sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/02/2019

ANO C


Mc 9,2-13

Comentário do Evangelho

Revelação do Deus de amor

O "alto de uma montanha, a sós" é o interior do coração onde se dá a comunicação divina. É aí que Jesus procura entrar e revelar-se, vencendo as barreiras das ideologias tradicionais. E é lentamente que os discípulos vão compreendendo a novidade de Jesus. O simbolismo da sua figura "muito brilhante e tão branca" indica a condição divina presente em Jesus, não percebida aos olhos vulgares. "Filho de Deus" era o título usado pelos poderosos, reis e faraós, que legitimavam seu abuso de poder e a opressão sobre o povo em nome de Deus, como seu representante ou seu próprio filho na terra. Nesse sentido foi elaborada a tradição davídica que originou as expectativas messiânicas sob várias formas. Contudo, Jesus, "o meu Filho amado", não tem este caráter messiânico. Ele é a revelação do Deus amor, misericórdia e serviço. É a base do projeto de um mundo novo possível, onde a fraternidade e a partilha sejam os laços fundamentais de relacionamento social. Sem esquecer que a natureza, a montanha, as nuvens, os campos, vales e rios participam harmoniosamente deste projeto. A transfiguração não é uma "ida e volta" à glória futura, mas uma transparência do caráter divino e glorioso de Jesus humano, manso e humilde de coração. A questão é a percepção da realidade atual da humanidade revestida da divindade, mesmo que vulnerável ao sofrimento e à morte. Jesus já é portador da glória do Pai e da vida eterna, e esta glória é comunicada a todos que o seguem.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.
Fonte: Paulinas em 04/03/2012

Comentário do Evangelho

A ação de Deus na vida de Jesus

O relato da transfiguração é uma prolepse da ressurreição de Jesus Cristo e uma ocasião para a afirmação, da parte do Pai, da filiação divina de Jesus. É sobre uma montanha que Jesus sobe com três dos seus discípulos. A montanha é, para a tradição bíblica, o lugar da revelação de Deus e de seus desígnios (cf. Ex 3,1ss). Os seis dias mencionados no início do relato referem-se à conversa de Jesus com os discípulos e a multidão, cujo tema central era o seu destino pessoal. O passivo divino “foi transfigurado” indica que foi Deus quem transfigurou o seu Filho bem amado. A ação de Deus na vida de Jesus tem um reflexo luminoso que atinge todo o seu ser, e que tem reflexo no corpo, através do qual a pessoa é reconhecida na sua identidade pessoal e inalienável. As presenças de Elias e Moisés, na glória de Deus, conversando com Jesus apontam para a ressurreição de Jesus e indicam que todo o Antigo Testamento dá testemunho do que será, em seguida, dito pela voz celeste, a saber, que Jesus é o Filho de Deus. A palavra de Pedro a Jesus é a reação dele diante do acontecido; aos discípulos significa acolherem a revelação da divindade e filiação divina de Jesus. Para a comunidade cristã que lê o relato é exigida a escuta de Jesus, pois é através dela que se chega a conhecer o mistério de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação de tua transfiguração me prepare para contemplar tua crucifixão, seguro de que és o Filho amado de Deus.
Fonte: Paulinas em 06/08/2015

Vivendo a Palavra

Pedro, Tiago e João experimentam um instante da glória do Cristo, enquanto se preparam para viver o difícil caminho da paixão e morte de Jesus. Tenhamos sempre presente que ‘páscoa’ significa ‘passagem’: o caminho da ressurreição passa pela dor, o sofrimento e a morte. Foi assim para Jesus, é assim para os seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2012

VIVENDO A PALAVRA

Nos breves momentos de êxtase em que os apóstolos escolhidos são presenteados com a visão gloriosa de Jesus, eles estão sendo preparados para a aridez que deveriam enfrentar em seguida: a prisão, o julgamento e a morte do Mestre. Também a nossa vida de fé é uma sucessão de situações de doce consolo e de profunda aflição.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Moisés e Elias dialogam com Jesus, mostrando que o Mestre Galileu tem o poder de interpretar a Lei e os Profetas – que são a síntese do Primeiro Testamento. Mais do que interpretar, Jesus viveu plenamente conforme a Vontade do Pai, deixando para nós o exemplo de relações fraternas, que vai muito além da letra da Lei: atinge o seu âmago e cumpre o seu espírito.

Reflexão

A transfiguração nos mostra que Jesus, verdadeiro homem, vive todas as dimensões da existência humana, ou seja, da glória até o sofrimento e a morte. No alto do Monte Tabor, a sua glória torna-se manifesta, porém Jesus está diante de Moisés e Elias, ou seja, diante de todas as profecias que foram feitas em relação a ele, principalmente as que se referem à sua morte e ressurreição. E Jesus nos mostra que a verdadeira realização humana encontra-se em fazer a vontade de Deus, ou seja, amar até o fim. A morte de cruz foi colocada pelos homens como condição para que Jesus amasse até o fim, e Jesus não fugiu do seu compromisso, nos mostrando que é perfeitamente possível cumprir a vontade do Pai até o fim.
Fonte: CNBB em 18/02/2017

Homília

Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

Vejamos em que contexto está inserido o episódio da transfiguração. O Evangelho de Marcos consta claramente de três partes: a primeira, na Galileia, com a formação dos discípulos; a segunda, o caminho para Jerusalém; a terceira, em Jerusalém, com o confronto final, quando os inimigos matam Jesus, mas Deus o ressuscita e manda que os discípulos voltem a se encontrar com ele na Galileia.
O episódio da transfiguração está no início da segunda parte, a caminhada para Jerusalém, para a cruz, para a ressurreição.
No trecho (8,27 a 9,37) em que tem início a caminhada para a cruz-ressurreição, Marcos serve-se do paralelismo entre partes que se correspondem em ordem inversa, de modo semelhante a um sanduíche. Aqui “o sanduíche” teria duas fatias de pão (A e A’), duas de queijo (B e B’) duas folhas de alface ou rodelas de tomate (C e C’) e no miolo a carne. O episódio da transfiguração, inserido no centro das duas sequências paralelas ao inverso, é o miolo do “sanduíche”, o que mostra a sua importância.
Podemos ver isso esquematicamente da seguinte forma:

Pão A. Com os discípulos, Jesus pergunta: “Quem sou eu?” (8,27-30)
Queijo B. Anúncio da paixão. Pedro discorda e é chamado de satanás (8,31-33)
Alface C. Com a multidão. “Quem quiser seguir-me, pegue sua cruz” (8,34-9,1)
Carne D. A transfiguração (9,2-13)
Alface C’. Com a multidão. “Esse demônio, só se vence pela oração (...)(9,14-29)
Queijo B’. Anúncio da paixão. Não entendem, mas não perguntam (9,30-32)
Pão A’. Com os discípulos, eles perguntam: “Quem é o maior?(9,33-37)

O contexto mostrou-nos com clareza que o objetivo da transfiguração é levar os discípulos a acreditar no fracasso da cruz como caminho da vitória, da vida, da ressurreição.
O evangelista não pretende falar da dificuldade dos discípulos de então em aceitar a ideia da morte humilhante de Jesus, fala da consequência principal: ser discípulo, em qualquer tempo, é pegar a cruz e seguir o Mestre! No ambiente de quando o evangelho é escrito certamente já surgia o carreirismo e a disputa pelo poder.
O evangelista não tem a intenção de acusar a incompreensão de Pedro e companheiros, quer falar aos dirigentes e fiéis da Igreja de então, quando o evangelho é escrito. Como diz o pessoal da roça, “está batendo na cangalha para o burro entender!” E queira Deus o burro entenda!
Jesus leva Pedro, Tiago e João. Pedro é aquele que, logo depois de professar a fé em Jesus como Messias, não admite que seja um Messias sofredor, humilhado pelos poderosos. Tiago e João (Mc 10,35-38) pedem a Jesus os primeiros lugares para quando ele chegar à sua glória (o poder?) e, assim, provocam discussões pelo poder entre os doze. “Ah! Espelho meu!” diriam os dirigentes da Igreja quando esse evangelho foi escrito...
Os três precisam de uma boa lição, por isso são levados à montanha, sozinhos, à parte. Já tinham visto Jesus ressuscitar a filha de 12 anos do chefe da sinagoga e serão levados também para acompanhar a oração de Jesus no horto das Oliveiras.
A roupa de Jesus toma um branco excepcional. Veste branca tinha o mesmo significado que tem hoje faixa de campeão ou medalha de ouro: era um distintivo dos vitoriosos nas competições esportivas. Apesar do fracasso aparente, Jesus é o vitorioso!
O Primeiro Testamento, aqui representado por Elias e Moisés, fala de um Messias sofredor, especialmente em quatro poemas do livro de Isaías (1o Is 42,1-7; 2o 49,1-7; 3o 50,4-9; 4o 52,13-53,12). Essa é a conversa de Jesus com a Lei e os profetas, o que aos discípulos parece interessar pouco.
A nuvem, a sombra e também o temor lembram a presença de Deus na manifestação do Sinai. Agora devem ouvir a Jesus, a voz da nova aliança. Eles não estavam suportando ouvi-lo anunciar a própria morte. Nem entendem como se possa falar em ressurreição dos mortos.
No primeiro anúncio da paixão (8,31-33), Pedro quer impedir Jesus de tocar no assunto. No terceiro anúncio (10,35-38), Tiago e João o interrompem para discutir a divisão do poder... Ah! O espelho! “Escutai-o! Escutai-o! Escutai-o!”, diz a voz de Deus.
Pedro, dizendo que ali estava bom, propõe fazer uma cabana para cada um, como faziam os participantes da festa das Tendas. Mas fala por falar, sem saber o que diz.
Depois de os discípulos ouvirem a voz de Deus, Jesus se encontra só; sozinho ele resume toda a Escritura. Os discípulos estão com ele, e mesmo assim parece que continua só.

DICAS PARA REFLEXÃO

– Jesus sozinho resume toda a Escritura, o Primeiro e o Segundo Testamento. Isso não pode ser afirmação gratuita ou mera teoria. Ele resume todas as esperanças do Primeiro Testamento e antecipa a realização do Novo. Escutai-o! Ele só fala de cruz, o que não é tão fácil de entender e pôr em prática. “Nem que a gente vivesse mais duzentos anos acabaria de entender o significado da morte de Jesus”, ouvi de uma pessoa do povo. É preciso todo dia buscar praticar e entender melhor, sabendo que nunca se vai entender completamente. Só a prática melhora o verdadeiro entendimento.
Com os discípulos que só pensam em poder e cargos cada vez mais importantes, ele está sozinho, continua só. Jesus perguntou: “Quem sou eu?”; enquanto isso, os discípulos estão se perguntando: “Quem de nós é o maior?”. Por isso ele continua sozinho.
Ele se transfigura e conversa com a Lei e os profetas para dar segurança aos discípulos na hora da paixão, mas parece que eles não entenderam que a vitória, a ressurreição, devia passar pela morte. Esse caminho é diferente demais, difícil de achar, incompreensível até. Como é que a vitória poderá ser encontrada no último lugar?
– “Rabi, está bom ficarmos aqui!” Contemplando a vitória, não será preciso procurar o caminho. É preciso que venha a voz de Deus para dizer: “Ele é o servo sofredor, escutai-o!” É preciso escutá-lo todos os dias, a todo o momento, senão a gente perde o caminho.
Fonte: Paulus em 04/03/2012

Reflexão

A transfiguração de Jesus é relato presente nos três evangelhos sinóticos. Jesus sobe a montanha junto com três discípulos representativos e se transfigura; sua aparência se transforma e suas vestes ficam brancas. A descrição simboliza a antecipação da glória de Jesus ressuscitado. As personagens, Moisés e Elias, representam a totalidade do Antigo Testamento: Moisés a Lei e Elias os profetas. Pedro, diante de tamanha beleza, se entusiasma e propõe construir tendas e permanecer aí. É a tentação de quem se nega a descer para a planície e deseja fugir dos compromissos e dos problemas cotidianos. A visão não mudou a mentalidade de Pedro, que iguala Jesus, Moisés e Elias, ou seja, mantém o messianismo de Jesus nas categorias do Antigo Testamento. Da nuvem, símbolo da presença divina, sai uma voz, pedindo para que todos escutem o Filho amado. É a Jesus que agora devemos escutar. É ele que nos transforma em novos protagonistas do seu projeto; é ele a nova realidade que revela a presença de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/02/2018

Reflexão

O episódio da transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo Papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua paixão-morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/08/2018

Reflexão

O primeiro anúncio da paixão e morte de Jesus parece ter posto em crise seus discípulos. Por isso, Jesus quer mostrar-lhes que a vida dele não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso. A alta montanha simboliza o lugar da manifestação divina. Jesus para lá se dirige com os três mais representativos entre os apóstolos e se transfigura diante deles. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam, não com os apóstolos, mas com Jesus: o Antigo Testamento não tem mensagem direta aos cristãos; ela deve passar pelo filtro (interpretação) de Jesus. A nuvem é símbolo da presença de Deus. De fato, da nuvem é que vem a voz: “Este é o meu Filho amado: escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem, os apóstolos ficam apenas com Jesus, o único a quem devem ouvir e seguir.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

O MESSIAS TRANSFIGURADO

A convivência com Jesus não foi suficiente para levar os discípulos a compreendê-lo em profundidade. Suas palavras, seu modo de se relacionar com as pessoas e seus gestos miraculosos ofereciam pistas para isso. Esta dinâmica de conhecimento, no entanto, aconteceu de forma lenta e penosa.
Nem sempre os discípulos tiveram suficiente agilidade mental para penetrar na identidade de Jesus. Não seria conveniente que o momento da paixão os encontrasse despreparados.
Correriam o risco de não compreender o verdadeiro sentido da cruz e morte de Jesus.
A experiência da transfiguração foi uma maneira de queimar etapas e colocar os discípulos, de forma transparente, diante da realidade de Jesus. O rosto radiante e as vestes esplendorosas simbolizavam sua santidade. O diálogo com Moisés e Elias situava-o no âmago das Sagradas Escrituras: a Lei e os Profetas apontavam para ele e tinham nele seu centro. Sumamente importante foram as palavras do Pai. Jesus era seu Filho querido, a quem todos deviam dar a máxima atenção. O Filho falaria em seu nome e comunicaria à humanidade seu desígnio de salvação. Ouvir a Jesus corresponderia a estar em contínua relação com Deus.
Revelava-se, desta forma, a verdadeira dimensão da cruz: um ultraje para Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, revela-me, sempre mais, tua verdade profunda, para que eu possa compreender a grandeza do amor que manifestaste na cruz.
Fonte: Dom total em 25/02/2018

Meditando o evangelho

CONTEMPLANDO O RESSUSCITADO

A transfiguração de Jesus, no topo de um monte, prefigura a Ressurreição. Os discípulos escolhidos têm a possibilidade de contemplá-lo na condição de Ressuscitado. Todos os elementos da cena apontam para isto. As vestes resplandecentes, absolutamente brancas, lembram o mundo divino, ao qual Jesus pertence, e evocam alegria e vitória. A presença de Elias e Moisés indica ser Jesus o enviado definitivo do Pai, e também, o esperado na consumação dos tempos. A reação de Pedro é característica de quem faz uma experiência do sobrenatural: querer perpetuar um momento privilegiado de contato com a divindade. A intervenção do Pai, cuja voz faz-se ouvir do meio de uma nuvem, não dá margem para dúvidas. Efetivamente, os discípulos têm diante de si um ser celestial, Filho amado de Deus, a quem devem dar toda atenção. Exatamente, como poderão constatar após a Ressurreição. Por conseguinte, o Jesus, que caminhará para a cruz, não será vítima de uma fatalidade histórica, nem um fracassado que não conseguiu impor o seu projeto. A transfiguração revela sua identidade de Filho amado do Pai, ao qual é absolutamente fiel. A ressurreição deixará patente esse amor. Após a morte ignominiosa de Jesus, na cruz, o Pai exaltará o Filho, ressuscitando-o para a gloriosa imortalidade. Aí a transfiguração não terá fim. E Jesus será glorioso para sempre!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de glória, que eu saiba reconhecer, no Jesus transfigurado, o Filho ressuscitado pelo Pai, cheio de glória e majestade.
Fonte: Dom total em 06/08/2018

Meditando o evangelho

O FILHO GLORIOSO

O prenúncio da paixão, feito por Jesus, deixou confuso o coração dos discípulos. Não conseguiam ligar a perspectiva de sofrimento e morte ao ideal de Messias exaltado que aguardavam. Sem dúvida, uma ponta de suspeita deve ter tomado conta deles: “será que Jesus é mesmo o Messias esperado?”.
A transfiguração mostra a outra face da moeda: o aspecto glorioso de Jesus. Portanto, apresenta-se aos discípulos o desafio de combinar na pessoa do Mestre as duas dimensões. Sua existência era feita de sofrimento e glória, paixão e exaltação. Não dava para fixar-se num só aspecto.
A glória de Jesus manifestava-se por meio dos diversos elementos da cena da transfiguração: a luminosidade resplandecente, as vestes incomparavelmente brancas, a nuvem que envolveu a todos, a presença de Moisés e Elias. Sobretudo, a voz celeste não deixava dúvidas sobre a identidade de Jesus: ele era o Filho amado de Deus, seu maior título de glória.
Apesar de ser filho glorioso de Deus Pai, Jesus não estaria isento de passar pela provação da cruz. A dificuldade de fazer os discípulos entenderem esta realidade em nada alterou o projeto do Mestre. Só depois da Ressurreição é que conseguiriam compreender o fato de brilhar a glória na vida de um Crucificado por fidelidade a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. TRANSFIGURAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A cena da transfiguração contrasta com a perspectiva de sofrimento e morte que aguarda Jesus em Jerusalém, da parte dos chefes religiosos locais.
A narrativa, em estilo apocalíptico, caracterizada por fenômenos espantosos, abalos da natureza, nuvens e voz celestial, que indicam a presença e comunicação de Deus, confirma a filiação divina de Jesus e seu caráter de enviado para anunciar e instruir a todos. Moisés, representante da Lei, e Elias, representante do profetismo, haviam subido à montanha ao encontro de Deus.
Agora, estando Jesus a orar no alto da montanha, Moisés e Elias vêm a ele. O ponto alto é a voz que proclama: "Este é o meu Filho amado. Escutai-o!"
Do ponto de vista de uma interpretação messiânica escatológica, a transfiguração seria o prenúncio da ressurreição, como coroação dos sofrimentos de Jesus em sua Paixão.
Sob outro ponto de vista, pode-se ver na transfiguração a revelação da condição divina de Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, na simplicidade de seu convívio entre nós. Os discípulos devem perceber em Jesus a nova condição humana glorificada pela encarnação do Filho de Deus.
Não se trata de esperar um messias poderoso, mas, sim, de reencontrar a dignidade e a grandeza da condição humana, em tudo que ela tem de justo, bom, verdadeiro e belo. Ao entrarmos em comunhão de amor com Jesus e com o próximo, Deus é glorificado e nos é comunicada sua vida divina e eterna.
Fonte: NPD Brasil em 04/03/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR QUE TRANSFIGURA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tivemos um jovem em nosso grupo, que acabou se tornando médico, recordo-me que após a formatura, a sua turma, vinda de famílias abastadas, como recompensa e merecido descanso, decidiu participar de um cruzeiro internacional, em um navio luxuosíssimo, com hospedagens em hotéis 5 estrelas, mas esse jovem, já formado, retomou contato com a humilde comunidade onde tivera a sua experiência pastoral e ao saber que a mesma fazia atendimento a uma área paupérrima do bairro, se dispôs a conhecer esse trabalho.
Observando uma carência total na área da saúde, ele não teve dúvidas, juntou-se a Pastoral da Saúde e elaborou um cuidadoso plano de ação, e quando seus amigos vieram procurá-lo, para surpresa geral o jovem Doutor abriu mão da fantástica aventura, para dedicar-se nas férias, à comunidade pobre que fazia parte da sua antiga paróquia.
Parece história da “Carochinha”, mas se prestarmos atenção ao nosso redor, vamos encontrar pessoas como esse jovem, que nem sempre saem nos jornais, e que a gente se pergunta, como é que podem existir pessoas assim, que no anonimato abrem mão daquilo que têm, em favor de quem precisa, fazendo um sacrifício, palavra estranha e sem sentido para o homem deste milênio, rodeado de conforto, facilidades, tecnologia, comodidade e bem estar.
Não há nenhuma razão lógica para alguém sacrificar-se assim por um ser humano, aquele jovem poderia primeiro curtir a sua merecida viagem com os amigos e depois, quem sabe, dar um pouco do seu tempo à comunidade pobre, mas aí é que está a diferença, o amor quando é autêntico, nunca se satisfaz em dar apenas um “pouco”.
Entre os jovens ainda é comum a palavra “FICAR”, que significa uma relação sem compromisso, um amorzinho bem vagabundo, desses de quinta categoria, mas quando dois jovens resolvem migrar do simplesmente Eros para o Ágape, daí vamos ter o amor em toda sua beleza e esplendor, amor de primeiríssima qualidade, indestrutível, inseparável, como nos ensina a segunda leitura desse domingo, sempre tolerante, compassivo, disposto a perdoar e a recomeçar, amor que sabe sonhar e construir juntos, na partilha e comunhão de vida, casamento na Igreja supõe tudo isso...
É assim que Deus se revela em Jesus Cristo, é assim que Cristo se revela em quem é capaz (e não precisa ser médico) de renunciar algo valioso, para doar-se aos irmãos, não existe outra forma de amar que não seja o serviço, feito com grande sacrifício, e isso parece algo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado, difícil de ser compreendido pelo coração humano, que hoje é educado para buscar grandezas e ambições, prestígio, fama, sucesso e poder, em um egocentrismo exacerbado.
Como podemos entender o sacrifício de Abraão, que abre mão do Filho da Promessa, tão esperado e sonhado, e que veio em sua velhice, brotado como semente tardia, dom de Deus, da esterilidade de Sara, sua esposa? O Patriarca, ícone das três maiores religiões do planeta, sente em seu coração que o amor á Divindade em quem crê, só se concretiza ofertando algo valiosíssimo,e aqui retomamos o sentido do amor, que não é dar um pouquinho, mas o “tudo”, ou seja, aceitar perder algo, que não se vai mais recuperar...
Na religião da recompensa divina, sempre marcada pela mediocridade, ou nas relações mercantilizadas com as pessoas, se faz na verdade uma barganha, é muito complicado chegarmos a compreensão dessa gratuidade, pois pensamos que somos muito bons e nos doamos até um certo ponto, mas não se pode também exagerar e sair no prejuízo, é esse o grande problema, colocamos sempre um limite no nosso modo de amar, abrimos mão de ganhar alguma coisa, mas ter que perder, aí já é um pouco demais... Amar como Jesus amou, é sempre assumir o risco de uma perda.
Entretanto, quando desenvolvemos em nós essa virtude do evangelho, e aceitamos até perder tudo, estamos nos unindo Aquele que se deu por inteiro, e que para salvar a todos aceitou perder tudo, pois o Cristo na cruz é um homem derrotado e humilhado, diante doa amigos que acreditaram em sua proposta, é alguém que perdeu tudo, prestígio, família, amigos, dignidade, honra, considerado na visão profética um homem maldito diante de Deus, abandonado e esquecido, incompreendido e rejeitado, homem esmagado pelas dores, como nos lembra Hebreus, e se o Pai não o tivesse glorificado quem seria Jesus para o mundo de hoje?
Talvez ninguém, pois enquanto homem aceitou correr esse risco, não sabia bem no que ia dar tudo aquilo, e podia ser que nem a comunidade reconhecesse o seu gesto de amor.
Somos hoje convidados a contemplar exatamente essa glória, pois no Cristo transfigurado, está a humanidade, sonhada, planejada e criada por Deus, está aquele jovem, cuja história contei no início, está cada cristão, que tem essa disposição interior de doar-se por inteiro, e que ninguém tenha medo, Deus nunca exigirá de nós o mesmo sacrifício da cruz, mas que nossas pequenas ações possam pelo menos refletir um pouco, do Amor de Jesus de Nazaré, para isso é necessário buscá-lo e escutá-lo, pois somente ele e mais ninguém, nos ensina com tanta autoridade, como é que se ama de verdade...

2. Transfiguração de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Não é fácil seguir Jesus. Não foi animador para os seus amigos ouvir que ele ia ser preso e morrer em Jerusalém. Eles precisavam de um sinal forte antes de tudo acontecer para não desanimarem. Jesus subiu ao monte e se transfigurou diante de Pedro, Tiago e João. Eles puderam contemplar antecipadamente a glória do Mestre ladeado de Moisés e Elias. Foi a visão do céu. Pedro queria ficar lá para sempre.
Fonte: NPD Brasil em 18/02/2017

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1.Transfiguração de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Do Deserto da Tentação subimos hoje com Jesus à Montanha da Transfiguração. Conosco sobem Pedro, Tiago e João. Estavam eles lá sozinhos quando Jesus mudou de figura, se transfigurou. Sua roupa ficou muito branca e brilhante. Aparecem então Elias e Moisés que conversam com Jesus. Pedro, Tiago e João estão vendo tudo. Sem saber o que dizer, Pedro se propõe a fazer três tendas, uma para Jesus e as outras duas para Elias e Moisés, respectivamente. De repente, a sombra de uma nuvem os cobre e eles ouvem uma voz: “Este é meu Filho amado. Escutai-o”. Moisés e Elias desaparecem e eles ficam sozinhos com Jesus. Desceram da montanha e Jesus lhes ordenou que não contassem nada a ninguém até que ele tivesse ressuscitado dos mortos. Eles não entenderam o que significava “ressuscitar dos mortos”. Mais tarde, escrevendo aos romanos, Paulo dirá que Jesus morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós. Eles não entenderam nem podiam imaginar que a ressurreição aconteceria depois de uma morte dolorosa. Precisavam, pois, ver agora o Cristo transfigurado antes de vê-lo depois crucificado. De fato, diz São Paulo, “Deus não poupou seu próprio Filho e o entregou por nós e, com ele, deu-nos tudo”. Quem será então contra nós, se ele intercede por nós e Deus está a nosso favor?
Fonte: NPD em 25/02/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A transfiguração de Jesus diante dos discípulos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus muda de figura, muda seu aspecto exterior humano e mostra a sua glória. Em São Marcos, a transfiguração vem depois do primeiro anúncio da paixão e morte do Senhor, para dar ânimo aos apóstolos. Não foi fácil para os primeiros discípulos esperar um Cristo glorioso e encontrar um Cristo humilde e sofredor. A transfiguração mostra a eles, no futuro, o Cristo glorificado e, no presente, a realidade oculta sob os véus da humildade.

HOMÍLIA DIÁRIA

Jesus Cristo é a plena manifestação da luz de Deus

Postado por: homilia
março 4th, 2012

A “Festa da Transfiguração do Senhor” remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o Papa Calisto III.
Presente Pedro, João e Tiago, Jesus se transfigura diante deles. Seu corpo ficou luminoso e suas vestes resplandecentes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus enviado pelo Pai.
Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus. Ele é o “Deus conosco”, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A Sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai O ressuscitar e O fizer sentar-se à Sua direita, na Glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica: luz, brancura, glória, nuvem… que indicam a presença de Deus.
Jesus nos revela um Deus que surpreende. Fala da Glória. Todavia, nos mostra que o caminho necessário para ela é o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.
Já o profeta Daniel ficou surpreendido ao ver entrar na Glória e receber realeza divina – com poder eterno – alguém semelhante a qualquer “filho do homem”.
Surpreendidos ficaram também os três apóstolos no Tabor, ao verem Jesus tão divinamente transfigurado, estando precisamente a rezar preocupado, como qualquer homem, com o que ia sofrer em Jerusalém.
Na Liturgia de hoje, o evangelista afirma que Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João a um monte elevado e se transfigurou diante deles, tornando-se resplandecente de tal brancura que “lavadeiro algum da terra poderia branquear as suas vestes assim”. É neste mistério de luz que hoje a Liturgia nos convida a fixar o nosso olhar.
No rosto transfigurado de Jesus brilha um raio da luz divina que Ele conservava no Seu íntimo. Esta mesma luz resplandecerá no rosto de Cristo no dia da Ressurreição. Neste sentido, a Transfiguração manifesta-se como uma antecipação daquilo com que nos revestiremos quando tudo se consumar em todos. Aí sim celebraremos o mistério pascal!
A Transfiguração convida-nos a abrir os olhos do coração para o mistério da luz de Deus, presente em toda a história da salvação. Já no início da criação, o Todo-Poderoso diz:“Faça-se a luz!” (Gn 1,3), e verifica-se a separação entre a luz e as trevas.
Como as outras criaturas, a luz é um sinal que revela algo de Deus. É como o reflexo da Sua glória, que acompanha as Suas manifestações. Quando Deus aparece, “o seu esplendor é como a luz, das suas mãos saem raios” (Hab 3,4s.). Como se afirma nos Salmos, a luz é o manto com que Deus se reveste (cf. Sl 104,2). No Livro da Sabedoria, o simbolismo da luz é utilizado para descrever a própria essência de Deus. A sabedoria, efusão da glória de Deus, é “um reflexo da luz eterna”, superior a todas as luzes criadas (cf. Sb 7,26.29s.).
No Novo Testamento, é Cristo que constitui a plena manifestação da luz de Deus. A Sua ressurreição aboliu para sempre o poder das trevas do mal.
Com Cristo ressuscitado a verdade e o amor triunfam sobre a mentira e o pecado. Nele, a luz de Deus já ilumina definitivamente a vida dos homens e o percurso da história. “Eu sou a luz do mundo” – afirma Ele no Evangelho – “Quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Marcos, no Evangelho de hoje, recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, faz uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o Seu projeto de salvação em favor dos homens através do dom da vida.
Para você que muitas vezes está desanimado e assustado, Jesus diz que o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Seguir a Cristo é a garantia da vitória final.
Portanto, nesse evangelho, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova. E este não é senão o caminho da escuta atenta de Deus e dos Seus projetos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 04/03/2012

HOMILIA DIÁRIA

Jesus nos ama e nos convida a estar com Ele

A transfiguração de Jesus é um convite para que levemos a sério nossa vida de oração e para que saibamos, sobretudo, retirar-nos para orar!

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles” (Marcos 9, 2).

A festa de hoje nos leva a contemplar a transfiguração de Jesus, que é a antecipação do mistério da Sua ressurreição gloriosa. Vejam: eles estavam a caminho de Jerusalém e, naqueles dias, essa cidade teria um significado grande para Jesus e Seus apóstolos, pois ali o Senhor daria a vida por nós. Jesus havia dito e anunciado a Seus discípulos que ali Ele haveria de sofrer muito e padecer, mas haveria de ressuscitar.
Os discípulos talvez tenham ficado presos e preocupados ou não queriam entender que o Senhor iria sofrer; contudo, Ele deixou isso claro todas as vezes: “No terceiro dia eu hei de ressuscitar” (João 6,54). E, como prova de amor, o Senhor antecipa esse fato: Ele leva os Seus discípulos mais próximos, Pedro, Tiago e João, a uma alta montanha e transfigura-se, transforma-se e a Sua face se torna gloriosa. O Pai manifesta o Seu amor para Ele e do Seu lado aparece aquilo que é a síntese do Antigo Testamento, da Lei de Deus e profetas por intermédio de Moisés e Elias.
Jesus quer hoje nos chamar a estar sozinhos com Ele, é Ele quem nos pega pela mão para nos levar a um lugar à parte. Sabem, meus irmãos, nós precisamos fazer isso muitas vezes em nossa vida, precisamos ir a um lugar à parte, precisamos nos retirar do que fazemos e de onde estamos. Precisamos sair da “planície” para ir para o “alto” contemplar a Deus e deixar que Ele transfigure a nossa vida e a nossa realidade; porque, senão, seremos absorvidos pelos nossos sofrimentos, pelos nossos problemas e dificuldades. E desse modo podemos perder a esperança quando não somos transformados e, sobretudo, transfigurados pelo amor divino.
Por isso hoje a festa da transfiguração de Jesus é um convite para que levemos a sério nossa vida de oração e para que saibamos, sobretudo, retirar-nos para orar. Isso porque, muitas vezes, nós oramos em meio às agitações do que vivemos, a chamada oração ao ritmo da vida, mas também existe a oração da contemplação, da transformação e da transfiguração interior. Esta acontece quando aceitamos o convite de Jesus e vamos sozinhos a lugar separado, um lugar à parte, onde estaremos somente nós e Deus, Deus e nós e podemos contemplar a Deus mesmo em meio às tribulações, em meio aos sofrimentos e às dificuldades.
Deus transfigura o que passamos e o que vivemos! Por isso hoje somos convidados a estar a sós com o Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2015

Oração Final
Pai Santo, que a visão de Jesus transfigurado nos anime e reforce a esperança de vivermos, como Ele, fazendo o Bem a todos e, assim, nos aproximarmos do teu Reino de Amor e do teu Abraço Misericordioso. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que os instantes de contemplação da glória de Jesus que nos ofereces fortaleçam nossa fé, para anunciarmos, cheios de alegria e esperança, o teu Reino de Amor já presente em nós. Reino que foi proclamado nesta terra pelo Cristo, teu Filho Unigênito feito nosso Irmão em Jesus de Nazaré, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento para que penetremos no Primeiro Testamento da Sagrada Escritura através dos olhos de Jesus. Faze-nos sábios e fortes, amado Pai, para seguir teu Filho pelas estradas deste mundo fazendo o bem aos que caminham perto de nós, sentindo-nos próximos de todos e assim sinalizando a chegada em nós do Teu Reino de Amor. Por Ele, o Cristo Jesus, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.

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