quinta-feira, 23 de setembro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/09/2021

ANO B


Lc 9,7-9

Comentário do Evangelho

Para conhecer Jesus é preciso fé.

Toda a primeira parte do evangelho segundo Lucas (4,14–9,50) é marcada também pela pergunta cristológica “quem é Jesus?”. É a pergunta que o rei Herodes faz pelo que ouviu dizer (cf. v. 7): “Quem será esse homem...?” (v. 9). O leitor do evangelho já conhece a má fama de Herodes pela própria pluma do autor do evangelho (cf. 3,19-20). A visão de Herodes é exterior (ele “ouviu falar de tudo o que estava acontecendo” – v. 7); o texto não nos informa, até então, de nenhum encontro entre Jesus e ele. Suas considerações estão presas ao passado: João Batista, Elias. O seu interesse de ver Jesus (v. 9) não pode passar de pura curiosidade. Já no contexto da paixão, o evangelista observa: “Vendo a Jesus, Herodes ficou muito contente; há tempo que queria vê-lo, pelo que ouvia dizer dele e esperava ver algum milagre feito por ele” (Lc 23,8). Jesus não pronunciou nenhuma palavra. Trata-se de um silêncio eloquente que revela a iniquidade de Herodes. Para Herodes, a identidade profunda e verdadeira se esconde, pois para conhecê-la é preciso fé.
Fonte: Paulinas em 26/09/2013

Vivendo a Palavra

Também Herodes queria ver Jesus. Conhecê-lo, ouvi-lo, e segui-lo também deve ser o objetivo central da nossa passagem por este planeta-jardim, que o amado Pai nos emprestou. E que a nossa relação com os irmãos se espelhe no jeito do Mestre de Nazaré, para a glória de Deus Pai!
Fonte: Arquidiocese BH em 26/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Também Herodes queria ver Jesus. Conhecê-Lo, ouvi-Lo, e segui-Lo também deve ser o objetivo central da nossa passagem por este planeta-jardim, que nosso Pai nos emprestou para que cuidemos dele e o partilhemos com os irmãos. E que a nossa relação com os companheiros do Caminho se espelhe no jeito do Mestre de Nazaré, para a glória de Deus Pai!
Fonte: Arquidiocese BH em 26/09/2019

Reflexão

Vemos o surgimento de diferentes formas de misticismo e as diferentes religiões estão se multiplicando por todos os lados. Para nos defender, afirmamos que existem falsos profetas que ficam enganando o povo para ganhar dinheiro e fazer da religião meio de vida. À luz do Evangelho de hoje, podemos analisar este fato. As pessoas falam muitas coisas a respeito de Jesus, embora muitas vezes porque desconhecendo verdade, e esse desconhecimento se dá porque não evangelizamos como devemos e também porque conhecemos a nossa fé de modo superficial, mas não admitimos a nossa ignorância e manifestamos nossa opinião como verdade de fé, basta ver o acúmulo de bobagens que cristãos de meia tigela veiculam na Internet, em sites que afirmam ser católicos , mas que na verdade são caóticos e escondem Jesus.
Fonte: CNBB em 26/09/2013

Reflexão

Jesus vem para realizar e propor nova mentalidade e, por isso, novo estilo de vida. Por suas atitudes coerentes e por seu poder de expulsar as forças do mal e curar doenças, em pouco tempo Jesus havia cativado e arrastado atrás de si numerosas multidões. Embora ele insistisse para não publicarem seus feitos, sua fama logo se espalhou por toda parte e chegou aos ouvidos de Herodes, homem forte do governo. Fosse o profeta Elias que voltava, ou João Batista, ressuscitado dos mortos, ambas as lembranças eram um tormento para a cabeça do cruel Herodes. Fica confuso. “Queria ver Jesus”, talvez para livrar-se do pesadelo de sua vida desregrada. Na paixão de Jesus, Herodes fará de tudo para arrancar-lhe uma palavra. Em vão. Tratava-se de mera curiosidade, não desejo de se tornar discípulo.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 26/09/2019

Reflexão

Jesus vem para realizar e propor nova mentalidade e, por isso, novo estilo de vida. Por suas atitudes coerentes e por seu poder de expulsar as forças do mal e curar doenças, em pouco tempo, Jesus havia cativado e arrastado atrás de si numerosas multidões. Embora ele insistisse para não publicarem seus feitos, sua fama logo se espalhou por toda parte e chegou aos ouvidos de Herodes, homem forte do governo. Fosse o profeta Elias que voltava, fosse João Batista, ressuscitado dos mortos, ambas as lembranças eram um tormento para a cabeça do cruel Herodes, que fica confuso. “Queria ver Jesus”, talvez para livrar-se do pesadelo de sua vida desregrada. Na paixão de Jesus, Herodes fará de tudo para arrancar-lhe uma palavra. Em vão. Tratava-se de mera curiosidade, não desejo de se tornar discípulo.
Oração
Ó Jesus Mestre, Herodes Antipas se incomoda com as informações que circulam a teu respeito. Mera curiosidade pessoal, sem intenção de se tornar teu discípulo. Livra- nos, Senhor, dos prepotentes, que dificultam ou impedem a expansão do teu Reino de justiça, amor e paz. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditação

O povo queria conhecer Jesus, aproximar-se dele. Será que em nossa vida se dá o mesmo? - Procuramos vê-lo onde realmente se encontra? - Até Herodes acabou se interessando em ver Jesus. - Onde e em que circunstâncias podemos ver Jesus? - Por que Herodes queria ver Jesus? - Falar mal destrói; falar bem constrói! - Qual é nossa opção na vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 26/09/2013

Meditando o evangelho

O DESEJO DE VER JESUS

As palavras e os milagres de Jesus atraíam em torno dele verdadeiras multidões. Contudo, era impossível controlar a intenção de cada pessoa. Muitos vinham por pura curiosidade. Outros, esperando que Jesus os curasse de alguma enfermidade ou, de qualquer forma, os libertasse. Outros, ainda, eram movidos por um desejo sincero de escutar Jesus e tornar-se seus discípulos, escolhendo como projeto de vida a proposta do Reino.
Esta variedade de intenções não influenciava a conduta do Mestre. Ele não satisfazia a curiosidade das pessoas, por exemplo, fazendo milagres sob encomenda. Suas curas beneficiavam somente àquelas que, de algum modo, demonstravam ter fé. Os corações sinceros dependiam da vontade expressa de Jesus para se tornarem seus discípulos. Só se punha a segui-lo quem ele chamava pelo nome. Não adiantava oferecer-se.
O violento Herodes, tendo ouvido falar de Jesus, manifestou curiosidade de vê-lo. Este rei não sabia de quem se tratava. As hipóteses levantadas lhe satisfaziam. Daí seu desejo de vê-lo pessoalmente. Quiçá esperasse presenciar o espetáculo de um milagre realizado por Jesus, pois tivera notícia de sua fama. Seu desejo de ver o Mestre só seria realizado por ocasião da paixão. Mas, naquela ocasião, Jesus o decepcionou, por não ceder a seus caprichos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, eu quero seguir-te com sinceridade, com o único desejo de aderir ao Reino por ti anunciado e fazer-me teu discípulo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Apoiar-se em Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eclesiastes e o aparente “pessimismo” do autor, quer na verdade nos mostrar algo que é muito verdadeiro: a nossa vida e tudo o que fazemos, projetamos, construímos, e tudo o que somos com os nossos potenciais e fragilidades. Tudo isso de nada adiante e de nada serve. É a rotina do dia a dia, a mesmice de sempre, nada nos encanta e nem nos atrai. Assim é a existência de todo aquele que não vive uma experiência religiosa, pois sem Deus, a Salvação e a Graça que ele nos oferece em Jesus Cristo, o trabalho e o estudo, e todos os nossos projetos, para nada servem, pois um dia serão conosco sepultados e irão voltar a ser pó, lembra-nos o salmista.
Por outro lado, refugiar-se em Deus, que é o único abrigo realmente seguro, não significa viver em fuga em uma religião alienante, ao contrário, é a oração do homem sensato, para o qual todas essas coisas terrenas têm um sentido novo a partir de Deus. Quando a vida parece ser um tédio, e certas coisas não fazem sentido, nos abrigamos no coração de Deus que nos ensina a fazer esta releitura dos acontecimentos da vida.
E assim, no evangelho encontramos com Herodes, um Soberano que não tinha noção dos seus limites, um homem arrogante e presunçoso que queria ter tudo sob seu controle, até mesmo as coisas pertinentes a Deus e à sua Verdade. Tendo ouvido falar das maravilhas de Jesus e sabendo das interpretações do povo, de que ele seria João Batista que voltou, ou algum dos profetas, o Tirano perturbou-se e queria ver Jesus.
Querer ver Jesus é algo belíssimo, quando se está encantado com a sua pessoa e o seu evangelho. Claro que não era este o caso do Rei Herodes, homem que se julgava deus e não admitia concorrência. Qualquer semelhança com o homem da pós-modernidade, não é mera coincidência...

2. Procurava ver Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Houve um rei, chamado Herodes o Grande, que se encontrou com os Reis Magos e mandou matar as crianças de Belém. Seu filho, Herodes Antipas, mandou matar São João Batista. Outro Herodes, chamado Agripa, mandou matar São Tiago Maior, irmão de São João Evangelista, e mandou prender São Pedro. Herodes Antipas procurava ver Jesus. Ele o verá por ocasião da prisão de Jesus. Quando soube que Jesus vinha da Galileia, Pilatos enviou Jesus a Herodes, que estava em Jerusalém. São Lucas escreve que “vendo Jesus, Herodes ficou muito contente; havia muito tempo que queria vê-lo, pelo que ouvia dizer dele; e esperava ver algum milagre feito por ele”. Jesus não deu nenhuma resposta às perguntas feitas por Herodes. O rei, então, zombou de Jesus, vestiu-o com uma veste de gala e o devolveu a Pilatos. Não estava interessado na pessoa de Jesus. Queria ver o espetáculo de algum milagre feito por Jesus. Jesus deve ser buscado por ser o Salvador, por ser o Filho de Deus misericordioso, por ser manso e humilde de coração. É possível e aceitável que o primeiro encontro com ele se dê num espetáculo, numa reunião cantante, movimentada e entusiasmante. É o que chamamos de querigma. Depois vem a catequese e depois a mistagogia. O primeiro encontro é aprofundado na reflexão e celebrado no silêncio da contemplação. Procurar ver Jesus e aprofundar a visão.

3. UM MALVADO PERPLEXO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

A simples evocação do nome de Herodes é motivo de apreensão. Filho mais novo de Herodes, o Grande, governou com o título de tetrarca. Popularmente, era chamado de rei. Indivíduo astuto, ambicioso, amante do luxo e do prazer. Violento como o pai. Foi ele quem mandou prender e degolar João Batista, por ter-lhe censurado a injustiça cometida contra seu próprio irmão, cuja mulher tomara por esposa.
Herodes é uma pessoa a quem os milagres de Jesus deixa perplexo. Por quê? Supersticioso como era, poderia estar pensando que o Mestre fosse a reencarnação de João Batista, com a possibilidade de ser castigado pelo mal cometido contra ele.
Se fosse Elias, seria sinal da consumação dos tempos, quando o Senhor viria para fazer a humanidade passar pelo crivo da sua justiça. Caso fosse um dos antigos profetas ressuscitados era de se esperar a realização das antigas esperanças de Israel. Nenhuma destas explicações deixava Herodes tranqüilo. As notícias a respeito de Jesus superavam todos esses esquemas messiânico-escatológicos.
A compreensão de Jesus e da sua ação dependem de um envolvimento pessoal com ele e da disposição de acolher sua mensagem, deixando-se transformar por ela. Em outras palavras, é preciso ter fé.
Exatamente isto é que faltava a Herodes, com relação a Jesus. Desejar vê-lo por mera curiosidade ou pseudo-interrogações não basta para conhecer quem ele, de verdade, é.
Oração
Espírito de compromisso, liberta meu coração de falsas interrogações a respeito de Jesus, e leva-me a compreender que só a fé engajada pode levar-me a conhecê-lo.
Fonte: NPD Brasil em 26/09/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Reino de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando o Reino de Deus não faz parte do nosso projeto de vida, tudo o que fazemos parece em vão e sem sentido. Os exilados acabaram de retornar da Babilônia e o desânimo é muito grande diante das tarefas a serem feitas, inclusive a reconstrução do tempo. Por isso Deus dirá através do Profeta: Semeais e colheis pouco, comeis, mas não ficais satisfeitos, bebeis e não vos embriagais, estais vestidos e não vos aqueceis.
O que significa o templo para o Israelita, significa Jesus para nós cristãos, sem ele, a nossa vida e tudo o que fazemos parece não ter sentido. O Amor de Deus por seu Povo é verdadeiro e não algo perdido no passado. Quem conhece Jesus e escuta falar das maravilhas que ele faz, dos seus ensinamentos riquíssimos, que superam a tradição antiga do Povo de Israel, tanto ontem como hoje, pensam poder se aproveitar disso e tentam manipular o Cristianismo a seu favor. É esse o caso de Herodes que queria ver Jesus, lembremo-nos de Zaqueu que também queria ver Jesus e até subiu em uma árvore, e conseguindo o seu intento, deixou-se transformar pela Palavra, mudando totalmente a sua vida. Já o Rei Herodes, no fundo quer saber quem autorizou Jesus a pregar e a fazer as obras do Reino, ele tinha mandado matar a João Batista, achando que assim o Projeto do Reino que ele anunciava, teria se acabado.
Mas o Reino de Deus não depende do aval ou da aceitação dos poderosos desse mundo, nem pode ser manipulado pelo sistema político ou alguma ideologia humana. Ele está presente no co0ração e na vida dos que o aceitam e se deixam transformar por ele. As Instituições deste mundo são necessárias para a sociedade, mas elas não devem ocupar em nossa vida o lugar que pertence a Deus.

2. E procurava ver Jesus - Lc 9,7-9
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Herodes queria ver Jesus. Será ele João Batista ressuscitado? Será o profeta Elias que enfim apareceu? Algum antigo profeta ressuscitado? Busca resposta no que é conhecido sem perceber que está diante de algo novo. Por que quer ver Jesus? Quer degolá-lo como fez com João? Herodes se inquieta. As respostas lhe vêm do povo, que também não identifica Jesus. Mais tarde, Pilatos, sabendo que Jesus pertencia à jurisdição de Herodes, enviou-o ao rei, que se encontrava em Jerusalém. “Vendo Jesus, Herodes ficou muito contente; havia muito tempo que queria vê-lo, pelo que ouvia dizer dele; e esperava ver algum milagre feito por ele”, escreve São Lucas. Herodes fez perguntas a Jesus, mas Jesus não lhe deu nenhuma resposta. Qualquer pessoa que se disponha a seguir com fidelidade Jesus Cristo e seus ensinamentos causa interrogação e muitas interpretações. Quem é, o que quer, a que veio, qual o sentido do que diz? Um exemplo em nossa história recente é o Papa Francisco. Voltou para trás até encontrar Jesus Cristo e com ele se identificar. Quem é este? A que veio? Que quer dizer com suas palavras? Papa Francisco olhou até encontrar Jesus e com ele buscou o essencial. Expôs o que realmente interessava ao ser humano necessitado de humanização.

Liturgia comentada

Alegre-se Israel! (Sl 149)
O pagão é triste. Nem podia ser diferente. Se tudo acaba com a morte, não temos saída. Os epicuristas tentaram “curtir” o presente: carpe diem! “Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.” (1Cor 15,32) No polo oposto, os estoicos adotaram a fuga dos prazeres. Pois os dois extremos se encontraram: Epicuro e Zenão suicidaram-se.
Nossa alegria, nós não a fabricamos: é fruto da Graça de Deus! É comovente o esforço humano para fabricar a alegria: luzes, cores, danças, ruído, os hits do momento, festivais, palcos e arenas. Tudo em vão. Ao fim do Carnaval, a mesma “marcha da quarta-feira de cinzas”: é hoje só; amanhã não tem mais...
O salmo da liturgia de hoje, o penúltimo do Hallel, é um convite à alegria. Não a alegria da alacridade, tão conhecida das maritacas e dos roqueiros. Mas a alegria do júbilo, do jubileu, do yôbel, a trombeta que anuncia o Ano de Graça do Senhor. Nesse ano jubilar, as terras voltam a seus antigos donos que as haviam perdido, os escravos são libertados e a justiça é recomposta.
Para o fiel, a fonte de sua alegria é o próprio Deus: “Estou cheio de alegria no Senhor! Minha alma exulta em meu Deus, pois ele me revestiu com as vestes da salvação!” (Is 61,10) Na Primeira Aliança, alegra-se Ana, mãe de Samuel, curada de sua esterilidade: “Meu coração exulta no Senhor, é em Deus que eu ergo minha cabeça!” (1Sm 2,1) Na Nova Aliança, Maria, Mãe de Deus, tem ainda mais razão para a alegria: “Minha alma exalta o Senhor, meu espírito exulta em Deus, meu Salvador!” (Lc 1,47)
A verdadeira alegria é profunda, vem do interior, como resposta aos sinais palpáveis do amor de Deus. Nada que lembre as palmas forçadas de tantas celebrações que deviam ser liturgia e não passam de encontros sociais. A alegria genuína é transformadora: leva à partilha e à renúncia pessoal, pois quem a experimenta não precisa de outras motivações.
Israel devia alegrar-se na perspectiva do futuro Messias, quando lobo e cordeiro viveriam em paz. O novo Israel, a Igreja, rejubila-se com a morte e ressurreição de Cristo, que rompeu nossos grilhões e abriu-nos a casa do Pai. É nele que são eliminadas as diferenças entre grego e judeu, escravo e livre, pobres e ricos. Irmanados em Cristo, a tristeza não tem mais espaço entre nós.
Santo Agostinho comenta o Salmo 149: “Este é o cântico da paz, o cântico da caridade. Todo o que se aparta da união dos santos, não canta o cântico novo. Pois seguiu a velha animosidade, e não a caridade que é nova”.
Orai sem cessar: “O justo se alegrará no Senhor!” (Sl 64,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaaliannca.com.br
Fonte: NS Rainha em 26/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Por que aquilo que nós fazemos não nos realiza?

Por que aquilo que nós fazemos não nos realiza? O Senhor, hoje, nos chama para que edifiquemos uma casa para Ele em nosso coração.

Na Palavra de Deus, que nos é dirigida no dia de hoje, eu queria chamar sua atenção para a primeira leitura do profeta Ageu, a qual nos diz: “Considerai, com todo coração, a conjuntura que estais passando: tendes semeado muito e colhido pouco, tende-vos alimentado e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos embriagais; estais vestidos e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto” (cf. Ag 1,5-6).
Parece que de tudo que estamos fazendo, nada nos deixa satisfeitos nem realizados, parece que a conjuntura das coisas que estamos vivendo, passando, não traz nenhuma realização para nós; e a Palavra de Deus é que está nos chamando à atenção: “Olhai para a vossa condição, olhai para o meio que a vossa vida se encontra”.
Por que é que nós não nos encontramos? Por que não encontramos satisfação? Por que aquilo que nós fazemos não nos realiza?
A Palavra de Deus nos chama à atenção para revermos primeiro: Estamos vivendo de coração? Estamos aplicando, de coração, aquilo que estamos fazendo ou estamos levando a vida, as coisas de qualquer jeito, vivendo por viver, fazendo por fazer, comendo por comer e não estamos dando qualidade às coisas que fazemos e realizamos? Temos de rever nossa postura, nossa posição, rever, realmente, a forma como nós fazemos as nossas coisas.
A segunda coisa: Qual tem sido a nossa postura para com Deus? Qual tem sido a nossa postura para com as coisas do Senhor? Estamos fazendo de qualquer jeito, de qualquer modo, estamos fazendo a nossa oração com a intensidade do nosso coração ou somos relaxados em nossas práticas espirituais? Fazemos de qualquer jeito quando dá e, às vezes, a nossa vida não assume uma postura de seriedade para com Deus e para com as coisas do Senhor?
O Senhor, hoje, nos chama para que, de todo o nosso coração, nós subamos ao monte e edifiquemos a casa d’Ele; edifiquemos uma casa para Ele em nosso coração.
Edificar uma casa para o Senhor, dentro de nós, dentro de nossa alma, do nosso coração significa “voltar-se ao Senhor por inteiro, não só pela metade, não só quando temos necessidade, mas com a intensidade do nosso ser”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Todo encontro com Jesus é transformador

“Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus” (Lucas 9,9).

Herodes estava perplexo com tudo o que estava ouvindo falar. Primeiro, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Como, porém, ele poderia ressuscitar, uma vez que Herodes mandou degolar João Batista? Segundo, porque diziam que Elias ou algum dos antigos profetas havia aparecido.
A verdade é que Herodes não sabia quem era Jesus, ele ouviu falar de Jesus, sabia tudo que estava acontecendo, mas não procurou conhecer quem era Jesus. Ele apenas ouviu e procurava ver Jesus.
Assim como Herodes, muitos dos nossos tempos não sabem quem é Jesus. Apenas ouviram falar, procuraram ver Jesus, mas não entraram na intimidade d’Ele, não entraram no ministério maravilhoso da vida d’Ele em nós.
Se não conhecermos quem é Jesus, ficaremos apenas nas coisas superficiais, apenas naquilo que ouvimos dizer sobre Ele. Jesus veio para que nos encontremos com Ele, pois todo encontro com Jesus é transformador. Que pena Herodes não conhecer Jesus, porque Ele não veio para condenar ninguém, Ele veio, inclusive, para salvar Herodes e todos que O acolhessem de coração sincero.

Encontro pessoal, transformador, renovador, encontro que faz novas todas as coisas, encontro que renova a nossa vida

Quando a pessoa está dentro das suas comodidades, ela não quer sair para encontrar o que é mais profundo, o que é maior do que ela, ela fica na sua soberba, no seu orgulho, nas suas vaidades, mas não é capaz de sair de si, então, ela não se encontra com Jesus.
Precisamos sair de nós, precisamos sair das nossas vaidades, desse nosso mundinho que criamos em torno de nós para que possamos encontrar Jesus, para que possamos ser encontrados por Ele e para que Ele, realmente, transforme a nossa vida.
Não podemos ficar como Herodes, ouvindo falar de Jesus, até admirando as coisas d’Ele. Herodes admirava João Batista e, com certeza, estava admirado com o que ouviu falar a respeito d’Ele, mas Herodes não entrou no Reino de Deus, porque não de deixou transformar e ser conhecido por Jesus.
Permitamos que a Palavra de Deus nos leve ao encontro pessoal com Jesus. Encontro pessoal transformador, renovador, encontro que faz novas todas as coisas, encontro que renova a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/09/2019

Oração Final
Pai Santo, nós agradecemos o inefável dom de teu Filho Unigênito, que se fez humano para anunciar-nos que o Reino de Amor chegou, já mora em nós, e para nos conduzir por seus caminhos. Faze-nos profetas de teu Amor, para anunciá-lo aos homens de boa vontade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 26/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós agradecemos o teu inefável Dom – o Filho Unigênito! Ele se fez humano para nos conduzir por seu Caminho, e revelar a todos que o teu Reino, amado Pai, já chegou e mora em nós. Faze-nos profetas do Amor, para anunciá-lo aos homens de boa vontade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 26/09/2019

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