sábado, 10 de novembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/11/2018

ANO B


Lc 16,9-15

Comentário do Evangelho

A riqueza iníqua

Esta fala de Jesus complementa a parábola do administrador desonesto e esperto (Lc 16,1-8). A tônica é a iniquidade do dinheiro e os fariseus são mencionados como sendo amigos do dinheiro, e zombavam de Jesus.
Na tradição cristã antiga, os Padres da Igreja tinham grande empenho em denunciar a injustiça da acumulação de riqueza. Isto porque tinham consciência de que esta acumulação se faz com o sacrifício das maiorias humildes, tímidas e submissas. Estes Padres da Igreja já proclamavam o sentido social dos bens da criação. A riqueza iníqua acumulada por alguns é obtida pela espoliação dos demais. Assim, cabe a justa partilha dos bens para que todos tenham condições dignas de vida.
Hoje, os arrogantes e poderosos adoradores do dinheiro desrespeitam os direitos humanos e matam pela fome e pela guerra. Tornam-se assim detestáveis para Deus e para os povos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.
Fonte: Paulinas em 10/11/2012

Vivendo a Palavra

Também o Evangelho trata do delicado assunto: o dinheiro. E o faz de forma radical: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. A generosidade e o desapego podem fazer dos nossos bens um meio para socorrer os irmãos, mas a ambição e o egoísmo, com certeza nos afastarão do Caminho do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em10/11/2012

VIVENDO A PALAVRA

Também no Evangelho Jesus trata do delicado assunto abordado por Paulo – o dinheiro. E o faz de forma radical: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. A generosidade e o desapego podem permitir que façamos dos nossos bens meios eficazes para socorrer os irmãos, mas a ambição e o egoísmo, com certeza, nos afastarão do Caminho do Reino.

Reflexão

Devemos usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos. De fato, o dinheiro é sempre uma realidade injusta, independentemente da forma como foi conquistado, porque vai sempre significar separação, apossamento, divisões e condições de vida diferentes, gerando oportunidades diferentes e privilégios, além de uma concorrência sempre injusta com os nossos irmãos e irmãs. Por isso, Jesus diz que ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos significa usar de tudo o que o dinheiro nos concede, tanto em termos de bens materiais como pessoais, como por exemplo a formação profissional, para a construção do Reino e a promoção da dignidade de todos.
Fonte: CNBB em 10/11/2012

Reflexão

As riquezas humanas são denominadas injustas, não porque sejam ruins em si, mas porque desviam a pessoa da verdadeira riqueza (cf. Lc 12,21). A Deus pertence a terra (cf. Sl 24,1). Tudo vem de Deus e deve ser colocado a serviço da comunhão universal. O egoísmo humano é que faz dos bens terrenos causa de exploração. Por isso, Jesus nos alerta: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Todo cristão escolhe servir a Deus. O dinheiro é meio de subsistência das pessoas e condição para projetos que venham beneficiar a sociedade. Nunca para ser acumulado ou favorecer poucas pessoas em detrimento das outras. O que dizer, então, de uma sociedade em que uma minoria continua nadando na riqueza, enquanto seus semelhantes, a maioria, sobrevivem na miséria?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

SER FIEL EM TUDO

O discípulo prima pela fidelidade total ao Reino. Não abre mão de ser fiel nem nas pequenas coisas. Sua vida, portanto, não está dividida entre a fidelidade a Deus e a fidelidade ao dinheiro. É impossível conciliar as exigências de ambos. Por isso, quem ama a Deus recusa-se a nortear sua vida pelas exigências do dinheiro. Quem ama o dinheiro é porque não aceita ser guiado pela vontade de Deus.
Enquanto o amor a Deus exige a partilha dos bens, o amor ao dinheiro leva a concentrá-los. Quem ama a Deus, vê no próximo um irmão a quem deve amar e socorrer. Quem ama o dinheiro transforma-o em objeto de exploração e não tem escrúpulos de usá-lo para satisfazer os próprios caprichos. O amor a Deus leva, também, a amar a natureza, à qual se busca proteger e preservar. O amor ao dinheiro, quando se visa somente o lucro, considera-a como fonte inesgotável e barata de riqueza e dela usufrui, sem remorso de destrui-la. O amor a Deus leva o discípulo a pautar sua vida pela Lei de Deus. O amor ao dinheiro incentiva o indivíduo a orientar-se pelo próprio egoísmo, transformado em lei suprema de seus atos.
Não existe meio termo, quando o discípulo é colocado diante destas duas opções. Por outro lado, é inútil querer acobertar, com ares de piedade, suas más ações, movidas pelo amor ao dinheiro. Deus conhece o coração das pessoas e sabe em quem ele está centrado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração indiviso, centrado unicamente na vontade do Pai, e que não se deixa contaminar pelo amor ao dinheiro.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um trabalho de Formiguinha
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Lembro-me dos tempos na Fábrica de Cimento, quando participava de algumas reuniões na área comercial, ouvindo palestras motivacionais que eram feitas para que os funcionários tomassem consciência do trabalho em equipe, de acordo com a moderna gestão.
Na relação com o cliente o Diretor pediu toda a atenção do pessoal da linha de frente, com os chamados "Formiguinhas" do consumo, ele dizia que não se pode só focar os grandes clientes , gigantes da construção civil, mas é necessária uma atenção especial aos pequenos, aquele pedreiro que compra dois sacos de cimento na Loja da esquina, o que ele acha do produto, o que ele pensa, pois sem o consumo dessas formiguinhas, a meta não será atingida, já que eles, naquela ocasião, eram responsáveis por uma fatia de 60 por cento da produção.
O Cristianismo é algo de alcance mundial, entretanto, ele se constitui de pequenos gestos do dia a dia, que vão dando visibilidade á nossa Fé. Muitas vezes fazemos planejamento de grandes coisas, entretanto, no dia a dia vamos levando de qualquer jeito, sem se importar com o nosso testemunho ,naquele momento em que estamos caminhando a pé, ou no trânsito, ou na fila de um banco, ou conectados na internet em alguma rede social, na Feira livre, em meio a torcida em um jogo de futebol, no pagamento de pequenas contas, e vai por aí afora. Tudo o que vivemos em cada momento do dia a dia durante a semana, depois vamos celebrar na missa dominical. E o que foi que vivemos? Houve gestos pequenos de solidariedade, de atenção, de ajuda a alguém, de uma gentileza?
Vejam bem que Jesus diz em um outro evangelho, que até quem der um copo de água a um desses pequenos, não ficará sem a sua recompensa... Aí está, em todas essas pequenas coisas vamos confirmando a nossa Fé e a nossa opção por Jesus e o seu Reino.
Saber conquistar as pessoas, fazer muitos amigos, mesmo com a riqueza injusta, ( aqui, Jesus nos lembra da atitude daquele administrador desonesto, estão lembrados? A reflexão do dia de ontem...) isso significa dizer, que devemos ter uma boa estratégia.
Na conclusão do evangelho Jesus explica o por quê da importância dos pequenos gestos, é que não podemos estar divididos, celebrar algo grandioso no domingo, e depois nos dias da semana, nos pequenos gestos e atitudes, jogar tudo fora, dando um péssimo testemunho no trânsito, na família, na relação com as pessoas. Então a coerência e a fidelidade são extremamente importantes nas pequenas coisas de nossa Vida. Lembre-se, os grandes empreendimentos nada mais são do que a soma de pequenos projetos, o Reino de Deus é o maior de todos os empreendimentos, mas ele é feito exatamente das nossas pequenas atitudes, que tendo por única referência o evangelho, vão dando no dia a dia uma bela visibilidade ao Reino que Jesus inaugurou no meio de nós...

2. Vós pareceis justos, mas Deus conhece vossos corações
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Ainda na quarta etapa da subida a Jerusalém, formando seus discípulos, Jesus lhes fala do uso do dinheiro, tema caro ao evangelista São Lucas. O dinheiro é bom, é um instrumento de comunicação entre nós e precisamos dele para sobreviver no mundo atual. Podia ser diferente, mas é com dinheiro que compramos e pagamos. O texto que hoje lemos é conclusão da parábola do administrador que perdeu o emprego. Conversando com os discípulos, Jesus lhes fala em fazer amigos com o dinheiro da iniquidade para sermos recebidos por eles nos tabernáculos eternos. Trata-se de, com o dinheiro que temos, fazer amigos que nos recebam no céu. O dinheiro é um instrumento para se fazer o bem, e não uma divindade para ser adorada. Jesus diz também que é preciso ser honesto no uso do dinheiro, pessoal e alheio. O amigo que nos vai receber no céu é Jesus, que se identifica aqui na terra com o faminto, o sedento, o nu, o andarilho, os deserdados deste mundo.

HOMILIA DIÁRIA

O pobre é o seu passaporte para o Céu

Postado por: homilia
novembro 10th, 2012

Depois de ter contado a parábola do administrador desonesto, Jesus volta ao tema e nos aponta para a importância das escolhas de fundo, a fidelidade nas pequenas e grandes coisas. O que na verdade marca o itinerário nosso para o céu é a vivência da pobreza e do desapego.
Sabendo que as riquezas humanas são ditas injustas, não porque más em si, mas porque desviam o homem da verdadeira riqueza. Aliás, se costuma dizer que o poder corrompe.
Assim, a Palavra de Deus hoje quer que tenhamos idéias claras sobre o papel do dinheiro na vida. O cristão sabe que o mundo, com todos os seus bens são de Deus. E que pessoas e Estados são simplesmente administradores. Tudo vem de Deus em função da comunhão humana. O nosso egoísmo é que faz deles motivos de exploração. Cada um de nós não pode, por si só, revolucionar um sistema econômico como o nosso, baseando-se exclusivamente na competição. Mas o testemunho de um grupo de cristãos, mesmo reduzido, é um ponto luminoso. E vários pontos podem iluminar o mundo, para que este veja as coisas diversamente. Também aqui o testemunho cristão é essencialmente comunitário. O cristão não quer ter mais do que o necessário, para que os outros não fiquem sem o necessário.
A grande lição de Jesus hoje é da fidelidade, do serviço e da prática do bem em favor dos pobres. Essa é a dignidade de quem abraça o Reino. Pois são eles que nos receberão no Reino dos Céus. Por isso, toda a caridade praticada principalmente aos pobres – por serem os menos favorecidos – é bálsamo para a eternidade.
Quero recordá-lo que, se somos fiéis no amor aos outros, seremos imediatamente alvos das palavras de Jesus: “Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois, se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?”
Seja fiel e abrace o pobre, e não se envergonhe pelo que os de fora possam dizer a seu respeito. O pobre é o seu passaporte para o Céu. Saiba que Deus conhece o seu coração. Até porque a esperteza dos homens é nula aos olhos de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 10/11/2012

Oração Final
Pai Santo, nós damos graças pelos bens e talentos com que nos cumulaste. Dá-nos, também, Pai amado, inteligência e disposição para cultivarmos e desenvolvermos os nossos talentos e generosidade para colocá-los todos a serviço dos companheiros de caminhada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós Te damos graças pelos bens e talentos que nos ofereces. Dá-nos, também, amado Pai, sabedoria e disposição para cultivar e desenvolver esses mesmos dons e generosidade para colocá-los todos a serviço dos companheiros de caminhada nesta terra cheia de encantos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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