18 de Outubro de 2013
Ano C

Lc
10,1-9
Comentário do Evangelho
O conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus.
Setenta
ou setenta e dois, dependendo do manuscrito, é o número dos enviados.
Baseando-nos em Gênesis 10, que diz ser setenta o número das nações que compõem
a humanidade, podemos dizer que nossa perícope diz respeito à universalidade da
missão da Igreja, enviada pelo seu Senhor, “a toda cidade e lugar para onde ele
mesmo devia ir” (v. 1). Trata-se de colheita (v. 2), pois o agricultor é Deus
(cf. Jo 15,1); é Deus quem faz a boa semente frutificar (cf. Mc 4,26-29). Para
esta missão universal é que Jesus dá as orientações. O conteúdo do anúncio é a
proximidade do Reino de Deus, anúncio que deve ser feito mesmo em situações
adversas (cf. vv. 9.11). Como o discípulo não é maior que o Mestre, os
discípulos enviados devem ter presente a possibilidade da hostilidade,
resistência e rejeição da missão cristã: “Eis que eu vos envio como cordeiros
para o meio de lobos” (v. 3; ver também: vv. 10-11). Mas não se paga o mal com
o mal, por isso o discípulo é portador da paz, que é dom do Cristo
Ressuscitado: “… dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’” (v. 5). Na
rejeição, sacudir o pó da sandália (v. 11), isto é, não se deixar abater pelo
fracasso, pois a segurança e a força do discípulo vêm do Senhor.
Vivendo a
Palavra
O Pai nos
escolhe hoje como discípulos, envia-nos para a Sua messe. Mas os operários
continuam poucos. As recomendações são as mesmas: cuidado, com os lobos
vorazes, não levemos bolsas, sacolas, nem dinheiro, mas estejamos encharcados
da Paz de Cristo – para levá-la aos irmãos, oferecendo de graça o que de graça
recebemos.
Reflexão
O Evangelho de hoje, reconhecidamente
vocacional, nos traz frases chaves, que são essenciais para que a nossa missão
tenha êxito: “pedi ao dono da messe”, ou seja, a prática da oração; “eis que
vos envio”, porque agimos em nome de Jesus e na sua obra; “não leveis bolsa...”
porque os valores materiais não dão garantia do sucesso do trabalho
evangelizador; “dizei primeiro: ‘a paz...’”, porque devemos ser anunciadores do
Evangelho da paz; “permanecei”, pois se não há comunhão, não pode haver
evangelização; “curai os doentes”, ou seja, entregue-se à prática libertadora
para que haja vida em abundância; “e dizei ao povo”, para que a Palavra seja
anunciada, mas o anúncio seja acompanhado da prática evangélica.
Meditação

O que sua comunidade faz pelas
vocações? - Existe realmente apoio aos que se dedicam a evangelizar? - Procura
participar de promoções de cunho vocacional? - Sua presença é presença de paz?
- Tem verdadeiro espírito missionário?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE

18 DE OUTUBRO - SEXTA
Liturgia comentada
Paz a esta casa! (Lc 10, 1-9)
Em toda a história da humanidade, nunca
se fez ouvir tão forte o clamor pela Paz! Paz que é dom de Deus e nos foi
gratuitamente oferecida na pessoa de Jesus Cristo, nossa Paz (cf. Ef 2, 14).
Quando Jesus nasceu em Belém de Judá, o hino cantado pelos anjos e ouvido pelos
pastores falava exatamente de paz: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra
aos homens por Ele amados”. A presença do Filho de Deus entre os homens – muito
mais que o arco-íris traçado no céu, após o dilúvio – era o sinal de que a paz
estava ao nosso alcance. Fora reatada a nossa Aliança com Deus.
Passaram os séculos, a areia correu
pela ampulheta e... estamos em guerra. Guerra econômica entre Norte e Sul,
guerra política entre Islã e Ocidente, guerra afetiva entre marido e mulher. Os
noticiários falam de ataques terroristas. As imagens da TV mostram sangue e
mutilações. As páginas policiais registram o julgamento do jovem que matou os
próprios pais. Onde foi que perdemos a paz?
Um dia, entrando na cidade, Jesus
chorou sobre Jerusalém, a “Cidade da Paz” que ele tanto amava: “Ah! Se neste
dia tivesses conhecido como encontrar a paz! Mas infelizmente isto ficou oculto
aos teus olhos! [...] Não reconheceste o tempo em que foste visitada!” (Lc 19,
42.44.) O tempo tinha passado. A oportunidade fora perdida. Será que também nós
iremos desperdiçar a “visitação” que Jesus Cristo nos faz?
No Evangelho de hoje, os discípulos são
enviados dois a dois. De casa em casa, como portadores de uma mensagem bem
específica. Ali chegando, devem anunciar: “Paz a esta casa!” Este voto de paz
pode ser acolhido pelos moradores. Se for recusado, a paz recairá sobre o
próprio discípulo.
Anunciar a paz: eis a nossa missão. Uma
forma de paz que se traduz em serviço ao próximo (como fez Madre Teresa de
Calcutá), em acolher os pequeninos (como fez Dom Bosco), em aproximar as
Igrejas (como fez Ir. Roger Schutz, protestante), em curar os doentes (como fez
o Dr. Albert Schweitzer, luterano), em recusar toda violência (como fez o
Mahatma Gandhi, hindu), em dar a própria vida para defender os oprimidos (como
fez Ir. Dorothy Stang).
Em suma, Jesus Cristo renova sempre sua
promessa de paz. Nos últimos tempos, sua presença se fez sentir naqueles homens
e mulheres de boa vontade que consagraram sua vida ao Evangelho. Podemos imitá-los?
Orai sem cessar: “Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!”
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Coloque-se
sob a direção do Espírito Santo
Como ocorre com a história de uma pessoa e de
uma comunidade, a nossa história pessoal é mudada quando nós nos colocamos sob
a direção do Espírito.
“Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10,3).
Hoje nós temos a graça de celebrar o evangelista São Lucas, que
era médico, doutor. É por esse motivo que, hoje, nós nos lembramos de todos os
médicos, aqueles que exercem a sua profissão em favor da nossa saúde. Que Deus
abençoe a cada um dos doutores, doutoras, homens e mulheres que se consagram a
essa nobre profissão.
O evangelista Lucas foi um doutor que cuidou de muitas pessoas
e, ao mesmo tempo, foi um médico de almas, foi discípulo do apóstolo Paulo e
seguidor de Jesus Cristo, acima de tudo.
Lucas, uma vez que conheceu Jesus, procurou entrar nas nuances,
nos momentos principais e íntimos da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Lucas
não escreveu apenas o seu Evangelho, mas também o Livro dos Atos dos Apóstolos.
Quando lemos qualquer coisa escrita pelo evangelista Lucas,
temos que ter como chave da direção a Pessoa do Espírito. Na verdade, toda a
obra dele, – tanto o Evangelho de Lucas como os Atos dos Apóstolos –, são a
obra do Espírito Santo de Deus.
O evangelista preocupa-se em nos revelar como o Espírito Santo
age na vida daquele que se coloca sob Sua dependência, sob Sua direção. Como
ocorre com a história de uma pessoa e de uma comunidade, a nossa história
pessoal é mudada quando nós nos colocamos sob a direção do Espírito.
Lucas deve ter tido uma proximidade muito grande com Maria, a
Mãe de Jesus. Ele nos relata detalhes importantíssimos da infância de Jesus, os
quais, seguramente, só a Virgem Maria conhecia, como o momento em que o anjo a
visitou, a forma como se deu o diálogo entre o anjo Gabriel e ela, o nascimento
de Jesus, a visita dos Pastores, o Cântico de Maria.
Enfim, Lucas é o evangelista da infância de Jesus. Depois, ele
nos mostra como Jesus foi o homem conduzido pelo Espírito, como o Espírito
Santo conduziu a vida d’Ele desde o momento em que Ele vence as tentações ao
momento em que começa Sua missão pública, anunciando o Evangelho do Reino de
Deus. É o Espírito quem O conduz quando Ele realiza as curas, os milagres e os
prodígios de Deus no meio de nós.
É o Espírito quem socorre Jesus no momento da dor, da aflição, é
o Espírito quem está com Jesus na hora da cruz, na hora da morte. E é esse
mesmo Espírito que Jesus sopra e que O envia para junto do Pai, e para todos
nós quando a Igreja nasce no Pentecostes.
Ao celebrarmos hoje o evangelista São Lucas, queremos pedir a
ele que interceda por nós, para que também sejamos homens e mulheres do
Espírito. Que nos deixemos conduzir por Aquele que conduz a história e muda a
direção da vida dos homens.
Que o Espírito Santo venha em socorro da nossa pobreza e da
nossa miséria!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Lc 10,1-9 - Partilhar a fé

Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando:
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso:
eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso:
eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 10,1-12.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 10,1-12.
Depois disso o
Senhor escolheu mais setenta e dois dos seus seguidores e os enviou de dois em
dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha
de ir. Antes de os enviar, ele disse:
- A colheita é
grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação
que mande trabalhadores para fazerem a colheita. Vão! Eu estou mandando vocês
como ovelhas para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias.
E não parem no caminho para cumprimentar ninguém. Quando entrarem numa casa,
façam primeiro esta saudação: "Que a paz esteja nesta casa!" Se um
homem de paz morar ali, deixem a saudação com ele; mas, se o homem não for de
paz, retirem a saudação. Fiquem na mesma casa e comam e bebam o que lhes
oferecerem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de uma
casa para outra.
- Quando entrarem
numa cidade e forem bem recebidos, comam a comida que derem a vocês. Curem os
doentes daquela cidade e digam ao povo dali: "O Reino de Deus chegou até
vocês."
Jesus Mestre organiza a equipe de
discípulos. Tem objetivo, conteúdo, estratégia e missão claros.
Equipe: setenta e dois discípulos.
Setenta (setenta e dois) na tradição judaica significava o número dos povos do
mundo. O número de setenta discípulos manifesta o objetivo de Jesus com relação
à humanidade inteira. O novo Povo de Deus envolverá todos os povos da terra.
Objetivo: Atenção à vida das pessoas
("cura dos doentes") e anúncio do Reino de Deus.
Conteúdo: preparar a acolhida do
Senhor (pré-missão).
Estratégia: oração, despojamento, ir
ao encontro, visitar todas as casas, iniciando com saudação de paz.
Missão: a "colheita". Ou
seja: formar o novo Povo de Deus.
2. Meditação (Caminho)
O que a Palavra diz para mim?
Respondo aos apelos e convites de Jesus Mestre?
Respondo aos apelos e convites de Jesus Mestre?
Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
Faço parte do Novo Povo de Deus. Sou também convocado/a a ser discípulo/a missionário/a atento/a ao bem das pessoas e ao anúncio do Reino. Como disseram os bispos, em Aparecida: " Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher."(DAp 18).
Qual o meu compromisso com a Igreja? Minha fé é dinâmica, comunicativa. Às vezes, tenho minha fé e compromissos adormecidos, sem expressão.
3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Em silêncio dou minha resposta de adesão ao Senhor que me convoca e envia e "peço ao dono da plantação que mande mais trabalhadores". E rezo:
Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão.
Ensina nossa vida a ser serviço.
4. Contemplação(Vida/Missão)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?
Faço parte do Novo Povo de Deus. Sou também convocado/a a ser discípulo/a missionário/a atento/a ao bem das pessoas e ao anúncio do Reino. Como disseram os bispos, em Aparecida: " Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher."(DAp 18).
Qual o meu compromisso com a Igreja? Minha fé é dinâmica, comunicativa. Às vezes, tenho minha fé e compromissos adormecidos, sem expressão.
3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Em silêncio dou minha resposta de adesão ao Senhor que me convoca e envia e "peço ao dono da plantação que mande mais trabalhadores". E rezo:
Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão.
Ensina nossa vida a ser serviço.
4. Contemplação(Vida/Missão)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?
Renovo meu compromisso de ir ao
encontro das pessoas para lhes anunciar a paz. Disseram os bispos, em
Aparecida: "Com os olhos
iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar
o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um
de seus habitantes".(DAp 18).
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração
Final
Pai
Santo, que nós saibamos acolher agradecidos os dons que recebemos de Tua Graça.
Faze de nós sinais de Tua Presença e fontes perenes de Paz! Que o Amor preencha
os recantos interiores do nosso ser e inunde os ambientes em que nos
encontrarmos. Por Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário