sexta-feira, 12 de outubro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/10/2018

ANO B


Lc 11,27-28

Comentário do Evangelho

A Bem-aventurança da Palavra praticada

Lucas apresenta, em uma breve narrativa que lhe é exclusiva, mais uma proclamação de bem-aventurança, dentre as várias registradas em seu evangelho. Aqui está expresso o mistério da encarnação. A simples condição humana é elevada à participação na vida divina, pela prática da vontade de Deus, revelada em Jesus. A vontade do Pai, manifesta em sua Palavra, é a solidariedade e fraternidade universal, de maneira a que todos tenham vida, e vida plena, sem exclusões.
Jesus cativa e impressiona as multidões. Assim, a mulher no meio da multidão, com sua sensibilidade própria, proclama Maria como bem-aventurada por ser a mãe de Jesus. Contudo, Jesus afirma algo maior que supera qualquer grandeza humana. É a prática da vontade de Deus, pela qual o amor vivido em plenitude, em comunhão com o próximo sem exclusões, significa a própria comunhão de vida com o Pai. A proclamação de Jesus sobre a prioridade da prática da vontade de Deus já foi manifestada no episódio em que a família de Jesus se aproxima, em um momento em que ele fala às multidões.
Além das oito bem-aventuranças agrupadas por Mateus no início do Sermão da Montanha, e das quatro correspondentes de Lucas, estes dois evangelistas distribuem várias outras bem-aventuranças ao longo de seus evangelhos. O termo "bem-aventurança" (tradução do grego makarismós) exprime uma felicidade sublime e divina, que a diferencia e eleva acima da desejada e limitada felicidade humana.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender sempre mais que a grandeza de Maria consistiu em ser fiel à tua Palavra acolhida e posta em prática com generosidade sem limites.
Fonte: Paulinas em 13/10/2012

Vivendo a Palavra

O Filho, Jesus, declara que Maria, sua Mãe, já feliz por tê-lo gerado, é ainda mais feliz porque ouviu a Palavra do Pai e a viveu. Deixa, assim, para os seus discípulos pelos tempos a fora, aberta a porta da maior felicidade: basta que ouçamos a Palavra, que a coloquemos em prática e, vivendo-a, tornemos esta vida cheia de encantamento.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Jesus, declara que Maria, sua Mãe, que já era feliz por tê-lo gerado, é ainda mais feliz porque ouviu a Palavra do Pai e a colocou em prática. Deixa, assim, para os seus discípulos pelos tempos afora, aberta a porta da maior felicidade: basta que ouçamos a Palavra, que a coloquemos em prática e, assim vivendo-a, tornemos esta vida cheia de encantamento.

Reflexão

A maternidade carnal de Maria é muito importante e, é claro, muito valorizada por Jesus, mas é apenas uma maternidade, algo que faz parte da natureza de todas as mulheres. No Evangelho de hoje, Jesus contrasta a maternidade carnal de sua mãe com a grandeza da fé e do seguimento dos valores do Reino, o que não faz parte da natureza humana, mas é fruto da atuação da graça divina em nós, e que fazia parte da vida de Maria. Mas Maria, quando se dispôs a fazer a vontade de Deus e disse Sim ao seu projeto de amor, foi muito além, pois sua maternidade não foi apenas carnal, foi divina.
Fonte: CNBB em 13/10/2012

Reflexão

Uma voz feminina, e talvez materna, se dirige a Jesus glorificando sua mãe, fazendo eco às palavras de Isabel: “Feliz aquela que acre- ditou…” (Lc 1,45). A mãe de Jesus é elogiada duplamente: por ser sua mãe biológica e por cumprir fielmente a Palavra do Senhor. Com sua resposta, Jesus nos mostra que, aos olhos de Deus, não importam valores secundários por si: raça, inteligência e outros predicativos humanos. Tudo deve estar relacionado com o projeto do Reino de Deus. Ouvir a Palavra de Deus e colocá-la em prática, assumindo as consequências dessa escolha, isso é o que faz a pessoa tornar-se, de fato, a família de Jesus. Nessa bem-aventurança (“Felizes…”), Jesus inclui todos os que, como sua mãe, sabem aceitar a Palavra de Deus e praticá-la.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

FELIZ QUEM PRATICA A PALAVRA

Uma mulher, exaltando publicamente a mãe de Jesus, fez-se porta-voz do sentimento da multidão. Deveria ser magnífica a criatura que deu à luz um ser tão extraordinário como era Jesus. Seus prodígios estavam aí para demonstrar quem ele era!
Entretanto, Jesus a corrigiu: mais digno de louvor é quem se torna discípulo do Reino, ou seja, ouve a palavra de Deus e pauta sua vida por ela.
Evidentemente, a mãe de Jesus não estava excluída desta categoria. Ela foi a humilde serva que se colocou toda à disposição do Pai. Ser mãe do Filho de Deus resultava de sua condição de mulher obediente à vontade divina. A mãe era bem-aventurada por se ter feito discípula.
Proclamando a bem-aventurança do discipulado, Jesus convidava a multidão a se fazer discípula. Seria muito pouco deter-se na exaltação da mãe, sem se tornar discípulo do Filho. Isto não passaria de uma constatação superficial, se não resultasse numa opção radical pelo Reino anunciado por Jesus. O que se dá, quando a Palavra de Deus é ouvida e praticada. Essa é a maior experiência de felicidade que um ser humano pode fazer. Felicidade por ter alicerçado sua vida em fundamentos sólidos! Felicidade por ter encontrado o verdadeiro sentido da vida humana!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu experimente a felicidade de ser discípulo do Reino, ouvindo a Palavra de Deus e a pondo em prática de forma radical.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ouvir a Palavra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Maria de Nazaré cresceu ouvindo a Palavra de Deus, antes de acolher o Verbo Divino em suas entranhas, ela o havia acolhido em seu coração através da Santa Palavra. O poder e a força do "Faça-se" de Deus Criador, ao criar todas as coisas, agora se repete, ao iniciar a nova criação, é a Palavra que gera Cristo em nós, é a Palavra que nos leva a Fé, por isso é libertadora e nos renova e de certa forma nos recria.
A mulher que ouviu Jesus louvou-o pela Mãe que o gerou e o acolheu em seu ventre bendito, e Jesus, longe de desmerecê-la, vai engrandecê-la ainda mais. Maria foi a primeira a acreditar, tão logo ouviu a Palavra. E a Palavra gerou nela a Graça e o resto foi conseqüência. Deus não chegou de repente na Vida de Maria, não veio como um intruso, como um invasor, como um estranho no ninho, mas já estava nela, já a tinha preservado desde a sua origem, e Maria foi correspondendo ao chamado, isso é, foi ouvindo e abrindo a sua alma e todo o seu ser a Deus.
O Dom da maternidade Divina estava assim delineado pelo Criador, mas nada iria acontecer sem primeiro Maria dar a sua resposta, o seu SIM generoso, o seu consentimento para que Deus pudesse agir em sua vida e na Vida da HUMANIDADE.
Maria se fez serva porque era livre, poderia ter feito outra escolha, poderia ter tomado outra decisão em sua vida, Deus não manipula ninguém, chama e convida, apresenta e propõe, mas depende de cada homem e mulher aceitá-lo ou rejeitá-lo. A Palavra de Deus deve ser acolhida em nós como um embrião Divino que nos transforma em Novas criaturas. Mas esse embrião precisa ser gestado com paciência e prudência, o ser humano é frágil e marcado por tantas limitações, entretanto comporta em si o transcendental, o mistério do qual só Deus tem a chave.

2. Felizes os que ouvem a Palavra e a põem em prática
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A segunda etapa da subida a Jerusalém começou com Jesus sendo acolhido na casa de Marta e Maria. Maria se sentou aos pés de Jesus e escutava a sua palavra. Jesus disse que ela escolheu a melhor parte. Hoje, uma mulher elogiou a Mãe de Jesus. “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram.” “Feliz a tua mãe pelo filho que ela teve!” E Jesus respondeu que feliz mesmo é quem ouve a Palavra de Deus e a põe em prática. Ouvir a Palavra de Deus, ler a Palavra de Deus, meditá-la, rezar com ela, tudo isso faz parte da vida do discípulo de Jesus. Não basta, porém, ouvir. É preciso praticar. É bom ser Marta, Maria.
O Apóstolo São Tiago, escrevendo aos cristãos, dizia: “Seja cada um de vocês pronto para ouvir, mas lento para falar e para se irar. Recebam com docilidade a Palavra que foi plantada no coração de vocês. Tornem-se praticantes da Palavra e não simples ouvintes. Não enganem a si mesmos. Quem ouve e não pratica é como quem olha no espelho e logo se esquece de como é. Quem não é ouvinte esquecido, mas pratica o que a Lei perfeita da liberdade ensina, esse é feliz naquilo que faz”. A Mãe de Jesus era feliz por ter dado à luz esse Filho, e era feliz por ouvir e praticar a Palavra de Deus. Dizia ela que todas as gerações a chamariam de feliz ou bem-aventurada, porque, afinal, foi da sua carne que a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Ajude-nos, Santa Maria, a ouvir e praticar o que seu Filho nos ensina, para depois transmitir com alegria o que ouvimos e praticamos.

HOMILIA DIÁRIA

Maria, modelo de escuta e meditação da Palavra de Deus

Postado por: homilia
outubro 13th, 2012

“Naquele tempo, enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: ‘Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram’. Jesus respondeu: ‘Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática’” (cf. Lc 11,27-28).
Este é o Evangelho da Liturgia de hoje. Duas coisas importantíssimas para refletir. Jesus repreende esta mulher que faz um elogio àquela que lhe havia dado a vida, amamentado? De maneira nenhuma! Esse elogio quer dizer: “Feliz é tua mãe por ter um filho tão sábio, tão santo, um profeta! Ela te educou muito bem, ela deve ser muito feliz por você ser o seu filho, deve ter orgulho de ti!”.
As tradições, a religião, os costumes e a boa educação eram transmitidos dos pais aos filhos. Nisso podemos verdadeiramente elogiar e honrar Maria e José, que transmitiram a Jesus – com muita fidelidade e amor às tradições – a fé no Deus único e a Sagrada Escritura.
Mas também, por outro lado, podemos elogiar e nos espelhar na Virgem Maria: “Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”. Lembremos da Visita de Maria a sua prima Santa Isabel. Esta diz para Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (cf. Lc 1,42-45). Maria tinha os ouvidos voltados a Jesus. Ouvia, escutava e meditava no coração e praticava na vida, acompanhando seu Filho em todos os passos, do nascimento à Cruz.
Portanto, Maria é modelo de escuta, de meditação e de prática da Santa Palavra de Deus.
Vejamos o que diz a jovem Maria ao receber o anúncio do Anjo Gabriel sobre a vontade do Senhor para sua vida e a Encarnação do Filho de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (cf. Lc 1,38). E o Verbo se fez carne no ventre fecundo de Nossa Senhora.
O leite é a primeira fonte segura e sustentável de alimento de uma criança, ou seja, é o primeiro sustento e afeto maternal de um ser humano. Por falar em leite, lembrei-me que ao visitar Belém, na Terra Santa, uma gruta próxima a Basílica da Natividade é considerada – segundo a tradição – o local onde a Sagrada Família parou, enquanto fugia rumo ao Egito e onde, também, Nossa Senhora amamentou o Menino Jesus.


Gruta do Leite em Belém na Terra Santa

A tradição afirma ainda que, durante a amamentação, uma gota de leite caiu sobre a rocha da gruta que tornou-se branca. E assim ficou conhecida como a Gruta do Leite. Tanto os cristãos como os islâmicos acreditam que o pó branco da gruta ajuda a estimular a produção do leite materno e intensificar a fertilidade. No lado externo da gruta é possível encontrar uma sala reservada para testemunhos de diversos países sobre histórias de mulheres que encontravam-se com dificuldades de fertilidade e que após ingerirem o pó conseguiram engravidar.
Meditando sobre tudo isso, onde eu busco a fonte da minha fecundidade? Na Palavra de Deus, na vida de oração, no amor, na obediência e na escuta? E ainda: Que tipo de elogio ou crítica eu recebo das pessoas? Questione-se!
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 13/10/2012

Oração Final
Pai Santo, faze-nos profetas do teu Reino de Amor! Que ouçamos com atenção a tua Palavra; que a vivamos em nossas relações existenciais; que anunciemos com alegria o teu Reino, já presente em nós; e que denunciemos a injustiça do mundo que oprime e exclui. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos profetas do teu Reino de Amor! Que ouçamos com atenção e carinho a tua Palavra; que a vivamos em nossas relações existenciais; que anunciemos com alegria o teu Reino, já presente em nós; e que denunciemos a injustiça do mundo que oprime e exclui tantos irmãos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão Maior, na unidade do Espírito Santo.

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