terça-feira, 2 de julho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/07/2019

ANO C


Mt 8,23-27

Comentário do Evangelho

“Por que tanto medo, homens de pouca fé?”

Jesus entra no barco seguido por seus discípulos para fazer uma travessia à outra margem do Lago (cf. v. 18). A travessia é feita de surpresa, pois ela pode ser dificultada pelos ventos que levantam as ondas, as quais ameaçam o barco e seus ocupantes (v. 24). No universo simbólico da tradição bíblica, o mar evoca o mal e a morte. Enquanto Jesus dorme (ver: Jn 1,4-6), os discípulos se apavoram: “Senhor, salva-nos, estamos perecendo!” (v. 25). A menção de que Jesus dormia pode aludir à sua morte. Ao discípulo é exigida confiança, não importa em que situação: “Por que tanto medo, homens de pouca fé?” (v. 26). O medo é contrário à fé. E o discípulo só será plenamente livre quando superar, pela fé, o medo da morte. Jesus repreende o mar como se estivesse expulsando um demônio (cf. Mc 1,21-28). Sua palavra é eficaz como é eficaz a Palavra de Deus, que domina sobre as ondas do mar (Sl 68[67],2; Sl 89[88],10). O Senhor acordado do seu sono domina o mal, vence a morte; sua presença dá segurança, pois a sua vitória permite continuar a travessia, a peregrinação pela história. Mas “quem é este que até os ventos e o mar obedecem?” (v. 27). Cabe a cada um que se encontra diante do Senhor responder.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
Fonte: Paulinas em 02/07/2013

Vivendo a Palavra

A sabedoria da Igreja faz repetir algumas vezes este texto evangélico para iluminar o nosso caminho nesta vida, não poucas vezes parecido com aquela barca no mar agitado. Isto para que nos lembremos com gratidão e confiança que o Mestre está conosco na viagem e podemos confiar no seu poder e cuidado com todos os peregrinos que somos nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

Discípulos de Jesus, nós não somos retirados do mundo, mas estamos inseridos nele e, como todos os seres humanos, estamos sujeitos às alegrias e dores naturais. Diferente e especial deve ser a nossa reação diante dos inevitáveis da vida: devemos aceitá-los, vivê-los plenamente, e sentir neles os sinais da presença amorosa do Pai que é rico em misericórdia.

Reflexão

A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza.
Fonte: CNBB em 02/07/2013

Reflexão

Há neste episódio um contraste que chama a atenção. Por um lado, a barca (figura da Igreja) é tomada por “violenta tempestade”, a ponto de quase afundar; por outro lado, Jesus dorme. Seria o sono de Jesus fruto de cansaço ou oportunidade para revelar-se aos discípulos como Messias, o Filho de Deus? Uma travessia em águas agitadas serviu para Jesus manifestar seu poder sobre as forças da natureza e revelar sua real identidade. A lição parece clara: precisamos fazer de Jesus nosso companheiro de caminhada (e missão). Cientes de que ele está conosco, não há por que temer os contratempos. Se a ele recorrermos com fé, ele fará reinar uma “grande calmaria” onde antes havia ameaçadora tempestade. Mensagem de esperança para a Igreja de todos os tempos e lugares.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Consegue crer que Jesus está a seu lado sustentando sua caminhada? - Nas tempestades da vida, segura firme em Deus? - Consegue abandonar-se nas mãos de Deus? - Lembre-se de alguém que vive intensamente sua fé. E Deus o confortará. - Reze: Aumentai, Senhor, minha fé!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 02/07/2013

Meditando o evangelho

HOMENS FRACOS NA FÉ!

A cena da tempestade acalmada retrata a vida do discípulo às voltas com as dificuldades e os desafios que sua opção comporta. Engana-se quem imagina poder seguir o Mestre Jesus na mais perfeita tranqüilidade, sem correr o risco de enfrentar perseguições e contrariedades. Nestas horas, é preciso recordar-se que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos venham a sucumbir.
Uma leitura simbólica do texto bíblico permite-nos tirar uma lição: entrar na barca com o Mestre, corresponde a "embarcar" na vida dele.
A barca simboliza a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus, dispostos a partilhar sua missão e seu destino. A tempestade aponta para as grandes crises a que a Igreja é submetida, ao longo de sua existência, de forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos. O grito desesperado dos discípulos assemelha-se à súplica constante da Igreja, carente de proteção: "Senhor, tem piedade de nós!" A bonança do mar aponta para a paz que só ele pode dar à sua Igreja. Uma paz, porém, não isenta de toda sorte de provações, pois, seguir Jesus é escolher um caminho arriscado e tormentoso.
Sem uma fé sólida, o discípulo não tem como perseverar no seguimento do Mestre. E sentir-se-á como se estivesse sempre a ponto de perecer. Só na fé encontrará força para continuar.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito que robustece a fé, dá-me uma fé firme, que não deixe temer as provações que a condição de discípulo comporta.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. UMA FÉ PEQUENINA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A experiência de estar numa barquinha, em meio a uma forte tempestade, serviu para testar a profundidade da fé dos discípulos. E provou ser ainda muito pequena, como declarou Jesus.
A presença serena do Senhor, dormindo tranqüilo, mesmo estando a barca para ser engolida pelas ondas, não foi bastante para criar no coração dos discípulos a certeza de que não afundariam. No desespero, acordaram Jesus pedindo para livrá-los da morte iminente. Jesus os censurou por terem demonstrado uma fé tão incipiente.
A barquinha em meio à tormenta retratava a vida das primitivas comunidades cristãs. Elas corriam o risco de serem tragadas pelas ondas das perseguições e dificuldades que afloravam de toda parte. A primeira reação era a de desesperar-se e pensar que estava tudo perdido e não seriam capazes de fazer frente àquela situação.
Entretanto, elas não se davam conta da presença discreta, mas efetiva, do Senhor em seu meio. O Ressuscitado não havia deixado os seus entregues à própria sorte. Pelo contrário, ele estava aí, participando da sorte da comunidade e garantindo sua sobrevivência. Jamais as pressões dos inimigos e perseguidores seriam suficientemente fortes para por abaixo a comunidade. O medo não se justificava. O Senhor estava com sua comunidade.
Oração
Senhor Jesus, nos momentos de dificuldades, que eu saiba reconhecer tua presença discreta junto de mim dando-me coragem e alento.
Fonte: NPD Brasil em 02/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Igreja de Cristo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O evangelista Mateus escreve para judeus e por isso, podemos imaginar o drama que viviam os Judeus prosélitos convertidos ao cristianismo no primeiro século.
Primeiro a pressão dos Judeus tradicionalistas, que apenas viam o Cristianismo como uma seita. Em lugar do eixo teológico da antiga Aliança, que girava em torno da Lei de Moisés, o apóstolo Paulo torna a Fé Cristocêntrica, quando proclama que a Fé na Graça de Deus manifestada em Jesus é o que basta para a Salvação, e não o cumprimento da Lei. Nossas comunidades cristãs da atualidade sentem também a todo momento grandes dificuldades para testemunhar o Evangelho em meio a um mundo paganizado. Tem-se ás vezes a impressão de que o Cristianismo não irá sobreviver e que é melhor ceder a pós modernidade e seus valores tidos como essenciais. Quem salva não é Deus mas o homem com sua ciência, tecnologia, avanço científico. As acusações de que o Cristianismo é uma Velharia cheirando a mofo, com sua doutrina, sempre é feita, quando os Pastores da Igreja se pronunciam contra algo ditado pelo homem da pós modernidade e há mesmo, aqueles cristãos que não resistem e abandonam o barco, a procura de um Cristianismo que não seja tão exigente no campo da ética e da moral, e que tenha como referência as necessidades do homem e não o Evangelho, o Magistério e a Tradição da Igreja.
Por outro lado os problemas internos das comunidades e da própria Igreja, parece que a barquinha vai acabar não resistindo... E Jesus Cristo, nosso Deus, que instituiu a Igreja, não está vendo essa situação? Não vai tomar nenhuma atitude para confirmar a sua Igreja? Será que vai deixar a barquinha afundar? Esse questionamento os cristãos daquelas primeiras comunidades já faziam. Parece que nosso Deus está dormindo...
O evangelho mostra uma coisa de maneira muito clara, a última palavra não será das forças do mal que querem acabar com a Igreja, mas de Jesus. Ele manda o vento e o mar se calarem e eles obedecem. A mensagem é simples: Não há neste mundo nenhuma Força Maligna capaz de acabar com a Igreja de Cristo.
Um pouco depois da Reforma Protestante, já no Século XVII, um Pastor Protestante de grande sabedoria no campo das pesquisas, desafiou o Papa para que ele abrisse os arquivos secretos do Vaticano, para que ele desmascarasse a Igreja mostrando a corrupção dos Papas. Mas, ao terminar sua pesquisa, ele quis uma audiência com o Papa, que deu todo o apoio para suas pesquisas, e nesta audiência manifestou a sua decisão de tornar-se Católico e quando o Papa admirado lhe questionou o por que da decisão, ele respondeu “Concluiu que esta é a verdadeira Igreja de Cristo, porque nem mesmo os Papas conseguiram acabar com ela, com seus numerosos pecados e escândalos”, respondeu o novo católico.

2. Quem é este?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Houve uma grande tempestade no mar da Galileia. Jesus dormia. Os discípulos o acordaram. Eles estavam com muito medo, e com razão. Estavam perecendo. Por que tanto medo? Eles não tinham fé? Jesus não estava com eles? Estava dormindo, mas era ele quem estava lá. Jesus acorda, fala com os discípulos e fala com o vento e o mar. Repreende os ventos e o mar como se fossem pessoas, e eles se acalmam. Repreende também os discípulos pelo grande medo e pela fé pequena que demonstraram. Quem é esse Jesus que tem autoridade sobre os ventos e o mar? Quem é ele, vamos descobrindo aos poucos, mas já sabemos que ele tem autoridade sobre os elementos da natureza. E quando a tempestade acontece dentro de nós? Os relacionamentos vão mal e não me sinto bem! Posso também gritar: “Senhor, salva-me, que estou perecendo”? No lago, o vento e o mar se acalmaram. Haverá também calmaria em nosso coração? Dizia Santo Agostinho que, enquanto não descansar em Deus, o nosso coração estará irrequieto. Precisamos ouvir a voz de Jesus, mesmo se for de repreensão pela nossa pouca fé. Bom será ouvir: “Sou eu. Não tenha medo”. Mesmo se estiver dormindo, ele está por perto. Diz o salmista que “não dorme nem cochila aquele que guarda Israel”. Jesus parece dormir, mas está atento.

HOMILIA DIÁRIA

Acalme o seu coração

Acalme o seu coração, silencie a sua alma, repouse-a em Deus, deixe os cuidados da sua vida para o Senhor, para que Ele cuide de você.

Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: ‘Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!’” (Mt 8,25).

É um grito desesperador de alguém que está em alto mar, envolto em tempestades, com a vida agitada e até em perigo, dizendo: “Senhor, acorda! Senhor salva-nos, vem em nosso socorro, vem em nosso auxilio”.
Pode ser que essa seja a situação da nossa alma nesse momento. Às vezes, estamos envolto em aflições terríveis, o mar da nossa vida está agitado demais e nós achamos que Deus está dormindo, que Ele não vem em nosso socorro, porque Ele não olha para nós. Muito pelo contrário, meus irmãos! Deus está olhando para nós com todo o Seu amor misericordioso.
O problema não é o Senhor, mas somos nós que nos agitamos por qualquer coisa. O problema é o nosso coração, que se deixa agitar por qualquer mar, por qualquer vento, por qualquer tempestade.
Acalme o seu coração, silencie a sua alma, repouse-a em Deus, deixe os cuidados da sua vida para o Senhor, para que Ele cuide de você. Não deixe sua alma agitada pelas situações da vida, pelas contrariedades, pelas preocupações que a vida nos traz a cada dia; pelo contrário, mande que todos esses males, que estão agitados, se acalmem dentro de você.
O que nós precisamos é da serenidade para que a graça de Deus atue em nossa vida. No dia de hoje, quero olhar para você e lhe pedir: “Olhe para Jesus e peça: ‘Senhor, acalme o meu coração para que eu faça a Sua vontade’”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 02/07/2013

Oração Final
Pai Santo, quando as águas revoltas do mar da vida estiverem nos enchendo de medo, faze com que nos lembremos de segurar a tua Mão salvadora. Assim protegidos, nós seremos para os peregrinos que marcham conosco fonte de Paz e de Confiança. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a nossa fé em teu Amor se manifeste aos irmãos como firme confiança na tua proteção; na coragem para percorrer os trechos mais difíceis da nossa caminhada; e na solidariedade para com todos os seres desta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada, desfrutada e partilhada fraternalmente. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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