sexta-feira, 18 de outubro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/10/2019

ANO C


Lc 10,1-9

Comentário do Evangelho

O conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus.

Setenta ou setenta e dois, dependendo do manuscrito, é o número dos enviados. Baseando-nos em Gênesis 10, que diz ser setenta o número das nações que compõem a humanidade, podemos dizer que nossa perícope diz respeito à universalidade da missão da Igreja, enviada pelo seu Senhor, “a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir” (v. 1). Trata-se de colheita (v. 2), pois o agricultor é Deus (cf. Jo 15,1); é Deus quem faz a boa semente frutificar (cf. Mc 4,26-29). Para esta missão universal é que Jesus dá as orientações. O conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus, anúncio que deve ser feito mesmo em situações adversas (cf. vv. 9.11). Como o discípulo não é maior que o Mestre, os discípulos enviados devem ter presente a possibilidade da hostilidade, resistência e rejeição da missão cristã: “Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (v. 3; ver também: vv. 10-11). Mas não se paga o mal com o mal, por isso o discípulo é portador da paz, que é dom do Cristo Ressuscitado: “… dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’” (v. 5). Na rejeição, sacudir o pó da sandália (v. 11), isto é, não se deixar abater pelo fracasso, pois a segurança e a força do discípulo vêm do Senhor.
Fonte: Paulinas em 18/10/2013

Vivendo a Palavra

O Pai nos escolhe hoje como discípulos, envia-nos para a Sua messe. Mas os operários continuam poucos. As recomendações são as mesmas: cuidado, com os lobos vorazes, não levemos bolsas, sacolas, nem dinheiro, mas estejamos encharcados da Paz de Cristo – para levá-la aos irmãos, oferecendo de graça o que de graça recebemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/10/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Pai nos escolhe hoje como discípulos e nos envia para trabalhar na sua messe. Mas os operários continuam poucos. As recomendações são as mesmas: cuidado com os lobos vorazes; não levemos bolsas, nem sacolas, nem dinheiro, mas estejamos encharcados da Paz de Cristo – para levá-la aos irmãos, oferecendo-lhes de graça o que de graça recebemos.

Reflexão

O Evangelho de hoje, reconhecidamente vocacional, nos traz frases chaves, que são essenciais para que a nossa missão tenha êxito: “pedi ao dono da messe”, ou seja, a prática da oração; “eis que vos envio”, porque agimos em nome de Jesus e na sua obra; “não leveis bolsa...” porque os valores materiais não dão garantia do sucesso do trabalho evangelizador; “dizei primeiro: ‘a paz...’”, porque devemos ser anunciadores do Evangelho da paz; “permanecei”, pois se não há comunhão, não pode haver evangelização; “curai os doentes”, ou seja, entregue-se à prática libertadora para que haja vida em abundância; “e dizei ao povo”, para que a Palavra seja anunciada, mas o anúncio seja acompanhado da prática evangélica.
Fonte: CNBB em 18/10/2013

Reflexão

Na caminhada para Jerusalém, Jesus continua formando seus seguidores. O ensinamento deste domingo é sobre a necessidade da oração e o fortalecimento da fé. Essas duas realidades – oração e fé – parecem andar juntas. O texto inicia com a oração e conclui com a fé. O evangelista apresenta o caso de uma pobre viúva, sem apoio de nenhum homem. Viúva no tempo de Jesus é protótipo de pessoa pobre, juntamente com órfãos e estrangeiros. Essa viúva busca um juiz para que lhe faça justiça. Depois de muita insistência, o juiz atende o apelo da mulher. Como sempre, é muito difícil os pobres serem atendidos. Nesse sentido, vale a pena perguntar o que fazemos diante das injustiças que se cometem contra os empobrecidos todo santo dia. Oxalá eles ainda mexam conosco! O exemplo dessa pobre viúva deve nos incentivar a depositar nossa confiança em Deus, justo juiz, e a nunca esmorecer diante das necessidades dos pobres. A fé pode enfraquecer quando deixamos de orar e não nos solidarizar com os necessitados. A oração e o engajamento no compromisso com o Reino de Deus certamente fortalecerão nossa fé. Como nos diz Tiago em sua carta: a fé sem obras é morta (2,26).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

O que sua comunidade faz pelas vocações? - Existe realmente apoio aos que se dedicam a evangelizar? - Procura participar de promoções de cunho vocacional? - Sua presença é presença de paz? - Tem verdadeiro espírito missionário?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/10/2013

Meditando o evangelho

A NECESSIDADE DE OPERÁRIOS

Confrontando-se com a grandiosidade da missão, Jesus reconhece a necessidade de contar com colaboradores, para poder levá-la adiante, a contento. Depois de ter enviado os doze apóstolos, o Mestre enviou, também, outros setenta e dois discípulos, com a tarefa de preparar as cidades e povoados para a sua passagem, ou seja, predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os discípulos são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar muitas outras pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele quem tem a iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão humana de querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e enviou.
Que tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem deixar-se abater.
Quem tem estas disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira enviá-lo para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e generoso?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predisponha-me para trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Uma consulta com o Doutor Lucas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

__Doutor Lucas, com licença, posso entrar para conversar um pouco com o Senhor?
__Mas claro, fique a vontade, veio fazer uma consulta?
__Sim, mas não é sobre a minha saúde, mas sobre esse evangelho e também parabeniza-lo pelo seu dia que é hoje... Parabéns São Lucas, então o Senhor é Médico mesmo...
___Obrigado por ter se lembrado de mim, eu sou um Médico Prático, a paixão da minha vida não é a medicina mais o nosso Mestre e Senhor Jesus de Nazaré, aquele que me enviou para trabalhar na Messe do Pai, que é Deus...
___Pois é São Lucas, é sobre esse envio que queria lhe falar porque tem umas coisas que não entendi direito, por exemplo: "Eu vos envio como cordeiros no meio de lobos", que chance vai ter um cordeirinho no meio de lobos vorazes? O Mestre parece que deu uma de "Amigo da Onça"?
___Nosso Mestre, Deus e Senhor é muito coerente, nunca disse que seríamos enviados em um mar de rosas, o que vocês tem hoje, que consome e devora as pessoas?
___Bom, tem o tal de consumismo que parece uma “bocona” que nunca está satisfeita, quem mais pode consumir, mais é feliz, de acordo com o mundo de hoje...
___Está aí, na verdade é a Palavra de Jesus que nos sacia, nos liberta e faz feliz, e não esses lobos de hoje...
___Ah... Por isso esse conselho de não levar nada, nem bolsa, mochila ou calçado?
___Isso mesmo, o discípulo enviado tem de caminhar, e levar muitas coisas atrapalha, sem elas ficamos mais leves, não temos preocupações, aborrecimentos, porque a tentação de se “ter mais” sempre existe, daí você põe mais coisas na mochila, vai querer uma sandália de reserva, e a bagagem só vai aumentar... Não é verdade?
___Sem dúvida, mas escute São Lucas, só não gostei desse negócio de nem cumprimentar as pessoas pelo caminho, não é falta de educação?
___Ah... Isso aí é um alerta para a gente não se distrair, depois da saudação, a gente vai entabular uma prosa, vai querer saber da família, do cachorro, gato papagaio, vai querer por a prosa em dia, quem sabe até tomar uns tragos, e daí perdemos o foco... Então é para passar "batido", até chegar ao lugar onde se vai anunciar a palavra...
___Olha, só mais uma coisinha, resuma esse contato do enviado com essa casa e a Família que o acolheu...
___Bom, o discípulo missionário, que coloca sua inteira confiança, não nos bens materiais, mas na mensagem da qual é portador, é um homem da paz, quem coloca a felicidade no consumismo, está sempre perturbado, pode reparar... Ele transmite essa paz, e se o ouvinte for como ele, irá acolher com alegria a mensagem, se ele não o acolher não insista, pois já se entregou ao Lobo, enfim aceitem a hospitalidade dos que o acolhem e oferece alimentação e abrigo. O discípulo missionário deve ocupar-se unicamente da missão que lhe foi confiada, o resto eu providenciarei... (Buscai primeiro o Reino de Deus...).

2. Comei do que vos servirem - Lc 10,1-9
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

São Lucas é o evangelista deste ano. São Mateus se lê no Ano A, São Marcos no Ano B e São Lucas no Ano C. São os três Evangelhos chamados “sinóticos”, porque podem ser vistos como um todo. João não faz parte dos sinóticos. Cada evangelista tem um modo pessoal de redigir o seu texto. Lucas tem de especial o relato da subida de Jesus para Jerusalém. Ele marca as etapas com frases que indicam uma viagem. São seis etapas que terminam com uma sétima que é a entrada em Jerusalém. A caminhada começa no capítulo 9,51: “Ele tomou resolutamente o caminho de Jerusalém”. Depois em 10,38: “Estando em viagem…”; 13,22: “Jesus atravessava cidades e povoados”; 14,25: “Grandes multidões o acompanhavam”; 17,10: “Como ele se encaminhasse para Jerusalém”; 18,31: “Eis que estamos subindo a Jerusalém”; 19,29: “Jesus caminhava à frente, subindo para Jerusalém”.

Liturgia comentada

Paz a esta casa! (Lc 10, 1-9)
Em toda a história da humanidade, nunca se fez ouvir tão forte o clamor pela Paz! Paz que é dom de Deus e nos foi gratuitamente oferecida na pessoa de Jesus Cristo, nossa Paz (cf. Ef 2, 14). Quando Jesus nasceu em Belém de Judá, o hino cantado pelos anjos e ouvido pelos pastores falava exatamente de paz: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”. A presença do Filho de Deus entre os homens – muito mais que o arco-íris traçado no céu, após o dilúvio – era o sinal de que a paz estava ao nosso alcance. Fora reatada a nossa Aliança com Deus.
Passaram os séculos, a areia correu pela ampulheta e... estamos em guerra. Guerra econômica entre Norte e Sul, guerra política entre Islã e Ocidente, guerra afetiva entre marido e mulher. Os noticiários falam de ataques terroristas. As imagens da TV mostram sangue e mutilações. As páginas policiais registram o julgamento do jovem que matou os próprios pais. Onde foi que perdemos a paz?
Um dia, entrando na cidade, Jesus chorou sobre Jerusalém, a “Cidade da Paz” que ele tanto amava: “Ah! Se neste dia tivesses conhecido como encontrar a paz! Mas infelizmente isto ficou oculto aos teus olhos! [...] Não reconheceste o tempo em que foste visitada!” (Lc 19, 42.44.) O tempo tinha passado. A oportunidade fora perdida. Será que também nós iremos desperdiçar a “visitação” que Jesus Cristo nos faz?
No Evangelho de hoje, os discípulos são enviados dois a dois. De casa em casa, como portadores de uma mensagem bem específica. Ali chegando, devem anunciar: “Paz a esta casa!” Este voto de paz pode ser acolhido pelos moradores. Se for recusado, a paz recairá sobre o próprio discípulo.
Anunciar a paz: eis a nossa missão. Uma forma de paz que se traduz em serviço ao próximo (como fez Madre Teresa de Calcutá), em acolher os pequeninos (como fez Dom Bosco), em aproximar as Igrejas (como fez Ir. Roger Schutz, protestante), em curar os doentes (como fez o Dr. Albert Schweitzer, luterano), em recusar toda violência (como fez o Mahatma Gandhi, hindu), em dar a própria vida para defender os oprimidos (como fez Ir. Dorothy Stang).
Em suma, Jesus Cristo renova sempre sua promessa de paz. Nos últimos tempos, sua presença se fez sentir naqueles homens e mulheres de boa vontade que consagraram sua vida ao Evangelho. Podemos imitá-los?
Orai sem cessar: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!”
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 18/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Coloque-se sob a direção do Espírito Santo

Como ocorre com a história de uma pessoa e de uma comunidade, a nossa história pessoal é mudada quando nós nos colocamos sob a direção do Espírito.

“Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10,3).

Hoje nós temos a graça de celebrar o evangelista São Lucas, que era médico, doutor. É por esse motivo que, hoje, nós nos lembramos de todos os médicos, aqueles que exercem a sua profissão em favor da nossa saúde. Que Deus abençoe a cada um dos doutores, doutoras, homens e mulheres que se consagram a essa nobre profissão.
O evangelista Lucas foi um doutor que cuidou de muitas pessoas e, ao mesmo tempo, foi um médico de almas, foi discípulo do apóstolo Paulo e seguidor de Jesus Cristo, acima de tudo.
Lucas, uma vez que conheceu Jesus, procurou entrar nas nuances, nos momentos principais e íntimos da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Lucas não escreveu apenas o seu Evangelho, mas também o Livro dos Atos dos Apóstolos.
Quando lemos qualquer coisa escrita pelo evangelista Lucas, temos que ter como chave da direção a Pessoa do Espírito. Na verdade, toda a obra dele, – tanto o Evangelho de Lucas como os Atos dos Apóstolos –, são a obra do Espírito Santo de Deus.
O evangelista preocupa-se em nos revelar como o Espírito Santo age na vida daquele que se coloca sob Sua dependência, sob Sua direção. Como ocorre com a história de uma pessoa e de uma comunidade, a nossa história pessoal é mudada quando nós nos colocamos sob a direção do Espírito.
Lucas deve ter tido uma proximidade muito grande com Maria, a Mãe de Jesus. Ele nos relata detalhes importantíssimos da infância de Jesus, os quais, seguramente, só a Virgem Maria conhecia, como o momento em que o anjo a visitou, a forma como se deu o diálogo entre o anjo Gabriel e ela, o nascimento de Jesus, a visita dos Pastores, o Cântico de Maria.
Enfim, Lucas é o evangelista da infância de Jesus. Depois, ele nos mostra como Jesus foi o homem conduzido pelo Espírito, como o Espírito Santo conduziu a vida d’Ele desde o momento em que Ele vence as tentações ao momento em que começa Sua missão pública, anunciando o Evangelho do Reino de Deus. É o Espírito quem O conduz quando Ele realiza as curas, os milagres e os prodígios de Deus no meio de nós.
É o Espírito quem socorre Jesus no momento da dor, da aflição, é o Espírito quem está com Jesus na hora da cruz, na hora da morte. E é esse mesmo Espírito que Jesus sopra e que O envia para junto do Pai, e para todos nós quando a Igreja nasce no Pentecostes.
Ao celebrarmos hoje o evangelista São Lucas, queremos pedir a ele que interceda por nós, para que também sejamos homens e mulheres do Espírito. Que nos deixemos conduzir por Aquele que conduz a história e muda a direção da vida dos homens.
Que o Espírito Santo venha em socorro da nossa pobreza e da nossa miséria!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/10/2013

Oração Final
Pai Santo, que nós saibamos acolher agradecidos os dons que recebemos de Tua Graça. Faze de nós sinais de Tua Presença e fontes perenes de Paz! Que o Amor preencha os recantos interiores do nosso ser e inunde os ambientes em que nos encontrarmos. Por Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 18/10/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que nós saibamos acolher agradecidos os dons que recebemos de tua Graça. Faze de nós sinais de tua Presença e fontes perenes de Paz e de Luz! Que o Amor preencha os recantos interiores do nosso ser e, extravasando, inunde os ambientes onde nos encontrarmos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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