quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/02/2020

ANO A


Mc 6,7-13

Comentário do Evangelho

Escolhidos e enviados

Quando do chamado dos Doze sobre o monte (Mc 3,13-19), o autor do evangelho já informou ao ouvinte e/ou leitor que a vocação dos discípulos tem um duplo aspecto: acompanhar Jesus e disponibilidade para serem enviados em missão. O texto do evangelho de hoje é o relato do envio em missão dos Doze. A pregação deles, como a de Jesus (cf. Mc 1,15) e a de João Batista (cf. Mc 1,4), é um apelo à conversão. Há uma longa tradição bíblica perpassando, de algum modo, todos os textos da Escritura, que interpela o povo a uma profunda e verdadeira conversão, condição para viver fielmente a Aliança e para reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus em Jesus Cristo. O poder que eles detêm é o poder do Senhor (cf. Mc 1,21-28). Nas recomendações para a missão estão as exigências que associam os discípulos a Jesus e os identificam com ele: para a missão, só o necessário para a mobilidade e a disponibilidade (cf. Ex 12,11); é necessário desapego, pois a confiança não pode estar nos meios, mas no próprio Senhor que os envia, e também é preciso contar com a rejeição. Dito de outra maneira, as pessoas devem ver realizado nos discípulos o que eles anunciam. O relato tem um forte apelo eclesial: a missão da Igreja está fundamentada num mandato do Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho.
Fonte: Paulinas em 06/02/2014

Vivendo a Palavra

Nós somos os enviados de hoje para anunciar a Boa Notícia: o Reino de Deus está próximo! E as condições são as mesmas: a tarefa é comunitária – dois a dois –; não envolve interesse por recompensas, e somos revestidos de poder sobre os espíritos maus, que dividem, entristecem e matam a esperança dos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

Nós somos os enviados de hoje para anunciar a Boa Notícia: o Reino de Deus está próximo! E as condições são as mesmas: a tarefa é comunitária – dois a dois; não envolve interesse por recompensas, e somos revestidos de poder sobre os espíritos maus, que dividem, entristecem e matam a Esperança dos irmãos.

Reflexão

Quem é verdadeiramente discípulo de Jesus não deve pensar em si próprio, mas deve viver em função das outras pessoas, preocupar-se com os seus problemas e necessidades, ir ao encontro de todos para levar o Evangelho, a motivação para a conversão e a esperança de uma vida melhor. Nós fomos enviados por Jesus para realizar essa missão. Não devemos levar nada que seja para nós, além do que seja estritamente necessário, pois não devemos nos preocupar com o nosso bem estar, mas sim com o dos nossos irmãos e irmãs. Somente com este espírito é que podemos participar da obra evangelizadora de Cristo.
Fonte: CNBB em 06/02/2014

Reflexão

Jesus decide enviar em missão seus discípulos e dá-lhes poder de expulsar os espíritos impuros. Os discípulos partem, com o poder do Espírito Santo, a fim de provocar radical mudança na sociedade. A bagagem é sóbria, apenas o necessário para se vestir e proteger os pés. O alimento deve provir da hospitalidade de quem os acolhe. Nada de ficar “batendo em ferro frio”, isto é, pregando a quem se recusa a ouvir a mensagem cristã. Nesse caso, “saiam daí sacudindo o pó dos pés”. É um gesto de acusação, como a dizer: andei por aqui e anunciei o projeto de Deus revelado por Jesus; fiz a minha parte… Os discípulos cumprem as orientações de Jesus e confirmam sua pregação com ações concretas e benfazejas (v. 13). E nós, o que fazemos concretamente em vista de transformar a sociedade em que vivemos?
Oração
Ó Jesus, nosso Libertador, aos Apóstolos dás autoridade para realizarem o que tu mesmo realizas: expulsar demônios impuros e curar enfermidades. Assim credenciados, em teu nome eles saem anunciando a Boa-Nova do Reino. Levam a paz, expulsam demônios e curam os doentes, ungindo-os com óleo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Sei agradecer a Deus que me faz sentir a realização pessoal por um bom testemunho de vida? - Sou disponível e fraterno na justa partilha de bens? - Que lugar ocupam as coisas supérfluas em minha vida? - Quando e como anuncio o Evangelho de Cristo? - É fácil servir de apoio àqueles que têm uma missão mais envolvente no campo da evangelização?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/02/2014

Meditando o evangelho

PREGAR NA POBREZA

Quando Jesus enviou seus discípulos para anunciar o evangelho do Reino, ordenou-lhe pregar na pobreza. Só lhes foi permitido levar um simples bastão, talvez para se protegerem de animais ferozes, e calçar sandálias, por causa das longas caminhadas. Tudo mais se reduzia às roupas do corpo. Por que tanto rigor da parte de Jesus?
Agindo assim, os apóstolos não corriam o risco de atrair gente por motivos alheios à proposta do Reino. Seria inútil recorrer aos apóstolos esperando encontrar o que não fosse estritamente a palavra de Deus e seu apelo de conversão. Por outro lado, os apóstolos ficavam livres da tentação de atrair discípulos para si mesmos, esquecendo de que sua missão era a de fazer discípulos para o Senhor. Os apóstolos, pregando na pobreza, eram forçados a se entregarem totalmente à providência de Deus. Ela não haveria de permitir que lhes faltasse pão, nem o necessário para a sobrevivência. Esta dependência da caridade alheia, porém, não podia por em questão a gratuidade do ministério dos apóstolos. Esses não pregavam, com espírito venal, pensando em tirar partido e obter proveitos. E, sim, desempenhavam sua função de maneira desinteressada, deixando à providência a questão do próprio sustento.
Apesar de sua opção pelo despojamento, os discípulos deveriam manter no horizonte a possibilidade de serem rejeitados. Nem por isso estariam dispensados da missão.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância de anunciar o teu Reino, na pobreza, entregue totalmente nas mãos da tua providência.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Sagrada Liberdade do Missionário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Uma interpretação equivocada das instruções que Jesus dá aos seus discípulos, ao enviar-lhes em missão, sempre nos dá a impressão de que o Discípulo Missionário é um Mendigo que vive na miséria. Até tivemos na Idade Média o surgimento de algumas ordens mendicantes que Deus suscitou, entre esses religiosos encontramos São Domingos e São Francisco de Assis, mas para ser um sinal a uma Igreja que chegava no ápice do seu poder temporal, alinhando-se com os poderosos do Império.
E qual era o recado da Palavra de Deus por aquele tempo e nos dias de hoje? O mesmo de sempre: o Discípulo Missionário seguidor de Jesus Cristo deve ser totalmente livre, em relação às pessoas, ás coisas materiais e aos bens desse mundo. Quando o coração do Evangelizador está atrelado a algum Bem terreno, seja material, ou símbolo de poder e status, que lhe dê prestígio e fama, a sua pregação cairá no vazio pois não irá convencer a ninguém. Bordão e sandália, os únicos objetos que o Discípulo Missionário poderá ter, segundo o evangelho, são símbolos da transitoriedade dessa Vida, estamos a caminho, fazemos a travessia em busca da terra prometida, tudo aqui é transitório e nada é definitivo nesta vida terrena.
Jesus nunca invadiu com sua Palavra a Vida de alguém, poder para isso ele tem. Poderia fazer o sujeito entrar em transe para assim sob seu domínio, permitir que a Graça e a Palavra de Deus entrem em sua vida. Mas a Palavra que é anunciada em total liberdade deve também ser acolhida com liberdade pelas pessoas, daí a recomendação de não “Forçar a Barra”, ao contrário, seguir o caminho e não levar nem a poeira na sandália, não em sinal de ódio pela rejeição, ao contrário, respeito pela liberdade do outro.
Pregar a penitência é anunciar as pessoas essa necessidade de se abrirem á Palavra de Deus, de se colocarem diante Dele com toda humildade, acolhendo a Palavra e permitindo-se transformar sob sua ação Divina. O Mal presente no coração das pessoas jamais resistirá ao anúncio da Palavra, pois nenhum argumento será mais forte e convincente do que o anúncio da Salvação, por isso os demônios são expelidos e a unção com o óleo cura a todos os enfermos.
O Demônio detesta a palavra Liberdade, principalmente a Liberdade do Cristão, que a exemplo de Jesus, se entrega livremente por amor a toda humanidade. Cristo é a única razão de o Cristão tornar-se Discípulo Missionário, qualquer outra razão que não seja essa, será vazia e enganosa.

2. Mandou que não levassem nada pelo caminho - Mc 6,7-13
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os apóstolos partem em missão, dois a dois, com poder sobre os espíritos impuros. Entendamos: com poder para ajudar qualquer tipo de pessoa desumanizada. A causa da desumanização pode ser uma possessão diabólica, como também resultado da ação de alguém bem definido, com nome e endereço, que não respeita as pessoas e não tem escrúpulo em prejudicá-las. Esses são agentes do demônio, verdadeiros espírito impuros. Os discípulos missionários devem ser gente de fé, que confiam em Deus e não nos bens que possuem, dinheiro, roupa, alimento. Podem, porém, levar um cajado, um bastão, um pedaço de pau. Por que e para quê? Para ajudar na caminhada, uma vez que andavam a pé? Para se defenderem de algum assaltante ou de alguma cobra? Certamente não seria para bater em alguém. Eles ungiam os doentes com óleo, que é matéria do sacramento da Unção dos Enfermos. O padre unge a testa e a palma das mãos do enfermo, fazendo como os apóstolos e como ensinou São Tiago: “Alguém está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente”.

HOMILIA

A MISSÃO DOS DOZE DISCÍPULOS

Jesus Cristo está a poucos meses pregando pela Judéia e Galiléia. Foi formando um grupo de discípulos e seguidores, e o Mestre escolheu doze deles como apóstolos. Com eles fala intimamente, explica-lhes as parábolas, escuta-os e ensina-os. Chega o momento de mandá-los para pregar. É a primeira missão dos apóstolos, uma primeira mega missão para preparar o caminho da pregação de Jesus. O Mestre lhes explica com detalhe o que fazer. Não lhes pede que dêem grandes sermões teológicos, nem que falem de tal forma que deixem boquiabertos quantos escutarem. Simplesmente tem que anunciar a paz (“A paz esteja nesta casa”), e ensinar que o Reino de Deus está próximo, o Reino do Amor. Com esta tarefa e com a confiança colocada no senhor, os apóstolos saem para percorrer os povoados e cidades próximas.
O chamado e consequentemente o envio é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério, o serviço deve ser entendido numa dimensão comunitária. Pois a igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Ele os envia em missão, dois a dois, colocando como centro vida em comunidade na ação missionária. Este foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão.
Onde fica sua força, a eficácia da sua ação? Em que são enviados por Alguém. Não anunciam uma mensagem própria, mas sim a mensagem de Outro. Aí está a força do cristão quando prega para os outros. Não sou eu que quero fazer com que o outro fique admirado com minhas idéias maravilhosas; sou eu que quero transmitir ao outro a grandeza de Deus, a maravilha de Deus, a experiência de se sentir amado por Deus. Pensemos que esta pregação não é algo exclusivo de umas missões de evangelização. Pregamos com nosso exemplo quando vamos à missa em família, quando consolamos um amigo que está precisando. Pregamos com nosso exemplo quando compartilhamos a alegria de viver, o otimismo diante de uma situação difícil, a vontade de amar aquele que não se sente amado, o entusiasmo por “fazer o bem sem olhar a quem”.
Os doze apóstolos saíram para pregar pelos caminhos e cidades. O Evangelho nos narra que regressaram cheios de gozo, felizes por constatar os frutos de sua missão. É a experiência comum de quem participa de uma missão de evangelização: três ou quatro dias de pregação, de missão, dias de trabalho, cansaço, sacrifício, mas dias que nos enchem o coração de alegria e satisfação, a alegria que só Deus pode dar. Façamos da nossa vida uma missão contínua: missão na família, sendo a peça que une e anima a convivência familiar. Missão no trabalho, com a honestidade, o profissionalismo, o gosto pelas coisas bem feitas. Missão entre nossos amigos e conhecidos, com nosso otimismo diante da vida, nosso testemunho de cristãos alegres, entusiastas, fiéis aos valores do Evangelho e da Igreja.
Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Ensine a seus filhos os preceitos e a Lei de Deus

Infunde no coração do seu filho e no coração da sua filha que o que vai lhes dar uma vida longa, abençoada, nesta e na outra vida, é a fidelidade aos preceitos e à Lei Divina.

Observa os preceitos do Senhor, teu Deus, andando em seus caminhos, observando seus estatutos, seus mandamentos, seus preceitos e seus ensinamentos, como estão escritos na lei de Moisés” (1 Reis 2, 3).

Meus queridos irmãos e irmãs, eu queria convidar vocês, hoje, a refletir com muito amor e ternura sobre a Primeira Leitura da Missa de hoje. Ela relata para nós os últimos dias da vida de Davi e, como ele, o homem de Deus que é, mesmo com seus pecados, com suas falhas, se redime, se arrepende e, naquele momento, chama diante de si o seu filho Salomão e lhe dá as instruções: ”Meu filho, sê corajoso, porta-te como um homem e não se esquece de observar os preceitos divinos” (1 Reis 2, 2b-3).
Hoje eu gostaria de olhar para o coração de cada pai e de cada mãe e pedir a Deus que dê a vocês a mesma sabedoria e o mesmo discernimento que teve Davi na sua velhice. Muitas vezes, os pais se preocupam em deixar herança para seus filhos; contudo existem heranças que acabam sendo até sinais de brigas e de disputas, e assim por diante. Nada contra essa prática, cada um deixa o que tem, mas o mais importante, para você que é pai e a você que é mãe, é deixar no coração do seu filho ou da sua filha esta nobre riqueza que se chama o “tesouro do Reino de Deus”. Infunde no coração do seu filho e no coração da sua filha que o que vai lhes dar uma vida longa, abençoada, nesta e na outra vida, é a fidelidade aos preceitos e à Lei Divina.
O que nós estamos, hoje, observando é Davi, dando, na verdade, o seu grande testamento ao seu filho Salomão: ‘‘Meu filho faça isso e viverás, este é o caminho da vida, conserva, meu filho, uma boa conduta e seja leal de todo o seu coração, jamais se afastando da Lei do Senhor Nosso Deus!” (1 Reis 2, 2ss).
É assim, pai, é assim, mãe, que você deve educar, instruir e formar seus filhos! Sei que, nos dias de hoje, não é nada fácil criar filhos; isso é um desafio enorme! Mas o mais importante é você não perder a direção: não se forma filhos na frente de novelas, não se forma filhos na frente de programas que em nada vão ajudar! Tenha tempo para ler e para meditar com os seus a Palavra Divina.
Eu louvo a Deus, porque a minha pobre mãe me ensinou, durante a vida, a Lei de Deus, a maior herança que ela deixa e deixará para sempre no meu coração! Eu quero que você, pai, e que você, mãe, deixem no coração do seu filho essa nobre herança que jamais sairá do coração dele: ”Ser fiel aos preceitos e à Lei Divina”.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/02/2014

Oração Final
Pai Santo, faze de nós a Igreja da Esperança. Que o nosso anúncio de que o Teu Reino já está em nós e entre nós seja espontâneo e traga leveza e alegria também para os companheiros que nos deste para a peregrinação nesta terra encantada. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze de nós a Igreja da Esperança. Que o nosso anúncio de que o teu Reino já está em nós seja espontâneo e traga leveza e alegria também para os companheiros de peregrinação por esta terra encantada, que nos emprestas para cuidado, desfrute e partilha. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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