domingo, 21 de outubro de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 21/10/2018



LEITURA ORANTE

Mc 10,35-45: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir


HOJE, 21 DE OUTUBRO DE 2018 É DIA MUNDIAL DAS MISSÕES

Leia a Mensagem do Papa Francisco em:


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- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus,
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 10,35-45, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Depois Tiago e João, filhos de Zebedeu, chegaram perto de Jesus e disseram:
- Mestre, queremos lhe pedir um favor.
- O que vocês querem que eu faça para vocês? - perguntou Jesus.
Eles responderam:
- Quando o senhor sentar-se no trono do seu Reino glorioso, deixe que um de nós se sente à sua direita, e o outro, à sua esquerda.
Jesus respondeu:
- Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber e podem ser batizados como eu vou ser batizado?
Eles disseram:
- Podemos.
Então Jesus disse:
- De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber e receberão o batismo com que vou ser batizado. Mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi Deus quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser. Quando os outros dez discípulos ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse:
- Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles e mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de todos. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.
Tiago e João pedem a Jesus um favor. Um favor pretensioso: queriam sentar-se à direita e à esquerda do Mestre no Reino glorioso.Os filhos de Zebedeu sonham com honrarias, poder, destaque. Querem estar acima dos demais apóstolos. E Jesus lhes diz mais uma vez que seu Reino não é este que eles sonham. É um Reino onde quem quer ser mais importante serve os demais e quem quer ser o primeiro deve se tornar escravo dos outros.  A comunidade do Mestre rege-se por critérios e atitudes opostas aos critérios do mundo.  A ambição e o desejo de ser o melhor e o maior são substituídos pelo espírito de serviço. Não no sentido de que o serviço é exercido para obter o primeiro lugar, mas no sentido de que no serviço reside a dignidade. A referência ao cálice e ao batismo pode ser interpretada como a Eucaristia e o batismo como participação no mistério pascal de Cristo. O Mestre convida Tiago e João a reverem seu pedido a partir de uma revisão da mentalidade. E a assumirem os critérios do Reino.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Minha vida reflete as atitudes de Tiago e João?
O meu Projeto de vida traz os critérios do Mestre Jesus Cristo?
Os bispos da América Latina me animam: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou” (DAp 18).

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo Oração do Mês Missionário 2018
Deus Pai, Filho e Espírito Santo,
nós Vos louvamos e bendizemos
pela Vossa comunhão,
princípio e fonte da missão.
Ajudai-nos, à luz do Evangelho da paz,
testemunhar com esperança,
um mundo de justiça e diálogo,
de honestidade e verdade,
sem ódio e sem violência.
Ajudai-nos a sermos todos irmãos e irmãs,
seguindo Jesus Cristo
rumo ao Reino definitivo.
Amém.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos do Mestre.
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme os critérios de Jesus Mestre.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Leitura Orante
29° Domingo Tempo Comum, 21 de outubro de 2018


IGREJA: comunidade de servidores

“Aquele dentre vós que quiser tornar-se grande seja vosso servidor” (Mc 10,43)

Texto Bíblico: Marcos 10,35-45

1 – O que diz o texto?

Jesus segue o caminho para Jerusalém; enquanto isso, vai revelando aos seus discípulos as consequências de sua entrega em favor dos últimos e excluídos. Pois, todo aquele que investe sua vida a serviço da vida, sempre encontrará oposições, perseguições e morte.
Marcos, ao anunciar três vezes a paixão de Jesus, está revelando o preço da fidelidade ao Reino de Vida. Ao descrever, depois de cada anúncio, a resistência e a incompreensão dos discípulos, está nos advertindo sobre a dificuldade do verdadeiro seguimento. Depois do primeiro anúncio, Pedro quer desviar Jesus do caminho de fidelidade que o levará à Cruz e morte; depois do segundo, os discípulos continuam discutindo quem era o maior entre eles.
Hoje, no terceiro anúncio da paixão, os dois irmãos, Tiago e João, pretendem sentar-se, um à direita e outro à esquerda de Jesus, no seu Reino, Não há maior contraste entre a atitude do Mestre e a de seus seguidores; estão em diferentes amplitudes de onda.
Os outros dez se indignaram. Esta reação é apenas um sinal de que todos estavam na mesma dinâmica. Os outros discípulos tinham as mesmas ambições dos dois irmãos, mas eram covardes e não tinham a coragem de manifestá-las. Também no protesto pelo que o outro faz podemos manifestar o desejo de fazer o mesmo. Como a imensa maioria dos cristãos, continuamos tentando manipular Deus em nosso proveito.
Embora manifestem o desejo de caminhar com Jesus, Tiago e João deixam transparecer que carrega no coração o impulso para dominar e impor-se sobre os outros. Esta busca de poder destrói a paz e as relações entre os membros de uma comunidade que se diz seguidora daquele que não buscou o poder, mas o serviço.
Todos temos algo ou muito dos “filhos de Zebedeu” em nosso interior. Quanta afetividade mal resolvida procura se satisfazer com doses de poder! Essas doses na veia existencial é a morfina para acalmar problemas mais profundos. Os sedativos não curam nada, mas nos deixam anestesiados.
Quanto mais desintegrada a afetividade, mais despóticos e tirânicos nos tornamos. Os fanatismos, as intolerâncias, a violência e o ódio, o afã de se impor sobre os outros..., tem sua incubadora em uma afetividade não ou mal resolvida. Mesmo quando, na prática, não temos chances de exercer o poder, nos projetamos e nos identificamos com alguém que visibiliza as mazelas de nossa interioridade não integrada.
Todos somos chamados à revolução do serviço, crentes e não crente, de todas as religiões e culturas. Coloquemos a serviço da vida os dons particulares, as habilidades, a profissão, os estudos, a sabedoria herdada de nossos antepassados, a capacidade de denúncia diante dos abusos, a luta contra a corrupção e a hipocrisia, a violência e o ódio.
Como cristãos, somos chamados a um “serviço amoroso”, gerador de vida e vida em plenitude.

2 – O que o texto diz para mim?

Seguindo a linha do profetismo crítico, Jesus desmascara a trama oculta da busca do poder: “Sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam”. Dessa forma alude a uma conduta que, a seu juízo, é clara entre os poderosos deste mundo.
Jesus apostou na vida de todos os seres humanos e não se deixou subornar por nenhum poder destruidor de vidas. Ele convidou ao serviço e à solidariedade como novidade radical.
Sua fidelidade ao Reino se tornou transparente e iluminadora no seu ministério em favor da vida.
O Deus que Ele nos revelou é o Deus que se faz presente no pequeno, no simples, naqueles que não tem voz e nem vez neste mundo. Não é o Deus do poder absoluto, nem o Deus que exige obediência e submissão àqueles que se apresentam como representantes do divino.
O Deus de Jesus é o Deus que responde e correspondem aos anseios de respeito, dignidade e felicidade, que todos trazem inscritos no sangue de suas vidas e nos sentimentos mais autênticos e nobres.
O Deus Misericordioso não impulsiona ninguém a desejar poderes, por mais nobres que pareçam ser. Ele é o Deus que só legitima a identificação e até a fusão com o destino das vítimas deste mundo.
Por isso, os discípulos de Jesus (e toda a Igreja) devem renunciar toda expressão de poder, os métodos de força, imposição e domínio que os poderosos deste mundo exercem sobre as pessoas.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Não há, para Jesus, um poder mau (próprio dos tiranos) e outro bom (que seria próprio de seus discípulos). Todo poder é, no fundo, destruidor, toda imposição é má. Por isso, Jesus não quer melhorar o poder (convertê-lo), mas superá-lo na raiz, isto é, não deixar que ele se manifeste.
Jesus não veio fundar hierarquias entendidas em chave de honra, poder e prioridade social ou espiritual. Ele iniciou, sim, um movimento humanizador, onde o poder não tem lugar. A partir daqui, é que se entende seu apelo ao seguimento, que implica uma inversão a respeito da ordem antiga: o poder (desejo de domínio) deve tornar-se gratuidade, gesto de amor desinteressado pelos outros, serviço comprometido...
Os discípulos tiveram dificuldades em compreender que o Seguimento passa pela implicação pessoal na solidariedade com as minorias e excluídos, pela denúncia do poder dominador e manipulador, gerador de morte. Eles queriam um líder triunfador que dividisse o poder com eles; por isso, lhes custou crer que a marca do Mestre de Nazaré é a vida que se doa para que o outro viva.
Ao colocar-se nessa atitude de serviço em relação ao mundo, a comunidade dos(as) seguidores(as) espelha-se em seu Senhor, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por todos. Estar a serviço é uma atitude gratuita que brota do amor, que faz a pessoa “sair” de si mesma e ir ao encontro do outro; coloca seu centro de atenção não em si, mas no outro e na coletividade, visando o bem de todos.
A atitude do serviço é o oposto do egoísmo autorreferencial, que leva o indivíduo a viver somente para si, tendo em vista os próprios interesses. O caminho do Seguimento de Jesus desconstrói essa lógica rasteira do egoísmo interesseiro e descortina perspectivas novas que, pela doação de si no serviço generoso, abrem os horizontes da pessoa para o verdadeiro sentido da vida e da realização humana.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Amar servindo e servir amando: este é o sentido de minha missão cristã.
Senhor, tal amor e espírito de serviço concretizaram-se na generosa doação de tantos cristãos que, ao longo dos séculos, ofereceram e continuam oferecendo a vida a serviço dos outros em hospitais, creches, orfanatos, asilos, escolas, universidades, e numa infinidade de projetos e pastorais que atendem, sobretudo aos mais necessitados. Assim, a Igreja presta serviço formando gerações, influenciando culturas, salvando vidas, infundindo e consolidando valores em meio à sociedade onde se situa.
Jesus, com seu modo original de ser e viver me coloca diante da tentação que sempre me ameaça: o gosto do poder, da comodidade, das pompas, do querer ser como os “chefes das nações”, de ter privilégios, de ser servido. Sua proposta de vida é de uma sabedoria e de uma humanidade finíssima; seu horizonte é o serviço.
Mudar poder por serviço é a chave. A partir do serviço, a hipocrisia e a corrupção do poder se estatelam contra o solo; o serviço me situa e situa a todos no mesmo nível, o horizontal: ninguém é mais que ninguém. Aclarando que serviço não é servilismo, que é do que se vale qualquer poder.
Jesus propõe o serviço como uma verdadeira revolução e é Ele quem dá o primeiro passo, rompendo esquemas, indicando que o caminho não é o poder que se impõe, mas a “descida” solidária.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Sou chamada à revolução do serviço.
Colocar a serviço da vida os dons particulares, as habilidades, a profissão, os estudos, a sabedoria herdada de meus antepassados, a capacidade de denúncia diante dos abusos, a luta contra a corrupção e a hipocrisia, a violência e o ódio.
Como cristã, sou chamada a um “serviço amoroso”, gerador de vida e vida em plenitude.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Marcos 10,35-45
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Tuas palavras passam ao largo – fx 04 (04:21)
Autor e intérprete: Antonio Cardoso
CD: Uma casa iluminada por Jesus
Gravadora: Paulinas Comep

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