sábado, 20 de outubro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 20/10/2018

ANO B


Lc 12,8-12

Comentário do Evangelho

Chamado ao testemunho

Prevenindo os discípulos contra a doutrina dos fariseus, Jesus dá continuidade à sua fala.
Declarar-se por Jesus diante do povo significa assumir a tarefa de testemunhar o seu amor libertador e vivificante. Este testemunho implica a inserção na comunidade de discípulos, onde se vive o amor fraterno e o serviço. A comunidade missionária é chamada a dar o testemunho diante de todo o povo e ao mundo.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição do próprio perdão e do dom da vida eterna por Deus. Os chefes religiosos de Jerusalém, ao dizerem que Jesus estava possuído por um espírito impuro, blasfemavam contra o Espírito Santo manifesto em Jesus. Na cegueira do amor ao poder e ao dinheiro perde-se o amor, a paz e a própria vida.
A comunidade em missão estará sujeita a perseguições e prisões que advirão. As provações de Jesus são também, ao longo do tempo, as provações dos discípulos. Os verdadeiros discípulos, conduzidos pelo Espírito Santo, são aqueles que deixam tudo e anunciam, empenhando-se na libertação dos oprimidos e no serviço à vida a ser levada à sua plenitude.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, seja eu instruído pelo Espírito Santo, para estar sempre pronto a dar testemunho corajoso de minha fé em teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 20/10/2012

Vivendo a Palavra

Jesus nos diz que nossa missão – a evangelização, o anúncio de que o Reino do Céu já está em nós, ainda que não em plenitude – deve ser feita mais pelo testemunho de vida do que pela pregação. E a pregação só produzirá frutos duradouros se for coerente com uma experiência existencial do Amor de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos diz que nossa missão – a evangelização (que significa: o anúncio aos irmãos de que o Reino do Céu já está em nós, ainda que não em plenitude) – deve ser feita mais pelo testemunho de vida do que pela pregação por palavras. E nossa pregação só produzirá frutos se não for uma repetição do que ouvimos dizer, mas fruto da própria experiência existencial que vivemos do Amor de Deus.

Reflexão

Durante o trabalho evangelizador, sempre somos assistidos pelo Espírito Santo. Somente com a sua ação é que podemos ser verdadeiras testemunhas de Jesus e o nosso trabalho pode produzir frutos que permanecem para a vida eterna. O Espírito Santo nos dá coragem e sabedoria para que possamos testemunhar Jesus e permanecer fiéis a ele até mesmo nos momentos mais difíceis. A história da Igreja está repleta de exemplos de santos e santas que, no momento do martírio, foram fiéis ao Espírito Santo e, além do derramamento de sangue, nos deixaram belas páginas sobre o amor a Deus.
Fonte: CNBB em 20/10/2012

Reflexão

Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (cf. Lc 1,35). E pelo mesmo Espírito, realiza curas e expulsa demônios. No dia da ressurreição, com o sopro do Espírito, Jesus dá aos discípulos o poder de perdoar pecados. Antes de enviá-los a evangelizar o mundo inteiro, recomenda-lhes que esperem “na cidade, até serem revestidos da força do Alto” (Lc 24,49). Blasfemar contra o Espírito Santo é negar a bondade da ação libertadora de Jesus. É atribuir aos poderes do mal o que na verdade é obra divina. É não aceitar Jesus como o enviado de Deus. Blasfemar contra o Espírito Santo é querer eliminar o motor do Reino de Deus e da vida da Igreja. Diante dos tribunais, os cristãos perseguidos terão a assistência do Espirito Santo, que “vai lhes ensinar o que eles deverão dizer”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A AJUDA DO ESPÍRITO SANTO

A vida do discípulo explica-se como serviço total e exclusivo a Jesus e ao Reino anunciado por ele. Sua função é a de dar testemunho e levar adiante sua missão, não retrocedendo diante das dificuldades e dos desafios. A glória do discípulo consiste exatamente em poder ser considerado digno de dar a suprema prova de sua fé: entregar a própria vida. É assim que ele comprova seu amor a Jesus e a sinceridade de sua opção.
Existem, porém, discípulos que, quando confrontados por causa de sua fé, sentem-se incapazes de mostrar-se valorosos. Chegam até mesmo a negar Jesus, declarando desconhecê-lo, como se não fossem do número de seus seguidores. É a negação da condição de discípulo e uma forma de desprezo pelo Mestre. Por isso, quando chegar a hora de comparecer diante do Pai, Jesus não os reconhecerá como discípulos seus. O gesto de renegar Jesus é expressão de falta de fé.
O Mestre havia garantido que os discípulos poderiam contar com a ajuda do Espírito Santo, nos momentos de dificuldade. Este seria seu defensor, dando-lhes coragem para enfrentar toda sorte de acusação. Quem fraqueja, é porque não tem suficiente confiança na ajuda prometida pelo Senhor. Pelo contrário, quem confia em Jesus e no Espírito prometido, dará seu testemunho de discípulo e servidor do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me sempre o teu Espírito Santo para me sustentar e inspirar quando eu for chamado a dar testemunho de ti.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Espírito Santo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eis uma frase muito polêmica que muitos pregadores em cima dela deitam e rolam, favorecendo esta ou aquela eclesiologia, esta ou aquela tendência. Afinal o que é o tão falado "Pecado contra o Espírito Santo", cada um tenta explicar de acordo com os seus interesses, se eu for de uma teologia mais conservadora, claro que vou dizer que, pecar contra o Espírito Santo é ser progressista, por exemplo, usando uma outra linguagem, dissimulando a verdade. Se ao contrário, eu for progressista, vou dizer que pecar contra o Espírito Santo é não pensar desta forma, mas ser ultra conservador.
Na casa onde moramos só entra quem nós permitirmos, se alguém entrar sem nossa autorização, é invasão de propriedade. De maneira bem simples, pecar contra o Espírito Santo é eu não aceitar, não acreditar e nem consentir que o Espírito de Deus haja em minha vida. É fechar a porta da nossa vida e não admitir interferência de Deus, mais ou menos o que já faz o homem da pós-modernidade. Acredito em Deus, mas Ele que fique prá lá, e eu para cá, fazendo o que me der na cabeça, fazendo o que eu acho certo, sem censura alguma. É o homem romper com Deus e levar a sua vida a bel prazer, truncando qualquer ação do Espírito Santo, recusando-se a perceber a presença do Divino em nossa existência.
Simplesmente porque o homem da pós-modernidade pensa que Deus só atrapalha, porque quer anular a Vontade Humana e parece até Cabo de Guerra, Deus puxa para um lado, e o homem para o outro. Naturalmente, indispor-se contra o Espírito Santo é não reconhecer Jesus diante dos homens, negando toda a obra da Salvação que ele realizou a nosso favor.
No Espírito Santo, Deus e Homem andam juntos, tornam-se parceiros, levando uma Vida em comunhão, blasfemar contra o Espírito Santo é menosprezar o seu Poder, é negar a sua Graça operante e santificante em nossa vida, é negar qualquer possibilidade de Salvação, ou ao contrário, acreditar que ela poderá acontecer por meios meramente humanos.
Jesus de Nazaré movia-se na Força do Espírito Santo, como ungido do Pai. Assim também deverá ser cada cristão, entretanto, apesar de todo Poder do Espírito, cada homem poderá abrir ou fechar-se a essa ação, pois, Deus só faz se o homem consentir fazendo uso da sua sagrada Liberdade...

2. Quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Ainda na segunda etapa da subida a Jerusalém, Jesus continua orientando os seus discípulos. Ele faz três afirmações. A primeira sobre quem está a favor dele ou o renega; a segunda sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo; e a terceira sobre o que dizer num tribunal. Jesus vai se declarar a favor de quem se declarar a favor dele, e quem o renegar, será por ele renegado. Jesus se refere a quem o conhece e sabe quem ele é. Peca contra o Espírito Santo quem não se alegra com o bem do outro. Não sei quem é Jesus, desconheço a Igreja, falo mal da religião, tudo isso está perdoado. O que não tem perdão é não se alegrar com o cego curado, com o aleijado que anda, com o mudo que fala. É preciso uma graça especial para saber quem é Jesus, mas o seu próximo você sabe quem é. Ele é igual a você! A indiferença endurece o coração humano, que não reage diante do bem dos outros. Às vezes o que se dá é o contrário: o bem do outro me incomoda. Por fim, esperando que não aconteça, se formos levados ao tribunal por causa da nossa fé e pelo bem que praticamos, não nos preocupemos. O advogado de defesa será o Espírito Santo. Se formos levados por culpa própria, que a punição nos converta.

HOMILIA DIÁRIA

Quero ver na vida!

Postado por: homilia
outubro 20th, 2012

Este Evangelho – como o de sexta-feira – pertence a um conjunto de ditos de Cristo. Consta de duas partes: os primeiros versículos mostram a fidelidade com a qual Cristo dará prova para aqueles que lhe forem fiéis: “Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. Mas aquele que me renegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. Todo aquele que disser alguma coisa contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado” (cf. Lc 12,8-10).
Os últimos versículos insistem, junto a nós, cristãos, para que não se deixem abalar pelo medo de testemunhar, de anunciar ao sermos perseguidos: “Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiqueis preocupados como ou com que vos defendereis, ou com o que direis. Pois, nessa hora, o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer” (cf. Lc 12,11-12).
Lembremos que Jesus também prometeu: “No mundo tereis aflições, mas coragem eu venci o mundo” e também “Estarei convosco todos os dias até os fins dos tempos”. Acredito que a forma mais potente de evangelizar hoje, nestes nossos tempos “quase” piores que os tempos de Jesus, seja o testemunho, falar com a vida, ou seja, confessar com o coração e a boca mas convencer com a prática: “Quero ver na vida!”. É o que o nosso mundo precisa.
Ao iniciarmos o Ano da fé, o Papa Bento XVI no final da carta Porta Fidei nos chama a atenção para uma dimensão importantíssima da fé: o testemunho. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2,22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3,15).
Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber com um olhar sempre novo as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim (cf. Porta Fidei n° 15).
Só uma “Igreja que confessa” é sinal de salvação. Uma Igreja, uma comunidade cheia de reservas e medos, fácil ao compromisso com outras realidades, incapaz de tomar posição diante das realidades, de deixar-se insultar e perseguir por suas posições, não é fiel a seu Senhor. Como poderá Ele “reconhecê-la”?
“A Igreja prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus” (14), avança peregrina anunciando a cruz e a morte do Senhor “até que Ele venha” (cf. 1 Cor 11,26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer – pela paciência e pela caridade – as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, para poder revelar, com fidelidade ao mundo o mistério do Senhor, até que por fim se manifeste em plena luz” (Lumem Gentium 8).
Portanto, a nossa vida com Cristo em sua Igreja precisa impregnar todas as nossas realidades e a fé perpassar tudo que fazemos. A fé como dom de Deus recebido no Batismo. É necessário crescer no conhecimento e aprofundar, confessar com a boca e o coração, celebrar e anunciar testemunhando esta fé que alimenta a nossa esperança.
Quando você for encontrar o Senhor, Ele vai lhe reconhecer? Como você tem vivido a sua fé?
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 20/10/2012

Oração Final
Pai Santo, que a nossa presença no mundo, mesmo quando silenciosa, seja sinal da nossa alegria e gratidão pelos dons inefáveis que nos ofereces – a Vida e a Fé – para serem partilhados com os companheiros de viagem. Seguimos, assim, o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a nossa presença no mundo, mesmo quando silenciosa, seja sinal da alegria e gratidão pelos dons inefáveis que nos ofereces – a Vida, a Fé, a Esperança e o Amor – para serem partilhados com os companheiros de viagem. Seguimos, assim, o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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