sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/12/2018

ANO C


Mt 11,16-19

Comentário do Evangelho

Jesus e os discípulos de João

Reconhecendo o valor da pregação de João Batista, Jesus vai a ele e torna-se seu discípulo. Depois, com seus próprios discípulos, inicia seu ministério, anunciando, como João Batista, a chegada do Reino dos Céus. João permanecia nas regiões desérticas, nas fronteiras da Judeia, contudo, Jesus decide fazer seu anúncio nas localidades mais habitadas da Galileia. O movimento de Jesus se desenvolve em paralelo ao movimento dos discípulos de João, e Jesus, em sua pregação, sempre valoriza a pregação de João. O nome de João é o mais citado nos evangelhos (76 vezes), depois do nome de Pedro (124 vezes).
A pequena parábola dos dois grupos de crianças que disputam nas praças é dirigida a "esta geração". Esta expressão tem o caráter de censura, conforme seu uso na tradição profética, nas críticas ao povo de Israel de coração duro. Aqui exprime os chefes do judaísmo que rejeitam Jesus. Assim como o convite de um grupo de crianças é rejeitado pelo outro, João Batista e Jesus são rejeitados por esses chefes. A rejeição, tanto a João, na sua austeridade, como a Jesus no seu convívio comum, significa a rejeição do próprio projeto amoroso, misericordioso e acolhedor de Deus. Porém, os pequenos e humildes reconhecem a sabedoria de Deus, manifesta em Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 14/12/2012

Vivendo a Palavra

O povo do tempo de Jesus não era diferente do povo de todos os tempos. Nós estamos prontos para julgar o próximo – comilão, glutão, tem demônio... – esquecendo-nos de que a nossa luta é para conquistar o Reino, que está dentro de nós. Para isto, devemos ser violentos e vencer os nossos próprios instintos.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

O povo do tempo de Jesus não era diferente do povo de qualquer tempo, como o de hoje. Nós estamos prontos para julgar o próximo – comilão, glutão, tem demônio… – esquecendo-nos de que a nossa luta é para conquistar o Reino, que está dentro de nós. Para isto, devemos vencer os nossos próprios instintos, nossas paixões, nosso egoísmo.

Reflexão

Muitas pessoas ouvem as mensagens do Evangelho, mas não se sensibilizam com elas, não correspondem a elas, de modo que elas não provocam eco em suas vidas. O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é tão importante como a comunhão de idéias e valores que deve haver entre os homens e Deus. O conhecimento nos ajuda a realizar esta comunhão de modo que ele é um meio necessário para que possamos atingir o fim, mas o conhecimento não é a finalidade em si. Se ficamos apenas no conhecimento, não dançamos com as flautas nem batemos no peito com o canto fúnebre, não comungamos as idéias de Jesus.
Fonte: CNBB em 14/12/2012

Reflexão

Todo o empenho de Jesus na implantação do Reino de Deus parece trazer resultado insignificante ou fraco. Apesar de falar “com autoridade”, superando assim a oratória dos mestres da Lei e dos fariseus, a resposta e a adesão do povo são insatisfatórias. Daqui o desabafo de Jesus mediante a figura das crianças que fazem capricho: não participam da brincadeira. Jesus aplica a imagem ao comportamento de seus ouvintes. Todo esforço é inútil para levá-los a assumir compromisso com o Reino de Deus inaugurado por Jesus. Nem o rigorismo do Batista, nem a suavidade do Mestre de Nazaré, nada convence “essa geração” e seus líderes a mudar de vida. Entretanto, as obras que Jesus realiza revelam que ele é o autêntico emissário de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO

O advento de Jesus não foi bem-vindo por todos. Houve quem o rejeitasse de maneira sistemática, numa postura de total fechamento. O Mestre denunciou o espírito de contradição e a má-vontade que se escondia atrás desta atitude. João Batista também havia sido rejeitado pelas mesmas pessoas, mas por motivos contrários àqueles aplicados a Jesus. O Batista foi criticado por não comer nem beber; Jesus, por sua vez, por comer e beber com toda liberdade. João foi chamado de possesso e Jesus, de comedor e beberrão. A vida de penitência de João não era vista com bons olhos; o mesmo se passava com a solidariedade de Jesus em relação aos marginalizados e pecadores de sua época. Qualquer que fosse a proposta, esse tipo de gente tinha motivos para refutá-la.
A denúncia dessa mentalidade deve ter soado aos ouvidos dos discípulos, especialmente dos sistematicamente críticos, como um alerta. O Reino deve ser acolhido com benevolência. Ao invés de buscar argumentos para justificar sua acomodação, o discípulo pergunta-se o que pode fazer para viver a proposta do Reino, de maneira mais radical, assumir o testemunho de Jesus como modelo de fidelidade ao Pai e ao Reino, e, na vida de Jesus, encontrar inspiração. O discípulo sabe qual é a maneira mais conveniente de comportar-se diante do Mestre.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba acolher, com benevolência, o Reino anunciado por ti, sem medo de, cada dia mais, conformar minha vida ao teu projeto.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. BRINCADEIRA DE CRIANÇA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Do que os meninos Judeus brincavam, naquele tempo? O evangelho de hoje, embora seja uma reflexão, dá a informação de que, uma de suas brincadeiras era esta: Casamento e enterro, no casamento tocava-se a flauta e os convidados cantavam e dançavam, no enterro, um grupo fazia lamentação, e como ocorria na vida real, os demais deveriam chorar e bater no peito desconsolados como fazia um bom judeu diante do quadro da morte.
Jesus certamente também participou de brincadeiras assim e se lembrou da frustração dos tocavam flauta, quando o outro grupo reagia á música e ao clima de alegria, ou quando se simulava um enterro, e acontecia a mesma coisa, permaneciam indiferentes á motivação.
Era exatamente o que ele estava sentindo na pele, a sua gente, as pessoas da sua terra e do seu grupo, não se tocavam com o seu anúncio totalmente inédito, e ainda o viam como um comilão e beberrão, estes eram os mesmos que acusavam João Batista de estar com um demônio, porque não comia e nem bebia.
O homem da pós-modernidade, diante da Religião, principalmente do Cristianismo, também reage assim, ficando totalmente indiferente à realidade do anúncio do Reino e á Boa Nova do Evangelho.
Concluindo, podemos usar o reverso da reflexão, e em vez do Homem dançar conforme a música de Deus inverte a ordem e se arroga ao direito de querer que Deus dance de acordo com á sua musiquinha de quinta categoria, sem ritmo nem conteúdo.

2. A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Falta sabedoria, ou a falsa sabedoria faz com que nada nos agrade e nada esteja bom. Mal-humorados, estes não dançam no casamento e aqueles não choram no enterro. Criticaram João Batista que não comia e criticaram Jesus porque comia. A verdadeira sabedoria ajudará a discernir o que é melhor. São João da Cruz viveu grandes tribulações em sua vida consagrada a Deus, tendo que discernir com sabedoria o que era o melhor para a Ordem do Carmo. Com Santa Teresa, foi o grande reformador do Carmelo. Místico, meditava, rezava, trabalhava e escrevia. Podemos aprender com ele, que assim nos ensina: “Para chegar a saborear tudo, não queiras ter gosto por nada. Para chegar a saber tudo, não queiras saber de coisa alguma. Para chegar a possuir tudo, não queiras possuir nenhuma coisa. Para chegar a ser tudo, não queiras ser nada. Para chegar a não ter gosto, deves ir por onde não gostes. Para chegar ao que não sabes, deves ir por onde não sabes. Para chegar a possuir o que não possuis, deves ir por onde não possuis. Para chegar ao que não és, deves ir por onde não és. Quando te demoras em alguma coisa, não estás te lançando em direção a tudo. Para chegar inteiramente a tudo, em tudo deves te abandonar. E quando chegares a ter tudo, deves tê-lo sem nada querer”. Nasceu na Espanha em 1542 e morreu no dia de hoje, em 1591.

HOMILIA DIÁRIA

Você tem compreendido e acolhido a mensagem de Jesus?

Postado por: homilia
dezembro 14th, 2012

Depois de Jesus ter exaltado a pessoa de João Batista, agora Ele se volta para a multidão e lhes dirige uma pequena e rústica parábola das crianças nas praças. O Senhor reconhecia em João Batista um profeta que abria novos caminhos em face da rígida e opressora religião do Templo de Jerusalém e das sinagogas. Jesus se fez discípulo de João, recebendo seu batismo e, depois, Ele próprio, inicia seu ministério com o mesmo anúncio do Batista:“Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Na elementar parábola narrada por Jesus, um grupo de crianças tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou tristeza, porém, o outro grupo os rejeita. Então, o próprio Jesus passa a explicá-la.
João Batista fez seu anúncio da conversão de maneira austera, nas regiões desérticas do Jordão, e foi acusado de “ter um demônio”. Jesus, por sua vez, anunciando a chegada do Reino dos Céus de maneira simples e comum, no meio do povo, comendo com os pecadores e publicanos, é chamado de “comilão e beberrão”. Os chefes religiosos, que veem em João e em Jesus uma ameaça ao seu poder, procuram difamá-los diante do povo. Porém, o povo reconhece a sabedoria da mensagem de Jesus e a recebe com alegria e esperança.
“Mas que gente difícil aquela, a quem Jesus fora enviado!” Afinal, eles haviam recusado a sabedoria de Deus – que primeiro se apresentara no ascetismo de João Batista – e depois a condescendência de Jesus para com os pecadores e excluídos do seu tempo. Corremos o risco de dizer isto a respeito daquela gente do tempo de Jesus. Não será que Jesus nos está dirigindo também a mesmíssima mensagem?
Vivemos um tempo muito forte em críticas, muitas vezes, infundadas. Críticas “sem pés nem cabeça”. E, como ontem, Jesus continua insistentemente dizendo: “Com quem vou comparar esta geração?”
Cristo se apresentou aos homens com uma nova mensagem: mensagem do amor, da paz, da justiça, da partilha, da solidariedade, da reconciliação e, sobretudo, da misericórdia. Mas Ele não foi compreendido e acolhido. Somente os simples, os humildes, os disponíveis, os amigos da Verdade a Ele aderiram, reconhecendo n’Ele o ponto de chegada de toda a Lei e os Profetas. Os outros, principalmente os chefes do povo, puseram-se contra Ele e o rejeitaram.
Todavia, por ser forte, Jesus soube compreender os fracos e os reerguer, dando-lhes uma nova dignidade de viver entre os irmãos. Se, enquanto fracos, condenavam os outros, agora, fortalecidos por Cristo e com Cristo, eles devem perdoar para que permaneçam sempre fortes. Já que os fracos condenam e os fortes perdoam.
Peçamos a Jesus que nos ensine a perdoar para sermos a geração dos fortes, a fim de suportarmos as fraquezas dos mais débeis como nos ensina São Paulo. E que São João da Cruz, cuja memória celebramos no dia de hoje, ajude-nos e interceda por nós para que saibamos suportar os sofrimentos e, neles, descubramos o mistério da Cruz de Cristo, que é a fonte da nossa Salvação.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 14/12/2012

Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja humilde, generosa e acolhedora de todos os nossos companheiros de viagem nesta vida. Que estejamos sempre prontos para cuidar dos irmãos, seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos uma Igreja humilde, generosa e acolhedora de todos os nossos companheiros na viagem desta vida. Que estejamos sempre prontos para cuidar dos irmãos, seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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