quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/02/2020

ANO A


Mc 8,11-13

Comentário do Evangelho

Os sinais de Jesus, sinais do Reino

A brevidade da cena e do diálogo mostra a decisão deliberada e firme de Jesus de não ceder a nenhum tipo de tentação que possa desviá-lo de sua missão. O nosso texto é a prova de que as tentações de Jesus não fizeram parte de um único momento da sua vida (Mc 1,12-13; Mt 4,1-11; Lc 4,1-13), mas se estenderam por toda a sua existência terrestre. O trecho ajuda o leitor a compreender que as tentações se dão no exercício e em relação à missão e à filiação divina de Jesus. Ele se recusa a fazer qualquer gesto sem motivo e a seu favor, somente para ganhar reconhecimento e aplausos; rejeita toda proposta que o desvie do caminho de um messianismo profundamente marcado pela humildade e pelo serviço. A adesão à pessoa de Jesus não pode se dar através de gestos espetaculares, de um sinal vindo do céu, mas através de uma decisão livre. Nossa perícope está situada imediatamente depois do segundo relato da “multiplicação dos pães”. O sinal sobre o qual se baseia a adesão livre a Jesus é a sua vida entregue, para que todo o povo não desfaleça pelo caminho (cf. Mc 8,3).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para reconhecer a messianidade de teu filho Jesus manifestada no bem que ele fez ao povo e no seu modo simples de ser.
Fonte: Paulinas em 17/02/2014

Vivendo a Palavra

Condenamos a incredulidade dos fariseus, que pedem sinais extraordinários. Não poucas vezes também nós andamos em busca desses sinais, esquecidos de que a fé é entrega total a Deus, com a mesma confiança de uma criança que se joga nos braços confiáveis do seu pai. Nossa vida e a fé são os grandes sinais que recebemos do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

Costumamos condenar a incredulidade dos fariseus, que pediam sinais extraordinários. Entretanto, não poucas vezes também nós andamos em busca desses sinais, esquecidos de que a fé é entrega total a Deus, com a mesma confiança de uma criança que se joga nos braços confiáveis do seu pai. Nossa Vida e a Fé são os grandes Dons que recebemos do Pai.

Reflexão

Quando Jesus foi tentado pelo demônio no deserto, a segunda tentação era que ele se atirasse do pináculo do Templo, uma vez que os anjos cuidariam dele.Mas a resposta que Jesus deu ao demônio foi: "Não tentarás o Senhor teu Deus". O Evangelho de hoje nos mostra que existem pessoas que sempre estão tentando a Deus, pois, assim como os fariseus pediam um sinal do céu para por Jesus à prova, muitas pessoas querem fazer chantagem com Deus, fazendo uma série de exigências e pedidos mesquinhos para satisfazer seus desejos e fundamentam a sua fé não no amor a Deus, mas na satisfação de suas exigências.
Fonte: CNBB em 17/02/2014

Reflexão

Os fariseus não dão trégua a Jesus. Parecem não ter outra ocupação, a não ser arrumar armadilha para ver o fracasso dele. Desta vez, levantam dúvidas sobre sua pessoa e obras. Jesus nunca se omite; fala abertamente em público; não economiza ensinamentos; reparte o pão para a multidão faminta; faz prodígios que despertam o entusiasmo e a admiração de grande número de pessoas. E chegam os fariseus com essa objeção deslocada, inconveniente, desnecessária: pedem a Jesus uma comprovação de sua autoridade; pedem-lhe um sinal do céu. Cegos, eles não admitem que o Messias é o maior sinal do céu. Diante de tamanha dureza de coração e arrogância, a Jesus resta apenas suspirar “profundamente em seu espírito” e partir para a outra margem. Inútil bater em ferro frio.
Oração
Ó Jesus Mestre, os fariseus te atormentam. Longe de se abrirem para receber e praticar a Boa-Nova que pregas, o que fazem é te pedir um sinal do céu. Não admitem que és o maior sinal vindo do céu. Não merecem tua resposta. É impossível alimentar a quem não abre a boca! Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Tenho consciência de que as demonstrações de fé são aquelas que expresso nas horas mais difíceis? - É verdade que nos momentos difíceis quanto mais me dedico ao próximo mais forças encontro para vencer meus problemas? - Procuro de fato as ocasiões de fazer o bem? - O que me leva a agir com dedicação e espírito de serviço? - Dou-me conta de que quanto mais me dedico ao próximo mais abençoado sou por Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/02/2014

Meditando o evangelho

O PEDIDO RECUSADO

Jesus recusou-se terminantemente a fazer exibição de seu poder taumatúrgico, para satisfazer a curiosidade alheia ou para provar, a quem se recusava aceitá-lo, sua condição messiânica. Os fariseus tentaram, sem sucesso, arrancar um milagre de Jesus nestas condições. Jesus não caiu nesta armadilha.
São vários os motivos da recusa de Jesus. Os milagres não têm, por si mesmos, o poder de convencer ninguém e levá-lo à fé. Fazer um milagre diante dos fariseus seria perda de tempo e poderia ter o efeito de fazê-los odiar Jesus ainda mais. Os milagres pressupõem a fé e os fariseus representavam uma categoria de pessoas refratárias a Jesus e incapazes de perceber o verdadeiro significado de seu gesto. Os milagres têm como objetivo levar a salvação do Reino a quem é privado de sua saúde ou tem a vida ameaçada. Esse não era o caso dos fariseus que não estavam dispostos a abrir mão de seus preconceitos contra Jesus.
Recusando atender o pedido dos fariseus, Jesus manifestou uma atitude de firmeza diante da tentação de um messianismo espetacular e exibicionista que mantém as pessoas cativas de seu egoísmo, sem sensibilizá-las para o amor e a misericórdia. Igualmente, a tentação de um messianismo humanamente gratificante, pelo sucesso e pelos aplausos. Jesus estava certo de que isto não correspondia ao querer do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu jamais caia na tentação do exibicionismo e da busca do reconhecimento humano fácil, pois não é este o caminho do Pai.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Cristianismo dos SINAIS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos dias de hoje vive muito um Cristianismo bem a moda "Fariseu", assistindo os "testemunhos" das pessoas que migram para as novas igrejas da linha pentecostalista, todas sem exceção iniciaram sua caminhada com Jesus naquela denominação, porque receberam um grandioso milagre, coisa que em outras denominações cristãs não conseguiram, então agora se sentem realizadas e felizes porque enfim encontraram o verdadeiro caminho...
O Jesus criado de maneira estratégica pelos especialistas nesse marketing religioso atende as necessidades dos "clientes", é o Cristo do consumismo, da concorrência, e quem tiver o melhor Jesus terá como recompensa a casa cheia e o Ibope garantido nas telas da TV. Não há problema que fique sem solução com esse Jesus dos espertalhões, quando há falha, o fiel é culpado porque lhe faltou Fé, e quando a urucubaca é demais, entra em cena o diabo, que precisa urgente ser expulso para que o fiel possa ser libertado... Mas até aí a concorrência é braba, pois só aquela entidade religiosa e aquele determinado Fulano tem a fórmula infalível para botar o diabo prá correr...
Este não é o caso das Igrejas Históricas que tem raiz e tradição, estas preservam o valor da FÉ e do testemunho cristão autêntico.
Os fariseus exigem de Jesus um sinal estrondoso que confirme o seu messianismo. A Pessoa de Jesus, o que ele pensa e fala, suas atitudes de comprometimento com as pessoas, tudo isso não têm para o Farisaísmo a menor importância, o que importa mesmo é o milagre, pois só este irá convencê-los a ser também seguidores com os demais...
Mas o termo discípulo seguidor, nesse caso é uma grande piada, ao quererem serem convencidos pelos sinais prodigiosos, eles querem se tornar clientes que precisam ser atendidos em todas as suas necessidades físicas, morais, psíquicas, afetivas e materiais. Não é por acaso exatamente esse o Jesus que inventaram na pós-modernidade?
Atitudes assim continuam fazendo Jesus suspirar profundamente em seu coração.

2. Para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu - Mc 8,11-13
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os evangelistas contam que os fariseus discutiram com Jesus e fizeram provocações pedindo um sinal do céu. O texto de São Marcos, que estamos lendo, é mais sucinto e resumido. Os fariseus pediram um sinal do céu. Jesus deu um suspiro profundo e disse que nenhum sinal lhes seria dado. E foi-se embora. Querem um sinal do céu? Não vão ter sinal do céu. Se não vão ter sinal do céu, que sinal lhes será dado? Aqui se diz que nenhum sinal lhes será dado. Nenhum sinal em absoluto ou nenhum sinal do céu, mas sim sinal da terra. Eles terão um sinal da terra. O que poderia ser um sinal do céu? Fenômenos extraordinários, revoada de anjos, estrelas caindo e coisas parecidas com shows pirotécnicos. E um sinal da terra, qual seria? O desempregado que foi contratado, o doente que recebeu alta ou que foi atendido, o drogado que aceitou tratamento, projetos governamentais voltados para o bem-estar do povo, ambiente familiar agradável, e tudo o que faz a vida de cada dia, com destaque para os gestos de solidariedade. O suspiro de Jesus foi de impaciência, e o fato de ele ter ido embora indica uma quase desistência em relação aos fariseus. Certamente Jesus não deixou de acreditar nos fariseus. São Paulo apóstolo era de uma família de fariseus. A impaciência de Jesus é com o pedido. Sinal do céu é alienação, é vontade de não se comprometer com o que acontece na terra, é não querer ver e admirar os atos de solidariedade fraterna.

HOMILIA

OS FARISEUS PEDEM UM MILAGRE

As provocações dos fariseus são insistentes. Já espionaram Jesus para ver se curava no sábado. A preocupação então não era o sinal da cura, mas a acusação da infração do sábado. Em casa, em Cafarnaúm, Jesus perdoou os pecados de um paralítico, e o cura, como sinal.
No evangelho de hoje, temos mais um conflito entre os fariseus e Jesus. E mais uma vez na tentativa de acusar Jesus perante as autoridades, pediam de Jesus, um sinal do céu, como uma prova de que Ele era o Messias enviado, queria ver um sinal do seu poder. Queriam que Jesus realizasse algo extraordinário, com fez Moisés, as pragas do Egito e a travessia do Mar Vermelho. Para os fariseus o Messias esperado era poderoso que buscasse glorias, que faria com que as elites conquistassem sua autonomia, e os libertaria da opressão do império romano, destruindo o inimigo.  Indignado e triste, Jesus, vendo a dureza de coração dos fariseus, Jesus diz: "... a essa geração não será dado nenhum sinal" e parte.
Os fariseus eram incapazes de ver os sinais de Cristo na terra, eles não acreditavam no milagre na encarnação de Cristo. Não aceitavam Jesus porque se identificava com multidão de pobres, pecadores, excluídos, doentes, marginalizados, e sentiam seu poder ameaçado por Jesus. Tão cegos e sedentos de poder eram os fariseus, que não foram capazes de perceber o sinal da partilha dos pães.
E nós? Quantas vezes em nossas orações colocamos em dúvida o poder de Deus, seu amor por nós? Quando não somos prontamente atendidos, nossa fé é abalada. Sabemos que tudo o que pedimos com fé, Deus nos concederá. Precisamos ser pacientes em nossa fé, receberemos as graças de Deus quando estivermos prontos para recebê-la. Deus nos conhece, sabe quando será o melhor momento. Deus se homem, em seu Filho Jesus, que deu sua vida para nos salvar. Porque então pedir prova seu poder, de seu amor por nós? Confiemos em Deus e no seu amor por todos nós. E saibamos reconhecer os sinais de Deus na solidariedade, na partilha, na justiça, na paz, no irmão necessitado, que sofre preconceito e exclusão. Basta que  não tenhamos um coração frio e duro como dos fariseus.
Pai, dá-me sensibilidade para reconhecer a messianidade de teu filho Jesus manifestada no bem que ele fez ao povo e no seu modo simples de ser.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 17/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

A nossa fé produz o fruto da perseverança

As provações, as provocações da vida, não são para nos desviar do caminho, mas ao contrário, é para fortalecer a nossa caminhada, é para nos dar têmpera, para fazer de nós homens e mulheres perseverantes na fé!

Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança (Tg 1, 2-3).

Quem de nós não é provado, não é tentado nessa vida? Quem de nós que não passa por diversas dificuldades? E às vezes, nós queremos que a nossa fé tire do nosso caminho o sofrimento e a provação. Deixa eu dizer uma coisa no fundo do seu coração: não existe crescimento na fé, não existe amadurecimento na fé, não existe amadurecimento humano, se nós não sabemos superar os sofrimentos e as provações.
Às vezes, achamos que Deus é injusto conosco, porque nos permite passar por tamanha prova e, assim por diante. Acredite meu irmão, tenha muita confiança nessa hora, Deus está contigo, quando você está ali sofrendo, mas está aguentando firme, está dizendo: ”Senhor é difícil, mas pela Tua graça eu sigo adiante!”. As provações, as provocações da vida, não são para nos desviar do caminho, mas ao contrário, é para fortalecer a nossa caminhada, é para nos dar têmpera, para fazer de nós homens e mulheres perseverantes na fé!
Porque meu irmão, minha irmã, você pode seguir as coisas de Deus, mas o prêmio só é concedido àquele que perseverar e, perseverar até o fim. E nós, só vamos adquirindo músculos, resistência nos combates da vida à medida que sabemos lidar com paciência, com as provações e as provocações que a vida nos faz.
Cuidado para não cair no perigo do Evangelho de hoje, onde esses homens com o coração endurecido, os fariseus querem colocar Jesus à prova. Nós não podemos colocar Deus à prova, nós não podemos querer atormentar Deus, nós não podemos querer que Deus nos dê sinais de que Ele nos ama, de que está conosco; porque os sinais de Deus, as provas de Deus estão ao nosso lado. Ele nós ama, nos quer bem e, mesmo nos vendo sofrer, passando pelo vale de lágrimas, como nós muitas vezes passamos, podemos ter a certeza, Deus está conosco!
Mas, enquanto formos gente, seres humanos, a provação fará parte da nossa caminhada, apenas que, a provação para nós não deve ser motivo de tristeza, mas de alegria, porque sabemos que passando por ela a nossa fé cresce, a fé que aumenta produz o fruto maravilhoso da perseverança!
Que Deus nos dê essa sabedoria para que possamos alcançar a perseverança final, e assim entrarmos no Reino dos Céus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/02/2014

Oração Final
Pai Santo, faze-nos compreender o que significa a tua Graça. Por puro amor paternal tu nos dás a Vida para que a partilhemos com os companheiros de caminhada. Ensina-nos, Pai amado, a sermos agradecidos a Ti e generosos com os irmãos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/02/2014

ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, faze-nos compreender o que significa a tua Graça. Tu, por puro amor paternal, habitas em nossos corações e nos comunicas a Vida, para que a partilhemos com os companheiros de caminhada. Ensina-nos, amado Pai, a ser agradecidos a Ti, e generosos para os companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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