domingo, 12 de janeiro de 2020

LEITURA ORANTE DO DIA - 05/01/2020



LEITURA ORANTE

Mt 2,1-12 - Uma estrela conduz a Jesus -Solenidade da Epifania do Senhor



Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Ouvir a música: Ouro, incenso e mirra

Ouro, Incenso e Mirra
Padre Zezinho

São três reis que chegam lá do oriente
Para ver um rei que acaba de nascer
Dizem que um é branco, o outro, cor de jambo
O outro rei é negro e que vieram ver

O novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

Dizem que uma estrela muito diferente
Lá do oriente se podia ver
Falam de um cometa, ninguém sabe ao certo
Mas pelo deserto eles vieram ver

Ao novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

E trazem ouro, incenso e mirra
Pra festejar o novo rei
Que tem poder e majestade
Que vem do céu, que é de Deus
Que vai sofrer, que vai morrer
E que nos libertará

São milhões de vidas que no ocidente
Que no oriente sofrem de opressão
Têm todas as cores, todos os temores
Todos os rancores desta humilhação

Esperam libertação
E olham todos pro céu

Dizem que um futuro muito diferente
Essa pobre gente ainda conhecerá
Dizem que é seguro, que o futuro é certo
Que anda muito perto, que começa já!

Olham pro rei que nasceu
Igual estrela no céu

São três reis que chegam lá do oriente
Para ver um rei que acaba de nascer
Dizem que um é branco, o outro, cor de jambo
O outro rei é negro e que vieram ver

O novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

Dizem que uma estrela muito diferente
Lá do oriente se podia ver
Falam de um cometa, ninguém sabe ao certo
Mas pelo deserto eles vieram ver

Ao novo rei que nasceu
Igual estrela no céu

E trazem ouro, incenso e mirra
Pra festejar o novo rei
Que tem poder e majestade
Que vem do céu, que é de Deus
Que vai sofrer, que vai morrer
E que nos libertará

São milhões de vidas que no ocidente
Que no oriente sofrem de opressão
Têm todas as cores, todos os temores
Todos os rancores desta humilhação

Esperam libertação
E olham todos pro céu

Dizem que um futuro muito diferente
Essa pobre gente ainda conhecerá
Dizem que é seguro, que o futuro é certo
Que anda muito perto, que começa já!

Olham pro rei que nasceu
Igual estrela no céu

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos, atentamente,  o texto: Mt 2,1-12

Jesus nasceu na cidade de Belém, na região da Judeia, quando Herodes era rei da terra de Israel. Nesse tempo alguns homens que estudavam as estrelas vieram do Oriente e chegaram a Jerusalém. Eles perguntaram:
- Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo.
Quando o rei Herodes soube disso, ficou muito preocupado, e todo o povo de Jerusalém também ficou. Então Herodes reuniu os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei e perguntou onde devia nascer o Messias. Eles responderam:
- Na cidade de Belém, na região da Judeia, pois o profeta escreveu o seguinte:
"Você, Belém, da terra de Judá,
de modo nenhum é a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de você sairá o líder
que guiará o meu povo de Israel."
Então Herodes chamou os visitantes do Oriente para uma reunião secreta e perguntou qual o tempo exato em que a estrela havia aparecido; e eles disseram. Depois os mandou a Belém com a seguinte ordem:
- Vão e procurem informações bem certas sobre o menino. E, quando o encontrarem, me avisem, para eu também ir adorá-lo.
Depois de receberem a ordem do rei, os visitantes foram embora. No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
E num sonho Deus os avisou que não voltassem para falar com Herodes. Por isso voltaram para a sua terra por outro caminho.
Refletindo
Celebramos hoje a Epifania ou Manifestação do Senhor a todos os povos.
São Mateus é o único dos evangelistas que faz a narrativa da visita dos “magos”. Magos (do grego) significa grande, ilustre. Esta solenidade nos comunica que a salvação é para todos. Os magos vinham do Oriente à procura do Rei dos Judeus, indicado pela estrela. A estrela os conduz e eles encontram o menino com Maria, sua Mãe. Diz o texto que eles ficaram muito alegres! Oferecem de presente ao menino ouro, incenso e mirra. O ouro simboliza a realeza de Jesus, o incenso, a sua divindade, e a mirra, a sua humanidade.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
O texto nos convida a respeitar culturas e raças diferentes, nos ensina a procurar a Deus de coração sincero. Ensina-nos ainda a não nos deixar confundir por outros reinos. Importante perceber os sinais que nos conduzem a Deus.
Quais são as nossas estrelas?

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos o Salmo 71
Os confins da terra contemplaram a salvação do nosso Deus

- Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações. 

- Porque ele livrará o infeliz que o invoca, e o miserável que não tem amparo. 
- Ele se apiedará do pobre e do indigente, 
- Haverá na terra fartura de trigo, suas espigas ondularão no cume das colinas como as ramagens do Líbano; e o povo das cidades florescerá como as ervas dos campos. 
- Seu nome será eternamente bendito, e durará tanto quanto a luz do sol. 
- Nele serão abençoadas todas as tribos da terra, bem-aventurado o proclamarão todas as nações.
Pode-se fazer a
Bênção da Casa
Um costume antigo, nesta Solenidade dos Reis,  nas famílias, era benzer a casa com uma breve celebração. Pode ser feita nas comunidades e casas. Providenciar: cópias do texto, velas para as pessoas, uma estrela e água benta.

Inicia-se com o Canto:
Cristãos, vinde todos, com alegres cantos.
Ó vinde, Ó vinde até Belém.
Vede nascido, vosso rei eterno.

R.: Ó vinde adoremos, Ó vinde adoremos!
Ó vinde adoremos o Salvador!

Humildes pastores deixam seu rebanho
e alegres acorrem ao Rei do Céu.
Nós, igualmente, cheios de alegria.

O Deus invisível de eterna grandeza,
sob véus de humildade, podemos ver.
Deus pequenino, Deus envolto em faixas!

Nasceu em pobreza, repousando em palhas.
O nosso afeto lhe vamos dar. Tanto amou-nos!
Quem não há de amá-lo?

Recita-se, em seguida, o Salmo 71.
Os versículos são rezados espontaneamente e todos respondem com o refrão.

Salmo 71
R.: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

1 - Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,/ vossa justiça ao descendente da realeza!/ Com justiça ele governe o vosso povo,/ com equidade ele julgue os vossos pobres.
2. Nos seus dias a justiça florirá/ e grande paz, até que a lua perca o brilho!/ De mar a mar estenderá o seu domínio,/ e desde o rio até os confins de toda a terra!
3.  Os reis de toda a terra hão de adorá-lo,/ e todas as nações hão de servi-lo.
4. Libertará o indigente que suplica,/ e o pobre ao qual ninguém quer ajudar./ Terá pena do indigente e do infeliz,/ e a vida dos humildes salvará.

Em seguida, todos acendem as velas que trazem nas mãos, e recitam juntos:

Todos: Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra reconhecendo naquele Menino, o verdadeiro Homem, aleluia!
Leitor/a:
A minha alma engrandece ao Senhor *
e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,
pois ele viu a pequenez de sua serva, *
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez por mim maravilhas *
e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, *
chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, *
dispersou os orgulhosos.Derrubou os poderosos de seus tronos *
e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos, *
e despediu, sem nada, os ricos. Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Todos: Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra reconhecendo naquele Menino, o verdadeiro Homem, aleluia!

Bênção da Casa
O pai ou o animador voltando para a porta da casa, dependura nela uma estrela e recita a bênção .
A.: Oremos -  Senhor Deus do Céu e da Terra, que revelastes o vosso Filho Unigênito a todas as nações com o sinal de uma estrela, abençoai esta Casa e todos os que nela habitam. Enchei-os com a luz de Cristo, e que o nosso amor pelos outros reflita o vosso amor. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor.
Todos:  Amém.
Depois, o animador, asperge água benta na porta e nas pessoas presentes. E recita a oração:
A.: O nosso auxílio está no nome do Senhor.
T.: Que fez o céu e a terra.
A.: O Senhor esteja conosco.
T.: Ele está no meio de nós
A.: Oremos. Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos filhos e filhas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
T.:  Amém.

Canto:
Vinde Cristãos, vinde à porfia
Hinos cantemos de louvor
Hinos de Paz e de alegria,
Hinos de anjos do Senhor

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso  novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Qual estrela será nossa guia? (pausa e partilha)
Vamos nos deixar guiar pela estrela da fé que aponta para Jesus.
Augúrios do bem-aventurado Alberione:

Jesus Divino Mestre seja para ti:
verdade que ilumina,
caminho da santidade,
vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

Leitura Orante
EPIFANIA do Senhor, 05 de Janeiro 2020



EPIFANIA: Deus se manifesta sempre,
mas a partir de dentro.

“Ficaram extremamente felizes ao ver a estrela.” (Mt 2,10)

Texto Bíblico: Mateus 2,1-12

1 – O que diz o texto?

O relato evangélico deste domingo é desconcertante: o Deus, escondido na fragilidade humana, não é encontrado pelos que vivem instalados no poder ou fechados na segurança religiosa. Ele se deixa revelar àqueles que, guiados por pequenas luzes, buscam incansavelmente uma esperança para o ser humano, na ternura e na pobreza da vida.
Para além da intencionalidade do evangelista Mateus, o texto contém um profundo simbolismo, carregado de sabedoria. Tudo começa com uma “estrela”. É a luz interior (intuição, insight) que desencadeia o processo de busca e nos põe a caminho. Pode aparecer de maneira inesperada, em qualquer momento e, com frequência, costuma surgir numa situação de crise que, ao remover nossos hábitos, faz com que nos abramos a uma dimensão mais profunda.
Estar a caminho de Belém é fazer a travessia em direção a nós mesmos. Ao buscar uma Criança na Gruta, buscamos nossa verdade mais profunda e original, a verdade interna da alegria e do amor, do sentida da vida, em meio a um mundo no qual a maioria só parece buscar coisas externas, afastando-se de si mesma.
A luz que aqui importa é a tua, a nossa, a minha, ou seja, a de Deus que ilumina o caminho da vida, que nos leva até Jesus e com Jesus nos leva ao Reinado do Pai, que é a plenitude de nossa própria vida.
Peregrinos, são todos, mas não em guerra de estrelas (star-wars) e sim em um caminho messiânico que leva ao ouro, incenso e mirra de Belém, que é o sinal da verdade da vida.
Trata-se sempre da voz do desejo que nos habita, e que não é outra coisa que expressão de nossa verdadeira identidade que nos chama para “voltar a casa”.
Com efeito, o caminho no qual o desejo nos introduz é o caminho da verdade; a estrela sempre conduz à verdade. E sabemos ou intuímos que a verdade vai nos desnudar de tudo aquilo que havíamos absolutizado.
Por esse motivo, é importante que nos perguntemos se realmente buscamos a verdade..., ou nos conformamos com qualquer coisa que a substitua.
estrela não tem outra finalidade que a de conduzir-nos a “casa”, nossa gruta interior. Mas, apenas iniciamos o caminho, aparecem às dificuldades: os apegos que não estamos dispostos a soltar, as formas de viver que se fizeram habituais, o medo do incômodo que toda mudança supõe, o susto diante do desconhecido... e, em último termo, a ignorância básica que nos faz acreditar naquilo que não somos e nos mantém acomodados na noite da insatisfação existencial.

2 – O que o texto diz para mim?

Os Magos (sábios) do Oriente são símbolo do ser humano em sua busca de Deus, em seu desejo de infinito e plenitude. Esta é a “impressão digital” de artista que Deus deixou em cada ser humano: a saudade do divino, do sublime, do infinito, do pleno, do Outro.
A estrela simboliza a força dos desejos mais profundos do ser humano (no latim, a palavra desejo “desiderium”, contém a raiz “sid”: sideral, firmamento, horizonte). Portanto, quem deseja transgride as estreitas fronteiras da vida e se deixa conduzir para além de si mesmo; quem não ativa os desejos profundos, limita-se a vegetar, a cercar-se de proteção, a buscar segurança... atrofiando a própria existência. Só os nobres desejos, presentes em meu interior, alimentam o espírito de busca, acendem a criatividade e me move ao encontro do novo e do diferente.
Se eu levasse a sério o movimento de “saída” dos Magos, muitas coisas poderiam mudar: o interior de mim mesma, meu entorno mais próximo, a estrutura social, as igrejas, as religiões, a ecologia...
O “quê” da questão não está nos verbos senão no sujeito ativo que gera o ato de sair, buscar e encontrar.
Como os Magos, preciso ativar a capacidade de abrir a janela que me conecta com a vida dos outros e me permite continuar interessada, com paixão e com lucidez (para ter boas fontes de informação), por tudo aquilo que está ocorrendo em meu convulsionado mundo. Visitar ambientes que talvez nunca tivesse ocasião de conhecer, sair de meus espaços rotineiros e conhecidos, abrir-me às surpresas da vida...
Os Magos perguntam àqueles que podem ajudá-los. Hoje preciso dialogar com mais profundidade.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Todo ser humano é aventureiro por essência; com ardor, ele anseia por uma causa última pela qual viver, um valor supremo que unifique a multiplicidade caótica de suas vivências e experiências, um projeto que mereça sua entrega radical. Para dar sentido à sua vida e realizar-se como pessoa, o ser humano necessita da auto transcendência, isto é, viver para além de si mesmo, de seus impulsos, caprichos, interesses.
Ele carrega dentro de si à sede do infinito, a criatividade, a capacidade de romper fronteiras, os sonhos, a luz... Portador de umforça que o arrasta para algo maior que ele, não se limita ao próprio mundo; traz uma aspiração profunda de ser pleno, de realização, de busca do “mais”...
O desejo do encontro é força determinante para manter acesa a chama da dinâmica da busca. É uma chama que se mantém acesa em proporção ao sentido e à grande importância de quem ou do que se busca. Vale a pena buscar o que é importante e encontrar Aquele que responde às razões mais profundas da busca.
Os Magos ensinam como devo me mobilizar para viver esse deslocamento (geográfico, interno, social...) para acolher intensamente a surpresa do encontro: caminham em busca, observam os sinais com atenção, desfrutam o trajeto com alegria, porque a alegria consiste em caminhar para o outro, entram no lugar onde Maria já oferece o ambiente aberto... É interessante notar este detalhe do texto do evangelho: “viram o menino com Maria, sua mãe” (v. 11); tudo indica que o tinham em frente, no centro, como o mais importante. Maria põe o Filho fácil de ser encontrado. Nem sequer perguntam por Ele, já o descobrem imediatamente. Não estabelecem diálogo com a mãe. Vão mudos e diretos ao objetivo. Posso aqui intuir o regozijo de Maria, pois sua felicidade é que a humanidade descubra seu Filho como ela o descobriu.
Uma vez dentro, os visitantes se prostram, se abaixam, reconhecem, identificam, adoram. Em seguida abrem seus cofres e oferecem seus presentes.
O relato diz que os magos levaram ouro, incenso e mirra. A meta, para a qual aponta a voz do desejo, requer desapego e desprendimento de meus “tesouros”. E isso só é possível quando compreendo que aquilo à qual me havia apegado se esvazia diante da verdade d’Aquele diante de quem estou.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Procuro Senhor, neste dia festivo, seguir os passos do processo de busca e encontro manifestação que os Magos experimentaram. Eles buscavam o Rei dos judeus porque “viram sua estrela”, e o encontram em um menino, em casa, com sua mãe, Maria. Descobrem o divino no humano mais frágil. Este é o núcleo da mensagem do relato da Adoração dos Magos. O divino está no humano. Quanto mais humano mais divino.
Como os Magos, também eu sou buscadora de Deus. E, como eles, devo me perguntar: a quê Deus busco? Onde o encontro? Como é possível saber que de fato o encontro?
A Epifania consiste no encontro com Recém-nascido em Belém; o reconhecimento recíproco transforma os Magos em testemunhas vivas da Boa-Nova. Transformados, eles mesmos se tornam Boa-Nova e assim anuncia, em diálogo vivo, a Luz das nações.
Epifania é deter-me a contemplar aquela Criança, o Mistério de Deus que se faz homem na humildade e na pobreza; mas é, sobretudo, acolher de novo em mim mesma aquele Menino, que é Cristo Senhor, para viver de sua mesma vida, para fazer que seus sentimentos, seus pensamentos, suas ações, sejam meus sentimentos, meus pensamentos, minhas ações. Celebrar a Epifania é, portanto, manifestar à alegria, a novidade, a luz que o Nascimento de Jesus trouxe e que afeta toda a minha existência, para ser, também eu, portadora da alegria, da autêntica novidade, da luz de Deus aos outros.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Em sua aparente simplicidade, o relato dos Magos me apresenta perguntas decisivas: diante de quem me ajoelho? Como se chama o “deus” que adoro no fundo de meu ser? Como cristã, adoro o Menino de Belém? Coloco a seus pés minhas riquezas? Estou disposta a escutar seu chamado para entrar na lógica do Reinado de Deus e sua justiça?
O que os Magos despertam em mim, hoje?

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 2,1-12
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
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Autor: José Acácio Santana
Intérprete: Coral Acorde Coração
CD: Natividade – Oratório de Natal
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 08:51

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