ANO A
13 de Outubro
de 2014
Lc 11,29-32
Comentário do
Evangelho
O sinal será o sinal de Jonas.
O sinal requerido de Jesus é um gesto espetacular que não
deixasse dúvidas quanto à sua origem divina. Esse sinal corresponde à terceira
tentação (Lc 4,9-12). No relato das tentações, como aqui, Jesus se recusa
terminantemente, apoiado na Palavra de Deus, a satisfazer o desejo requerido. O
sinal que ele oferece é de outra natureza que o solicitado, pois tal sinal
engaja a pessoa num discernimento permanente. O sinal será o sinal de Jonas.
Lucas dá o sentido desse sinal (v. 30): trata-se de um apelo à penitência e à
conversão, em vista da salvação. O Batismo de João Batista era de conversão;
Jesus começa sua pregação pública com o mesmo convite (cf. Mc 1,15). O sinal
que Jesus oferece é muito diferente do prodígio exigido pelos seus opositores.
Pela pregação de Jonas, os ninivitas fizeram penitência e acreditaram em Deus
(Jn 3,4). Os contemporâneos de Jesus resistem à sua mensagem e não reconhecem
no que ele realiza sinal de que ele é habitado pela plenitude de Deus. Não será
um sinal espetacular que dará credibilidade à pessoa de Jesus. A sua coerência,
reconhecida por muitos como “poder”, é o que faz dele uma pessoa digna de fé.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, que eu me converta diante de
teus apelos, porém movido apenas pela força do teu testemunho e de tua palavra.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se
constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade,
essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua
presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim
como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas
foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas
ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é
nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando
"milagres" para que fundamentemos a nossa fé.
FONTE: CNBB
Recadinho
Jesus
enfrenta a multidão com firmeza. Geração má! É duro isso. O pior de tudo é
saber que, nos tempos de hoje, nada mudou! Quanta maldade vemos ao nosso redor!
Quanta mediocridade! Quanta falta de respeito para com o próximo! Que Deus nos
acuda!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
COMO
RECONHECER JESUS
Muitas pessoas exigiam de Jesus sinais
espetaculares como pré-requisito para darem o passo da fé. Com isso pensavam
estar dispensados de optar livremente por ele. A opção resultaria da convicção
intelectual, pois diante de um feito miraculoso, extraordinário, seria
impossível não reconhecer Jesus como Messias.
A
recusa de Jesus foi peremptória. Não lhes seria dado nenhum sinal que pudesse
poupar as multidões do risco de escolher. Tinham Jesus diante de si. Suas
palavras e seus gestos miraculosos eram bem conhecidos. De forma alguma, ele
iria pressionar as pessoas a darem o passo da fé, pois tinha pleno respeito
pela liberdade humana.
O
Mestre, porém, permanecia atento à má vontade de seus interlocutores. No
passado, os habitantes de Nínive, que eram pagãos, haviam se convertido ao
ouvir a pregação de um desconhecido: Jonas. A rainha do Sul, uma pagã, também,
viera de longe para deixar-se instruir por Salomão. Quanto a ele - Jesus - os
seus contemporâneos apesar de o terem próximo de si, falando uma linguagem perfeitamente
inteligível e dando mostras da origem divina de seus ensinamentos, não se
sentiam motivados a acolhê-los. Portanto, os pagãos tiveram mais sensibilidade
para acolher a salvação de Deus, do que os membros do povo eleito.
Oração
Espírito de boa vontade,
abre meu coração para acolher Jesus, na fé, sem exigir prodígios que me
dispensem de entregar-me livremente a ele.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sempre nos
preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que
devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE: dom total
14 de Outubro
de 2014
Lc 11,37-41
Comentário do
Evangelho
Crítica à hipocrisia que seduz
e engana.
Não obstante as duras críticas que Jesus faz aos
fariseus (Mt 23), havia entre ele e, ao menos, um certo grupo de fariseus,
simpatia e apreço. Não é a primeira vez que Jesus é convidado para uma refeição
na casa de um fariseu (7,36ss). Nessas ocasiões Jesus aproveita para ensinar.
Os fariseus não são, apesar dos rótulos que lhes impõem, pessoas más; eles
acreditam viver fielmente sua religião através do apego ao rigorismo da lei e
das tradições de seus antepassados. No entanto, a rigidez obsessiva e
escrupulosa os cega, inclusive para a finalidade última da Lei de Deus, que é a
vida e a liberdade do ser humano. Esse modo de entender e cumprir a Lei os leva
a excluir as pessoas, impedindo-os de olhar os outros com misericórdia (cf. Os
6,6). A atitude de Jesus de não lavar as mãos, como prescrito pelo preceito,
antes das refeições causa admiração no fariseu que o convidou (v. 38). O fato
de estar na casa do fariseu não inibe Jesus de criticar o desvio na compreensão
e prática dos mandamentos da Lei de Deus. No evangelho de hoje, a crítica é à
hipocrisia que seduz e engana e que, aqui, é entendida como oposição entre
interior e exterior. O verdadeiro tesouro que deve ser partilhado é o bem que
Deus mesmo colocou no coração do ser humano. A esmola, como dom de si mesma, é
muito mais importante que as regras de pureza ritual (cf. Tb 4,8.11; Is 58,3ss;
1Pd 4,8).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais
íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e
com o meu semelhante.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a
partir da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa
fé e à nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante
não é a prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido
quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário,
caímos na insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos
valores que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje
exige de nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as
nossas celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade.
FONTE: CNBB
Recadinho
Podemos dizer que temos muita bondade no coração? -
Será que às vezes não estamos preocupados demais com exterioridades apenas? -
Não somos muitas vezes fariseus disfarçados? - Como trabalhamos com o ar de
superioridade que se encontra por toda parte? - Somos fáceis em criticar os
outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
UM CASO DE INSENSATEZ
Certas atitudes dos fariseus deixavam Jesus
irritado. Entre elas, a preocupação exagerada com a pureza ritual, sem a
correspondente pureza do coração. Nem o dever de "boa educação"
impedia o Mestre de denunciar esta perigosa defasagem. Assim, o fariseu que o
convidara para almoçar em sua casa recebeu a merecida censura, por querer
impor-lhe seus esquemas.
O anfitrião considerou grave o fato de Jesus não
ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os fariseus eram escrupulosos na
observância desse rito. Procuravam evitar qualquer contato contaminador, e
multiplicavam as abluções para ver-se livres de eventuais impurezas.
No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o
nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a
salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem
lavados, se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste
descompasso, de forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age
assim, ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus
tornar-se-ão inúteis.
Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de
purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede
de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez
purificado o coração, tudo o mais se torna puro.
Oração
Espírito que purifica, tira do meu coração a
impureza do egoísmo que me impede de ser misericordioso para com os meus
semelhantes.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa
graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
15 de Outubro
de 2014
Lc 11,42-46
Comentário do
Evangelho
O amor é a plenitude da Lei.
Se em Mateus a crítica aos fariseus é feita diante das multidões
e dos discípulos de Jesus (Mt 23,1), em Lucas, ela é feita na casa do fariseu
que o convidou para uma refeição. Não deixa de ser impressionante a liberdade
com a qual Jesus procede e diz a verdade, sem, contudo, oprimir ou diminuir
quem quer que seja. Seu único intuito é levar todos a uma verdadeira e profunda
conversão para que se abram ao mistério de Deus revelado em sua pessoa. A
crítica de Jesus em relação à atitude dos fariseus e doutores da lei exemplifica
o que significa ele ter vindo para levar a lei à sua plenitude (cf. Mt 5,7). O
amor é a plenitude da Lei. Quem ama a Deus e ao próximo, cumpre plenamente a
Lei (cf. Lc 10,25-37). A crítica que Jesus, no evangelho de Marcos, faz aos
fariseus cabe perfeitamente aqui: “Abandonais o mandamento de Deus apegando-vos
à tradição dos homens” (Mc 7,8). Jesus afirma a primazia do amor sobre qualquer
outro mandamento, pois, como dissemos acima, o amor é a plenitude da Lei; ele é
a origem da Lei e é para ele que toda a Lei tende. Por essa razão, a prática da
lei não pode, como princípio, visar, em primeiro lugar, o bem de quem a
pratica; isso seria hipocrisia.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para
quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes
de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Continuando a reflexão de ontem, uma vez que o
Evangelho de hoje é a continuidade do diálogo iniciado ontem, viver os valores
do Reino e procurar o cultivo da vida interior também não nos exime das
práticas comunitárias de fé e religiosidade, conforme nos diz Jesus: "Vós
deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo". A negligência da
vivência exterior da fé constitui um ato grave porque a religião tende a
tornar-se totalmente subjetiva indo cada vez mais ao encontro dos nossos
interesses pessoais e deixando de ser a busca sincera da prática da vontade de
Deus e testemunho comunitário de um Deus que é amor e condena o individualismo.
FONTE: CNBB
Recadinho
Os
fariseus eram sempre do contra. Isso ocorre hoje também em nossas comunidades?
- O que dizer daqueles que vivem se preocupando apenas com as coisas
secundárias da vida? - Por exemplo o amor e respeito para com os pobres! Como
agimos? - Cumpro a parte que me cabe levando com fé a cruz de cada dia? - Estou
atento às palavras fé, amor ao próximo, justiça, caridade?...
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A JUSTIÇA E O
AMOR SÃO ESSENCIAIS
No tempo de Jesus, uma ala do farisaísmo tendia
a inverter o valor das coisas. Davam muita importância às coisas secundárias,
enquanto as essenciais não recebiam a devida atenção. O pagamento do dízimo,
por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida mesmo em relação às
insignificantes hortaliças. Entretanto, os fariseus não se preocupavam,
minimamente, em praticar a justiça para com o próximo e dedicar a Deus um amor
verdadeiro. A prática religiosa do dízimo era, desta forma, esvaziada de
sentido. Ao pagá-lo, os fariseus pensavam estar sendo fiéis à vontade divina.
Todavia, enquanto cometiam injustiças contra o próximo, cultivavam a vanglória
e agiam como hipócritas acabavam por desagradar a Deus. Invalidava-se, deste
modo, sua piedade exterior, à qual se entregavam apenas para serem louvados
pelos outros.
O amor e a justiça ocupam o lugar central na
vida do discípulo do Reino. Nisto, ele se distingue dos fariseus. Amor e
justiça, quando postos em prática, revelam o mais íntimo do ser humano. Outras
práticas podem ser enganosas, revelando apenas uma piedade aparente. De fato,
podem ser uma máscara da hipocrisia humana e esconder a maldade que a pessoa
traz no coração. Por isso, em primeiro lugar, é preciso praticar a justiça e o
amor. Com este pano de fundo, as outras práticas de piedade terão mais solidez.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a centrar minha vida sempre mais na
justiça e no amor, para que tudo o mais tenha sentido para mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que pelo vosso
Espírito fizestes surgir santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da
perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir
em nós o desejo da verdadeira santidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
16 de Outubro
de 2014
Lc 11,47-54
Comentário do
Evangelho
A pretensão nos impede de
escutar Deus.
Os profetas eram tidos como
“homens de Deus”. A dificuldade e a resistência, no interior do próprio povo de
Deus, de aceitar e acolher sua mensagem e reconhecer nela a Palavra de Deus têm
uma longa e dramática história em Israel. Os profetas, homens portadores da
Palavra de Deus, que falavam inspirados por Deus, suscitavam a esperança,
quando o povo desanimava, denunciavam os crimes e infidelidades do povo e de
seus governantes, quando esses se esqueciam da Aliança, denunciavam os pecados
das “nações”, quando essas ameaçavam a existência do povo eleito de Deus. Eles,
como é o caso do profeta Jeremias, foram perseguidos por seu próprio povo. Há
uma postura diante das Escrituras que faz dos doutores da Lei intérpretes
autorizados da Palavra de Deus, coniventes com a morte dos profetas. A
pretensão de possuir todo o conhecimento da Escritura, sem precisar aprender
mais, os impede de escutar Deus e, na sua autossuficiência, eles fecham, por
seu ensinamento, aos outros a possibilidade de acesso à verdade de Deus (v.
52). Mas, se Jesus fala dos profetas do passado, ele aponta, ao mesmo tempo,
para o seu próprio destino, pois, como profeta, ele terá a sorte dos profetas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que a compreensão de teu sábio plano de salvação para a humanidade me leve a
estar atento às palavras de Jesus, o qual me indica o caminho para chegar a ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A sociedade
humana é a sociedade da morte e procura destruir todas as iniciativas que
promovem a verdadeira vida. Como o Reino de Deus é o Reino da Vida, ele sofre
perseguições e rejeição por parte do mundo. O mundo odeia tudo o que está
relacionado com a vida e nega seus valores, trata mal quem age assim, provoca
quem procura viver retamente, arma ciladas para pegá-los de surpresa. Mas todo
aquele que de fato é do Reino de Deus enfrenta todas essas dificuldades e luta
pela vida, sabendo que Deus é o seu grande parceiro nesta luta e que a vida
triunfará sobre o pecado e a morte.
FONTE: CNBB
Recadinho
Você tem mania de corrigir os que erram? -
Não é melhor colocar em primeiro lugar o espírito de caridade fraterna? -
Procura usar de delicadeza no trato com os outros? - Como tratamos os que não
professam a mesma fé e do mesmo modo que nós professamos? - Lembra-se de rezar
pelos cristãos que, em muitos países, são perseguidos por causa da fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
Seguem-se as
duas increpações finais dirigidas aos doutores da Lei. O judaísmo surgiu a partir
do Exílio (séc. VI a.EC). Desde então a profecia é desautorizada, pois é
decretado que Deus só fala ao povo através do sumo sacerdote. Os profetas eram
considerados hereges, eram perseguidos e mortos. Agora, doutores da Lei e
fariseus constroem túmulos para estes profetas, porém sabem que são herdeiros
da doutrina de seus assassinos. Ainda mais, arvoram-se em porta-vozes e
intérpretes dos profetas, porém com sua doutrina distorcem suas palavras e
afastam o povo de Deus. Em reação às denúncias de Jesus, os escribas e fariseus
empenham-se, cada vez mais, em provocações para pegá-lo em alguma palavra que
justifique sua condenação.
Oração
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para
que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
17 de Outubro de
2014
Lc 12,1-7
Comentário do
Evangelho
A hipocrisia um mal que
corrompe por dentro.
Depois de sair da casa do
fariseu onde deixou os fariseus e os escribas furiosos, Jesus é cercado pela
multidão a quem ele ensina, assim como aos seus discípulos. Em primeiro lugar,
Jesus previne contra a hipocrisia todos os que o cercam para ouvi-lo. Na parábola
do Reino o fermento é utilizado em sentido positivo, para dizer que o Reino de
Deus começa a agir na história da humanidade de maneira modesta: um pouco de
fermento é capaz de fazer crescer uma grande quantidade de massa. Aqui, ele é
usado em sentido negativo para se referir à hipocrisia dos fariseus: a
hipocrisia é o “fermento dos fariseus”, isto é, um mal que corrompe por dentro.
Nessa série de orientações e exortações, no caminho de Jerusalém, Jesus
interpela os seus discípulos à coerência e ao anúncio destemido do que eles, em
particular, receberam do Senhor. Para isso, diante das perseguições próprias à
realização da missão, é preciso confiança em Jesus. Ele não promete aos
discípulos que não sofrerão perseguição e violência, mas que estará sempre
presente para encorajá-los e fortalecê-los na fé. Para isso, é necessária
liberdade diante da vida e da morte. Enquanto o discípulo não superar o medo da
morte, ele não será livre para seguir Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que eu não me deixe encantar por falsos exemplos de piedade. Estejam meus olhos
sempre fitos em Jesus, cujo exemplo devo seguir para ser agradável a ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
As autoridades
religiosas do tempo de Jesus eram autoridades poderosas e opressoras, que se
valiam da ocupação romana e dos privilégios obtidos por ela para oprimir o
povo, de modo que o povo era duplamente oprimido: pelos romanos e pelo poder
religioso instituído. A religião realizava exatamente o contrário daquilo que o
próprio Deus queria. Quando Jesus fala que devemos ter cuidado com o fermento
dos fariseus, ele nos diz também que devemos nos preocupar para não sermos
contaminados pela hipocrisia, pela sede de poder e pela busca de privilégios
pessoais, para que também nós não façamos da nossa religião um meio de
opressão, mas sim subamos em cima dos telhados e denunciemos todos os falsos
valores da vivência religiosa.
FONTE: CNBB
Recadinho
Temos que agir como se nada esperássemos da
parte de Deus e, por outro lado, esperar tudo tão somente da misericórdia e
bondade de Deus. Ter medo? Não se intimide! Quem nada teme é livre! Tema, sim,
mas a hipocrisia e a cobiça! Deus cuida de nós.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
NÃO SE DEIXAR CORROMPER
O mau exemplo
tem um terrível poder contaminador. É preciso estar atento para não se deixar
levar. Os discípulos de Jesus foram alertados a não imitar o procedimento dos
fariseus, cuja hipocrisia era bem conhecida.
O
Mestre insistiu na inutilidade de viver uma dupla vida, como acontecia com os
fariseus, os quais escondiam sua corrupção interior atrás de uma fachada de
piedade. Atitude inútil e ridícula porque quem engana o seu semelhante, não
consegue enganar a Deus. Por outro lado, haveria de chegar a hora em que as
coisas escondidas seriam reveladas pelo Pai do Céu e, então, apareceria a
verdadeira identidade dos fariseus. A hipocrisia, pois, não valia a pena. O exemplo
dos fariseus não devia ser seguido. Entretanto, não é fácil manter distância do
mau exemplo.
A
perseguição virá na certa! É preciso que os discípulos superem o medo da morte,
tornando-se livres diante dela. Só Deus merece ser temido, pois em suas mãos está
a destino eterno de todas as criaturas. Ele é o Senhor da vida e da morte. O
máximo que os inimigos poderão fazer será tirar a vida física dos discípulos.
Nada mais!
O
discípulo permanece sempre atento. Portanto, quando recusa seguir algum mau
exemplo é porque deseja ser fiel ao Pai.
Oração
Senhor Jesus, livra-me de seguir os maus exemplos, nem
permitas que eu imite quem se comporta de maneira incompatível com a vontade do
Pai.
(O comentário do Evangelho
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que ornais a Vossa Igreja com
o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje celebramos,
dando a santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda contínua
proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total
18 de Outubro de
2014
Lc 10,1-9
Comentário do
Evangelho
Jesus previne os discípulos
contra a ideia de uma missão fácil.
O número setenta ou setenta e
dois evoca a missão entre os pagãos. Segundo o livro do Gênesis, o número das nações
que compõem o mundo habitado é de setenta (Gn 10). O envio dos setenta e dois
discípulos funda a universalidade da missão da Igreja num mandato do Senhor. Os
setenta e dois são enviados para a colheita (v. 2). Há de se supor que o
agricultor que plantou a boa semente que frutificou é Deus (cf. Mc 4,26-29; Jo
15,1). É para essa missão universal da colheita que Jesus dá orientações aos
que ele envia. Sendo acolhidos ou não os discípulos, devem permanecer firmes no
anúncio de que o Reino de Deus está próximo, pois o Senhor está no meio deles e
com eles. Jesus previne os discípulos contra a ideia de uma missão fácil; eles
devem ter presente a possibilidade da hostilidade, da resistência e da rejeição
da missão cristã (v. 3). A vida do missionário deve ser marcada pelo
despojamento em vista da disponibilidade. É preciso que os destinatários da
missão vejam realizadas neles a mensagem que anunciam. Ademais, a vida dos
discípulos está nas mãos de Deus. O discípulo, mesmo em meio às adversidades, é
portador da paz, que é dom do Cristo ressuscitado. Por fim, é necessário que o
discípulo saiba viver o fracasso sem se deixar abater ou desanimar (cf. 11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no apostolado não me faça
recuar da missão de preparar o mundo para acolher teu Filho Jesus.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de
hoje, reconhecidamente vocacional, nos traz frases chaves, que são essenciais
para que a nossa missão tenha êxito: “pedi ao dono da messe”, ou seja, a
prática da oração; “eis que vos envio”, porque agimos em nome de Jesus e na sua
obra; “não leveis bolsa...” porque os valores materiais não dão garantia do
sucesso do trabalho evangelizador; “dizei primeiro: ‘a paz...’”, porque devemos
ser anunciadores do Evangelho da paz; “permanecei”, pois se não há comunhão,
não pode haver evangelização; “curai os doentes”, ou seja, entregue-se à
prática libertadora para que haja vida em abundância; “e dizei ao povo”, para
que a Palavra seja anunciada, mas o anúncio seja acompanhado da prática
evangélica.
FONTE: CNBB
Recadinho
O que dizer do lema de vida: “Quem vier, de
onde vier, venha em paz ou... em busca de paz?” - Seu coração está disposto
para acolher e transmitir paz? - Trabalho pela paz? - Ou pertenço ao grupo dos
que vivem provocando guerrinhas inúteis? - Em meu contexto de vida ou de
trabalho reina paz?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A NECESSIDADE DE OPERÁRIOS
Confrontando-se
com a grandiosidade da missão, Jesus reconhece a necessidade de contar com
colaboradores, para poder levá-la adiante, a contento. Depois de ter enviado os
doze apóstolos, o Mestre enviou, também, outros setenta e dois discípulos, com
a tarefa de preparar as cidades e povoados para a sua passagem, ou seja,
predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os discípulos
são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar muitas outras
pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele quem tem a
iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão humana de
querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e enviou.
Que
tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma
pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a
qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de
quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e
marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem
deixar-se abater.
Quem tem estas
disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira enviá-lo
para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e generoso?
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predisponha-me para
trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para
um serviço eficaz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que escolhestes são Lucas para revelar, em suas
palavras e escritos, o mistério do vosso amor para com os pobres, concedei aos
que já se gloriam do vosso nome perseverar num só coração e numa só alma, e a
todos os povos do mundo ver a vossa salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
19 de Outubro de
2014
Mt 22,15-21
Comentário do
Evangelho
Deus é único e fora Ele não há
outro deus.
A liturgia da palavra deste
vigésimo nono domingo do Tempo Comum apresenta dois aspectos, a meu ver,
essenciais para a vida cristã. O primeiro deles, a contar da leitura do profeta
Isaías, é a necessidade de fazer uma leitura teológica da história, isto é, ver
na história da humanidade a ação salvífica de Deus, pois ele age em meio às
vicissitudes da vida e das pessoas. O segundo aspecto é o convite e a
necessidade ao discernimento permanente, pois não há para Deus substituto e,
por isso, ninguém que se compare a Ele. Deus é único e fora Ele não há outro
deus (cf. Is 45,5).
O trecho do profeta Isaías nos
remete ao final do século VI a.C. Período do retorno à Judá dos exilados na
Babilônia, retorno patrocinado por Ciro, rei da Pérsia, em 538 a.C. A
insistência em afirmar que Deus era o único Deus (vv. 5-6) remete o nosso texto
a um risco que remonta aos tempos da escravidão no Egito e acompanha o povo de
Deus ao longo de toda a sua existência; a saber, a dificuldade em compreender e
aceitar que Deus era infinitamente diferente dos ídolos feitos por mãos
humanas; que Ele era um Deus pessoal com quem podiam falar e ser ouvidos. Não
era um Deus estático, mas sim profundamente comprometido com a vida do povo que
Ele escolheu. Não era de bronze nem de madeira, mas tinha sentimentos e olhos
misericordiosos. O perigo era venerar Ciro como deus. Ora, Ciro era ungido de
Deus (v. 1), através de quem Deus agiu para fazer o seu povo voltar à terra
dada aos ancestrais de Israel (vv. 2-4). Onde o ser humano é libertado de sua
escravidão, é Deus quem está na origem dessa libertação.
Os opositores de Jesus querem
armar uma armadilha para pegá-lo em alguma palavra. Mas eles mesmos foram pegos
pela cilada que prepararam contra Jesus. O leitor do evangelho sabe que o
elogio que fazem a Jesus é verdadeiro, mas na boca deles é pura hipocrisia,
pois não é, efetivamente, o que pensam de Jesus. Trata-se simplesmente de
artimanha maléfica para enredá-lo. Mas Jesus não entra no jogo deles. A
alternativa apresentada para a resposta de Jesus é falsa. A imagem de César na
moeda é que trazia problema. A moeda continha uma inscrição em que se afirmava
que César Augusto era deus. César reivindicava ser adorado como deus. Se a
moeda tinha a imagem de César, que os impostos fossem pagos a ele, no parecer
de Jesus. Mas o ser humano é a imagem do Deus que o criou. O ser humano
pertence a Deus e não pode ser escravo do que ou de quem quer que seja. Daí que
somente a Deus a vida do ser humano pode ser oferecida, qual um sacrifício
vivo. A vida do ser humano pertence a Deus. Deus não está nem pode ser posto em
concorrência com as coisas deste mundo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
por reconhecer-te como centro de minha vida, ensina-me a submeter tudo a ti, e
a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.
FONTE:
PAULINAS
Recadinho
Como encara seus compromissos para com a
sociedade civil? - Que tipo de compromisso civil lhe é mais difícil? - Consegue
conciliar seus deveres civis e religiosos? - Procura ver sempre a imagem de
Deus presente nos irmãos? - Procura usar de sinceridade em tudo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
COISAS LÍCITAS E ILÍCITAS
Os fariseus
buscavam, sem trégua, desacreditar Jesus diante do povo ou colocá-lo numa
situação complicada, de modo a terminar encarcerado pelas tropas romanas. Uma
declaração comprometedora saída de sua boca seria uma boa cilada. Por isso,
enviaram para armar-lhe ciladas alguns de seus discípulos acompanhados de
judeus partidários de Herodes, simpatizantes do poder romano. É bom recordar o
ódio que os fariseus nutriam por estes dominadores estrangeiros.
Os emissários
agiram com extrema esperteza: trataram Jesus de maneira cortês, louvando-lhe os
ensinamentos e a coragem, vendo que não se deixava amedrontar por ninguém. Além
disso, apresentaram-se como judeus piedosos, cheios de escrúpulos de
consciência.
Propuseram ao
Mestre a questão da liceidade ou não de pagar o tributo a César. Jesus, porém,
deu-se conta da hipocrisia deles travestida de piedade. Por isso, ofereceu-lhes
uma resposta que os deixou confundidos.
Em
última análise, a resposta do Mestre serve ainda hoje para discernirmos o
lícito e o ilícito. Qualquer coisa é lícita, desde que compatível com o projeto
de Deus. O que fere este projeto é ilícito e deve ser rejeitado por quem aderiu
ao Reino e procura pautar-se por ele.
Tomando Deus
como ponto de referência, é possível determinar, em cada caso concreto, o que é
ou não é permitido. Bastava, pois, que os emissários dos fariseus aplicassem
este critério à questão do tributo a ser pago ao imperador romano.
Oração
Pai, por reconhecer-te como centro de minha vida, ensina-me a
submeter tudo a ti, e a rejeitar o que pretende polarizar minhas atenções.
(O comentário do Evangelho
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar
sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
20 de Outubro de
2014
Lc 12,13-21
Comentário do
Evangelho
Renúncia do diálogo.
A missão de Jesus é confundida
com a função de um juiz humano. No evangelho de hoje, recorre-se a ele para
fugir do desafio do diálogo com o irmão. O verbo “dizer” é repetido várias
vezes ao longo da perícope. Na parábola que Jesus conta, a imagem do homem em
relação aos seus bens é a de um solitário, de alguém enclausurado no monólogo
consigo mesmo, e sem nenhuma menção ao próximo. Trata-se, aqui, da total
ausência ou esquecimento do diálogo; esquecimento do diálogo com Deus e do
diálogo entre os irmãos sobre a partilha dos bens. A palavra que em vernáculo
traduzimos por ganância, em grego exprime o desejo de poder. Mas a riqueza não
previne nem impede a morte inesperada. O que se adverte é que a riqueza, a
abundância de bens, pode pretender substituir a Deus. Pura ilusão! Ao invés de
se colocar à disposição de Deus, a riqueza passa a ser seu objeto de confiança
e garantia da vida. Crê-se possuir, mas, de fato, se é dominado por aquilo que
se possui. A pergunta de Deus: “para quem ficará o que tu acumulaste?”, pode
ser parafraseada da seguinte forma: “Você é por Deus ou contra Deus?”. A
resposta a esta pergunta é de cada um. Ninguém pode se dar a vida nem
garanti-la pela abundância de bens. Assim como ninguém pode ser verdadeiramente
humano no isolamento, na renúncia do diálogo com Deus e com os seus semelhantes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
preserva-me do apego exagerado às riquezas, as quais me tornam insensível às
necessidades do meu próximo. Que eu descubra na partilha um caminho de salvação.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Mas Deus lhe
disse: Louco! Louco é aquele que é incapaz de perceber a verdadeira hierarquia
dos valores e submete o eterno ao temporal, o celeste ao terreno, fazendo com
que o acúmulo de bens materiais se tornem a causa maior da sua própria
felicidade, o que faz com que ele feche a sua vida para os valores que são
eternos e que trazem a felicidade que não tem fim. A verdadeira loucura
consiste em não conhecer a Deus e, por isso, não valorizar a sua presença em
nossas vidas, não viver no seu amor e não amar, de modo que não haja partilha
de todos os bens, não possibilitando um crescimento mútuo e um projeto comum de
felicidade, que dura para sempre.
FONTE: CNBB
Recadinho
Há muita disputa por heranças? - O que dizer
do acúmulo de coisas supérfluas? - Sua riqueza está acima de tudo em ter Deus
no coração? - É muito apegado a coisas materiais? - Procura pensar na vida
eterna ou foge da realidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
O RICO INSENSATO
O discípulo do
Reino é instruído para se portar com liberdade diante dos bens deste mundo,
para não correr o risco de cair na idolatria. A relação incorreta com as
criaturas tende a levá-los a um comportamento errôneo em relação aos irmãos:
coisificar as pessoas e tiranizá-las sem piedade, por absolutizar as riquezas.
Por isso, Jesus denunciava energicamente a insensatez dos ricos. Alertava seus
discípulos contra a avareza, insistindo para que não contassem com a abundância
de bens como fator de segurança e felicidade. E isto na tentativa de levá-los a
se manterem imunes contra a idolatria da riqueza.
A parábola do
rico avarento apresenta uma atitude que todo discípulo deve evitar. O homem rico
fechou-se na sua ganância de acumular, esquecendo-se de Deus e de seus irmãos.
Não nutria nenhum desejo de partilhar, mas só de acumular. Quanto mais tinha,
tanto mais queria ter. As necessidades dos outros não contavam. Pensava
tão-somente em encontrar conforto e fartura para si mesmo, e assim, poder
descansar tranquilo uma vez que tinha garantido para si uma vida abastada.
Ele, porém,
não contou com a morte, quando seria chamado a prestar contas a Deus. Só então,
haveria de aparecer a total pobreza em que vivia, pois, faltando-lhe o amor,
faltava-lhe tudo. Tendo acumulado só para si mesmo, acabou na mais total
pobreza diante de Deus.
Oração
Senhor Jesus, que as riquezas deste mundo jamais polarizem
meu coração, impedindo-me de viver o amor que sabe partilhar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar
sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
21 de Outubro de
2014
Lc 12,35-38
Comentário do
Evangelho
Apelo à vigilância e à
disponibilidade.
A subida para Jerusalém é
metáfora do caminho de Jesus para o Pai. Essa subida é caracterizada por lições
que Jesus dá aos seus discípulos; essas lições visam orientar a vida prática
dos discípulos. Por isso, têm força normativa para os cristãos de todo tempo. O
texto do evangelho apresentado é um apelo à vigilância e à disponibilidade.
Tendo presente o “atraso da parusia”, tema próprio a Lucas, é preciso não se
deixar levar pela passividade ou pelo laxismo. É necessário empenho em realizar
e manter viva a missão recebida do Senhor. “Cingir-se” (v. 35) é estar
disponível, pronto para ir aonde quer que o Senhor envie. No livro do Êxodo, o
ato de cingir-se está ligado à Páscoa (Ex 12,11). Corrobora com a alusão à
Páscoa a exigência de manter as lâmpadas acesas, o que permite compreender que
a cena acontece à noite. Efetivamente, a vida dos cristãos deve ser reflexo da
Páscoa de Jesus Cristo. A disponibilidade e a vigilância, mantidas à luz da
Palavra de Deus, são exigidas ao discípulo. Em outros termos, o testemunho é o
modo próprio de se preparar para a vinda do Senhor que continuamente vem ao
encontro do seu povo. Digno de ser observado é o fato de que o patrão, ao
voltar, age como um servo (v. 37; cf. Jo 13,13-15).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
somente em ti quero centrar as minhas opções mais profundas, para não permitir
que o egoísmo tome conta do meu coração e me afaste de ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O verdadeiro
discípulo de Jesus procura viver sempre um dos valores mais importantes que
aparecem no Evangelho: o serviço. Ele sempre está pronto para servir o seu
senhor que chega, pois vê o próprio Jesus que vem até ele na pessoa do pobre,
do nu, do faminto, do injustiçado, do doente, do abandonado, do carente, enfim,
de todos os que precisam de amor, de ajuda material, psicológica, afetiva ou
espiritual. Esse discípulo não fala muito de amor e de Evangelho, porque sua
vida é o grande discurso da vivência do amor evangélico. Este é o que está de
rins cingidos e abre a porta do seu coração sempre que o Senhor chega e este é
o feliz que será eternamente servido pelo Senhor.
FONTE: CNBB
Recadinho
Diante da correria diária, deixamos a
intimidade com Deus em segundo plano. A ‘regra beneditina’ nos ensina: orar e
trabalhar! Fazer da vida uma oração! Já descobriu seu lugar na comunidade
paroquial? Sempre é tempo! Não fique em cima do “muro” da vida! Espere no
Senhor, mas não de braços cruzados! Lembre-se da Última Ceia: até o Senhor
serviu!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A VIGILÂNCIA CRISTÃ
O discípulo de
Jesus vive numa contínua espera do Senhor que vem. Essa, porém, é uma espera
ativa e responsável, porque a chama do amor está sempre acesa em seu coração.
Quem escolhe a inação ou se envereda pelo caminho do mal corre o risco de ser
excluído do Reino. Não é fácil perseverar, quando se desconhece a hora em que o
Senhor virá. Sabendo disso, Jesus exortou seus discípulos a não esmorecerem
diante da incerteza da hora.
A
vigilância cristã foi comparada à dos servos à espera do senhor que chega para
sua festa de núpcias. Quanto mais tarde for, maior a necessidade de manter-se
atentos. O senhor poderá chegar a qualquer momento. E não ficaria satisfeito se
os servos estivessem dormindo e não lhe abrissem a porta. Mas, se ao chegar, os
encontrar acordados, convidá-los-á para participar do banquete e ter a honra de
serem servidos pelo próprio patrão.
O
mesmo se passa com o discípulo de Jesus. A incerteza da hora em que virá o
Senhor não abala suas convicções. Antes, vai adiante seguro de que vale a pena
fazer o bem, embora viva rodeado pelo mal. Não abre mão de lutar pela justiça,
mesmo que ela resista a ser eliminada. Está sempre disposto a perdoar e a
buscar a reconciliação, ainda que o ódio e a violência tenham contaminado a
humanidade. A vigilância perseverante leva-lo-á a ser considerado
bem-aventurado pelo Senhor, quando ele vier.
Oração
Senhor Jesus, reforça minha disposição a estar sempre
vigilante, à tua espera, para que eu possa ser acolhido por ti, no teu Reino.
(O comentário do Evangelho
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar
sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
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