quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/02/2019

ANO C


Mc 6,14-29

Comentário do Evangelho

A fama de Jesus se espalhara

Quem não tinha ouvido falar de Jesus? Até Herodes o tinha! A fama de Jesus se espalhara (Mc 1,28). Se todo mundo falava e ouvia falar de Jesus, não havia unanimidade no que concerne a sua verdadeira identidade. O "fantasma" da morte de João perturbava Herodes, que era, no dizer de Lucas, um criminoso (Lc 3,19). João Batista, podemos dizer, é o primeiro mártir da moral. Por causa da denúncia de adultério de Herodes com Herodíades que ele foi encarcerado e brutalmente assassinado.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 08/02/2013

Vivendo a Palavra

O orgulho de mostrar-se poderoso frente aos convidados levara Herodes a matar João Batista. Seu pecado fazia dele um ser angustiado, que queria ver Jesus, sobre quem todos falavam. História afora muitos têm o mesmo desejo: ver Jesus. Nós fazemos parte deste grupo? Temos nos esforçado para nos aproximar e seguir o Mestre?
Fonte: Arquidiocese BH em 08/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

O orgulho de mostrar-se poderoso frente aos convidados levara Herodes a matar João Batista. Seu pecado fazia dele um ser angustiado, que queria ver Jesus, sobre quem todos falavam. História afora muitos têm o mesmo desejo: ver Jesus. Nós fazemos parte deste grupo? Qual é o nosso objetivo de vida? Nós nos esforçamos para chegar perto de Jesus para segui-lo como nosso Mestre?

Reflexão

Todas as pessoas que participam da missão de Jesus, participam também do seu tríplice múnus: sacerdotal, profético e real. Participam do sacerdócio de Cristo através da busca da santificação pessoal e comunitária, da oração, da intercessão, etc. Participa do múnus profético através da palavra que denuncia o pecado e anuncia o Reino e participa do múnus régio pelo serviço aos irmãos e irmãs. A participação no múnus profético exige compromisso com a verdade e os valores morais, que atrai a ira de todos os que são contrários à proposta de Jesus, e, como no caso de João Batista, acarreta em ódio, vingança, perseguição e pode até levar à morte.
Fonte: CNBB em 08/02/2013

Reflexão

Os três primeiros versículos introduzem a circunstância da morte de João Batista. Herodes manda matar João, que ele mesmo havia acorrentado no cárcere. Motivo? O que João havia feito de grave para merecer trágico fim? João Batista procurava ser coerente com a Lei e com a verdade, apontando os erros dos poderosos e do próprio casal real (adultério), e pondo em risco o poder político de Herodes. O prepotente Herodes manda tirar a vida do Batista, durante um banquete que ele oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UM MÁRTIR DA VERDADE

A liberdade com a qual Jesus pregava levou-o a ser confundido com João Batista. A corte do rei Herodes, por exemplo, quando ouviu falar a respeito de Jesus, pensou tratar-se de João Batista ressuscitado, operando maravilhas.
João Batista se tornara conhecido pela sua defesa intransigente da verdade. Nem o rei escapou de ser denunciado, quando, de maneira arbitrária, tomou para si a mulher de seu irmão. O profeta João não hesitou de lançar-lhe em face não ser permitido conservar para si aquela que não lhe pertencia.
Sua figura frágil não se intimidou diante da fúria de rei e de sua concubina. Ele não podia pactuar com o pecado de quem quer que fosse. E não temia pagar o preço de sua liberdade. Ele devia fidelidade somente a Deus.
O destino de João chamava a atenção para o destino de Jesus e de seus discípulos. Eles deveriam contar com a rejeição e a morte, especialmente, quando o serviço do Reino os confrontasse com a prepotência dos poderosos. A atitude firme e corajosa do Batista serviria de modelo inspirador. Assim como ele não se curvou diante da iniqüidade do rei, Jesus também não se curvaria. Os discípulos deveriam tomar esta atitude como modelo. O serviço do Reino comporta o testemunho da verdade, mesmo com o risco de perder a vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, seja o testemunho de liberdade e coragem demonstrado por João fonte de inspiração para minha caminhada de discípulo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Preço do Pecado
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Evangelho nos mostra a conturbada relação de Herodes com Jesus. Claro que não há uma cronologia sequencial dos fatos aqui expostos, o que o evangelista ressalta muito bem é que os Poderosos desse mundo, aqui representados por Herodes, sempre se colocam acima de qualquer poder, mesmo o Divino, como donos absolutos da Vida podendo manipula-la á vontade, sempre é claro a seu favor.
Herodes não acreditava naquela onda de que o Batista, que ele mandara decapitar, atendendo o desejo de Salomé, a filha de sua amante Herodíades, teria ressuscitado em Jesus e voltara a vida para provocá-lo.
E qual é o pecado de Herodes? Exatamente o de colocar-se acima de Deus enquanto Rei, e mesmo que aprecie a quem prega, não pode voltar atrás em sua palavra, pois jurou durante um banquete no dia do seu aniversário. Celebrou a Vida decretando a morte do Justo que ousara denunciar o seu pecado de adultério.
A Eucaristia é um Banquete bem diferente do Banquete de Herodes, nela Jesus oferece a própria Vida para que toda Humanidade a tenha em abundância. Diferente de Herodes, Jesus mantém a sua Palavra, mesmo que isso represente perder a própria Vida. Se permanecesse fiel as Palavras de João Batista a quem tanto admirava, compreenderia que no Reino de Jesus, só ganha quem perde.
O homem da pós-modernidade conhece Jesus Cristo, o seu evangelho e o seu Reino, admira os valores cristãos e até os acha belos enquanto ideal de Vida, mas no momento em que, para decidir radicalmente a favor do Reino, correr o risco de perder algo, como Herodes prefere que prevaleça a mentira, a infidelidade e a morte do Justo, relativizando Jesus Cristo e seus ensinamentos, porque o seu egocentrismo só o leva a ver como absoluto seus interesses.
Os governantes e os legisladores do mundo, muitas vezes agem desse modo, decretando a morte do Justo, porque o seu testemunho é uma séria ameaça ao poder que ocupam. E assim, o banquete de morte se repete em todas as esferas, pois há sempre uma Herodíades caprichosa, querendo a cabeça dos que vivem e anunciam a Verdade Absoluta.

2. João Batista, um homem justo e santo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Além da questão com Herodíades, Herodes tinha medo da influência de João Batista sobre o povo que o ouvia.

HOMILIA DIÁRIA

Orientados por quem e para quê?

Postado por: homilia
fevereiro 8th, 2013

O Evangelho em Mc 6, 14-29 nos apresenta a surpreendente e, ao mesmo tempo, espantosa motivação da morte do Precursor do Messias, o qual comparou João Batista e indicou-lhe como marco do Reino combatido e como o cumprimento do retorno de Elias: «A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo. Pois João foi o tempo das profecias – de todos os Profetas e da Lei. E, se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos ouça» (Mt 11, 12).
Infelizmente Herodes, Herodíades e sua filha “Herodoida” (para não ficar sem nome), não quiseram acolher e seguir os sinais de Deus, ou seja, tendo ouvidos não quiseram ouvir o Senhor por intermédio do profeta. Também o Evangelho, longe de fazer da ignorância um “oitavo sacramento”, demonstra o quanto o desconhecimento verdadeiro do rosto de Deus, em Cristo, é e será sempre um grande prejuízo ao ser humano. Assim testemunha o Evangelho: «O rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o nome dele tinha-se tornado muito conhecido. Alguns até diziam…» (Mc 6, 14).
O nome de Jesus é poderoso e salva quando entendido como a Pessoa de Cristo sendo reconhecida, e não reduzido a uma mera “informação” que entra pelos ouvidos e para na memória. “Conhecer” e “reconhecer”, na Bíblia, traduz uma experiência e uma relação que envolve pessoas. Para isto precisamos de fé e muito auxílio do Espírito Santo de Deus, o qual nunca faltou para quem quer que fosse, em todos os tempos e lugares.
Mas quem recusa o Deus que fala em nossa consciência, antes de tudo, vai endurecendo o coração e o ouvido para a Palavra e os Seus servos, por isso a família de Herodes – que necessitava urgentemente de salvação – foi se fechando ao verdadeiro amor do Pai, disposto a restaurar a sociedade a partir de cada pessoa e família.
João Batista, docilmente, foi somente profeta para eles: «Pois João vivia dizendo a Herodes: ‘Não te é permitido ter a mulher do teu irmão’. Por isso Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes temia João, sabendo que era homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado» (Mc 6, 18-20). Donde nasceu tanta violência contra um profeta do Reino de Deus? Até onde foi o gosto de Herodes pela escuta da vontade do Senhor, o seu temor perante um mensageiro de Deus, também para a sua família?
Poderíamos arriscar esta resposta: “Foi até onde começava a entrega às suas paixões desorientadas, no adultério, orgulhosa incapacidade de voltar, apego à própria imagem perante os convidados e a falta de sensibilidade à vida alheia” (cf. Mc 6, 22.26).
É verdade que paixões todos nós as temos, como a Igreja – perita em humanidade – tão bem ensina e expressa no Catecismo: «O termo ‘paixão’ pertence ao patrimônio cristão. Os sentimentos ou paixões são as emoções ou movimentos da sensibilidade. As paixões são componentes naturais do psiquismo humano.
O mais fundamental é o amor, provocado pela atração do bem. O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de alcançá-lo. Este movimento tem o seu termo no prazer. “Amar é querer bem a alguém”. Todos os outros afetos nascem, neste movimento original, do coração do homem para o bem. Só o bem é amado. “As paixões são más se o amor for mau, e boas se ele for bom”» (CIC nºs 1763-1766).
Assim, também nós temos a potencialidade de agirmos como Herodes, Herodíades ou a “Herodoida” se não consagrarmos constantemente as nossas paixões ao Espírito Santo que quer derramar constantemente o verdadeiro amor nos nossos corações (cf. Rm 5,5). Tomados pela Pessoa-Amor, as paixões pessoais e dos outros não nos “endoidarão” ou nos instrumentalizarão, e a paixão fundamental – o amor – conduzirá tudo para o bem.
Sabemos da parte de Deus e de João, que ele acabou prefigurando também, com o seu “injusto” julgamento e morte, o julgamento e morte de Jesus Cristo. No entanto, da parte dos agentes daquele mal fica também o ensinamento para todos os tempos, a começar para mim, que não basta ouvirmos o nome de Jesus nem admirarmos os profetas de Deus, tampouco gostarmos de ouvi-los, É preciso transcendermos os meios e ficarmos com o essencial anunciado: a Palavra de Deus obedecida com a vida e a morte!
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 08/02/2013

Oração Final
Pai Santo, que a leitura do Evangelho que fazemos não se justifique pela busca de mais conhecimentos ou de cultura, mas que seja uma tentativa sincera de nos aproximarmos de Jesus e de segui-lo pelos caminhos da vida fazendo o bem aos companheiros peregrinos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a leitura do Evangelho que procuramos fazer não se justifique pela curiosidade ou pela busca de conhecimentos, mas que seja uma tentativa sincera de nos aproximarmos de Jesus, aprendermos com Ele, e de segui-lo pelos caminhos da vida fazendo o bem aos companheiros peregrinos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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