sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/01/2019

ANO C


Lc 10,1-9

Comentário do Evangelho

O discípulo é portador de paz

O relato do envio dos setenta e dois discípulos está situado na parte central do evangelho segundo Lucas, denominada subida de Jesus para Jerusalém. A hostilidade que a missão enfrenta é dita nestes termos: "Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos" (v. 3). A confiança dos que são enviados não deve estar nos meios para a realização da missão, mas no Senhor que os envia "a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir" (v. 1). Os setenta e dois enviados devem renunciar à busca de segurança pessoal, para que estejam integralmente engajados no anúncio da proximidade do Reino de Deus (v. 9). A força do anúncio e do testemunho está na coerência: que os destinatários da missão vejam realizado nos que são enviados o que eles proclamam. O discípulo é não somente anunciador, mas portador da paz.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no apostolado não me faça recuar da missão de preparar o mundo para acolher teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 26/01/2013

Vivendo a Palavra

Ontem celebramos o apóstolo Paulo. A festa de hoje quer nos lembrar que Igreja é Comunidade e como a nossa Mãe e Mestra foi se formando: pelo batismo cada vez mais numeroso de tantos homens e mulheres que se uniram a Timóteo e Tito para o anúncio do Evangelho ao mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Ontem celebramos a conversão de Paulo. Hoje lembramos que o grande apóstolo não estava sozinho. Igreja é Comunidade e a nossa Mãe e Mestra agregava batizados cada vez mais numerosos. Muitos homens e mulheres se uniram para o anúncio do Evangelho ao mundo: Paulo, Timóteo, Tito… até nós, neste tempo que chamamos Hoje!

Reflexão

Timóteo e Tito são dois filhos espirituais e amigos diletos do apóstolo Paulo. Em algumas viagens missionárias, Timóteo foi companheiro de Paulo, com quem dividiu alegrias e sofrimentos. Era o portador de cartas e instruções que o apóstolo dirigia às recém-fundadas comunidades cristãs. Foi bispo de Éfeso. Mesmo tendo de ocupar-se com outras missões, Timóteo permaneceu sempre fiel a Paulo, principalmente quando este estava na prisão. No elenco dos livros bíblicos, constam duas “cartas pastorais” de Paulo a Timóteo. Outro colaborador de Paulo foi Tito. Exerceu a função de mediador para levar a harmonia e a paz a algumas comunidades em conflito. Foi bispo de Creta. Também a ele Paulo escreveu uma “carta pastoral”. É possível que Tito tenha evangelizado também a Dalmácia, onde é venerado de modo especial.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A NECESSIDADE DE OPERÁRIOS

Confrontando-se com a grandiosidade da missão, Jesus reconhece a necessidade de contar com colaboradores, para poder levá-la adiante, a contento. Depois de ter enviado os doze apóstolos, o Mestre enviou, também, outros setenta e dois discípulos, com a tarefa de preparar as cidades e povoados para a sua passagem, ou seja, predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os discípulos são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar muitas outras pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele quem tem a iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão humana de querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e enviou.
Que tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem deixar-se abater.
Quem tem estas disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira enviá-lo para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e generoso?
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predisponha-me para trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Uma consulta com o Doutor Lucas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

__Doutor Lucas, com licença, posso entrar para conversar um pouco com o Senhor?
__Mas claro, fique a vontade, veio fazer uma consulta?

__Sim, mas não é sobre a minha saúde, mas sobre esse evangelho que achei meio difícil a meditação.
___Bom deixa eu me apresentar aos seus leitores, eu sou um Médico Prático, a paixão da minha vida não é a medicina mais o nosso Mestre e Senhor Jesus de Nazaré... Aquele que me enviou para trabalhar na Messe do Pai, que é Deus...

___Pois é São Lucas, é sobre esse envio que queria lhe falar, tem umas coisas que não entendi direito, por exemplo: "Eu vos envio como cordeiros no meio de lobos", que chance vai ter um cordeirinho no meio de lobos vorazes? O Mestre parece que deu uma de "Amigo da Onça"?
___Nosso Mestre, Deus e Senhor, é muito coerente, nunca disse que seríamos enviados em um mar de rosas, o que vocês têm hoje, que consome e devora as pessoas?

___Bom, tem o tal de consumismo que parece uma bocona que nunca está satisfeita, quem mais pode consumir, mais é feliz, de acordo com o mundo de hoje.
___Está aí, na verdade é a Palavra de Jesus que nos sacia, nos liberta e faz feliz, e não esses lobos de hoje...

___Ah... por isso esse conselho de não levar nada, nem bolsa, mochila ou calçado?
___Isso mesmo, o discípulo enviado tem de caminhar, e levar essas coisas atrapalham, sem elas ficamos mais leves, não temos preocupações, aborrecimentos, porque a tentação de se ter mais sempre existe, daí você põe mais coisas na mochila, vai querer uma sandália de reserva, e a bagagem só vai aumentar... não é verdade?

___Sem dúvida, mas escute São Lucas, só não gostei desse negócio de nem cumprimentar as pessoas pelo caminho, não é falta de educação?
___Ah... Isso aí é um alerta para a gente não se distrair, depois da saudação, a gente vai entabular uma prosa, vai querer saber da família, do cachorro, gato papagaio, vai querer por a prosa em dia, quem sabe até tomar uns tragos, e daí perdemos o foco; então é para passar "batido", até chegar ao lugar onde se vai anunciar a palavra...

___Olha, só mais uma coisinha, resuma esse contato do enviado com essa casa e a Família que o acolheu...
___Bom, o discípulo missionário, que coloca sua inteira confiança, não nos bens materiais, mas na mensagem da qual é portador, é um homem da paz, quem coloca a felicidade no consumismo, está sempre perturbado, pode reparar... ele transmite essa paz, e se o ouvinte for como ele, irá acolher com alegria a mensagem, se ele não o acolher não insista, pois já se entregou ao Lobo, enfim aceitem a hospitalidade dos que o acolhem e oferece alimentação e abrigo. O discípulo missionário deve ocupar-se unicamente da missão que lhe foi confiada, o resto eu providenciarei... (Buscai primeiro o Reino de Deus...)

2. Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Timóteo e Tito foram discípulos de Paulo. Timóteo era muito jovem quando Paulo o chamou para a missão. Paulo o acompanhou com muito carinho durante toda a sua vida. Exortou-o fortemente a não perder o entusiasmo pela causa abraçada. Tito acompanhou Paulo em diversas missões e esteve em Corinto para resolver algumas dificuldades que a comunidade tinha com Paulo. Timóteo foi bispo de Éfeso e Tito, de Creta. Na Carta a Tito, escrita por um discípulo de Paulo, mas atribuída ao apóstolo, há orientações para o pastoreio da Igreja em seu início. O Espírito que animou esses primeiros discípulos missionários continua presente em sua Igreja e anima os cristãos a se dedicarem com ardor a Cristo e a seu Evangelho. Continuamos o trabalho dos setenta e dois discípulos enviados em missão, anunciando a todos: “O Reino de Deus está perto de vocês”.

HOMILIA DIÁRIA

A missão exige apóstolos destemidos

Postado por: homilia
janeiro 26th, 2013

Estamos celebrando, hoje, o dia de São Timóteo e São Tito. Nos três evangelistas sinóticos, é encontrada a narrativa do envio dos doze apóstolos. Lucas retoma esta narrativa, ampliando-a para o envio de outros setenta e dois, em território gentílico, quando Jesus caminhava para Jerusalém.
Como fizera com os doze, Jesus instruiu os setenta e dois discípulos enviados, dois a dois, a preparar Sua passagem a caminho de Jerusalém. Servidores do Reino, competia-lhes dispor as pessoas para acolher o Mestre e Sua mensagem, deixando-se converter para Deus. Tarefa difícil, se considerarmos que os discípulos se encontravam em território samaritano, cuja hostilidade contra os judeus era assaz conhecida.
Por isso, as instruções de Jesus insistem em apresentar as dificuldades que deverão enfrentar. Eles serão “como cordeiros entre lobos”. Estarão em condições de desigualdade, podendo ser vítimas fatais da agressão dos habitantes das cidades que iriam visitar. Portanto, a missão exige apóstolos destemidos.
Timóteo e Tito não eram judeus, ambos pertenciam ao mundo pagão, e encarnaram o primeiro problema encontrado na Igreja nascente, isto é, se era lícito batizar os pagãos sem que antes passassem pela circuncisão judaica. Era uma questão candente, pois havia entre cristãos importantes de Jerusalém uma forte corrente conservadora que queria impor aos pagãos convertidos a legislação de Moisés. O problema exigiu a convocação do primeiro Concílio dos apóstolos em Jerusalém, onde venceu a tese de Paulo de que não era mais a observância da lei mosaica que salvava, mas sim a fé em Cristo.
Timóteo nasceu em Listra, Ásia Menor, de pai pagão e mãe judia, de nome Eunice. Esta abraçou o Cristianismo, quando Paulo passou em Listra. De sua mãe, Timóteo recebeu o espírito cristão com certa cultura judaica. Na segunda passagem de Paulo por Listra, o apóstolo levou consigo o jovem Timóteo. Tinha, na ocasião, vinte anos de idade. Desde então, Timóteo será o companheiro e fiel colaborador de Paulo, acompanhando-o em quase todas as suas viagens, sendo-lhe confiadas missões delicadas junto às igrejas recém-fundadas.
Também de Tito, as únicas informações sérias nos são dadas pelas cartas do apóstolo Paulo. Era pagão de nascimento e, provavelmente, de origem antioquena. Jovem ainda, converteu-se ao Cristianismo e tornou-se companheiro e inestimável colaborador de Paulo. Encarregado por este de importantes missões, foi duas vezes a Corinto para pacificar aquela igreja, uma vez a Jerusalém para entregar a importância duma coleta em favor dos cristãos. No ano 64-65, foi com São Paulo à ilha de Creta e lá o designaram bispo daquela região. Mais tarde visitou a Paulo em Nicópolis e em Roma. Voltou novamente à ilha de Creta, onde recebeu uma carta do próprio mestre, Paulo, que figura entre os livros sagrados.
As três cartas, escritas por Paulo a estes seus dois discípulos, têm alto valor pelo conteúdo eminentemente pastoral, de tal modo que podem ser consideradas como o primeiro diretório pastoral dos bispos de todos os tempos.
A metáfora da condição dos discípulos é uma forma de descrever o futuro da missão. Ser “cordeiros entre lobos” não dá margem para dúvidas: a missão está destinada a ser uma batalha desigual, onde toda prudência é pouca. Nada de ilusões!
Humanamente falando, as orientações dadas por Jesus deixavam os discípulos numa situação de fragilidade.
Os enviados em missão devem estar despojados e confiantes. Em seu anúncio, sofrerão a repressão dos poderosos, que são como que lobos. A pobreza material levava-os a depender da caridade alheia. Como se sabe, nem todo mundo está disposto a ajudar. Quem depende de esmolas, está sujeito a toda sorte de ironia, gozações e humilhações, sem contar o risco de sofrer agressões físicas. A recomendação de não escolher casa ou cidade onde entrar – os discípulos deveriam ir a toda cidade e lugar por onde Jesus passaria – obrigava-os a visitar até mesmo povoados hostis, especialmente os situados na região da Samaria.
Lucas destaca por duas vezes a determinação de “entrar” e “comer” nas casas, o que é uma negação dos costumes do Judaísmo de não entrar, e muito menos comer, em casa de gentios.
Se a hospitalidade em uma cidade lhes fosse recusada, eles não teriam o direito de fazer uso da força ou da violência. Bastava-lhes sacudir o pó das sandálias, e seguir adiante.
Falando na perspectiva do Reino, a ação missionária oferecida aos setenta e dois discípulos exigia deles serem testemunhas do mundo novo proclamado por Jesus. Aí os bens materiais deveriam ser relativizados, não tendo primazia no coração humano. A solidariedade seria um imperativo, e a violência, banida. Por conseguinte, a reação dos apóstolos diante de situações adversas já seria uma ação evangelizadora.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 26/01/2013

Oração Final
Pai Santo, nós te pedimos que a Igreja seja Santa e que todos e cada um de nós, que nos dizemos Igreja, tenhamos a consciência que o único caminho que temos para santificar a Igreja é procurarmos a nossa própria santificação. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós Te pedimos que a Igreja seja Santa e que todos, e cada um de nós, que queremos ser teus fiéis, tenhamos a consciência que o único caminho que temos para santificar a Comunidade não é exigir a perfeição dos irmãos, mas é procurarmos a nossa própria conversão – um processo que exige perseverança por toda a vida. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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