quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/02/2019

ANO C


Mc 7,24-30

Comentário do Evangelho

Jesus entra na casa

Jesus não conseguia ficar escondido, pois a luz brilha para iluminar toda a “casa” (cf. Mc 4,21-22). Depois da controvérsia sobre o puro e o impuro, Jesus vai para uma região pagã. O que foi dito na controvérsia (Mc 7,1-23) pode ser verificado na prática e ampliado: não há lugar nem pessoa a quem não seja oferecida a salvação. Jesus rompe a barreira da impureza. Nem a missão de Jesus nem a salvação que ele oferece como dom têm como destinatários exclusivos os “filhos” (v. 27), Israel; pertencem também aos “cachorrinhos”, uma forma de designar os pagãos. Todo nosso relato está centrado no diálogo de Jesus com a mulher. Na sua resposta a Jesus, aquela mulher siro-fenícia mostra a sua fé, chamando Jesus de Kyrios, “Senhor”. Com essa invocação os cristãos se dirigiam ao Cristo ressuscitado. A palavra da mulher e os seus gestos demonstram a confiança em Jesus e a convicção de que nele e somente por meio dele é que o mal que aprisiona a sua filha pode ser vencido. Se o mal está presente em todos os lugares, a vitória do Senhor sobre ele não tem fronteiras.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, cria em meu coração uma fé profunda como a da mulher pagã que demonstrou total confiança em Jesus. Por isso, foi atendida por ele.
Fonte: Paulinas em 13/02/2014

Comentário do Evangelho

A salvação da qual Jesus é portador é universal

Jesus está sempre a caminho. A razão da sua peregrinação é dita logo no início do evangelho: “vamos a outros lugares...” (Mc 1,38). Trata-se da saída não somente de Cafarnaum, onde ele estava, mas da sua saída de junto do Pai. É uma menção à encarnação. A salvação da qual Jesus é portador é universal; por isso, ele vai à região dos pagãos. Não há lugar nem pessoa a quem a salvação não seja oferecida como dom. Os judeus não são destinatários exclusivos da salvação. A salvação pertence também aos “cachorrinhos”, uma forma de designar os pagãos. Todo o relato está centrado no diálogo entre Jesus e a mulher. Na sua resposta, aquela mulher pagã mostra a sua fé confessando Jesus como Senhor. É com essa designação que os cristãos se dirigem a Jesus Cristo ressuscitado. Por seus gestos e palavras a mulher confia em Jesus; ela sabe que somente por meio de Jesus o mal que aprisiona a sua filha pode ser vencido. Se o mal está presente, está também presente com maior poder a graça de Jesus Cristo. É por ele que se pode dizer que “onde abundou o pecado superabundou a graça”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus, divino Mestre, eu louvo e agradeço o vosso Coração porque entregastes vossa vida por mim.
Fonte: Paulinas em 12/02/2015

Vivendo a Palavra

Jesus vive sua luta interior: o Reino do Céu seria propriedade exclusiva dos Filhos de Israel ou Ele veio para todas as nações e povos? A fé da mulher fenícia O ajuda no discernimento. O Reino do Pai – como a Igreja de Jesus – tem muitas moradas; nele se abrigam todas as criaturas.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/02/2012

VIVENDO A PALAVRA

O amor materno da audaciosa mulher fenícia ajudou Jesus, até então mais voltado para seus conterrâneos, a reconhecer que o Reino do Pai não se restringe aos limites de um pequeno rebanho, mas Ele veio para libertar todos os povos e nações. Nosso Papa procura realizar esta vocação, pensando uma Igreja “em saída”, isto é, não parada no conforto de sua casa, esperando preguiçosamente, mas indo em busca dos filhos afastados.

Reflexão

Existem pessoas que acreditam que somente quem pertence à sua religião ou mesmo apenas ao seu movimento religioso ou espiritualidade será salvo. Essas pessoas esquecem que Jesus veio ao mundo para que o mundo fosse salvo por ele, e não somente os daquela religião ou daquela forma de espiritualidade. Essas pessoas acabam por fazer do próprio Deus propriedade delas e querem que Deus aja segundo os seus critérios. A ação divina depende da vontade divina, que quer o bem e a salvação para todas as pessoas, de todos os povos, de todos os credos, línguas, etc., pois verdadeiramente Deus não faz distinção de pessoas.
Fonte: CNBB em 13/02/2014, 12/02/2015 e 9/02/2017

Reflexão

Jesus deixa sua terra e vai para o estrangeiro (território de Tiro). Desse modo, põe em prática o conteúdo de sua mensagem: para Deus todos os povos são iguais; não há privilégio para o povo de Israel. Também aí já era famoso. Hospeda-se numa casa, com uma família do lugar, sem preconceito de religião ou raça. Com isso, o Mestre rompe o tabu judaico que impedia relacionar-se com outros povos. A mulher grega reconhece o poder de Jesus e ajoelha-se a seus pés, implorando-lhe que “expulsasse de sua filha o demônio”. A atitude humilde, confiante e insistente da mulher obtém o favor de Jesus e cria ocasião para se diminuir a distância social entre os povos. Não é preciso que uns se saciem e só depois os outros; todos podem saciar-se ao mesmo tempo, basta repartir de modo igualitário.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Agimos com bondade? - Pedimos a Jesus que acima de tudo cure os males de nosso coração? - Você é perseverante em suas orações? - Não corre o risco de apenas pedir? - Pede aquilo que realmente é para seu bem?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/02/2014

Comentário do Evangelho

UM EXEMPLO DE FÉ

A pregação de Jesus em terras estrangeiras exigiu dele superar os preconceitos e tabus de seu povo. Entre eles, a identificação da terra dos pagãos como âmbito da impureza e a proibição de contactar com eles. A visão de que sua missão se destinava unicamente ao povo de Israel, sem perspectivas mais amplas. A concepção machista na qual a mulher era desvalorizada e reduzida à condição de propriedade do pai ou do marido.
Jesus alargou o raio de sua pregação para além dos limites de Israel e aí fez experiências importantes para formação da sua consciência, enquanto enviado do Pai. O encontro com uma mulher pagã, pedindo a cura para sua filhinha, foi um momento privilegiado do seu ministério.
Num primeiro momento, Jesus se recusou atender seu pedido ancorado na certeza de ter sido enviado apenas para os fiéis judeus. Ajudar uma pagã seria como tirar o pão da boca dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos. A mulher, por ser pagã e idólatra, não possuía o requisito da fé para ser atendida. Portanto, estava excluída do Reino.
Mas, a mulher demonstrou o contrário. Os cachorrinhos também têm o direito de saciar-se com as migalhas caídas da mesa dos filhos. Esta profissão informal de fé fez Jesus voltar atrás. Entre os pagãos havia gente preparada para receber os benefícios do Reino.
Oração
Senhor Jesus, alarga meus horizontes fazendo-me ver, para além dos meus preconceitos e tabus, tantas pessoas marginalizadas a quem a boa-nova deve ser anunciada.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 13/02/2014

Meditando o Evangelho

A PERSISTÊNCIA RECOMPENSADA

O encontro de Jesus com a mulher cananéia contém uma série de elementos atípicos.
O Mestre encontrava-se em território pagão, dentro de uma casa, pensando poder passar despercebido. Seu anonimato foi revelado pela presença de uma mulher que, tendo ouvido falar dele, veio lançar-se-lhe aos pés.
Sendo mulher, estrangeira e pagã, a atitude mais natural de Jesus seria de mantê-la à devida distância, porque, segundo a tradição da época, um mestre que se prezava não contactava com mulheres, com estrangeiros, nem com pagãos. Apesar disso, o Mestre aceitou dialogar com ela, embora, tenha sido um diálogo um tanto ríspido.
Jesus não mostrou nenhuma intenção de atendê-la. Mas a mulher ficou firme no seu propósito: obter a cura de sua filhinha, vítima de um espírito maligno. Tampouco se dobrou aos argumentos do Mestre, segundo os quais os destinatários de seu poder taumatúrgico eram, preferencialmente, os "filhos", ou seja, os judeus. Sentia-se no direito de partilhar, pelo menos, as migalhas dos bens oferecidos aos "filhos". Por isso, estava disposta a ser tratada como os cachorrinhos que comem as migalhas caídas da mesa de seus donos.
Segura do que queria, e sabendo que tinha recorrido à pessoa certa, a mulher não cedeu. Resultado: sua persistência foi recompensada.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de persistência, não me deixes esmorecer, quando recorro ao Senhor, por carecer de sua ajuda. Que eu também possa ver minha persistência recompensada.
Fonte: Dom Total em 12/02/2015

Meditando o evangelho

A VITÓRIA DA MULHER PAGÃ

No exercício de seu ministério, encontra-se Jesus fora dos limites de Israel; logo, em território pagão. Que motivos teve para abandonar sua pátria e dirigir-se para terras estranhas? À primeira vista, não parece ter sido por causa da pregação do Evangelho. A maneira rude com que ele tratou a mulher, vinda a seu encontro para pedir a cura da filhinha endemoninhada, deixa entrever uma certa indisposição para estender aos pagãos os benefícios do Reino. Teria Jesus tido a intenção de estar, por um tempo, longe de seu povo no meio do qual havia sido vítima de hostilidade, para dedicar-se à formação de seus discípulos?
Em todo o caso, em território estrangeiro não corria o risco de ser assediado pelas multidões, ávidas de milagres. Antes, passaria por desconhecido!
A presença da mulher sírio-fenícia parece ter desmontado os planos de Jesus. Tendo ouvido falar dele, ela foi lançar-se-lhe aos pés, suplicando a cura da filha. Exatamente como acontecia com o povo da Galiléia e adjacências! O diálogo travado com Jesus deixa entrever que estava sendo importuna. O Mestre não parecia muito disposto a ajudá-la.
A firmeza da mulher desesperada fê-la sair vitoriosa do confronto. Sua réplica à recusa de Jesus em ajudá-la foi uma demonstração clara de sua fé profunda. O Mestre viu-se como que forçado a dobrar-se diante da lógica da resposta da mulher e atender-lhe o pedido. Jesus acabou deixando seus planos em segundo lugar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, cria em meu coração uma fé profunda como a da mulher pagã que demonstrou total confiança em Jesus. Por isso, foi atendida por ele.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé não tem rótulo..
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A Fé em Jesus, nosso Deus e Senhor, Redentor e Salvador, nunca teve e nem terá rótulo ou marca diferenciada, pois ela é um dom que Deus concede a quem Ele quiser, seja Católico, Evangélico, Pentecostal, Espírita ou Kardecista e vai por aí afora. Não podemos confundir expressão de Fé com a Fé em si, pois são coisas diferentes, e nem se pode dizer que esta é mais eficiente do que aquela, a expressão de Fé Católica tem sua raiz apostólica, e os elementos embrionários da Fé Cristã, transmitidos pelo próprio Jesus, mas isso não nos dá o direito de julgar que a Fé dos que não pertencem á nossa Igreja, não é autentica.
Jesus e seus discípulos se encontram em uma terra pagã, na região de Tiro e Sidônia, ali uma mulher Fenícia caiu a seus pés suplicando pela Filha que estava possessa de um espírito imundo, a mulher acredita em seu coração que Jesus é maior do que o demônio que oprime a filha, portanto vê nele o libertador e clama por esta ação libertadora de sua parte.
Sendo Judeu, primeiro Jesus manifesta o modo de pensar do Judeu "pela ordem estabelecida os Judeus são os primeiros a serem beneficiados com a ação libertadora do Messias, os pagãos são de segunda categoria e por isso mesmo denominados "cães", em palavras mais simples, Jesus está dizendo aqui, que não se deve queimar vela com mal defunto.
A mulher concorda que está inferiorizada em relação aos judeus, Raça escolhida e Nação Santa, mas Jesus é tão importante em sua vida, que qualquer gesto ou palavra que vier dele, trará a ela os efeitos da Graça da qual ele é portador, isso é o que ela crê com sinceridade. E Jesus não resistiu a tão grande Fé, e saindo do contexto judaico, proclama que a Fé é universal e não têm rótulo, "por causa dessa palavra, vai-te, que saiu o demônio da sua filha".
Quem crê em Cristo e se compromete com Ele, vendo-o como libertador e vivendo nessa liberdade de Filhos de Deus, jamais estará preso ou escravo do demônio, presente em certas estruturas humanas, que escravizam e alienam o ser humano, em vez de o libertá-lo.
Portanto, essa experiência libertadora com Jesus em nossa vida, não depende da fachada religiosa que ostentamos, é algo íntimo e pessoal, que começa com o nosso desejo e abertura de coração, mas se realiza unicamente por iniciativa dele. Essa mulher, que não era religiosa, abriu seu coração para essa possibilidade e assim mudou a sua vida...

2. A mulher siro-fenícia pede a cura de sua filha
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus sai da Galileia e vai para a região de Tiro. Lá encontra uma mulher que não era judia e que lhe pede para curar sua filha, possuída por um demônio. Jesus atende ao pedido da mulher, que demonstrou ser humilde e ter fé. Jesus está em território pagão, conversando com uma mulher não judia. Reconhece que ela tem fé e faz para ela um milagre. Mais uma vez, Jesus relativiza o valor dos preceitos puramente humanos e coloca sobre eles o valor da pessoa humana. No início do diálogo, Jesus diz o que qualquer judeu diria dentro de suas tradições, para logo em seguida romper a dureza de sua afirmação diante da fé humilde de uma pagã. Jesus abre o anúncio da salvação para a humanidade toda. Os pagãos podem comer o pão dos filhos. Os cristãos da primeira hora, tanto os de origem judaica quanto os de origem pagã, deviam compreender que a revelação dada a quem tem fé está a serviço da salvação oferecida a todos.

HOMILIA

A FÉ E A HUMILDADE DA MULHER ESTRANGEIRA

A grandiosidade da fé da mulher cananéia foi à responsável que contribuiu, para que ela mergulhasse profundamente em busca de salvação e libertação para sua filha e tivesse uma melhor aproximação de Jesus. O tratamento de Jesus dado a mulher cananéia diante de sua fé, ao nosso vê parece-nos uma resposta com palavras duras, severas, e desamorosas; e grosseiras do tipo de quem não demonstra, nem um amor, ou piedade, misericórdia, e carinho fraternal ao próximo.
O certo é que Jesus sabia muito bem o que estava fazendo ao chamar a filha daquela mulher de filhos cachorrinhos. Só que existia algo diferente no tom das palavras de Jesus que era transmitida de forma carinhosa e mansa, adozada, com óleo do Espírito Santo, de forma a encorajar a Fé daquela mulher, em que ela desse uma resposta cheia de esperança e coragem diante de Deus e dos homens.
Olhando para encontro da mulher com Jesus e de seu dialogo que Jesus teve com ela, ninguém faria melhor do que Jesus em tratar aquela grega como sendo ou pertencendo a um povo que estava no segundo plano de Deus para a salvação. Caso fosse outra pessoa não teria sido bem sucedido. Percebe-se uma coisa nas palavras de Jesus. É que existiu nelas moderação, elegância, e um amor respeitoso. Jesus não falou a aquela mulher com palavras estúpidas, grosseiras e agressivas; mais o fez com um tratamento humano e divino de tal forma que não agravasse os dois lados da situação da mulher; tanto religioso quanto tribal. E que não o levasse ela a desistir na busca de solução de seu problema que era gravíssimo.
Observação. O causador de uma reação de revolta, endurecimento e ódio etc. Não é pelo dizer em si. É como si diz. E dependendo do que si diz, e o tom das palavras quando que se fala, é quem traz as mais variadas reações das pessoas que as escutam. Falar as pessoas com tom de quem está passando rela, com ironia, desprezo, zombaria, maliciosamente, ou com quem esta gritando pra com as pessoas é qual verdadeiras, pauladas e água fria nos ânimos das pessoas que nos ouvem.
Caso você esteja procedendo de acordo com o citado acima, tenha a certeza de que logo você não amigos. Todos se afastarão de você pra sempre. A fé da mulher cananéia e sua classificação Jesus ao testificar da mulher cananéia e de sua fé, deu uma classificação de sua fé numa escala que vai de pequena a grande. Ele deu o maximo da escala. O que mostra a suficiência de sua fé para uma pessoa humana poder receber um beneficio das mãos do criador. Jesus falou da fé dela o seguinte: (mulher grande é a tua fé).
A fé desta mulher podemos colocar em igualdade com a fé do Centurião, que Jesus foi mais um pouco mais além por sua admiração, que chegou a declarar que dentro de Israel não havia encontrado um homem de fé como a pessoa do Centurião. E disse dele o seguinte em Mt 8:10 – Em verdade vos digo que a ninguém encontrei em Israel com tamanha fé.
A fé em sua composição se apresenta com as suas mais variadas formas e manifestações, de como agradar a Deus na conquista do coração divino. A fé que agrada a Deus é aquela que não aceita a derrota. Não aceitar, um não como resposta, não aceita ser desapontada, não aceita zombada, ou até ser desacreditada. A fé não olha para os obstáculos, não vê o perigo, não aceita rejeição, não se conforma e nem descansa enquanto não ver de tudo resolvido, e com as coisas tudo no seu lugar. Isto agrada a Deus. É o que Deus mais quer é se sentir buscado. Deus tem o prazer de ver suas criaturas lhe procurando.
A humildade da mulher Cananéia, era uma humildade do mais profundo da alma e do espírito. Aquela humildade que vem do interior ou do introspecto de seu intimo. Foi esta humildade de que se referiu Jesus no cap. 5 de Mateus. Esta humildade não está limitada e baseada no âmbito e na falta dos bens materiais. Mas sim aquela que destroniza do coração toda a qualquer pretensão de granjear dinheiro para colocar seu ninho acima de todos. A fé em Deus é esta colocar em Deus como seu bem maior.
A humildade deste tipo como se referiu Jesus é quem nos dá a garantia de encontrar descanso para nossas almas. (Mt 11:29) O apostolo Pedro compara a humildade como uma cinta, que o homem coloca em seus lombos para condução de todos os seus apetrechos de trabalho (I Pe 5:5) e é esta humildade que nos traz benefícios e ao próximo. Já o rei Salomão fala do galardão ou recompensa de que a possui. Pv 22:4 O galardão da humildade e do temor do Senhor é riquezas, e honra e vida.
A mulher Cananéia reconheceu seu estado de fracasso espiritual Mt 15:22Ao um bom e compreensivo servo de Deus compreende muito bem o que passava com a mulher cananéia. Se, se colocar no lugar do próximo e sentir o seu sofrimento não é pra qualquer um. Às vezes só compreendemos o que se passa com outrem quando passamos por algum tipo de problema ou sofrimento como o dela ou semelhante. Então começamos sentir na própria pele que o sofrimento daquela mulher não era de brincadeira. Só sentimos o sofrimento alheio quando nós passamos por algum tipo de apuro. Não era fácil conviver com uma filha possessa dentro de casa.
A mulher cananéia só revelou seu estado de fracasso espiritual quando estava passando por um agonizante sofrimento e dor dentro de casa. O lar dela era um verdadeiro caos. O que tudo indica que todo seu tempo era voltado apenas para o cuidado de sua filhinha que estava a todo momento, correndo perigo de sofrer um desastre por ser impulsionada por aquele demônio que o perturbava. Às vezes o sofrimento tem lá seus benefícios que não podemos ignorar. Reconhecer nossa fragilidade e a nossa decadência espiritual e confessar é só pra quem é humilde como aquela era mulher.
As migalhas do poder de Deus são suficientes no suprimento de nossa vida espiritual. A palavra (migalhas) é um Verbo transitivo direto. E esta no presente do indicativo. Que significa pedaço pequeno fragmento de pão, de bolo ou de outro alimento farináceo; miga, micha, e sobras, sobejos, restos. Ou, Pequena porção; quantidade ínfima. As autenticas palavras da mulher dizia tudo ao coração de Jesus. Quando ela falou de migalhas, pra Jesus, estava se referindo, no mínimo ao que nos parece o mínimo do poder de Deus da cura e da salvação, que segundo Jesus era o alimentos dos filhos de Israel.
Mas o que a mulher queria dizer com isto, era algo mais autentico para mover o coração de Jesus como de fato o fez. Em outras palavras: ela dizia pra Jesus, que as milhas de seu poder seria o suficiente para expulsar aquele demônio da vida de sua filhinha. Quer mais do isto? Eu acho que não precisa mais do que isto para um bom entendedor. As palavras que ela dirigiu pra Jesus com aquele tom de total dependência de Deus, já eram mais do que o suficiente para que sua oração e seus pedidos de socorro fossem atendidos.
A mulher com sua humildade fez um cerco ao Jesus de todos os lados, de tal maneira que Ele não teve escapatória. Vejam bem: recebeu uma resposta como ela recebeu; da boca de Jesus era um verdadeiro não, que podia deixar o coração de qualquer um partido. Mas ela se apresentou com sua versão a mais humilde possível naquela hora de incertezas, de receber sua benção. Veja o que ela disse: (Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.) Com estas palavras isso foi o suficiente e à gota d’água pra Jesus rever seu caso e reverter o caos que pairava sobre o lar da mulher.
Pai, tenho diante de mim o mundo todo a ser evangelizado. Transforma cada circunstância e cada momento da minha vida em chance para dar testemunho do teu Reino.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte:Liturgia da Palavra em 13/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, inspira-nos a ajudar Francisco, procurando os irmãos distantes. Para isto, enche-nos de entusiasmo pelo Reino de Amor (que sabemos, está dentro de nós!) e de sabedoria, para anunciá-lo aos companheiros de caminhada por esta terra abençoada que nos emprestas para ser cuidada e partilhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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