terça-feira, 2 de julho de 2019

LEITURA ORANTE DO DIA - 30/06/2019



LEITURA ORANTE

Mt 16,13-20 – Solenidade de São Pedro e São Paulo



Preparo-me para a Leitura Orante.
Disponho-me ao encontro com Deus,
com toda a Igreja virtual que agora reza conosco:
Divino Espírito Santo,
amor eterno do Pai e do Filho,
eu vos adoro, louvo e amo!
Peço-vos perdão por todas as vezes que vos ofendi
em mim e no meu próximo.
Vinde, com a plenitude de vossos dons,
nas ordenações, nas consagrações e nas crismas!
Iluminai, santificai, aumentai o zelo apostólico!
Espírito de verdade,
consagro-vos a minha inteligência,
imaginação e memória. Iluminai-me!
Dai-me conhecer Jesus Cristo Mestre.
Revelai-me o sentido profundo do Evangelho
e de tudo o que ensina a santa Igreja.
(Bv. T. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Mt 16,13-19, observando o testemunho de fé de Pedro.
Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesareia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
Refletindo
Simão declara que Jesus é o Filho do Deus vivo. Jesus confirma, declarando a missão de Pedro, o Primado na Igreja: “Você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu”. Jesus se propõe construir a Igreja que não é simplesmente um prédio, mas é uma nova comunidade. Esta comunidade ou Igreja é do domínio de Jesus. Ele diz: “construirei a minha Igreja”. E Pedro tem nela uma missão de mediação: terá “as chaves”. Terá o poder de abrir e fechar as portas, ligar e desligar, terá o poder de julgar, perdoar e proibir o que não é conforme o projeto do Reino de Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A pergunta de Jesus é também para mim:
“Quem dizem que eu sou?
E você?
Quem sou para você?”
Estas perguntas merecem uma profunda reflexão de
nossa parte e uma resposta coerente e sincera.
Meditando
Veja que resposta bonita deram os bispos em Aparecida: “Jesus Cristo é a plenitude da revelação de Deus, um tesouro incalculável, a “pérola preciosa” (cf. Mt 13,45-46). Verbo de Deus feito carne, Caminho, Verdade e Vida dos homens e das mulheres aos quais abre um destino de plena justiça e felicidade. Ele é o único Libertador e Salvador que, com sua morte e ressurreição, rompeu as cadeias opressivas do pecado e da morte, revelando o amor misericordioso do Pai e a vocação, dignidade e destino da pessoa humana.” (DAp 6).
Portanto, para os bispos e para nós, Jesus Cristo é “a plenitude da revelação de Deus”, “um tesouro incalculável”, a “pérola preciosa”, “Verbo de Deus feito carne”, “Caminho, Verdade e Vida”, “O único Libertador e Salvador”.  E para o apóstolo Paulo, quem é Jesus Cristo? Em Filipenses, 2, 6-11 ele diz:
"sendo  Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que está acima de todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda a língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai".
É assim que o acolhemos e o proclamamos com a nossa vida?

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezamos a
Novena  a São Paulo Apóstolo

- Graça e Paz a todos!

Comecemos fazendo com o apóstolo Paulo nosso ato de fé.
(Ouvir no CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo, Paulinas COMEP,
ou ver no Youtube o vídeo no link indicado).

Canto: Eu sei, eu sei, eu sei em quem acreditei (1Tm 1,12)
eu sei eu sei seu sei em quem acreditei
https://www.youtube.com/watch?v=urXCXGNTWAE

Em  preparação à festa de São Paulo Apóstolo, solenidade litúrgica do martírio de São Pedro e São Paulo, que neste ano celebramos, hoje, dia 30 de junho, fazemos o último dia da novena ( do dia 22 a 30 de junho ) com o desejo de que São Paulo nos dê a graça de crescermos no conhecimento e na comunicação de Jesus Cristo.



Se pudermos, acendamos  duas  velas: uma de cor verde, cor do manto de São Paulo. A cor verde representa a cor da natureza, a cor da vida, do renascimento.  Representa a vitória da vida sobre a morte. Acendamos outra vela de cor vermelha que aparece  na túnica de São Paulo. Representa o amor, o sacrifício, o martírio, a oferta da vida por causa de Jesus Cristo..

Canto: Aquele que vos chamou (1Ts 5,24)
Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou,
É fiel, é fiel, fiel é aquele que vos chamou.
https://www.youtube.com/watch?v=cjtFGgMreBI

- Antes de rezarmos a oração que segue, apresentemos os nossos pedidos a Deus por intercessão de São Paulo.

(Coloque seus pedidos e intenções)
-  Agora,   Leiamos a frase do dia, nas cartas de Paulo e façamos um momento de silêncio e reflexão:
1º dia (22) -  Não nos cansemos de fazer o bem  (Gl 6,9)
2º dia (23) - É Cristo que vive em mim (Gl 2,20)
3º dia (24) - Se Deus é por nós quem será contra nós?  (Rm 8,31)
4º dia (25) - Ele me amou e se entregou por mim (Gl 2,20)
5º dia (26) - Tudo posso naquele que me dá força  (Fl 4,15)
6º dia (27) - Tudo contribui para o bem daqueles  que amam a Deus (Rm 8, 28)
7º dia (28) - Se alguém está em Cristo é nova criatura  (2 Cor 5,17)
8º dia (29) - Toda língua proclame Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai (Fl 2,11)
9º dia (30) -  Até que Cristo se forme em nós  (Gl  4,19)

Canto: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração. (Rm 10,8)
https://www.youtube.com/watch?v=mRX_w1-Ld20

- Agora, podemos lembrar e dizer uma característica que admiramos em São Paulo.

Oração:
Ó São Paulo, mestre dos gentios,
olhai com amor para a nossa Pátria!
Vosso coração dilatou-se
para acolher a todos os povos no abraço da paz.
Agora, no céu, o amor de Cristo vos leve a iluminar
a todos com a luz do Evangelho
e a estabelecer no mundo o Reino do amor.
Suscitai vocações, confortai os que anunciam o Evangelho,
preparai as pessoas para que acolham o Cristo, divino Mestre.
Que o nosso povo encontre e reconheça sempre a Cristo,
como o Caminho, a Verdade e a Vida;
busque o Reino de Deus e trabalhe em sua realização,
para que a sua luz resplandeça diante do mundo,
iluminai, animai e abençoai a todos!
Amém.

São Paulo apóstolo, rogai por nós!

Canto:  Por tudo dai graças  (1Ts 5,18)

- Graça e Paz!

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
- Meu novo olhar será para priorizar Deus em minha vida. Como os apóstolos, sou discípulo missionário de Jesus Cristo. Devo testemunhar e anunciar Jesus Cristo.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com

Leitura Orante
PEDRO e PAULO, 30 de JUNHO de 2019.


PEDRO E PAULO: diferenças que se encontram

“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mt 16,13)

Texto Bíblico: Mateus 16,13-19

1 – O que diz o texto?

A Igreja, ao unir numa só celebração, duas figuras humanas tão diferentes - Pedro e Paulo - nos indica o quê pretende com esta festa: manifestar a obra comum que Deus realizou através deles. Com certeza, a liturgia descobriu a complementariedade desses dois homens; são um claro exemplo de que personalidades tão diferentes se revelaram autênticos seguidores de Jesus.
Foram completamente diferentes na formação pessoal: Pedro era simplesmente um pescador, sem nenhuma preparação, mas teimoso e sincero. Paulo era um intelectual. Havia passado pela escola rabínica, onde se envolveu no estudo profundo da Lei. Um com sua simplicidade e espontaneidade e o outro com sua agudeza intelectual, constroem a única Igreja. Tanto em Cesaréia de Filipe (Pedro), como no caminho de Damasco (Paulo), Jesus desvela a originalidade e a diferença de cada um deles (rocha), sobre as quais vai fundamentar sua nova comunidade. Nada do que é humano foi anulado, mas integrado no horizonte do seguimento.
Cada um deles seguiu Jesus à sua maneira por isso, Pedro e Paulo foram considerados como as colunas da Igreja. Eles são como duas referências permanentes para a comunidade dos(as) seguidores(as) de Jesus; são exemplo de fé cristã, no seguimento do Mestre de Nazaré. No final os dois rubricaram sua fidelidade entregando a própria vida como testemunhas de Jesus Cristo.
A Igreja, corpo de seguidores(as) de Jesus Cristo, plural e diversa em seus membros, também é chamada à comunhão na diversidade. Somos conscientes de viver a difícil alteridade no interior da mesma Igreja.
A fé cristã em Deus, que é uno e trino, aparece como o primeiro fundamento para acolher a diferença.
O modo original de ser e viver de Jesus também nos motiva a sair de nós mesmos para acolher o outro diferente como revelação de Deus, assumir a mudança e encontrar na Eucaristia, o sinal e a fonte da união.
A festa de hoje se apresenta como oportunidade privilegiada para aprofundar o sentido da “diferença” no interior da comunidade cristã e na convivência social. Estamos inseridos num contexto religioso e social carregado de muita intolerância e indiferença, onde prevalece o medo diante de quem é diferente.
“A diferença é inerente à comunhão na Igreja. É um elemento da comunhão. A Igreja não é nem eliminação nem soma das ‘diferenças’, mas comunhão nas mesmas” (J.M Tillard).
Assim, ser cristão significa ser aberto, acolhedor da diferença, sensível à diversidade.
Afinal, somos humanos, seres em caminho, buscadores de sentido, buscadores da verdade e habitados pelo mesmo Deus, que atua em tudo e em todos.
O princípio de alteridade está fundado no princípio de identidade: podemos nos compreender apesar de sermos diferentes, porque todos somos seres criados e agraciados por Deus, chamados a ser habitados por uma verdade que está para além de uma ideia ou doutrina.
Esta é a vocação fundamental de todo ser humano: alimentar uma relação mútua em cada encontro. Todos trazemos dentro de nós ricas possibilidades que só podem ser colocadas em movimento quando alguém se encontra conosco e nos chama à vida, numa verdadeira relação. Somos relação, e nos fazemos ou desfazemos na relação.
Não há um “eu sem um tu” que nos complementa com a comunhão, que nos une na diferença; esse movimento desvela nossa própria originalidade, abrindo-nos ao desconhecido e à riqueza do outro. Tanto a comunhão como a diferença são espaços de crescimento mútuo.
A diversidade nos permite enriquecer-nos, adquirir mais humanismo. Diferença é expressão inerente ao ser humano, é modo de pensar, de dizer, de trabalhar, de existir e de conviver. A humanidade diferenciada torna-se mais dinâmica; o tesouro está precisamente em sua diversidade criadora. A humanidade é profundamente diversificada em seus talentos, valores originais e em sua vitalidade.
Daí a importância de aprender a ver o melhor de cada pessoa e de cada povo, superando as visões estreitas e fundamentalistas de todo tipo de racismo, xenofobia, desprezo, preconceito, dominação...

2 – O que o texto diz para mim?

Saber conviver com as diferenças é sinal de maturidade.
Cresce hoje a consciência sobre a diferença do ser humano como atração, e não como rejeição. A humanidade pós-moderna exige a diversidade de convivência sócio-cultural. Não posso permanecer trancada em redutos que rejeitam as diferenças existenciais. A humanidade deixou de ser distante para tornar-se mais próxima, mediante as diferenças, os diálogos e as convergências. O mundo globalizado não pode ser apenas econômico. É chamado também a respeitar e a cultivar as diferenças entre as pessoas, as raças, as sociedades e as nações.
A diversidade racial, cultural, religiosa... supera a monotonia e oferece a criatividade de muitas formas. A harmonia fecunda entre as pessoas está na diversidade das diferenças, não na repetição mecânica.
O conformismo repete cópias, mas não facilita a união autêntica. Sem as diferenças entre pessoas, a sociedade seria apenas um marasmo. Por isso, as diferenças pluralistas são valores, não anomalias. Além disso, são sedutoras, não amedrontadoras. A diferença pessoal mantém certo fascínio.
diversidade é uma forma de aproximação entre os seres humanos. E deve ser vista como estimulo, não como estorvo. A diferença do “outro” deve ser motivo para o encontro e para o enriquecimento mútuo.
Segundo o pensador E. Levinas é a diferença que gera alteridade. O outro é diversificado e não repetitivo. A visão da diferença mostra que cada ser pessoal é original. Massificar as pessoas é uma forma de silenciá-las e dominá-las.
Daí a importância e a urgência de aprender a valorizar o que é próprio e também o que é diferente, me esforçando para não transformar as diferenças normais (geográficas, culturais, de raça, de gênero...) em desigualdades. É preciso educar e preservar as diferenças humanas.
3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Diferença não dispersa nem divide, mas provoca convergência crítica. Promove a unidade lúcida e criativa.
Por isso é valor a ser preservado e a ser desenvolvido, é potencial a ser explicitado.
A questão da «diferença cristã» não toca apenas à relação entre o cristianismo e o espaço não-cristão. O problema situa-se no interior mesmo do cristianismo. Viver como «comunidade» implica saber conjugar a diversidade na unidade. Assim, o cristianismo revela uma multiplicidade de textos, de ritos, de movimentos, de escolas de espiritualidade, de perspectivas teológicas; mas também de funções e vocações no interior da comunidade. A fidelidade, no cristianismo, passa por uma capacidade de integrar a diversidade.
Sou Igreja, Casa e Povo de Deus, que vive a acolhida positiva e respeitosa da diversidade de pessoas, carismas, ministérios, funções e expressões da fé. O reconhecimento desse pluralismo no interior da comunidade me instiga a viver uma eclesiologia da comunhão.
Isso me move a fazer a contínua passagem de uma Igreja que discrimina os que pensam diferentes, os diversos, os outros... a uma Igreja que respeita os que seguem sua própria consciência, as outras religiões, os ateus, as minorias excluídas...; uma Igreja de portas abertas, atenta aos novos sinais dos tempos, que abra caminhos novos em meio às diferenças, que saia às margens sociais e existenciais...; uma Igreja jovem e alegre, fermento na sociedade, com a alegria e a liberdade do Espírito, com luz e transparência...

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, eu deveria pensar mais sobre a importância das diferenças entre os seres humanos.
Eu deveria admirar as diferenças pessoais e grupais, e não lamentá-las. É necessário evitar tudo o que deforma as diferenças e desenvolver a verdadeira coexistência pessoal, social, científica, religiosa, ética.
Eu deveria remover abusos e vícios que anulam a diferenças. Perverter a diferença é uma atitude que degrada a pessoa.
Valorizar o diferente e os diferentes implica tratar com cortesia, saber interagir, trabalhar juntos, respeitar...

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Deus me criou “diferente” e é na “diferença” que Ele vem ao meu encontro como chance de enriquecimento vital e de intercâmbio criativo.
Deixar-me surpreender pelo Deus da vida que rompe esquemas, crenças, legalismos, bolhas.
Perceber o que prevalece em mim diante de quem pensa, sente e ama de maneira “diferente”. Intolerância, sectarismo, preconceito, mixo-fobia (medo de se misturar), xenofobia (medo do estrangeiro); ou acolhida, proximidade, convivência...

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 16,13-19
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão: 0pção 01
Música: São Pedro – Fx 04
Autor: Pe. Geraldo C. da Silva e pe. Joãzinho, scj
Intérprete: Toninho e Jonas
CD: Santos do Povo
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 02:46

Sugestão: 0pção 02
Música: São Paulo – Fx 06
Autor: Pe. Geraldo C. da Silva
Intérprete: Silvio Brito
CD: Santos do Povo
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 04:20

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