segunda-feira, 8 de julho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 09/07/2019

ANO C


Mt 9,32-38

Comentário do Evangelho

“Nunca se viu coisa igual em Israel”

O nosso texto começa evocando o episódio da cena de dois cegos. Agora, é a vez de um mudo. A mudez era, segundo a mentalidade da época, atribuída a um demônio. O mal, é verdade, impede de falar bem, distorce as palavras, impede de proclamar as maravilhas de Deus. Mateus não descreve como se deu a cura; limita-se a observar que “expulso o demônio, o mudo começou a falar”. Tendo presente Isaías 35,5-6, a cena de um mudo é um sinal dos tempos messiânicos.
O contraste entre a reação da multidão (v. 33: “Nunca se viu coisa igual em Israel”) e dos fariseus (v. 34) é visado pelo evangelista. Enquanto a multidão reconhece a novidade, já os fariseus, ícones da resistência a Jesus, proclamam, pela estreiteza de visão, que em Jesus não há nada de novo, ao contrário, ele é instrumento de Satanás.
Os vv. 35-37 preparam o relato do envio dos Doze e o discurso missionário (Mt 10).
O v. 35 é um sumário, um resumo, da atividade de Jesus. Por onde passa, o Senhor vai libertando o ser humano de seus males para que possa viver. A sua própria vida é proclamação e testemunho da proximidade do Reino de Deus. Esta Boa-Notícia se realiza pela palavra e pela ação de Jesus em favor das pessoas. É a compaixão que leva Jesus a ir ao encontro das pessoas e a se deixar encontrar por elas. É com este mesmo sentimento que os Doze deverão realizar a missão que receberão do Senhor.
Necessitarão de mais trabalhadores para socorrer a todos, por isso, é preciso suplicar Àquele que conhece os corações para que conceda a ajuda adequada.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: Paulinas em 09/07/2013

Vivendo a Palavra

Não foi assim apenas no tempo de Jesus: as ovelhas continuam buscando pastores. A nós, Igreja do Pai Misericordioso, Povo de Deus, cabe o cuidado dos irmãos. Sonhamos ser como os cristãos da origem: eles tinham tudo em comum, dividiam seus bens com generosidade e alegria. Eram unidos na oração e na partilha do pão.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

Não foi assim apenas no tempo de Jesus: as ovelhas continuam buscando pastores. A nós, Igreja do Pai Misericordioso, Povo de Deus, cabe o cuidado dos irmãos. Sonhamos ser como os cristãos da origem: eles tinham tudo em comum, dividiam seus bens com generosidade e alegria. Eram unidos na oração e na partilha do pão.

Reflexão

Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho evangelizador. O Evangelho de hoje nos mostra que não deve ser essa a atitude dos discípulos de Jesus. Quando Jesus realiza a expulsão de um demônio, é caluniado, pois afirmam que é pelo poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem.
Fonte: CNBB em 09/07/2013

Reflexão

Encontramos aqui várias expressões da atividade missionária de Jesus: ele cura um endemoninhado mudo e também “toda doença e toda enfermidade”; ensina nas sinagogas; prega o Evangelho nas cidades e vilarejos; enche-se de compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”. Acolhe de bom grado as aclamações do povo. Ouve a absurda acusação de que ele expulsa demônio com a força do chefe dos demônios. Um trabalho intenso que empenha Jesus por inteiro: a saúde, a inteligência, a habilidade para se comunicar e, em todas as circunstâncias, sua bondade e misericórdia derramadas copiosamente sobre as multidões que vivem “como ovelhas sem pastor”. Nada mais natural que Jesus sinta e expresse a necessidade e a urgência de outros trabalhadores para a colheita. Recomenda que os peçamos ao Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Jesus agia por amor e misericórdia. Relaciono-me com meu próximo por amor verdadeiro? - Jesus nos convoca para sermos trabalhadores da messe. Que missao exerço? - São muitos os que vivem cansados, abandonados e abatidos? - Encontro pessoas desanimadas e abatidas? Posso fazer alguma coisa por elas? - Tenho ajudado alguém pelo menos escutando e acolhendo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Satuário em 09/07/2013

Meditando o evangelho

REAÇÕES CONTRADITÓRIAS

Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do modo como eram acolhidos.
A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus. A benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele. E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A COMPAIXÃO DO PASTOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Em suas andanças, Jesus esteve sempre muito atento às pessoas e às suas necessidades. O sofrimento da humanidade mantinha-o em contínuo alerta. Sua reação natural era a de ir ao encontro dos sofredores, revelando a solidariedade de Deus para com eles.
Quando as multidões exclamavam estupefatas – "Nunca se viu coisa semelhante em Israel!" –, estavam reagindo diante do testemunho de misericórdia de Jesus. E esse testemunho era algo, até então, desconhecido. Mas também quando os fariseus acusavam-no de "expulsar os demônios pelo poder do príncipe dos demônios", mostravam-se incapazes de compreender como alguém podia ser tão misericordioso e cheio de compaixão. Por não conseguirem discernir o dedo de Deus na ação de Jesus, optavam por acusá-lo de conluio com Satanás.
A preocupação com as multidões cansadas e abatidas levava o Mestre a desejar que o Pai enviasse muitas outras pessoas para cuidar delas. Como ele, os operários da messe deveriam caracterizar-se pela capacidade de compadecer-se do sofrimento alheio, sendo, efetivamente, solidários com os sofredores. Era necessário que muitas outras pessoas se interessassem pelo rebanho. Portanto, muitos deveriam compartilhar a missão de Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: NPD Brasil em 09/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Diálogo com Mateus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___ Hei  São Mateus, parece que neste seu evangelho os ensinamentos estão todos misturados, isso é, com assuntos diferentes.
São Mateus‑____Vejamos então o final do evangelho “ A Messe é grande mas os operários são poucos...”. O que faz primariamente os operários na Messe do Senhor?

___Bom, eles são anunciadores do Evangelho e do Reino...
São Mateus___ Está vendo? O evangelho começa a falar de um mudo que foi curado por Jesus e que, quando começou a falar, causou admiração no povo....Ele não falava de qualquer coisa mas anunciava a Boa Nova do Evangelho que o libertara da mudez...

___Então, os operários são poucos, porque a maioria não conhece as maravilhas de Deus e por isso estão “mudos”, não fizeram ainda essa experiência libertadora com Jesus?
São Mateus___ Isso mesmo, os poucos que têm, não atendem a demanda, as pessoas querem conhecer algo novo, querem ser libertas e terem algo a anunciar. Se os cristãos não anunciarem, quem irá anunciar?

____Bom, só falta uma coisinha São Mateus... E esse versículo que fala sobre este sentimento de compaixão de Jesus em relação á multidão?
São Mateus ___Jesus nosso Senhor e Mestre, presta atenção nas pessoas, não as vê como consumidoras de um produto, mas tem sensibilidade para perceber do que elas precisam. Por isso é movido de compaixão, sofre junto com elas, mas também junto com elas busca algo que as encante,  que dê sentido á sua vida.

____Tudo bem, mas aí no caso, só ele sozinho dava conta do recado! Se eram como ovelhas sem pastor, agora têm diante de si o melhor de todos os pastores. Por que o apelo para Deus envie mais operários?
São Mateus ____Essa multidão que Jesus vê e pela qual sente compaixão, é toda humanidade, a do seu tempo, anterior a ele, e a humanidade futura, que precisa ter uma esperança nova, algo inédito que lhes mude a existência.E aí é que entra a Igreja presente no mundo aí no ano de 2012. A Igreja, como Jesus, teve ser movida pela compaixão ás pessoas, percebendo que a real necessidade delas, para serem felizes e realizadas, é tomarem a consciência de que são filhas de Deus.

___Pronto São Mateus, fechou o pensamento: nossa Igreja é formada pelos operários que somos cada um de nós, e a nossa missão primeira é trabalhar na grande messe, anunciando o evangelho a todos, porém, nosso método de trabalho, deve ser exatamente igual ao método de Jesus, ter compaixão, sofrer junto com os que sofrem, e perceber suas necessidades básicas onde descubram a Deus que é todo amor, nisso consiste a Boa Nova anunciada.

2. Encheu-se de compaixão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O ser humano, quando quer, encontra meios para negar as evidências. Um desses meios não é desfazer do que é manifesto e não deixa dúvidas, mas do autor. Os fariseus não podiam negar a evidência de um homem mudo que começou a falar quando Jesus o curou. Que meios encontraram para negar o milagre acontecido? Que meios empregaram para defender suas posições? Desfazer do autor. Sim, ele curou o homem mudo, mas foi com o poder do chefe dos demônios! Nos tempos atuais, para não aceitar os fatos, dizemos que alguém é comunista, ou terrorista, ou marginal, ou qualquer coisa que nos livre do compromisso de aceitar a evidência do que está acontecendo. Apesar das críticas dos opositores, precisamos sempre de trabalhadores que se dediquem a fazer o que Jesus queria: que o povo tenha vida e vida em abundância. Trabalhadores de qualidade para um serviço de qualidade. Para qualquer coisa, qualquer um serve. Para a obra de Deus é preciso gente disposta a perseverar com firmeza na obra começada.

HOMILIA DIÁRIA

Escute e proclame as maravilhas do Senhor

Só quem escuta a Palavra de Deus e Suas maravilhas pode proclamar a maravilha d’Ele aos outros.

Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: ‘Nunca se viu coisa igual em Israel’” (Mt 9,33).

O demônio impedia aquele homem de falar. Mas, uma vez que Jesus o expulsou, o homem começou a falar.
Nós, muitas vezes, estamos também mudos, surdos e cegos para as coisas boas, para as coisas de Deus, para aquilo que precisamos proclamar de bem ao nosso próximo.
Você sabe que, se alguém é mudo, é porque ele não pode escutar. E só quem escuta a Palavra de Deus e Suas maravilhas pode proclamar a maravilha d’Ele aos outros. Se estamos fechados em nós mesmos, se não estamos com os ouvidos e o coração abertos para a graça de Deus, nós também não podemos falar desta graça para os outros.
Olhando para Jesus, que pregava o Evangelho do Reino de Deus e ia curando todo tipo de doença e enfermidade pela força da Sua Palavra, nós hoje queremos pedir que o Senhor abra os nossos ouvidos para poder escutar Sua Palavra.
E quando formos tocados por essa Palavra, nós também seremos curados. E tudo aquilo que nos impede, todas as forças malignas que possam estar agindo em nós, em nossa casa ou em nosso meio, saia de nós e, assim, possamos proclamar para outros o Reino de Deus.
Que o Senhor abra os nossos ouvidos, mas abra também os nossos lábios para que, em todo canto, proclamemos as maravilhas do Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 09/07/2013

Oração Final
Pai Santo, aceita-me como operário da tua vinha. Ensina-me a desenvolver os dons que me deste para que eu os coloque a serviço dos irmãos. Dá-me coragem e generosidade para a partilha do que tenho, mas principalmente do que sou. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aceita-me como operário da tua vinha. Ensina-me a desenvolver os dons que me emprestaste para que eu os coloque a serviço dos irmãos. Dá-me coragem e generosidade para a partilha do que tenho e, principalmente, do que sou. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e meu Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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