vivos, ou seja, a corrupção e a impureza andam disfarçadas no meio do povo. Em seguida, Jesus denuncia, ainda com mais vigor, os doutores da Lei, porque “sobrecarregam as pessoas com cargas insuportáveis”, e não esboçam a mínima vontade de ajudá-las! Cada pessoa, sobretudo quando exerce liderança na comunidade, examine se está praticando o que ensina, ou, pelo contrário, está sufocando os irmãos com pesos insuportáveis. Claro que o ensinamento abrange também a família, a escola e o trabalho.
Oração
Divino Mestre, livra-nos da tendência bastante comum de exibir pequenas obras boas, enquanto omitimos as exigências mais importantes do Reino: a prática da justiça e o amor de Deus. Impulsiona, Senhor, os líderes de nossas comunidades a dar bom exemplo mediante a prática da religião. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditação

Os fariseus eram sempre do contra. Davam muita importância às coisas secundárias, esquecendo-se das essenciais. Não levavam a sério o amor ao próximo, chegando até a cometer injustiças. Que cada um de nós se examine: Fé, amor ao próximo, justiça, caridade... Deus vê tudo isso e sobre estas coisas nos julgará!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/10/2013

Meditando o evangelho

O ESSENCIAL E O SECUNDÁRIO

É sempre grande o risco de perder tempo com coisas secundárias, enquanto o essencial é deixado de lado. Esta inversão perigosa na vida dos fariseus foi denunciada.
Estes eram ciosos no pagamento do dízimo das hortaliças. Contudo, para eles, a prática da justiça e o trato misericordioso com o próximo, a exemplo de Deus, tinham pouca importância.
Preocupavam-se com ocupar os lugares de honra e ser cumprimentados, descurando a humildade e a simplicidade. Cuidavam de mostrar-se, exteriormente, como pessoas justas e santas, sem perceber que a autêntica justiça e santidade situam-se no coração.
As coisas secundárias supervalorizadas geralmente correspondem a gestos com os quais se pensa agradar a Deus, descuidando-se do próximo. É o caso do pagamento do imposto das hortaliças. As coisas essenciais dizem respeito ao próximo com os quais Deus exige que se pratique a misericórdia e a justiça.
Na espiritualidade bíblica, esta é a verdadeira forma de agradar a Deus, porque o semelhante é a mediação obrigatória do relacionamento com ele. Querer chegar a Deus, prescindindo dos semelhantes, é escolher o caminho da própria condenação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de amor ao próximo, que o relacionamento com os meus semelhantes seja sempre carregado de misericórdia.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Por que gostais do primeiro assento? - Lc 11,42-46
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No Evangelho de hoje há fortes ataques de Jesus aos fariseus e aos doutores da Lei, que diziam uma coisa e faziam outra. A primeira crítica contra os fariseus diz que eles pagavam o dízimo da hortelã, mas deixavam de lado a justiça e o amor de Deus. Pagavam o dízimo e não praticavam a justiça. Celebramos Santa Edwiges, no dia 16 de outubro, que por amor à justiça pagava as dívidas dos outros, sobretudo dos encarcerados. Vivia com uma renda mínima para ter com que ajudar os necessitados. Verificou um dia que muitas pessoas estavam presas por causa de dívidas não pagas. Santa Edwiges se interessou em ajudá-las, pagando a suas dívidas. É por isso invocada como padroeira dos endividados. E assim estamos protegidos pela intercessão e pelo exemplo de três grandes mulheres que foram Santa Teresa, Santa Edwiges e Santa Margarida Maria. Santa Margarida foi monja da Visitação e teve revelações do Coração bondoso e misericordioso de Jesus. Morreu aos 43 anos. Se pudermos, ajudemos quem tem dívida e não sabe como pagar, mostrando o lado bondoso do nosso coração.

2. AI DE VÓS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

No tempo de Jesus, uma ala do farisaísmo tendia a inverter o valor das coisas. Davam muita importância às coisas secundárias, enquanto as essenciais não recebiam a devida atenção. O pagamento do dízimo, por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida mesmo em relação às insignificantes hortaliças.
Entretanto, os fariseus não se preocupavam, minimamente, em praticar a justiça para com o próximo e dedicar a Deus um amor verdadeiro. A prática religiosa do dízimo era, desta forma, esvaziada de sentido. Ao pagá-lo, os fariseus pensavam estar sendo fiéis à vontade divina. Todavia, enquanto cometiam injustiças contra o próximo, cultivavam a vanglória e agiam como hipócritas e acabavam por desagradar a Deus. Invalidava-se, deste modo, sua piedade exterior, à qual se entregavam apenas para serem louvados pelos outros.
O amor e a justiça ocupam o lugar central na vida do discípulo do Reino. Nisto, ele se distingue dos fariseus. Amor e justiça, quando postos em prática, revelam o mais íntimo do ser humano. Outras práticas podem ser enganosas, revelando apenas uma piedade aparente. De fato, podem ser uma máscara da hipocrisia humana e esconder a maldade que a pessoa traz no coração. Por isso, em primeiro lugar, é preciso praticar a justiça e o amor. Com este pano de fundo, as outras práticas de piedade terão mais solidez.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a centrar minha vida sempre mais na justiça e no amor, para que tudo o mais tenha sentido para mim.
Fonte: NPD Brasil em 16/10/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Coerência Interna e Externa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___São Lucas, essa “xingação” de Jesus aos Fariseus e Mestres da Lei, foi em uma hora só? Jesus estava indignado!
Lucas ___Não, não foi. A gente foi apanhando aqui e ali, todas as discussões que Jesus teve com eles, e juntamos em um lugar só, onde sempre iniciamos a frase com a palavra “Ai”

___Mas esse “Ai” é uma ameaça ou não?
Lucas ___Claro que sim, toda pessoa religiosa, que na comunidade age desse modo farisaico, vai acabar mal.

___Pagar o Dízimo não é coisa errada, parece que eles pagavam o dízimo até sobre plantio de ervas, não?
Lucas ____ Eles ofertavam o dízimo sobre tudo o que produziam, há comunidades rurais onde até hoje o dízimo é em espécie. O problema é que eles exageravam em uma coisa e se omitiam em outra. Entendeu?

___São Lucas, dê um exemplo prático para nós...
Lucas___ Digamos, você é um dizimista fiel, paga sempre e nunca atrasa a sua oferta, a cada aumento recebido no salário, aumenta também o dízimo. Entretanto, trai a esposa e não dá nenhuma atenção aos filhos. De que adianta ser fiel no dízimo e ter uma conduta que não é cristã?

___  Nossa São Lucas! Tem mesmo desse tipo em nossas comunidades. É verdade. E esse negócio de gostar dos primeiros lugares, e de serem saudados nas praças?
Lucas _____(sorrindo) Ah, esses são os metidos a bacana, os bons e perfeitos da comunidade, piedosos, são os que mais rezam e fazem questão de se distinguirem dos demais, gostam de ser referência. Já tinha isso naquele tempo e tem hoje também aí em suas comunidades....

___Mas São Lucas, só falta esse último tipo que achou ruim de Jesus ter falado essas coisas, e tentou se esquivar dessas acusações.
Lucas_____  Ah...Na pregação de um retiro ou de uma homilia, o sujeito fala com quem está ao lado, “Nossa, que maravilhosa pregação, meu genro, ou minha sogra, ou , meu vizinho é quem deveria estar aqui, para ouvir essas verdades. Nunca abrem coração para deixarem se transformar pela Palavra.

___ Olha São Lucas, pior que é assim mesmo o farisaísmo em 2015. Por aqui a gente chama esses tipos de “Bagre ensaboado”, são liso e nunca se deixam atingir com alguma verdade. E se fosse hoje, Jesus diria “Ai de Vós Cristãos melindrosos, Bagres ensaboados, que sempre acham que a Verdade é para o outro e não para você”
Lucas ____Isso mesmo, acho que você pegou o “Espírito” da coisa e hoje dá para ampliar a lista de “Ais” sobre a conduta farisaica no meio do Povo de Deus, Leigos e Clero.

2. Sois como túmulos que não se veem - Lc 11,42-46
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus estava falando do sinal de Jonas, da luz interior, do olhar sadio quando foi convidado para almoçar na casa de um fariseu. No almoço, continuou falando com duras críticas aos escribas e fariseus. Ficam presos a preceitos e minúcias e abandonam a justiça e o amor de Deus. Buscam o primeiro lugar e honrarias e por dentro têm a podridão dos túmulos. A um Mestre da Lei que reagiu, criticou os legistas que impõem aos outros obrigações que eles mesmos não cumprem. Os discípulos, que estavam sendo instruídos no caminho para Jerusalém, aprenderam que é preciso observar preceitos sem anular mandamentos. Não se dispensem da justiça e do amor por terem pago o dízimo da hortelã. Cada coisa em seu lugar, de preferência no último com títulos e honrarias. Não exijam dos outros o que não são capazes de fazer. Se as aparências enganam, o discípulo não pode viver de aparências. Se não é perfeita, a coerência deve tornar-se um objetivo a ser alcançado pelo esforço de uma conversão contínua. O mundo não perdoa, mas Deus sim. O mundo não esquece, mas Deus não se lembra.

Liturgia comentada

Túmulos dissimulados... (Lc 11,42-46)
Neste Evangelho, ao invectivar os fariseus de seu tempo, Jesus usa de tintas fortes para realçar o contraste (e a neurose!) entre uma aparência de piedade e um coração impiedoso. Como diz o povo mineiro, “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”...
A imagem utilizada pelo Rabi da Galileia – como de costume, extraída do cotidiano da Palestina – refere-se ao antigo hábito de caiar os túmulos para deixá-los bem visíveis. Assim, buscava-se evitar que alguém, inadvertidamente, viesse a se encostar em um deles e, em consequência, tornar-se ritualmente impuro, o que obrigaria o infrator a longos ritos de abluções e purificação por um período de sete dias (cf. Nm 19,16). Claro que, mesmo caiados e muito alvos por fora, o interior dos túmulos conservava a mesma podridão...
A intenção de Jesus é deixar bem claro que a religião de alguém não deve ser medida por gestos exteriores e picuinhas devocionais, que de nada hão de valer se o interior do homem não corresponder às atitudes externas. Ora, os fariseus da época costumavam gabar-se da mais estrita observância da Lei mosaica e dos 613 preceitos rabínicos, chegando a hipervalorizar pequenos detalhes legais, como o dízimo sobre as ervas e os temperos, muito além da exigência escrita. Ao mesmo tempo, esses homens “religiosos” eram capazes de explorar os mais pobres, como as viúvas sem proteção. É bem verdade que nossa época também conserva os seus fariseus...
Em resumo, Deus vê o coração, as intenções mais profundas do espírito humano. Simular devoção enquanto se alimenta um vício oculto merecerá a um de nós o mesmo rótulo citado por Jesus Cristo: sepulcros caiados. Uma pequena esmola não esconde nossa avareza. Atitudes polidas podem ocultar o ódio mais cego. Promessas de amor ocultam intenções devassas.
Pior ainda, quando o nome de Deus é usado como fonte de lucro e de espoliação dos mais pobres! Ou quando algum conhecimento teológico é utilizado para zombar da fé dos mais simples, tantas vezes feita a canivete, sem maior polimento!
Sem dúvida, Deus aprecia o homem virtuoso. Mas sabe muito bem que toda virtude é dom. Não é nosso esforço atlético que nos aproxima de Deus... Apenas buscamos corresponder a um amor infinito, derramado sobre todos, sem distinção.
Orai sem cessar: “No meu coração, conservo as tuas ordens!” (Sl 119,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 16/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Tenho sido juiz dos meus irmãos?

Não é que não devamos corrigir ninguém; pelo contrário! O que não podemos é exercer o papel de juiz: julgar, condenar e nos sentir melhores do que os outros.

“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus” (Lc 11,42).

Meus queridos irmãos e irmãs, ouvindo a Palavra de Deus de hoje ao nosso coração, duas coisas muito importantes chamam a nossa atenção. Na Primeira Leitura (cf. Rm 2,1-11), a ordem de Deus é de que não julguemos. E ai daquele que tem a missão de julgar, porque quem julga os outros já está condenando a si mesmo. Pois julgar o outro significa dizer que eu não pratico tais coisas, que sou diferente dele, que sou o melhor; que estou acima da Lei, que estou acima de qualquer erro e pecado.
Não é que não devamos corrigir ninguém; pelo contrário! Devemos corrigir uns aos outros e nos ajudar uns aos outros a viver a verdade e a praticá-la. O que não podemos é exercer o papel de juiz: julgar, condenar e nos sentir melhores do que os outros.
A primeira tarefa, ou missão, talvez a mais importante daquele que se põe à frente dos outros, não é primeiro julgar, mas sim estimular, ajudar, perceber onde está a fraqueza, o erro ou falha do outro, e ajudá-lo a consertar o caminho. Mas não se ajuda uma pessoa a criticando e falando mal dela. Quando você perceber que o erro de alguém é muito gritante – olhe primeiro para dentro de si – procure dizer: “Será que estou vivendo diferente dessa pessoa a quem estou julgando? Será que estou me corrigindo? Será que estou me vendo?”
Então, não nos esqueçamos de que nós devemos ser juízes de nós mesmos, cada um deve julgar a si mesmo. Aos outros devemos ajudar, corrigi-los exercendo a caridade e, acima de tudo, amar aqueles que erram.
O Evangelho de hoje está nos chamando à atenção da mesma forma, porque tanto os fariseus como os doutores, ou seja, os mestres da Lei, colocam a Lei acima de tudo. Aqueles que a colocam acima de tudo, também se julgam conhecedores dela, por isso julgam e condenam todos e se sentem melhores do que todos.
Ao agirem assim, eles acabaram se esquecendo do essencial da Lei de Deus – do amor, da justiça e da misericórdia. E mais ainda: sempre que também agimos desse modo, colocamos um jugo pesado demais sobre os outros, cobramos demasiadamente dessas pessoas; ao passo que não prestamos atenção em nós mesmos e na carga que carregamos.
Que o Senhor nos dê um coração manso, humilde e misericordioso. Que nos ajudemos uns aos outros a carregar o fardo da vida, e não nos tornemos um peso uns para os outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Nossas práticas devem ser norteadas pelo amor e pela justiça

“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus” (Lucas 11,42).

As práticas religiosas são muito importantes para uma pessoa religiosa. As práticas oracionais, pagar o dízimo, ajudar a nossa comunidade, fazer penitência, praticar o jejum e tantos outros elementos importantes que fazem parte da vida religiosa de um homem que busca a Deus.
Mas elas não são suficientes e, mais ainda, todas as práticas que não são norteadas pelo amor de Deus e pela justiça, são práticas inúteis e não chegam ao coração de Deus. Então, tudo aquilo que fizermos para Deus que seja por um profundo amor a Ele, e não para nos aparecer ou ser melhor que os outros, não para sermos bem vistos, não para nos acharmos as pessoas mais religiosas. É importante que os outros nem saibam o que estamos fazendo, não podemos chamar atenção para aquilo que realizamos para Deus.

Todas as práticas que não são norteadas pelo amor e pela justiça são inúteis e não chegam ao coração de Deus

Esta é a verdadeira religião, a religião que nos conduz ao amor a Deus, tudo por amor a Ele. E se fazemos por amor a Ele, saberemos sofrer até as incompreensões, porque não fazemos para sermos compreendidos e aceitos, fazemos porque Deus nos ama e queremos corresponder ao seu amor amando-O sobre todas as coisas.
Do outro lado, o amor a Deus não pode jamais deixar de lado a justiça. Sejamos justos, honestos e corretos. Pratiquemos a justiça nos pequenos e grandes atos. Façamos a justiça acontecer; justiça com quem sofre e com quem é injustiçado.
Não podemos fechar os nossos olhos quando vemos o outro sofrer, não podemos nos acomodar quando vemos o outro sofrer tantos incômodos na vida. Ser justo é ter o coração de Deus que tem empatia e compaixão, que sabe o que o outro passa e coloca-se no lugar do próximo.
Sejamos bons religiosos, vivendo a verdadeira religião, tendo nossas práticas religiosas, mas, acima de tudo, vivendo todas elas com muito amor a Deus e sendo justos em tudo o que realizarmos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/10/2019

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria para buscar as coisas essenciais, na certeza de que as acidentais virão por acréscimo. Que sejamos justos, fraternos, compassivos e fontes de esperança para os irmãos, nesta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria, coragem e força para buscar as coisas essenciais, na certeza de que as acidentais virão por acréscimo. Que sejamos justos, fraternos, compassivos e fontes de esperança para os irmãos, nesta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada, usufruída e partilhada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2019

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