domingo, 24 de maio de 2020

LEITURA ORANTE DO DIA - 24/05/2020



LEITURA ORANTE

Mt 28,16-20 - Ascensão de Jesus aos céus



Hoje é o dia da Ascensão do Senhor e também o
Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Veja a Mensagem do papa Francisco para hoje:
54º Dia Mundial das Comunicações.

Preparamo-nos para a Leitura Orante,
saudando, com todos os internautas, a
Santíssima Trindade, com a oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos, atentamente,  o texto: Mt 28,16-20.
Os onze discípulos foram para a Galileia e chegaram ao monte que Jesus tinha indicado. E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas. Então Jesus chegou perto deles e disse:
- Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.
Refletindo
O evangelista Mateus descreve de maneira magnífica a Ascensão de Jesus. O Mestre e os discípulos vão ao monte, na Galileia, como se voltassem onde tudo começou. "Chegaram ao monte". O monte simboliza a ascensão, onde o Mestre lançou seu manifesto inicial, descrito no Sermão da Montanha, em Mateus, capítulos 5 a 7. Foi onde também se transfigurou - Mateus 17. Os onze discípulos representam toda a Igreja de todos os tempos. Eles vêem o Ressuscitado e vão ser suas testemunhas. Jesus afirma sua "plena autoridade" quando diz: "Deus me deu todo o poder no céu e na terra". Assim, envia os discípulos a todos os povos. Não para serem mestres. Mas, para "fazer discípulos" de Jesus, seus seguidores.  Apresenta-lhes também o método de evangelizar: que comecem batizando-os em nome da Santíssima Trindade e despertando a vida de acordo com o ensinamento de Jesus. Termina, garantindo que estará com os que o seguem "todos os dias, até o fim".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Fala da missão de todo cristão.
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "O amadurecimento no seguimento de Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se renove constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim pode ser, para todos os batizados, casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade. Em sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria." (DAp 167).

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Hoje é o 54º Dia Mundial das Comunicações.
Rezamos o Ofertório pela Comunicação social
Senhor, ofereço-vos, em comunhão com toda a Igreja,
Jesus na Eucaristia e a mim mesmo, como oferenda permanente e agradável a vós.
- Em reparação pelas mensagens errôneas e comportamentos equívocos, divulgados pelos meios de comunicação.
- Para que regressem à casa do Pai aqueles que se afastaram, seduzidos por esses poderosos instrumentos.
- Pela conversão daqueles que no uso desses instrumentos, desconhecem os ensinamentos de Cristo e da Igreja, e desviam a humanidade  do caminho da salvação.
- Para que todos sigamos o único Mestre, que,  na plenitude do vosso amor, enviastes às pessoas, e que nos apresentastes, dizendo: “Eis o meu Filho amado. Ouvi-o!”
- Para que todos conheçamos e procuremos tornar conhecido Jesus, Palavra encarnada, o único e verdadeiro Mestre, o caminho seguro que nos leva a conhecer o Pai e a participar de sua vida.
- Para que aumentem, na Igreja, os sacerdotes, os consagrados e consagradas, os leigos e leigas que, através dos meios de comunicação anunciem aos homens a mensagem evangélica da salvação.
- Para que os comunicadores e comunicadoras – escritores, técnicos, divulgadores – sejam pessoas evangélicas, capacitadas em sua área de trabalho, e autênticas testemunhas de Cristo no campo da comunicação social.
- Para que as iniciativas católicas nesse setor, cresçam em número e eficácia, de tal modo que, promovendo os valores humanos e cristãos, superem tudo o que se opõe à salvação das pessoas.
- Para que nós, conscientes de nossos limites, nos aproximemos, com humildade e confiança, da fonte da vida, e nos alimentemos com a vossa Palavra e com a Eucaristia.
- Por todas as pessoas, nós vos pedimos, ó Pai, luz, amor e misericórdia.
(Ofertório Paulino)

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é voltado para a missão de motivar mais seguidores do Mestre Ressuscitado.
Cantemos
Ide pelo mundo, evangelizai



Bênção
A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!

Ir. Patricia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

Leitura Orante
ASCENSÃO DO SENHOR, 24 de Maio de 2020



ASCENSÃO: proximidade radical

“Eu estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20)

Texto Bíblico: Mateus 28,16-20

1 – O que diz o texto?

O Mistério Pascal é uma realidade única: nem a ressurreição, nem a ascensão, nem o sentar-se à direita do Pai, nem a glorificação, nem a vinda do Espírito, são fatos separados.
As diferentes “expressões” do Mistério Pascal, pertencem ao hoje como ao ontem, são tão nossas como foram para Pedro, João ou Madalena. Não aconteceram só no passado, mas também estão acontecendo neste instante. São realidades que estão afetando nossa própria vida. Podemos e devemos vivê-las como os discípulos de Jesus as viveram.
Para nós seguidores de Jesus, Ascensão é abertura para o cotidiano, para a realidade do serviço. É preciso partir e viver o chamado do Mestre para prolongar, neste mundo, seu modo de ser e de viver.
A Ascensão de Jesus não significa evasão aos céus - “Homens da Galiléia, por que ficai aqui, parados, olhando para o céu?” (At. 1,11) – mas imersão na vida. Aquele que Vive não escapou do mundo; sua Ascensão significa expansão e presença no universo inteiro, plenificando tudo em todos; Ele agora assume todos os rostos, identifica-se com toda a humanidade e continua a caminhar pelas Galiléias dos excluídos, das periferias, dos pobres, acampa junto aqueles que vivem às margens...
Ao celebrarmos a entrada de Jesus na glória, não celebramos uma despedida ou um distanciamento, mas um novo modo de presença; celebramos a proximidade radical d’Aquele que é, realmente, o Emanuel, o Deus conosco para sempre.
Ao “subir aos céus”, Jesus se faz mais radicalmente próximo de todos, ultrapassando tempo e espaço. Ascensão não é afastamento, mas uma maneira nova de fazer-se presente a todos e em todos os lugares.
O único que Jesus faz é restabelecer e assegurar a proximidade e comunicação com toda a humanidade. Isto deve nos dar uma grande alegria, pois Ele permanece aqui na terra, junto a nós. Assim, a Ascensão de Jesus nos desafia a romper a estreiteza de nossa vida para expandi-la a horizontes mais inspiradores.

2 – O que o texto diz para mim?

Na festa da Ascensão deste ano, a liturgia me propõe a cena final do evangelho de Mateus; embora não fale expressamente da “elevação” de Jesus ao céu, nele se condensa todo o caminho anterior, e se abre ao mundo inteiro, como presença e promessa de vida.
Mateus termina seu evangelho narrando um breve encontro entre Jesus Ressuscitado e o grupo dos onze que havia regressado à Galiléia, depois de receber a mensagem das mulheres que tinham ido ao sepulcro. Este encontro acontece longe de Jerusalém, afastado do lugar onde eles tinham vivido a experiência traumática da paixão de Jesus. Esta distância física é também existencial. Depois da crise, do medo, do desespero que os havia paralisado, o Mestre os convida a voltar à Galiléia, às origens, para percorrer de novo os caminhos, para “fazer memória” das experiências junto d’Ele e que agora hão de reler de forma diferente.
A Ascensão é a festa por excelência da nova proximidade de Jesus. No entanto, devido à situação pandêmica, celebro fisicamente distanciada uns dos outros; mas, a Ascensão pode ser um momento oportuno para ativar outras maneiras de me fazer próxima, inspirada na proximidade do Ressuscitado.
A festa da Ascensão pode também ser uma ocasião para desvelar (tirar a máscara) o farisaísmo que está latente em mim: a vivência camuflada de um distanciamento humano.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

O isolamento sanitário pôs às claras esta dura realidade: já levei anos praticando o distanciamento político, a polarização religiosa, o enfrentamento de extremos, a separação ideológica, a distância como meio para me fechar em minhas posições fanáticas, preconceituosas e intolerantes. Uma voz surda sempre esteve presente: devo me separar dos outros, daqueles que pensam diferentes, sentem diferente, vivem diferente, assumem posições e opções diferentes...
Não posso deixar que a atual crise sanitária acentue mais ainda os diferentes distanciamentos que estavam escondidos, mas que agora vieram à tona com mais força.
Esta é a dura contradição que estou vivendo: se, estar separada fisicamente de meus seres queridos e vizinhos é o mais eficaz para combater a pandemia, preciso, então, buscar outras expressões de proximidade para que essa distância não se converta em ecossistema e modo de vida. A distância sanitária não pode servir de cortina de fumaça para reforçar outras distâncias que se abrem diante de mim, no campo social-político-religioso-cultural...
Não posso deixar que o sonho do Reino, o projeto universal de Jesus, se dilua em meio às distâncias artificiais que desumanizam. Hoje, mais do que nunca, devo celebrar e recordar que juntos, unidos, orientados para um horizonte comum, poderei enfrentar qualquer crise que me venha. Talvez, esta pandemia me oferece uma ótima oportunidade para crer nisso, de verdade: de transformar declarações ocas em atos sólidos, de resumir tudo o que é a humanidade numa só palavra: proximidade. Proximidade com aqueles que sofrem, com aqueles que buscam um mundo melhor, com aqueles que menos têm, com aqueles que se sentem excluídos... Em meio a um mundo onde a distância e a suspeita crescem e se enraízam a Ascensão é a alternativa de proximidade e colaboração que eu preciso.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor não me sobra muitas outras oportunidades de transformar este sonho em realidade. Vivo na distância, necessária no momento, mas não faço dela meu estilo de vida; não devo convertê-la em meio que determine o que sou. Sou chamada a ser algo mais que compartimentos estanques e seguros, isolados. Posso ser “praça comum” de encontro e diálogo, de mãos estendidas, ouvidos atentos para dar forma a isso que tanto precisamos: sentir-me próxima uns dos outros.
À luz da Ascensão posso afirmar: fisicamente distanciada é quando me sinto mais próxima.
Posso recordar o constante convite de Jesus a provocar encontros que ajudem a integrar, a reunir, a religar, a articular o tecido comunitário. Há tantas vidas esparramadas, isoladas, rejeitadas, esperando por sinergia. Na verdade, Ele provocou as pessoas a saírem de seu isolamento e padrões alienados de relacionamento para expandir-se em direção a uma nova forma relacional com tudo o que existe; tal relação é a concretização do sonho do “Reino de Deus”.
Como ser humano, trago esta força interior que me faz “sair de mim mesma”  e criar laços, fortalecer a comunhão, romper distâncias...
O ser humano não é feito para viver só; ele necessita conviver, viver com os outros; ele é um ser constitutivamente aberto, essencialmente em referência a outras pessoas: estabelece com os outros uma interação, entrelaça-se com eles, e forma um nós: a comunidade.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Jesus vive sua proximidade radical através dos seus seguidores que se fazem próximos. A “opção de vida” em favor do próximo é o indicador de uma vida aberta e comprometida na construção de uma convivência social na qual predomine a ternura e não a dureza de coração, o respeito à vida e o amor e não a violência e a exclusão.
De quem eu sou próximo, ou, como me faço próximo, nestes tempos de isolamento social?

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 28,16-20
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Louvação: Ascensão – fx 15
Autor: Geraldo Leite Bastos
Intérprete: Geraldo Leite Bastos
Coro: Emmanuel - Paulinho Campos - Rita Kfouri - Maria Diniz
CD: Ação de graças no dia do Senhor – Cantos Celebrativos
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 02:22

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