quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 07/02/2019

ANO C


Mc 6,7-13

Comentário do Evangelho

A missão exige disponibilidade para partir

É a primeira vez que os Doze são enviados por Jesus. O início da pregação deles é um convite à conversão. É com esse mesmo apelo que Jesus começou o seu ministério público: "Convertei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Aqui se realiza o que já havia sido dito em 3,14-15: "... designou doze. para enviá-los a pregar, com poder de expulsar demônios". As recomendações para a missão requerem dos apóstolos serem livres e não buscarem a própria segurança, nem se apoiarem nos meios, mas na palavra daquele que os envia. O "cajado" e a "sandália" são instrumentos de viagem (cf. Ex 12,11) e implicam disponibilidade para partir. O poder dado aos Doze para expulsar os demônios, e que é participação no poder de Jesus Cristo, é o Espírito Santo, Deus em nós.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho.
Fonte: Paulinas BH em 07/02/2013

Vivendo a Palavra

Não levar nada pelo caminho significa jogar-se de corpo inteiro na aventura maravilhosa do Reino de Deus, entregando a segurança pessoal, representada pela bagagem que carregamos, nas mãos ternas e fortes do Pai, que sabemos ser cheio de misericórdia. Esta ordem do Mestre continua valendo para nós, hoje...
Fonte: Arquidiocese BH em 07/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

Não levar nada pelo caminho significa jogar-se de corpo inteiro nessa aventura maravilhosa de anunciar o Reino de Deus aos irmãos, entregando a segurança pessoal, representada pela bagagem que carregamos, nas mãos ternas e fortes do Pai, que sabemos ser cheio de misericórdia. Esta ordem do Mestre continua valendo para nós, hoje...

Reflexão

Quem é verdadeiramente discípulo de Jesus não deve pensar em si próprio, mas deve viver em função das outras pessoas, preocupar-se com os seus problemas e necessidades, ir ao encontro de todos para levar o Evangelho, a motivação para a conversão e a esperança de uma vida melhor. Nós fomos enviados por Jesus para realizar essa missão. Não devemos levar nada que seja para nós, além do que seja estritamente necessário, pois não devemos nos preocupar com o nosso bem estar, mas sim com o dos nossos irmãos e irmãs. Somente com este espírito é que podemos participar da obra evangelizadora de Cristo.
Fonte: CNBB em 07/02/2013

Reflexão

Jesus envia os Doze em missão e lhes confere “autoridade sobre os espíritos impuros”, isto é, para libertar as pessoas de tudo o que as oprime. Antes da partida, Jesus lhes dá algumas recomendações. Insiste para que não carreguem bagagens inúteis, mas caminhem livres e leves. Precisam confiar na providência divina e na solidariedade humana. Assim, descarta-se qualquer pretensão de superioridade. Aceitem a hospedagem de quem os acolher, também a casa dos pagãos, desprezados pelos judeus. Se houver alguma rejeição, batam a poeira das sandálias: que nada do terreno culposo se apegue aos pregadores da Boa Notícia. Os Doze partiram e “pregavam para que mudassem de vida”. Uma nota própria de Marcos é que os apóstolos ungiam os doentes com óleo e os curavam.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

NUNCA DESANIMAR

Desde o início, os apóstolos foram alertados para contar com contrariedades, no desenrolar da missão. Esta chamada de atenção foi importante para que não ficassem frustrados diante dos insucessos. Os apóstolos do Reino precisam ser realistas. A missão não está encerrada, só por que alguns se mostram refratários à pregação. A reação do apóstolo deve ser seguir adiante, sem deixar esmorecer seu zelo missionário.
Seria incorreto lançar impropérios contra os que não acolhem o missionário. Seria igualmente incorreto desejar para eles o castigo divino.
Foi o que aconteceu, quando os discípulos pediram que Jesus mandasse fogo do céu para consumir os samaritanos que não lhes deram acolhida. O Mestre, porém, proibiu-lhes todo tipo de represália.
Aconselhava-os, no entanto, a fazer um gesto simbólico, caso não fossem acolhidos: sacudir o pó das sandálias, em sinal de protesto. Era o que os judeus costumavam fazer, quando regressavam à Palestina, depois de terem tido contato com cidades pagãs. Esse gesto continha dois significados possíveis: os que se recusam a acolher os apóstolos assemelham-se aos pagãos, e não pertencem ao verdadeiro Israel; os apóstolos não tem mais responsabilidade quanto ao destino do povo daquelas cidades, cuja poeira não querem levar consigo.
Seguindo em frente, os apóstolos recomeçam a missão, sem nunca desanimar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de zelo missionário, ensina-me a superar os desafios da missão, sem deixar-me abater pelos insucessos.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Sagrada Liberdade do Missionário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Uma interpretação equivocada das instruções que Jesus dá aos seus discípulos, ao enviar-lhes em missão, sempre nos dá a impressão de que o Discípulo Missionário é um Mendigo que vive na miséria. Até tivemos na Idade Média o surgimento de algumas ordens mendicantes que Deus suscitou, entre esses religiosos encontramos São Domingos e São Francisco de Assis, mas para ser um sinal a uma Igreja que chegava no ápice do seu poder temporal, alinhando-se com os poderosos do Império.
E qual era o recado da Palavra de Deus por aquele tempo e nos dias de hoje? O mesmo de sempre: o Discípulo Missionário seguidor de Jesus Cristo deve ser totalmente livre, em relação as pessoas, ás coisas materiais e aos bens desse mundo. Quando o coração do Evangelizador está atrelado a algum Bem terreno, seja material, ou símbolo de poder e status, que lhe dê prestígio e fama, a sua pregação cairá no vazio pois não irá convencer a ninguém. Bordão e sandália, os únicos objetos que o Discípulo Missionário poderá ter, segundo o evangelho, são símbolos da transitoriedade dessa Vida, estamos a caminho, fazemos a travessia em busca da terra prometida, tudo aqui é transitório e nada é definitivo nesta vida terrena.
Jesus nunca invadiu com sua Palavra a Vida de alguém, poder para isso ele tem. Poderia fazer o sujeito entrar em transe para assim sob seu domínio, permitir que a Graça e a Palavra de Deus entre em sua vida. Mas a Palavra que é anunciada em total liberdade, deve também ser acolhida com liberdade pelas pessoas, daí a recomendação de não “Forçar a Barra”, ao contrário, seguir o caminho e não levar nem a poeira na sandália, não em sinal de ódio pela rejeição, ao contrário, respeito pela liberdade do outro.
Pregar a penitência é anunciar as pessoas essa necessidade de se abrirem á Palavra de Deus, de se colocarem diante Dele com toda humildade, acolhendo a Palavra e permitindo-se transformar sob sua ação Divina. O Mal presente no coração das pessoas jamais resistirá ao anúncio da Palavra pois nenhum argumento será mais forte e convincente do que o anúncio da Salvação, por isso os demônios são expelidos e a unção com o óleo cura a todos os enfermos.
O Demônio detesta a palavra Liberdade, principalmente a Liberdade do Cristão, que a exemplo de Jesus, se entrega livremente por amor a toda humanidade. Cristo é a única razão de o Cristão tornar-se Discípulo Missionário, qualquer outra razão que não seja essa, será vazia e enganosa...

2. Os doze saíram para proclamar que o povo se convertesse
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus percorre os povoados e ensina. Assim também farão seus discípulos missionários. Jesus chama os Doze e os envia dois a dois para um exercício missionário. O importante é que vão. Podiam ser enviados e não ir. O primeiro passo é ir, sair, andar. Vão transmitir o que aprenderam, o que viram, o que experimentaram junto de Jesus. Caminhantes livres, caminham sem bagagem. Hospedam-se onde forem recebidos. Partem com o poder de Deus, proclamando a conversão, expulsando demônios, ungindo e curando doentes. Fazem como Jesus. Quem não os ouve nem os acolhe dará um dia a razão de sua atitude. Eles mesmos devem seguir adiante. Passagens do Evangelho como esta nos fazem pensar na eclesiologia que inspira nossas ações pastorais. As primeiras intuições devem permanecer, mesmo se os tempos e os lugares forem outros. A ação missionária do discípulo, livre e responsável, não pode ser engessada. É preciso deixar sempre um espaço razoável para o Espírito. Cajado, pão, sacola, dinheiro parecem dispensáveis e são figuras de muitos dos nossos planejamentos, os quais, embora necessários, não podem sufocar o Espírito.

HOMILIA DIÁRIA

Ser livre para a missão

Postado por: homilia
fevereiro 7th, 2013

O chamado – e consequentemente o envio – é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério, o serviço, deve ser entendido numa dimensão comunitária. Pois a Igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Ele os envia em missão, dois a dois, colocando como centro a vida em comunidade na ação missionária. Este foi o espírito do Concílio Vaticano II: a missão na Igreja-comunhão.
A comunhão entre os fiéis – em seus vários estados e estilos de vida – faz com que a Igreja se sinta por dentro da missão de Jesus.
Para Marcos, no Evangelho de hoje, a missão dos Doze – portanto da Igreja hoje – é a mesma missão de Jesus. Cristo nos envia a pregar o Evangelho, a penitência, expulsar os demônios e a curar todas as enfermidades.
Em São Tiago, em lugar dos Doze estão os presbíteros que são os cooperadores na missão dos Doze e em lugar do envio direto de Jesus temos a unção em nome do Senhor, isto é, de Cristo glorioso no Céu. Em nossos dias os cooperadores, os enviados em missão somos todos nós. Leigos ou clérigos. Cristo nos unge e envia em missão para que todos os homens conheçam a Verdade e se salvem.
Ele nos pede, ao nos enviar, a comunhão, simbolizada pelo envio “dois a dois”. Que sejamos despojados de riquezas, ganância, orgulho, avareza e vaidade: nada tomar para o caminho, exceto um bastão, a coerência em uma conduta simples e humilde: não andeis de casa em casa, em uma conduta regida pela liberdade de espírito. Se em algum lugar não os receberem, sair e sacudir o pó dos vossos pés.
Ele ainda nos adverte: Assim como as palavras de Jesus não foram bem acolhidas até pelos próprios parentes, assim também os Doze na missão encontrarão dificuldades. Como não acolheram nem escutaram a Jesus, assim algumas vezes também não escutarão aos Doze. Quando falo dos Doze falo de mim, falo de você. Mas é preciso não perder o fôlego. É preciso que tenhamos bem presente que, com Cristo e em Cristo, somos mais do que vencedores.
Segundo João Paulo II na Exortação Apostólica Redemptoris Missio, a missão confiada à Igreja está muito longe de ser atingida. Estas palavras podem ser pronunciadas em cada geração e em cada época histórica, porque é necessário estar sempre começando.
A única coisa que nesta hora de Deus não podemos fazer é cruzarmos os braços, estar sem fazer nada. Seria uma postura irresponsável e indigna de um bom cristão!
Livres para a missão. Para sermos “missionários” precisamos ser livres. Livres para aceitar esta dimensão própria da vocação cristã. Livres para responder a Deus com generosidade, sem laços de instintos e paixões egoístas; livres para seguir docilmente as luzes e os movimentos do Espírito Santo dentro de nós mesmos.
Precisamos ser livres de todo apego aos bens e meios materiais, para nos apresentarmos com o Evangelho puro, sem alterações, livres de todo orgulho e ânsia de poder, com a consciência clara de que somos servidores do homem.
Precisamos estar equipados somente com um grande amor a Jesus Cristo, nosso modelo; equipados com o Evangelho feito vida; equipados com a confiança em Deus e com a esperança na ação do Espírito Santo no coração dos homens.
Como cristãos, somos chamados a abrir caminhos que para, pelo e por amor rompam as cercas levantadas pelo sistema do poder, que gera ódio, vingança, injustiças, fome e morte de todos os homens e mulheres. E nesta luta não temos dia nem hora. O nosso Guia nos disse: “Meu Pai trabalha todos os dias e eu também trabalho”. Assim sendo, não temos que procurar descanso, a não saber que fazemos a santa vontade de Deus.
Senhor Jesus, ensinai-me a ser generoso, a servir-Vos como Vós o mereceis. A dar-me sem medidas. A trabalhar sem procurar descanso. A gastar-me sem esperar outra recompensa, senão saber que faço a vossa santa vontade. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 07/02/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um olhar de gratidão sobre os bens deste mundo. Ensina-nos a não colocar neles a nossa segurança pessoal, mas a partilhar com os irmãos tudo que nos deste, usando os nossos dons e talentos para minorar as dores dos que sofrem Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um olhar de gratidão sobre os bens deste mundo. Ensina-nos a não colocar neles a nossa segurança pessoal, mas a partilhar com os irmãos tudo que nos emprestaste, usando os nossos bens materiais, dons e talentos para minorar as dores dos que sofrem. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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