terça-feira, 13 de outubro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/10/2020

ANO A


Lc 11,37-41

Comentário do Evangelho

A liberdade de Jesus

Em um contexto de advertências de Jesus aos chefes do judaísmo, Lucas narra este episódio durante uma refeição em casa de um fariseu. Lucas apresenta mais dois outros episódios em tal situação (Lc 7,36-50; 14,1-5), o que é uma exclusividade sua.
Com este texto Lucas inicia uma série de sete admoestações de Jesus contra os fariseus e os doutores da Lei. Elas também são encontradas no capítulo 25 do evangelho de Mateus, de maneira ainda mais contundente.
O convite do fariseu a Jesus parece estranho. Pode-se perceber que há uma intenção de incriminá-lo em alguma falta contra a Lei, o que se manifesta pela admiração do fariseu porque Jesus não faz as abluções rituais antes da refeição. A partir deste fato, Jesus afirma sua liberdade de ação com uma ampla crítica à prática religiosa daqueles fariseus e doutores da Lei, com suas observâncias legais e sua imposição ao povo submisso. A primeira crítica é feita sobre o preceito legal das abluções e purificação exterior. Aqueles líderes cumpridores de atos religiosos exteriores estavam com seu interior corrompido. A sentença final exprime que, se os fariseus abrissem mão da cobiça que tinham em seu interior, tudo ficaria puro para eles.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me torna incapaz de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 16/10/2012

Comentário do Evangelho

Crítica à hipocrisia que seduz e engana.

Não obstante as duras críticas que Jesus faz aos fariseus (Mt 23), havia entre ele e, ao menos, um certo grupo de fariseus, simpatia e apreço. Não é a primeira vez que Jesus é convidado para uma refeição na casa de um fariseu (7,36ss). Nessas ocasiões Jesus aproveita para ensinar. Os fariseus não são, apesar dos rótulos que lhes impõem, pessoas más; eles acreditam viver fielmente sua religião através do apego ao rigorismo da lei e das tradições de seus antepassados. No entanto, a rigidez obsessiva e escrupulosa os cega, inclusive para a finalidade última da Lei de Deus, que é a vida e a liberdade do ser humano. Esse modo de entender e cumprir a Lei os leva a excluir as pessoas, impedindo-os de olhar os outros com misericórdia (cf. Os 6,6). A atitude de Jesus de não lavar as mãos, como prescrito pelo preceito, antes das refeições causa admiração no fariseu que o convidou (v. 38). O fato de estar na casa do fariseu não inibe Jesus de criticar o desvio na compreensão e prática dos mandamentos da Lei de Deus. No evangelho de hoje, a crítica é à hipocrisia que seduz e engana e que, aqui, é entendida como oposição entre interior e exterior. O verdadeiro tesouro que deve ser partilhado é o bem que Deus mesmo colocou no coração do ser humano. A esmola, como dom de si mesma, é muito mais importante que as regras de pureza ritual (cf. Tb 4,8.11; Is 58,3ss; 1Pd 4,8).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 14/10/2014

Vivendo a Palavra

Para nós, que nos dizemos seguidores de Jesus, a religião é uma opção radical de vida e não um conjunto de regras para salvar as aparências. Vale o coração, o amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador dedicado a todos os irmãos de peregrinação.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Para nós, que nos dizemos seguidores de Jesus, religião é opção radical de vida e não um conjunto de regras impostas para salvar aparências. Vale o coração, o Amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador dedicado a todos os irmãos que seguem ao nosso lado em peregrinação por esta terra abençoada que nos cabe conservar, usufruir e partilhar.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos ensina o Caminho para a verdadeira pureza: olhos limpos, puros e brilhantes, ouvidos atentos ao clamor do irmão, coração generoso, mãos operosas e pés capazes de nos conduzir até onde está o mais necessitado, o desprezado, para levar até ele o sinal da presença amorosa do Pai, que é rico em Misericórdia.

Reflexão

O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade.
Fonte: CNBB em 16/10/2012 14/10/2014

Reflexão

Fazer refeição em casa de um fariseu pode acarretar a Jesus algum desconforto. Com efeito, neste episódio, o fariseu critica Jesus por sentar-se à mesa sem antes ter-se lavado. Os fariseus davam muita importância a certas ações exteriores, como se fossem obras agradáveis a Deus. Não executá-las seria transgredir a Lei. Jesus aponta para o essencial: a pureza de coração, a reta intenção, o amor ao próximo. Não basta a boa intenção, é necessário traduzi-la em gestos concretos. Por isso, Jesus lança aos fariseus um intrigante desafio: “Deem como esmola o que vocês têm, e tudo ficará puro para vocês”. Dar esmola, símbolo da prática da caridade fraterna, é mais significativo e valioso do que a simples limpeza das mãos e dos utensílios domésticos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/10/2018

Reflexão

Fazer refeição em casa de um fariseu pode acarretar a Jesus algum desconforto. Com efeito, neste episódio, o fariseu critica Jesus por sentar-se à mesa sem antes ter-se lavado. Os fariseus davam muita importância a certas ações exteriores, como se fossem obras agradáveis a Deus. Não executá-las seria transgredir a Lei. Jesus aponta para o essencial: a pureza de coração, a reta intenção, o amor ao próximo. Não basta a boa intenção, é necessário traduzi-la em gestos concretos. Por isso, Jesus lança aos fariseus um intrigante desafio: “Deem como esmola o que vocês têm, e tudo ficará puro para vocês”. Dar esmola, símbolo da prática da caridade fraterna, é mais significativo e valioso do que a simples limpeza das mãos e dos utensílios domésticos.
Oração
Ó Jesus Mestre, não suportas quando alguém pratica atos externos para ser admirado pelos outros. Isso pode tornar-se um modo de esconder o interior, cheio de “roubos e maldades”. Importante é ter o coração puro e servir a Deus com humildade. Senhor, concede-nos generosamente esta graça. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Podemos dizer que temos muita bondade no coração? - Será que às vezes não estamos preocupados demais com exterioridades apenas? - Não somos muitas vezes fariseus disfarçados? - Como trabalhamos com o ar de superioridade que se encontra por toda parte? - Somos fáceis em criticar os outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/10/2014

Comentário do Evangelho

UM CASO DE INSENSATEZ

Certas atitudes dos fariseus deixavam Jesus irritado. Entre elas, a preocupação exagerada com a pureza ritual, sem a correspondente pureza do coração. Nem o dever de "boa educação" impedia o Mestre de denunciar esta perigosa defasagem. Assim, o fariseu que o convidara para almoçar em sua casa recebeu a merecida censura, por querer impor-lhe seus esquemas.
O anfitrião considerou grave o fato de Jesus não ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os fariseus eram escrupulosos na observância desse rito. Procuravam evitar qualquer contato contaminador, e multiplicavam as abluções para ver-se livres de eventuais impurezas.
No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem lavados, se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste descompasso, de forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age assim, ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus tornar-se-ão inúteis.
Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez purificado o coração, tudo o mais se torna puro.
Oração
Espírito que purifica, tira do meu coração a impureza do egoísmo que me impede de ser misericordioso para com os meus semelhantes.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/10/2014

Meditando o evangelho

A CARIDADE É QUE PURIFICA

A admiração do fariseu surpreso porque Jesus sentou-se à mesa para comer sem ter lavado as mãos não passou despercebido pelo Mestre. Ele conhecia muito bem a mentalidade de seu anfitrião e seu apego escrupuloso à tradição da pureza ritual. Igualmente tinha consciência da reação que sua atitude causaria. No entanto, apesar de ser hóspede, não perdeu a ocasião de denunciar a hipocrisia de quem o convidara para almoçar.
A pureza exterior do fariseu não correspondia à do seu interior. Limpo por fora, estava cheio de sujeira por dentro. A contaminação provinda dos roubos e de sua malícia era muito pior do que a eventual impureza de um copo ou prato. Grande insensatez perder tempo com coisas secundárias, olvidando o essencial!
Jesus apresentou a caridade como a melhor forma de garantir e conservar a verdadeira pureza. Quando a pessoa abre seu coração e se torna sensível para com o irmão carente, partilhando com ele seus bens, tudo se torna puro para ela. Esta é a melhor forma de eliminar o egoísmo, único fator de contaminação do coração humano. Quando o coração é puro, tudo o mais se torna puro.
A pureza, fruto da caridade, é agradável a Deus e garante a salvação. Ele julga as pessoas a partir do interior. Aí ele verifica se elas, de fato, estão puras.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração 
Senhor Jesus, não me deixes cair na insensatez de buscar a pureza exterior, porque a pureza verdadeira provém do amor.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Coerência Interna e Externa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___São Lucas, essa “xingação” de Jesus aos Fariseus e Mestres da Lei, foi em uma hora só? Jesus estava indignado!
Lucas__ Não, não foi. A gente foi apanhando aqui e ali, todas as discussões que Jesus teve com eles, e juntamos em um lugar só, onde sempre iniciamos a frase com a palavra “Ai”

___Mas esse “Ai” é uma ameaça ou não?
Lucas ___Claro que sim, toda pessoa religiosa, que na comunidade age desse modo farisaico, vai acabar mal.

___Pagar o Dízimo não é coisa errada, parece que eles pagavam o dízimo até sobre plantio de ervas, não?
Lucas ___ Eles ofertavam o dízimo sobre tudo o que produziam, há comunidades rurais onde até hoje o dízimo é em espécie. O problema é que eles exageravam em uma coisa e se omitiam em outra. Entendeu?

___São Lucas, dê um exemplo prático para nós...
Lucas___ Digamos, você é um dizimista fiel, paga sempre e nunca atrasa a sua oferta, a cada aumento recebido no salário, aumenta também o dízimo. Entretanto, trai a esposa e não dá nenhuma atenção aos filhos. De que adianta ser fiel no dízimo e ter uma conduta que não é cristã?

___ Nossa São Lucas! Tem mesmo desse tipo em nossas comunidades. É verdade.
___E esse negócio de gostar dos primeiros lugares, e de serem saudados nas praças?
Lucas ___( sorrindo) Ah, esses são os metidos a bacana, os bons e perfeitos da comunidade, piedosos, são os que mais rezam e fazem questão de se distinguirem dos demais, gostam de ser referência. Já tinha isso naquele tempo e tem hoje também aí em suas comunidades....

___Mas São Lucas, só falta esse último tipo que achou ruim de Jesus ter falado essas coisas, e tentou se esquivar dessas acusações.
Lucas___ Ah... Na pregação de um retiro ou de uma homilia, o sujeito fala com quem está ao lado, “Nossa, que maravilhosa pregação, meu genro, ou minha sogra, ou , meu vizinho é quem deveria estar aqui, para ouvir essas verdades. Nunca abrem coração para deixarem se transformar pela Palavra.

___ Olha São Lucas, pior que é assim mesmo o farisaísmo em 2012. Por aqui a gente chama esse tipos de “Bagre ensaboado”, são liso e nunca se deixam atingir com alguma verdade. E se fosse hoje, Jesus diria “Ai de Vós Cristãos melindrosos, Bagres ensaboados, que sempre acham que a Verdade é para o outro e não para você”
Lucas ____Isso mesmo, acho que você pegou o “Espírito” da coisa e hoje dá para ampliar a lista de “Ais” sobre a conduta farisaica no meio do Povo de Deus, Leigos e Clero.
Fonte: NPD Brasil em 16/10/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. As Aparências enganam
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___São Lucas, porque o Senhor lembrou-se desse fato e fez questão de o refletir, junto às suas comunidades quase 80 anos após ele ter ocorrido? Dá para o Senhor explicar o contexto?

__Sem dúvida, farei isso com o maior prazer, vocês sabem que nossas primeiras comunidades não eram homogêneas, todas iguaizinhas, mas havia uma mistura de culturas e de crenças religiosas, tinha membros que vieram do paganismo e nada sabiam das práticas judaicas, tinha outros que vieram do judaísmo, e estes, muito conservadores, de vez em quando tinham uma recaída e supervalorizavam os rituais, dando enfoque aos ritos de purificação e se esqueciam do essencial que era a intenção interior, dentro do coração humano onde só Deus tem acesso.

___Mas o Fariseu era gente boa, afinal convidou Jesus para jantar em sua casa... Por que a censura?

___Por que no fundo esse Fariseu queria "domar" Jesus Cristo, eles admiravam muito a Jesus e o tinham em conta de um Mestre Sábio e Verdadeiro, mas queriam enquadrá-lo nas suas práticas religiosas e nos seus exagerados legalismos rituais e Jesus está muito acima de qualquer liturgia ou ritual...

___Nossa, São Lucas, é isso? E esse recado vale também para nós cristãos deste terceiro milênio?

___E como vale! Às vezes há cristãos que querem dominar Jesus Cristo, enquadrá-lo e defini-lo dentro de um determinado padrão de vida, isso é puro farisaísmo. O cristianismo autêntico e sincero entende a pureza de coração como a ausência do egoísmo, coração puro é um coração que sempre amplia seu horizonte, aprimorando cada vez mais o seu jeito de amar as pessoas, configurando-se cada vez mais a Jesus Cristo.

___ E o que o Senhor diria então, aos cristãos do nosso tempo, com este seu evangelho...

___Que não se deixem enganar pelas aparências, o importante é o conteúdo, o que está por dentro, e não a embalagem, o rótulo. Se as celebrações não expressarem a Vida da comunidade, é sinal de que o Farisaísmo ainda está em alta, e tem muita gente pousando de "santa", comendo a "casca" e jogando a "fruta" fora...

2. Dai em esmola o que está dentro, e tudo ficará puro para vós - Lc 11,37-41
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus estava falando, quando um fariseu o convidou para comer em sua casa. Três momentos nessa refeição. Na primeira cena, Jesus cria um conflito, porque às vezes é preciso criar conflitos para poder avançar na caminhada. Jesus sentou-se à mesa sem ter lavado as mãos, o que causou surpresa ao fariseu e aos convidados. Não se trata da observância de uma norma de higiene, mas de uma norma religiosa. Era antes uma norma de higiene, muito importante, que se tornou um gesto ritual. Quem faz a ablução, enche um copo com água e derrama duas vezes na mão direita. Repete com a esquerda. Depois, diz a oração de bênção. Esfrega as mãos juntas e as enxuga. Não cumprir o rito passou a significar desobediência à lei de Deus e, portanto, um pecado. Jesus aproveita a ocasião para uma crítica severa aos religiosos fariseus. Eles estão preocupados com ritos externos enquanto por dentro estão cheios de rapina. Jesus os acusa de roubo, de falsidade religiosa para juntar dinheiro. Mas como Jesus veio apresentar caminhos de salvação, apresentou um para os fariseus: dar em esmola o que tinham guardado para se tornarem puros. A pureza religiosa, diante de Deus, não se alcança com o rito de lavar as mãos, mas com a honestidade que brota de dentro. Dentro deles estava o fruto da rapina.

HOMILIA DIÁRIA

Aprenda a cultivar um intenso amor pela pureza

Postado por: homilia
outubro 16th, 2012

Estamos, mais uma vez, diante da admirável pregação de Jesus que move e comove a tudo e a todos. Sua Palavra penetra até o fundo dos corações, ao ponto de até os fariseus se sentirem na obrigação de convidá-lo para um banquete.
Estranho é notar que sobre a doutrina do Mestre eles não se questionavam. Mas quando se tratava de coisas superficiais como, por exemplo, o mero lavar as mãos antes de comer, ficavam escandalizados como se o lavar ou não fosse “questão de vida ou morte”.
Então, a resposta d’Aquele que verdadeiramente convida os homens ao banquete das núpcias eternas, não se faz esperar: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós”.
O homem, tocado e envolvido pela Palavra de Jesus, se transforma numa pessoa íntegra. Pessoa capaz de revelar o que traz no seu coração. Isto exigirá dela uma pureza interior.
A pureza não ocorre por acaso e nem “brota da noite para o dia”. O apóstolo Pedro compara-a ao processo de depuração do ouro (cf. 1 Pedro 1,6-7). O ourives tem de aquecer esse metal várias vezes para que as impurezas e ligas venham à superfície, e assim ele possa removê-las.
Isto nos leva a concluir que a purificação é um processo. Contudo, não basta desejarmos ser puros. E mesmo que sejamos sinceros e nos empenhemos duramente, isso não é suficiente. Precisamos ter o propósito de sermos conforme à imagem de seu Filho (cf. Rm 8,29).
Jesus deixou bem claro que é impossível servir a dois senhores. “Onde estiver nosso tesouro, aí estará também o nosso coração” (Mt 6,21). Na luta pela formação de um caráter santo, precisaremos guardar no coração certos elementos e barrar a entrada de outros. Quem não cuida bem de seu coração, está se predispondo a ter problemas. Quem o guarda com todo cuidado, vence.
O único fator que pode impedir que um homem se entregue à impureza é o intenso amor pela pureza interior. Portanto, lave e guarde a sua mente, o seu coração – e não somente as suas mãos! – e serás verdadeiramente puro.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Limpemos o nosso interior e cuidemos do nosso coração

Tenhamos tempo, dedicação e cuidado para cuidar da nossa alma e purificar o nosso interior

“Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades.” (Lucas 11,39)

Jesus não discrimina nem se coloca contra ninguém, pelo contrário, Ele vai ao encontro de todos, porque ama a todos. Hoje, inclusive, vemos que Ele foi jantar na casa de um fariseu, e sabemos, no entanto, como os fariseus combateram Jesus, não O aceitaram.
O Senhor também foi ao encontro deles, mas, quando Ele chegou, a hipocrisia falou mais alto do que qualquer coisa. O fariseu estava preocupado, porque Jesus não lavava as mãos. Então, Ele nos ensina e catequiza: “Vós, fariseus, estais apenas direcionados para limpar o copo por fora, mas não se preocupam com o interior do copo. Ou seja, vocês cuidam das aparências, daquilo que os outros estão vendo, mas não cuidam daquilo que está no interior”.
Temos de ter cuidado para não viver uma fé hipócrita, uma fé em que cuidamos do copo do lado de fora, mas, por dentro, deixamos as impurezas que contaminam a água e a tomamos contaminada, porque o copo por fora é lindo, até brilha, mas por dentro não foi purificado.
Por fora, nós temos sempre boa aparência, estamos usando roupas bonitas, maquiagens, estamos nos retocando, sempre querendo mostrar a face para esse ou para aquele outro, mas nos esquecemos de cuidar melhor daquilo que está dentro. Não caíamos na tentação da hipocrisia.
Ser hipócrita é viver de aparências, de máscaras; é não cuidar do essencial, aquilo que está dentro de nós.
Cuidemos do nosso interior, da nossa alma, do nosso coração, cuidemos daquilo que está dentro de nós, porque o que está fora precisa refletir o que está dentro.
Tenhamos tempo, dedicação e cuidado para cuidar da nossa alma e purificar o nosso interior, fazer sempre um bom exame de consciência, reconhecer as próprias fraquezas e misérias, não se deleitar, não se preocupar em acusar os pecados e as fraquezas dos outros e não cuidar das próprias fraquezas e misérias.
Quanto mais cuidamos de nós mesmos, do nosso interior, melhores seremos para os outros e cresceremos na nossa relação com Deus.
Que o Senhor nos dê a graça de não limparmos o copo somente por fora, mas nos apliquemos, com toda a dedicação da nossa alma, a limpar o nosso interior e cuidar do nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 16/10/2018

Oração Final
Pai Santo, que a nossa oração não seja um rito vazio, mas o sinal de nosso esforço para viver a Justiça e a Fraternidade junto a todos os que Tu puseste próximos a nós na caminhada por esta terra encantada. Queremos seguir a Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a nossa oração não seja um rito vazio, fórmulas memorizadas, mas o sinal de nosso esforço para viver a Justiça e a Fraternidade junto com todos os que Tu puseste próximos a nós na caminhada por esta terra encantada. Queremos seguir a Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/10/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, não nos deixes satisfeitos com a simples observação e cumprimento da letra da Lei. Inspira-nos e nos dá coragem para seguirmos o Amor – Amor que sempre exige mais, Amor que pede tudo de nós, Amor que foi vivido por Jesus, teu Filho e nosso Irmão – Ele, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.

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