segunda-feira, 16 de setembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/09/2019

ANO C


Lc 7,1-10

Comentário do Evangelho

O poder da palavra de Jesus

O texto trata da universalidade da salvação de Deus. A menção de Cafarnaum já é importante, pois, simbolicamente, ela abre a mensagem de Jesus aos pagãos, em face de Nazaré, cidade de Jesus (cf. 4,23). O centurião, chefe de cem soldados, é um pagão. A súplica do centurião a Jesus é por um servo seu, que ele estimava muito (v. 2). Para o centurião, o valor essencial parece ser a vida (cf. v. 3). Ele mesmo não se diz impuro, pois este é um conceito judaico-religioso, mas indigno. Conhece as normas dos judeus quanto à pureza, por isso envia anciãos judeus para intercederem junto a Jesus. Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de Jesus. O Senhor acolhe a todos e pretende ir à casa do centurião. No entanto, o chefe pede que Jesus simplesmente dê uma ordem, pois é o poder da palavra que importa (cf. vv. 7-8). A fé do centurião causa uma profunda admiração em Jesus (v. 9). A fé do pagão ultrapassa à manifestada em Israel. A constatação da cura revela o poder vivificante e eficaz da palavra do Senhor (cf. v. 10).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 16/09/2013

Vivendo a Palavra

A palavra do oficial romano surpreende o Mestre. Nem mesmo em Israel Ele encontrara tanta fé. O estrangeiro mergulhara profundamente no Mistério da Encarnação do Verbo e sabia que em Jesus de Nazaré habitava o Cristo, ungido do Pai com poder de curar sem as limitações humanas de tempo e distância.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/09/2013

VIVENDO A PALAVRa

A palavra do oficial romano surpreende o Mestre. Nem mesmo em Israel Ele encontrara tamanha fé. O estrangeiro mergulhara profundamente no Mistério da Encarnação do Verbo e sabia que em Jesus de Nazaré habitava o Cristo, ungido do Pai com poder de curar sem as limitações humanas de tempo e distância.

Reflexão

Uma coisa é a fé em si, e outra coisa é como ela se expressa. Para muitos, a fé em si nem sequer é percebida, de modo que existe uma necessidade muito grande de ritualismo e de formas exteriores de expressão da fé. Quem tem verdadeiramente fé em Jesus, acredita na autoridade do seu nome e na força da sua Palavra, e não necessita de manifestações exteriores para acreditar na eficácia da sua ação. Deste modo, todos nós somos convidados a reconhecer que a grandiosidade da fé do Centurião que acreditou plenamente no poder da Palavra de Jesus e não exigiu dele nenhum rito ou gesto exterior e, porque acreditou, foi atendido naquilo que desejava.
Fonte: CNBB em 16/09/2013

Reflexão

Estamos diante de um modelo de fé. Um centurião (chefe de cem soldados, a serviço dos ocupantes romanos) não se dirige diretamente a Jesus, mas envia-lhe uma comitiva de anciãos judeus a pedir-lhe que vá curar seu funcionário a quem tanto estima. Pelos emissários, sabemos que o homem tinha bom coração. Jesus parte com eles. Mas, cheio de humildade e confiança, o militar envia alguns amigos com este recado para Jesus: Diga apenas uma palavra e meu servo ficará curado. Assim acontece, de modo que os emissários, ao voltar para casa, encontram o servo curado. E Jesus, tomado de profunda admiração, engrandece a fé que o pagão demonstrou. Com esse episódio, Lucas já anuncia o tempo em que o Evangelho, pela ação do Espírito Santo, se estenderá também aos não judeus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Você tem consciência da bondade infinita de Deus? - Por que o mais importante é o ser e não o ter? - O que significa o consumismo para você? - O que você pode fazer de concreto para aumentar sua fé? - Procura agir com humildade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/09/2013

Meditando o evangelho

UM EXEMPLO DE BONDADE

A atitude do oficial romano de Cafarnaum é um modelo de bondade. Apesar de ser estrangeiro, portanto, um pagão e de estar a serviço dos opressores, era amado pelo povo. Sua bondade manifestava-se na forma caridosa como tratava seus empregados, preocupando-se com a sua saúde deles. Mas expressava-se, também, no trato gentil com o povo da cidade, pois até mandou construir para estes a sinagoga local. Longe de ser uma pessoa arrogante e prepotente, sabia cativar as pessoas e manifestar-lhes apreço.
Sua relação com Jesus foi igualmente exemplar. Apesar do cargo que ocupava e ter muita gente sob seu comando, sentia-se indigno de encontrar-se com Jesus e acolhê-lo em sua casa. Por isso, mandou-lhe mensageiros. Bastaria que o Mestre, mesmo de longe, ordenasse a cura de seu servo, pois acreditava no poder de Jesus.
A reação do Mestre foi de profunda admiração. Entre os judeus, ele não havia encontrado tamanha fé como a daquele pagão. Fé que se manifestava num amor entranhado ao próximo. Por isso, fez exatamente como o oficial romano havia sugerido. Os enviados voltaram para casa e encontraram o servo em perfeita saúde.
A bondade do oficial romano, para com seus súditos e o povo da Galiléia, teve como contrapartida a misericórdia de Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração amável e bondoso que saiba compadecer-se e ser solidário com o sofrimento e as necessidades dos outros.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A fé do centurião
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Ninguém melhor do que o próprio Centurião para dar seu testemunho nesta reflexão:
___Por que vocês, de fora de Israel, tidos como pagãos, acreditam em Jesus de Nazaré demonstrando uma Fé muito maior do que a de um Israelita?
___Primeiro porque o conhecia e ouvia falar muito dele, era um Judeu diferente, se dava com todas as pessoas, conversava com elas, ia em suas casas, fossem quem fossem não tinha tanto preconceito como o restante da comunidade de Israel.
___E como foi o seu encontro com ele em Cafarnaum?
___Eu estava muito triste e desesperado com o meu servo enfermo e acamado, os médicos do Império Romano já tinham o desenganado, eu o estimava muito e por isso estava triste.
___Escuta Centurião, mas um servo é tão importante assim em sua vida?
___Talvez para os demais oficiais um servo é apenas um escravo, uma peça que se substitui quando não serve mais para o trabalho, mas eu não penso desta forma e sabia que Jesus de Nazaré concordava com esse meu jeito de ser. Afinal, meu servo é um ser humano e não um animal, ele respira como eu, tem sentimentos, dores, necessidades, devo tratá-lo como meu semelhante...
___O Senhor pediu a cura do servo?
___Na verdade não, mas queria muito que Jesus fizesse algo por ele, pois seu sofrimento era muito grande e me comovia... Quando Jesus falou que iria até lá para curá-lo, me senti pequeno para receber tão grande graça...
___Mas o Senhor é um centurião, comanda cem homens, é respeitado e dá ordens a todos...
___Pois é, mas o poder de Jesus é maior que o meu, não há nada nesta vida e nem no império romano que seja superior a ele, e ao perceber a sua grandeza senti que estava diante de Deus e confessei a minha pequenez dizendo "Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra e meu servo ficará curado".
___O Senhor sabe que ficou famoso? Sua frase é repetida até hoje na missa, na apresentação do Cordeiro. Poderia nos explicar o porquê dessa frase?...
___Sim, senti que Jesus queria fazer parte da minha vida, e que eu fizesse parte da vida dele, mas pobre de mim, imperfeito, pecador, nem ao povo escolhido eu pertencia.
___E como terminou essa bela história?
___Bom, meu servo foi curado e eu também... Algo novo começou em minha vida, continuei a ser um Centurião Romano, mas agora seguidor de Jesus. A verdade é que, eu é que fui curado, pois quem nesta vida não conhecer a Jesus e não experimentá-lo, permanecerá sempre enfermo...
___E sobre o elogio que Jesus fez a você publicamente, enaltecendo a sua grande Fé?
___Olha, a Fé é apenas uma resposta que damos a Deus quando ele nos toca através de Jesus, mas é preciso abrir-se e se deixar ser tocado por ele, os Israelitas não faziam isso, iludidos com suas tradições religiosas e suas leis rigorosas e moralistas. Nós de fora, aderimos sem reservas a Jesus e o aceitamos... E espero que vocês, cristãos aí do terceiro milênio, não se acomodem na religião do formalismo religioso, do trabalho pastoral e do sacramentalismo, mas façam uma experiência íntima com Jesus, a Vida da gente nunca mais é a mesma... Eu garanto!

2. Uma grandiosa fé
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Havia em Cafarnaum, no tempo de Jesus, um militar romano de categoria que era apreciado pelos judeus. Teria sido o construtor da primitiva sinagoga de Cafarnaum. E era também um homem de fé. Foi o que manifestou quando pediu a alguns anciãos dos judeus que intercedessem junto a Jesus em favor de seu servo que estava à beira da morte. Ele também estimava muito o seu servo. Acreditava realmente no poder de Jesus e era humilde. Quando Jesus se aproximou de sua casa, ele foi ao seu encontro e disse o que repetimos em nossas Eucaristias: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e ‘meu servo’ será curado”.

Liturgia comentada

O Senhor é meu escudo! (Sl 28 [27])
A existência humana neste planeta é evidentemente uma condição agônica, isto é, de permanente combate contra forças de desagregação que tendem para o caos. Até a Sequência da Missa de Páscoa – Victimae paschali laudes – refere-se a este conflito: “Mors et vita duello conflixere mirando”, isto é, morte e vida lutam em notável combate. Não admira, pois, que sejam tão frequentes na Bíblia as imagens de caráter guerreiro: a espada da Palavra de Deus, os dardos do inimigo, as fileiras de anjos, a couraça da justiça. É neste contexto que o poeta fala de Deus como seu “escudo”.
Arma defensiva, ainda hoje vemos as tropas de choque munidas de escudos nas manifestações de rua. Em escala maior, fala-se em escudo antimíssil como proteção contra ataques terroristas. Assim, escudo é imagem de defesa e proteção.
Eis o comentário de Manfred Lurker: “Na Bíblia, o escudo é a figura da proteção concedida por Deus. A Abraão disse o Senhor: ‘Não temas, Abraão! Eu sou teu escudo!’ (Gn 15,1) Após obter uma vitória contra os filisteus, Davi com gratidão chamou a Deus de o seu escudo, seu chifre de salvação e sua praça forte. (2Sm 22,3) Enquanto o escudo oferece normalmente proteção de um lado só, o escudo de Javé dá cobertura total; assim se deve entender o Sl 3,4: ‘Tu, porém, Senhor, és escudo em torno de mim’”.
E ainda: “Apoiando-se em Efésios, João Crisóstomo compara a fé ao escudo; assim como este último faz malograr todo ataque, também a fé faz recuar todo mal. Na arte cristã, o escudo é atributo de santos guerreiros (como São Jorge) e do Arcanjo Miguel, para representar sua qualidade de batalhador contra satã ou o dragão apocalíptico”.
A mesma imagem do escudo-proteção divina está expressa no Salmo 91:
“Ele [Deus] te livrará do laço do caçador, da peste funesta;
ele te cobrirá com suas penas,
sob suas asas encontrarás refúgio.
Sua fidelidade te servirá de escudo e couraça.
Não temerás os terrores da noite
nem a flecha que voa de dia,
nem a peste que vagueia nas trevas,
nem a praga que devasta ao meio-dia”. (Sl 91,3-6)
Em tempos de medo e pânico, neuroses e fobias, por que recusar o escudo do Senhor?
Orai sem cessar: “O Senhor é escudo de todos que nele se refugiam!” (Sl 18,31)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rarinha em 16/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Oremos pela nossa nação e por nossos governantes

Oremos pela nossa nação e por aqueles que foram constituídos para governar na paz e na justiça.
Celebramos dois mártires da Igreja: São Cornélio e São Cipriano, os quais viveram nos primórdios da fé da Igreja. Queremos, hoje, pedir a intercessão de ambos.
Queremos, primeiramente, nos voltar – dentro da liturgia diária – para a Primeira Leitura da Carta de Paulo a Timóteo. Logo no início, o apóstolo diz: “Antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças por todos os homens; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda a piedade e dignidade” (I Tm 2,1-2).
Meus irmãos, a Palavra de Deus está nos convidando a tomarmos uma atitude de homens e mulheres orantes. Primeiro, que coloquemos no Senhor a nossa confiança e esperança, mas que não deixemos de orar por aqueles que foram constituídos em autoridade, por aqueles que são os nossos governantes, que estão à nossa frente no governo do município, do estado, da nação, por aqueles que são os governantes do mundo inteiro.
Infelizmente, caímos numa mania, num jeito errado de querer mudar o mundo e a sociedade simplesmente pelo hábito de falar mal deles, de criticá-los e, muitas vezes, até aderimos à baderna, à desordem, e nós cristãos não assumimos nossa postura no mundo, ou seja, de orarmos.
Primeiro, orarmos para Deus nos conceder o bom senso, a retidão, o juízo para que possamos escolher melhor – e bem – aqueles que são as nossas autoridades. Mas, uma vez que eles foram constituídos como autoridades, merecem o nosso respeito e a nossa oração.
Isso não quer dizer que nós, cristãos, vamos ficar de “braços cruzados”, indiferentes, não vamos nos preocupar com a corrupção e com os males da nossa sociedade. Não, muito pelo contrário! Precisamos ser cristãos atuantes. Não podemos nos esquecer da nossa obrigação de orar por aqueles que foram constituídos governantes, foram constituídos em responsabilidades para que o juízo chegue a eles, para que tenham bom senso na promoção do bem comum, da justiça e dos direitos humanos. Não é na promoção da nossa vontade, não! Cada um tem uma vontade própria, cada um tem uma maneira de ver, mas é na promoção daquilo que nos exorta a Doutrina Social da Igreja. Os governantes têm a obrigação de promover o bem comum e a dignidade humana.
Oremos pela nossa nação e por aqueles que foram constituídos para governar na paz e na justiça.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/09/2013

Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Sabemos que os limites da nossa inteligência não nos permitem compreender o Mistério da Encarnação do teu Filho. Por isto, ajuda-nos a saborear a certeza de sermos teus filhos amados. Por Jesus Cristo, teu Verbo que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/09/2013

ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Sabemos que os limites da nossa inteligência não nos permitem compreender o Mistério da Encarnação do teu Filho. Por isto, ajuda-nos a saborear a certeza de sermos todos teus filhos muito amados. Por Jesus Cristo, teu Verbo que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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