segunda-feira, 16 de setembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/09/2019

ANO C



24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C – Verde

“O Senhor é Nosso Deus.”

Lc 15,1-10 – Forma breve
OU
Lc 15,1-32 – Forma longa

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos para celebrar a fé e nossa caminhada rumo à liberdade e vida, tendo Deus como líder e autor da vida em plenitude para todos. Ele não nos rejeita por sermos pecadores. Ao contrário, procura-nos incansavelmente para conosco celebrar o banquete festivo da fraternidade. Por isso, a Eucaristia é a celebração do amor de Deus em nossa vida. Contudo, ela não cessa de apontar as idolatrias e farisaísmos nossos. O fato de comungarmos o corpo do Senhor não nos coloca acima dos outros. Não somos os noventa e nove justos que não necessitam de conversão, mas a ovelha extraviada e a moeda perdida. Talvez sejamos também "o filho mais velho" que ainda não compreendeu o amor preferencial do Pai pelos marginalizados e pecadores. Professemos, seguindo a orientação de Paulo, a fé em Cristo Jesus, que veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais nós somos os primeiros.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o Pai, rico em misericórdia, nos reúne hoje em sua casa e nós, seus filhos e filhas, queremos participar do banquete que Ele preparou, sacramento da oferta que seu Filho Jesus fez de sua vida. Hoje, a misericórdia de Deus nos alcançará de um modo todo particular por sua Palavra e por nossa participação no mistério do seu Corpo e Sangue que comungaremos. Por essa bondade e por sua misericórdia, celebremos nosso louvor e nossa ação de graças dominical.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O amor de Deus para com os homens é tão gratuito que não podemos pretender ter direito a ele; é tão absoluto que jamais podemos dizer que nos falta. O amor humano, ao contrário, é tão limitado e fechado pelo nosso egoísmo, tão raramente ultrapassa a estrita justiça ou se liberta da severidade moralista, que facilmente imaginamos um Deus vingador e uma religião baseada no temor. Quem de nós se lembra de que a "graça" que pedimos a Deus significa "ternura" e "piedade" pelo pecador? Só um estudo atento da Palavra de Deus pode ajudar-nos a tomar consciência do sentido da misericórdia indefectível de Deus.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Pai, rico em misericórdia, nos reúne hoje em sua casa e nós, seus filhos e filhas, queremos participar do banquete que Ele preparou. Hoje, a misericórdia de Deus nos alcançará de um modo todo particular por sua Palavra e por nossa participação no mistério do seu Corpo e Sangue que comungaremos. Por essa bondade e por sua misericórdia, celebremos nosso louvor e nossa ação de graças dominical.

ACOLHER INCOMODA

A palavra acolher significa abrigar, dar refúgio ou receber para proteger. A atitude de acolher exige, da parte daquele que acolhe, abertura e disposição para receber. Numa realidade como a nossa, de uma cidade grande, a atitude de acolhida encontra muitos obstáculos, e o principal deles é o medo em relação àquele que se aproxima. O que ele quer? Qual a intenção? Quem é essa pessoa? O que ele vai tirar de mim? Acolher não é apenas uma ocasião para dar alguma coisa, mas também para receber e aprender com a vida e com a história do outro.
Quando o filho pródigo retornou para casa, ele encontrou o pai, de braços abertos e disposto a acolher. O pai mandou fazer uma festa, não poupou despesas e nem recursos, tirou o anel do dedo e devolveu ao filho a dignidade e um lugar na família. Mas sua atitude não passou despercebida. No regresso do filho mais velho, um empregado avisou que o irmão mais novo tinha voltado, e que estava acontecendo uma grande festa, que custou muito. Como acolher esse irmão, que desperdiçou a própria herança, e agora gastou o que restou? Como receber esse que foi embora, e agora retorna assim, sem mais nem menos? Acolher incomoda.
O filho mais velho sentiu-se incomodado pelas palavras do empregado, e sua atitude foi de fechar- -se. Ele estava perdendo, e ainda se lamentou com o pai, por nunca ter recebido um sinal de amor ou de afeto. As palavras do empregado despertaram nele o rancor e a amargura, e tornaram explicita a sua incapacidade de acolher. Jesus usou esta parábola para falar da incapacidade dos fariseus em acolher aqueles que se aproximavam para ouvir a palavra. Os publicanos se tornaram um sinal da contradição dos fariseus, que mesmo conhecendo a palavra de Deus, não sentiram o apelo à conversão. Acolheu os pecadores não enfraquece o povo de Deus.
As palavras do empregado, impregnadas de maldade, e a atitude fechada do filho mais velho não podem ser aceitas na comunidade cristã e nem entre os discípulos de Cristo. É preciso reaprender a acolher, mesmo diante dos obstáculos e do medo do tempo presente. Acolher é uma atitude que renova a vida da comunidade, que permite aprendizado com as histórias e experiências vividas pelo outro. Além disso, acolher mostra a sintonia entre a vida do discípulo e o coração de Deus, porque antes de tudo, no mistério da encarnação do Filho, a nossa humanidade foi acolhida e redimida. Se acolher incomoda, o cristão escolhe incomodar sempre.
Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

Alegria pela conversão dos pecadores

O evangelho deste domingo nos apresenta uma sucessão de três parábolas de misericórdia: ovelha perdida e reencontrada (vv. 4-7), moeda perdida e reencontrada (vv. 8-10) e o pai misericordioso (vv. 11-32). Estas três parábolas são a resposta de Jesus à murmuração dos escribas e fariseus: “Este homem acolhe os pecadores e come com eles” (v. 2). O tema da alegria pela conversão dos pecadores está presente nas três parábolas (vv. 6.7.9.10.32). Se há alegria no céu, deve haver na terra!
Na parábola do pai misericordioso, a atitude do pai que acolhe o filho mais novo com festa (vv. 22-24) contrasta com a atitude de raiva e de murmuração do filho mais velho (vv. 25-30). Parece que Jesus queria identificar a atitude do filho mais velho com a atitude dos escribas e fariseus. O filho mais velho é convidado a entrar no coração compassivo do pai (v. 20), pois “era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado” (v. 32).
Se as parábolas são a resposta de Jesus à murmuração dos escribas e fariseus, elas visam exortar o leitor do evangelho a proceder como Deus procede, a identificar-se com o Deus “de piedade e de ternura, lento para a ira, e rico em amor” (Jn 4,2).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que possibilita a conversão, mantém meu coração aberto aos pecadores, confiante de que são atraídos pela misericórdia do Pai.
Fonte: Paulinas em 15/09/2013

Vivendo a Palavra

A pérola mais preciosa e bela entre todas as parábolas de Jesus, Ele a conta para pecadores e cobradores de impostos – que o ouviam atentos – e diante de fariseus e doutores da Lei que o criticavam. São detalhes que passam despercebidos para nós, que preferimos testemunhar a nossa fé diante de ouvintes escolhidos e santos...
Fonte: Arquidiocese BH em 15/09/2013

VIVENDO A PALAVRa

A pérola mais preciosa e bela entre as parábolas de Jesus, Ele a conta para pecadores e cobradores de impostos – que o ouviam atentos – e diante de fariseus e doutores da Lei que o criticavam. São detalhes que às vezes passam despercebidos para nós, que preferimos testemunhar a nossa fé diante de ouvintes escolhidos e santos...

REFLEXÃO

O LUGAR DO ACOLHIMENTO

Uma palavra poderia resumir a mensagem da liturgia de hoje: misericórdia. Dentre os seus muitos sentidos, podemos destacar aquele presente em sua raiz, o qual evoca a expressão “coração de pobre”. Outro sentido muito evocado no Antigo Testamento é a misericórdia como “útero”. O misericordioso é aquele que acolhe a vida no mais íntimo de seu ser. Deus, nessa perspectiva, é o Pai da misericórdia. Ele gera o povo. Ser misericordioso como Deus é ter espaço para acolher o irmão.
Num olhar frio, a parábola do filho pródigo (Lc 15,11-32), à primeira vista, parece-nos descon­cer­tan­te. Como um pai pode ser tão bobo? Esse filho rebelde saiu pelo mundo, promoveu “gastanças” e farras, fez tudo que não presta, e agora, quando volta, o pai o acolhe com abraços, beijos e até faz festa!
Ocorre que estamos falando de um amor que “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,7). É amor tão profundo, que bobagem mesmo seria querer entendê-lo com nossa lógica vingativa. O coração do pai não recorda o passado ofensivo. A ele interessa o presente feliz. Interessa o filho vivo e cheio de vontade de recomeçar.
A parábola quer revelar o coração misericordioso de Deus. O Deus que Jesus veio revelar é o do perdão, e não da condenação ou do castigo. É um Deus que, numa linguagem muito simples, se poderia comparar a um pai de coração mo­le, sempre pronto a acolher o fi­lho de coração duro. Filho que se arrepende e volta para casa.
O pai respeita a liberdade do filho, mesmo que este tenha buscado a felicidade em caminhos errados. Jesus quer nos ensinar que o Senhor ama o pecador, mas abomina o pecado. Pecado que oprime, escraviza, humilha e tira o sentido da vida.
O filho pródigo é a imagem do povo de Deus errante. É também a imagem do povo que quer acertar e sabe que sua única esperança é o Deus verdadeiro. O filho pródigo é cada um de nós. O pai misericor­dioso nos ensina atitudes de compaixão, tolerância e misericórdia. Nosso coração esteja sempre disponível para acolher o outro e enxergá-lo em sua capacidade de mudança, e não em seus erros.
Essa página da Bíblia põe por terra o orgulho e a arrogância do mundo. Põe por terra todas as iniciativas que tramam a vingança, a humilhação, a morte. “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Fonte: Paulus em 15/09/2013

REFLEXÃO

A GRATUIDADE DO AMOR E DO PERDÃO

Jesus recebe crítica dos fariseus e dos mestres da lei porque se aproxima dos pobres e pecadores. Diante disso, o evangelista nos presenteia com três parábolas chamadas “da misericórdia de Deus”, no capítulo 15 de Lucas. Esse capítulo é como que o coração do Evangelho de Lucas e representa o cume da caminhada de Jesus a Jerusalém, donde podemos rever o percurso feito e vislumbrar o trajeto a ser percorrido. Nele encontramos a gratuidade do amor e do perdão de Deus.
Na terceira parábola, Jesus revela a imagem de Deus. Ele é um pai que sabe perdoar, acolher, abraçar e beijar o filho que retorna ao lar, faz festa, divide com os filhos os bens que tem, permite-lhes fazer a própria experiência de vida.
Esta parábola, com certeza, desconcertou os ouvintes de Jesus e, hoje, desconcerta também a nós. As atitudes do pai questionam qualquer sociedade que valorize as aparências, o poder da autoridade (familiar), o moralismo de fachada, a supervalorização e a concentração dos bens.
Quando lemos a parábola, ficamos mais focados no pai que demonstra seu amor e perdoa e no filho mais novo que abandona a casa e depois se arrepende e volta aos braços do pai. Esquecemos, com frequência, as atitudes do filho mais velho.
Este é, muitas vezes, proposto como exemplo de fidelidade, pois não abandona o pai, dedica-se ao trabalho e à família e não imita a vida desordenada do irmão. É um fiel cumpridor das leis e, por isso, pensa ter mais méritos diante do pai. Ele aplica a si a teologia da retribuição, a teologia do “toma lá, dá cá”. Mas o amor de Deus é gratuito e não se deixa comprar por cumprimento de leis.
Esse filho nunca abandonou a casa, mas, com a volta do irmão, sente-se estranho na família; sempre obedeceu ao pai, mas não conhece a lei do amor; reconhece-se bom filho, mas não aceita o retorno do irmão. Numa palavra, é pessoa ressentida, incapaz de amar, perdoar e acolher. Não entende nem aceita a atitude de misericórdia do pai.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus em 15/09/2013

Reflexão

O capítulo quinze de Lucas é o coração do seu evangelho. São três parábolas da misericórdia e do amor de Deus pelos “perdidos”. Depois de ser criticado pelos fariseus e pelos mestres da Lei porque convivia com pecadores, Jesus conta três parábolas que convidam à alegria por recuperar o que estava perdido. Nesse texto, Jesus assume as feições de um pastor que busca a ovelha perdida, de uma pobre mulher que perde dez por cento de suas escassas economias e do pai que não se conforma com a perda do filho. As parábolas concluem com festa e banquete. Na terceira, não se sabe se o filho mais velho participou ou não do banquete preparado pelo pai. As noventa e nove ovelhas, as nove moedas e o filho mais velho podem representar a atitude de quem se considera justo e praticante fiel das leis. Quem vai bem e está no caminho certo, continue em frente; não ignorando, porém, quem está numa pior. A ovelha perdida, a moeda extraviada e o filho fugitivo representam aqueles que necessitam da busca e da compaixão. Estes são os que despertam o interesse de Deus para que sejam recuperados e reintegrados. São os que estão em perigo ou perdidos que deveriam despertar o interesse também da sociedade.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Que lugar ocupa o exame de consciência em sua vida? - É difícil trazer alguém de volta para a prática da religião. Mas você procura fazer sua parte principalmente com o testemunho pessoal? - Consegue tratar com amor os que lhe magoam? Como age? - Consegue superar a barreira do rancor? - Em sua vivência da fé há alguma coisa que precisa ser melhorada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 15/09/2013

Meditando o evangelho

ENSINANDO A PERDOAR

Um dos maiores desafios para quem vive em comunidade é o perdão. Por outro lado, a sobrevivência de qualquer comunidade humana dependerá da capacidade que seus membros têm de perdoar. Sem isto, não há comunidade que possa subsistir por muito tempo.
Em se tratando da comunidade cristã, o perdão torna-se um imperativo. Os discípulos de Jesus foram exortados a considerar as raízes teológicas do perdão. No  ato de perdoar o próximo e de se reconciliar com ele, Deus se faz presente. Por conseguinte, o perdão supera os limites humanos.
Quando alguém perdoa o próximo, age em conformidade com Deus que concede prodigamente o seu perdão ao ser humano. Para tanto, fecha os olhos para a maldade humana, quando a pessoa se reconhece pecadora e se volta para ele.
A capacidade divina de perdoar é ilimitada. Deus conhece perfeitamente de que é feito o ser humano, e sabe muito bem que sua fidelidade pode não ser definitiva. Quem é perdoado hoje pode voltar a pecar amanhã. No entanto, sempre que se converte e volta arrependido, encontrará um Pai bondoso e misericordiosos para acolhê-lo.
Os discípulos de Jesus são chamados a imitar o modo de agir de Deus. Também eles devem perdoar com prodigalidade, tendo um coração cheio de misericórdia para acolher quem carece de perdão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Afinal, o Filho arrependeu-se ou não?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esta parábola traz a reflexão praticamente pronta: O Filho mais novo se arrependeu e voltou a casa do Pai que o perdoou. Será? Deixemos que o Filho sem juízo nos conte nesta breve entrevista em nosso imaginário, logo depois da Festança que foi até o amanhecer do Dia.
____Por que você voltou para a casa do Pai?
Filho Pródigo ___ Vou ser sincero, a fome apertou meu amigo, quando eu pensei que escravos e empregados na casa do meu pai, tinham pão a vontade, decidi voltar.
___Opa! Espere um pouco, e aquele arrependimento todo que você manifestou nesse evangelho?
Filho Pródigo___ Apenas um discurso para convencer o Pai de que eu estava arrependido, palavras bonitas e bem colocadas que iriam tocar no coração do meu “Velho”
___Mais uma coisinha Filho Pródigo, o que te levou a sair de casa, se lá você tinha tudo que precisava?
Filho Pródigo___ Na Casa do Pai tinha a impressão de que não era livre, eu queria aproveitar a vida, fazer tudo o que meu coração desejava gozar e desfrutar de todos os prazeres e alegrias que o mundão nos oferece. Enfim, como vocês dizem por aí “Cair na gandaia” de cabeça, e ser livre...
___Deixa ver se eu entendi, as vezes nós cristãos achamos que os maus, os que não conhecem a Deus e a sua verdade, são mais felizes porque fazem muitas coisas, sem se importar com a ética, moral, doutrina da Fé e tudo mais. É a liberdade que o adolescente quer, sem a ingerência dos pais em sua vida...
Filho Pródigo ____Isso mesmo, eles tem com os pais não uma relação de amor, mas de compromisso e obrigatoriedade em fazer o que eles mandam, parecem mais empregados do que Filhos.
____E o que mudou na sua vida após a volta a casa paterna?
Filho Pródigo____ Bom, confesso que não fazia ideia de quanto meu Pai me amava, imagine você que todos os dias ele ficava á minha espera. O jeito que ele me abraçou, me vestiu aquele manto, me deu a sandália e o cajado, tudo isso sem exigir que eu tomasse um banho, ele cobriu a minha sujeira e imundície com aquela veste. E fez uma festa inesquecível. Nesse retorno descobri algo inédito, o amor do Pai, imenso, grandioso, gratuito e incondicional. Juro que eu não sabia...
___Então nessa parábola, o foco é o Pai Infinitamente Bom e Misericordioso?
Filho Pródigo___ Pois é, Se o Pai não me desse a liberdade de pecar, indo embora da sua casa, jamais eu saberia o quanto ele me ama. Eu sou cada um de vocês aí na Igreja de 2013, a gente vai e vem, e o Pai ali, de braços sempre abertos, nos acolhendo com imensa alegria, porque nos ama de maneira apaixonada...
___Mas não é perigo a gente pensar que a parábola é um incentivo ao pecado?
Filho Pródigo___ Ao contrário, é um convite para contemplarmos o grandioso Amor e Misericórdia que Deus Pai tem por nós, pecar é ir contra esse grandioso amor.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Pecadores aproximavam-se de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Cobradores de impostos e pecadores se aproximam de Jesus para escutá-lo. Jesus os acolhe e come com eles. Fariseus e doutores da Lei criticam Jesus que se aproxima de gente errada. Os errados querem ouvir Jesus, os certos o criticam. Jesus conta então três parábolas: a parábola da ovelha perdida, a da dracma perdida e a do filho pródigo. Explica assim por que permite que os pecadores se aproximem dele. Deus queria acabar com o povo que tinha feito um bezerro de ouro para adorar. Moisés intercede dizendo que o povo não vai mudar. É melhor que Deus mude.
Deus atende à súplica de Moisés “e desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo”. Deus mostra sua grandeza no perdão. A força da conversão está no retorno, sem deixar de ser o que somos. O Verbo de Deus não esperou que subíssemos até ele. Ele desceu, armou a sua tenda no meio do nosso acampamento, tornou-se próximo, tornou-se vizinho e habitou entre nós. Ele não rejeita ninguém que queira se aproximar dele, que queira ouvi-lo. Ainda existem fariseus e doutores da Lei? Aceitamos ser próximos de todo mundo? O tema é bonito, mas é difícil na prática do dia a dia. De qualquer forma, é bom sentir-se a ovelha perdida que foi encontrada, ou a moeda, ou os dois filhos compreendidos e aceitos pelo pai. É bom saber que nosso Deus é cheio de misericórdia e de ternura, e assim procurar ser para os outros o que ele é para nós. O único bom na parábola do filho pródigo é o Pai.

Liturgia comentada

As três misericórdias... (Lc 15,1-32)
Este Evangelho nos apresenta as três parábolas que Jesus pronunciou para nos falar da misericórdia, ou melhor, do entranhado amor de Deus por nós. O pastor incansável que sai a campo em busca da ovelha tresmalhada. A diligente mulher do povo que varre a casa à procura da moedinha perdida. Enfim, o velho pai que, simplesmente, espera o regresso do filho fujão.
Três diferentes maneiras de ser misericordioso: sair a campo... varrer a casa... esperar...
A primeira é a mais fácil, pois até nos empresta um nimbo de heroísmo. Vai o pastor por brenhas e vales, busca incansavelmente até encontrar a SUA ovelha: ferida, emaranhada na moita de arranha-gato, berne no focinho. Sim, mas é MINHA ovelha. E se alegra ao recuperá-la.
A segunda é mais trivial, uma empreitada caseira. Quantas vezes, quem mais precisa de nossa misericórdia está bem ao lado, debaixo do mesmo teto. O casebre é pequeno, a lamparina de azeite mal o ilumina. A vassoura de folhas de tamareira permite reencontrar a moeda, escapada do véu de moedas que ainda recorda à sua dona a remota cerimônia do casamento. Moedinha pequena, de parco valor, azinhavrada, talvez, mas SUA moeda. Não admira que as vizinhas cheguem a zombar da alegria de sua dona.
A terceira é realmente a mais dura de viver. Um filho não é uma ovelha. Não é moeda de metal. Tem arbítrio, vontade própria. Só resta ao velho pai... esperar... Uma esperança sem garantias, mantida a pulsar no coração, mesmo contra toda evidência. Voltará o filho algum dia? Não há certezas, mas o amor não vive de certezas. O amor é capaz de fazer apostas e... esperar...
De volta à casa do pai, o filho que pecou avalia que não é mais possível recuperar a estatura filial: “Não mereço ser tratado como filho... Trata-me como um dos empregados...” Mal sabe ele que o Pai continua pai. “E enquanto eu for pai, você continua a ser meu filho...” É da natureza de Deus ser um Pai. Nada que possamos fazer apagará sua imagem paterna. Daí o beijo, a roupa nova, os sapatos, o anel...
Sair a campo... Varrer a casa... Esperar... Todos os dias nós temos oportunidades de amar e de exercer a misericórdia. Alguém anda perdido em seus descaminhos e, a qualquer momento, poderá apresentar-se à nossa frente.
Quando isso acontecer, como reagiremos?
Orai sem cessar: “Todos os caminhos do Senhor são misericórdia” (Sl 25,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 15/09/2013

COMENTÁRIO

Jesus nos ensina o perdão! - UM DEUS DE PERDÃO E RECONCILIAÇÃO

I. INTRODUÇÃO GERAL

“Não quero a morte do pecador, e sim, que ele se converta e viva.” Essas palavras de Ezequiel (18,23) formam o pano de fundo (deixado na penumbra) da liturgia de hoje (cf. Lc 15,32). A leitura do livro do Êxodo mostra-nos um Deus que volta atrás do seu projeto de rejeitar Israel, e o evangelho apresenta as parábolas de Jesus a respeito de quem se perdeu e por Deus é reencontrado. Paulo entendia bem isso: na Primeira Carta a Timóteo descreve como, de perseguidor, ele foi, pela abundante graça de Deus, levado à vida em Cristo. Jesus veio para salvar os pecadores, e Paulo foi o principal deles. Com isso, tornou-se exemplo daquilo que ele mesmo pregou: a reconciliação.

1. I leitura (Ex 32,7-11.13-14)

O livro do Êxodo descreve como Moisés, logo depois da promulgação da Lei e da Aliança (Ex 10-24), permanece, durante quarenta dias, na montanha do Sinai, onde Deus lhe mostra o projeto do seu santuário e o encarrega de montá-lo no meio do povo (Ex 25-31). Ao descer da montanha, porém, encontra o povo em festa, adorando o bezerro de ouro, símbolo da fecundidade e objeto ritual das religiões dos povos pagãos. Essa festança é uma desistência da Aliança com o Deus único, que se manifestou no Sinai e elegeu Israel para ser seu povo-testemunha (Ex 32,1-6).
A reação de Deus é dura. Não quer mais esse povo (“teu povo”, diz ele a Moisés, 3,7). Moisés, porém, torna-se mediador e lembra a Deus suas promessas, como Abraão lhe lembrou sua justiça (cf. Gn 18,25). E Deus se deixa convencer: “O Senhor desistiu do mal com que havia ameaçado o seu povo” (Ex 32,14). Essa narração representa Deus de modo bastante humano (antropomorfismo): tanto a cólera de Deus, quanto seu arrependimento, são modos de significar que Deus não é indiferente, nem ao nosso pecado, nem à nossa prece. São maneiras humanas de falar de seu amor sem fim.

2. Evangelho (Lc 15,1-32)

O evangelho nos mostra Jesus em má companhia: “todos os publicanos e pecadores” (Lc 15,1). É um escândalo para os fariseus. Em duas parábolas menores, Jesus apresenta, então, uma imagem de Deus, descrevendo o pastor que só pensa na ovelha desgarrada, que está em perigo (15,3-7); ou a dona de casa, procurando adoidada uma moeda extraviada e ficando fora de si de alegria quando a reencontra (15,8-10). E depois conta a parábola do filho perdido e reencontrado – obra prima entre as parábolas de Jesus (15,11-32, na leitura longa, que evidentemente deve ser preferida à breve!).
Nessas parábolas, o pastor, a dona de casa, o pai de família parecem alegrar-se mais com o perdido que reencontraram do que com aquilo que não se perdeu: o rebanho a pastar, as moedas no pote, o filho que fica em casa trabalhando… Como entender isso? Será que a “opção preferencial” pelas ovelhas perdidas os leva a se esquecerem das que ficaram no rebanho? Pensar isso seria uma ideia bem mesquinha do carinho de Deus. Se o pai faz festa para o filho pródigo, é porque “aquele que estava morto voltou à vida”, e se não faz nada especial para o outro filho, que sempre está com ele, é porque o “estar sempre com ele” deve ser a mais profunda alegria (Lc 13,31-32). Olhando bem, porém, tem-se a impressão de que o filho mais velho optou por ficar com o pai apenas por comodismo (ou para ficar certo da herança). Se for assim, é ele que deve reconhecer seu afastamento interior e voltar ao pai; quem sabe se, então, o pai oferecerá um bom churrasco também para ele?
Reconhecemos no filho mais velho a figura do fariseu: tem as contas em dia, mas o coração longe de Deus. Não é tal a atitude dos que reclamam porque o padre anda nas favelas em busca de ovelhas perdidas em vez de rezar missas nos oratórios particulares ou ir a reuniões piedosas? Os que falam assim deveriam, felizes por ter Deus sempre diante dos olhos, ser solidários com a Igreja que busca os abandonados, em vez de se sentirem abandonados. Esqueceram quanta atenção receberam? Não perceberam que o próprio fato de se sentirem perto de Deus é sua felicidade? Em vez de criticar a prioridade dada aos excluídos, deveriam ser os primeiros a estimular o reencontro deles, tornando-se “agentes da reconciliação”.
Deus tem razão: quem vai bem, siga à frente (cf. Ap 22,11). Mas aquele que está errado é que necessita de atenção. O médico não vem para os sãos, mas para os doentes (cf. Mc 2,17). Já o pensamento “elitista” diz: ocupa-te com os “bons”, os que rendem. Não percas teu tempo com os que não valem nada, deixa-os se perderem. Deixa-os viver na falta de higiene e na subnutrição. Expulsa o povinho de sua área e o “primitivo” de suas terras…
O pensamento de Deus não é assim. Ele sabe que rejeitar um só homem seria a mesma coisa que rejeitar a todos, pois o princípio é o mesmo. Por isso, deseja ansiosamente a volta de qualquer um, até o mínimo, o mais rebaixado, aquele que conviveu com os porcos (que horror, para os judeus!). Pois esse perdidão é seu filho, mesmo se o próprio já não se acha digno de ser chamado assim. Deus não pode esquecer seu filho (Jr 31,20; Is 49,15). Nós gostamos de resolver os “casos difíceis” pela expulsão, a repressão (e vemos os frutos…). Deus opta pela reconciliação.

3. II leitura (1Tm 1,12-17)

Confirmando essa imagem de Deus, Paulo, na Primeira Carta a Timóteo, proclama que “encontrou misericórdia” (1Tm 1,13.16). Essa carta dirigida a Timóteo, que o acompanhou desde sua “segunda viagem” missionária (cf. At 16,1), é uma espécie de “testamento espiritual”. Inicia-se com o tema da vinda de Jesus ao mundo para salvar os pecadores. Paulo mesmo experimentou isso e, além disso, recebeu missão importante, pelo que exprime sua gratidão.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Opção preferencial pelos pecadores? Certo dia, eu tive de interromper uma palestra ministrada a um grupo de padres porque não aceitavam que os pecadores convertidos serão tão bem-vindos no céu quanto os que se comportaram bem. Será que Deus é generoso demais para com os malandros que se convertem?
São Paulo diz com clareza: “Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro” (2ª leitura). A 1ª leitura de hoje nos ensina que Deus é capaz de mudar de ideia: quando o pecador se arrepende, Deus o reconcilia consigo. O evangelho (texto longo) nos mostra Deus como um pastor procurando a ovelha perdida, ou como um pai que espera a volta de seu filho vagabundo.
Nós achamos estranho Deus dar mais atenção a uma ovelha desgarrada do que a noventa e nove que permanecem no rebanho. Não será melhor que uma se perca do que o rebanho todo? Pois bem, foi exatamente isso que disse o sumo sacerdote Caifás para justificar o assassinato de Jesus. “É melhor que um morra pelo povo todo” (Jo 11,49-51)! Deus, porém, em relação ao pecador, não segue o raciocínio de Caifás. É mais parecido com um motorista que não se preocupa com aquilo que funciona bem, mas fica atento àquilo que parece estar com defeito. Os pensamentos de Deus não ficam parados nos bons; ele está mais preocupado com os extraviados. Faz “opção preferencial” pelos que mais necessitam, os que estão em perigo e, sobretudo, os que já caíram – pois para Deus nenhum mortal está perdido definitivamente. Quem caiu tem de ser recuperado. Essa é a preocupação de Deus. Com os bons, preocupam-se os seus semelhantes; para Deus, todos importam. Por isso ele se preocupa com quem é abandonado por todos. Ele não descansa enquanto uma ovelha estiver fora do rebanho. Ele não quer a morte do pecador, mas sua volta e sua vida (Ez 33,11).
E nós? Nós devemos assumir os interesses de Deus. A Igreja deve voltar-se com preferência para os pecadores, orientá-los com todos os recursos do carinho pastoral e mostrar-lhes o incomparável coração de pai de Deus. Quem se considera justo, como o irmão do filho pródigo, não se deve queixar desse modo de agir de Deus. Pois ser justo é estar em harmonia com Deus, receber dele o bem e a felicidade, estar realizado. Por que então criticar a generosidade de Deus para com o pecador convertido? O “justo” alegre-se com o pecador, aquele que realmente necessitava atenção, o morto que voltou à vida! Mas talvez muitos se comportem como justos, não por amor e alegria em união de coração com Deus, mas por medo… e então, frustrados porque Deus é bom, resmungam, como Jonas quando a cidade de Nínive se converteu (Jn 4,1-11). “Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (Mc 2,17).
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
Fonte: Vida Pastoral em 15/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

15 DE SETEMBRO-DOMINGO

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HOMILIA DIÁRIA

O Pai nunca desiste de nó

Não se esqueça: o Pai nunca se cansa. Ele nunca desiste de nós, está sempre de braços abertos nos esperando com o Seu amor.

“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la?” (Lc 15,4).

Hoje, a liturgia nos dá a graça de celebrarmos os perdidos que foram encontrados ou reencontrados pela graça de Deus.
O capítulo 15 do Evangelho segundo Lucas nos apresenta essa realidade: a ovelha que se perde, a moeda que se perde e o filho que se perde. Mas qualquer uma das três coisas, quando é reencontrada traz, um sentido novo.
A ovelha, tão importante para o pastor, perde-se nos “pastos” da vida. O pastor deixa as noventa e nove ovelhas para ir buscar aquela única que se perdeu. E que alegria ao coração encontrar aquela ovelha que havia se perdido!
A mesma coisa a mulher que tem dez moedas de prata: se ela perde uma só, deixa no cantinho as outras nove moedas e vai atrás daquela única, porque ela é muito importante. E que alegria ao encontrá-la de volta!
E de uma forma mais profunda, o Pai, que perde um só dos Seus filhos, que parte para longe, abandonando a casa d’Ele para viver uma vida de perdido, dissoluta nesse mundo de meu Deus. O Pai espera ansioso, com o coração aberto que esse filho volte. E quando esse filho volta… Que alegria! Que festa!
Hoje, nós queremos fazer festa com todos aqueles que estão voltando para a casa de Deus, que estão procurando o caminho da vida e encontram em Deus o sentido para a sua existência. Como devemos acolhê-lo, meus irmãos? Como devemos abrir o nosso coração para celebrar a volta daquele que se perdeu em algum caminho da vida? Quando olhamos para nossa própria história, quem de nós não se confunde no caminho? Quem de nós não acaba sendo um pouquinho mais, um pouquinho menos “pródigo” na vida e, por sentir-se revoltado e abandonado, corre, muitas vezes, para longe do Pai?
Não se esqueça: o Pai nunca se cansa. Ele nunca desiste de nós, está sempre de braços abertos nos esperando com o Seu amor. Se por algum motivo você está longe da casa de Deus, dos Seus braços, aprenda, tome consciência e tenha a certeza de que Ele está de braços abertos aguardando o seu retorno.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/09/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a ousadia dos Profetas do teu Reino. Que a tua Palavra, ouvida com atenção, seja incorporada ao nosso jeito de viver e, desta forma, se faça transparente para ser recebida por nossos companheiros de jornada. E que sejamos humildes e alegres, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a ousadia dos Profetas do teu Reino. Que a tua Palavra, ouvida por nós com carinho, seja incorporada ao nosso jeito de viver e, desta forma, ela se faça generosa e transparente para ser recebida pelos companheiros de jornada. E que sejamos humildes e alegres, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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